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J.P. Morgan: Consumo de aço tem queda em setembro e importações permanecem como risco

O consumo aparente de aço no Brasil registrou queda de 4,6% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, mas apresentou alta de 3,9% em relação a agosto, mantendo um crescimento acumulado de 4,7% no ano, diz o J.P. Morgan.

Os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini escrevem que, mesmo com queda nas importações em setembro, o volume no acumulado do ano ainda permanece elevado, com alta de 9,6%, principalmente devido aos aços planos.

Para eles, sem medidas antidumping oficiais, o mercado siderúrgico brasileiro continuará pressionado pela concorrência estrangeira, o que favorece companhias como Gerdau, com maior exposição ao mercado americano.

Em setembro, a queda anual na demanda foi puxada principalmente pela contração de 7,4% no consumo de aços planos, enquanto a alta mensal foi liderada pelos aços longos, enquanto vendas ficaram estáveis.

 

 
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/10/2025

Safra recorde de grãos impulsiona indústria, mas infraestrutura ainda limita ganhos duradouros

A safra brasileira de grãos deve atingir 341,9 milhões de toneladas em 2025, o maior volume já registrado, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um crescimento de 16,8% em relação ao ano passado e reflete o bom desempenho do setor agrícola, sustentado por clima favorável, expansão da área plantada e ganhos de produtividade.

O diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra), Arno Gleisner, destaca que boa parte do salto produtivo é resultado da evolução tecnológica, apoiada na indústria nacional.

“O aumento das safras brasileiras tem mais a ver com produtividade e tecnologia. Boa parte dessa tecnologia é fornecida pela indústria brasileira, como a de máquinas agrícolas, fertilizantes, defensivos e equipamentos de transporte”, afirma. Ele lembra que esses segmentos já acumulam competência suficiente para atender a maior parte do mercado interno, reforçando o vínculo entre o agronegócio e a indústria de transformação.

O impacto direto do crescimento agrícola sobre a infraestrutura é inevitável — e, segundo Gleisner, continua sendo um dos principais gargalos para a competitividade. “No transporte, espera-se mais oferta ferroviária e hidroviária, além do aumento da capacidade dos terminais portuários. A armazenagem ainda é um problema, embora soluções emergenciais em períodos de pico tenham funcionado”, explica.

O executivo observa, contudo, que o cenário energético é mais favorável: “Não vemos restrição relacionada à energia. Pelo contrário, alguns grãos e seus derivados são importantes fontes de bioenergia, uma energia limpa em que o Brasil tem expertise e competitividade.”

Potencial

A safra recorde também deve gerar reflexos no comércio exterior, embora o efeito sobre o câmbio e a balança comercial seja moderado. “Apesar do aumento da demanda de outros mercados, particularmente na Ásia, ainda é a China quem tem o maior peso, ao redirecionar importações que fazia dos Estados Unidos para o Brasil e a Argentina. Mas não se trata de um movimento permanente”, avalia Gleisner. Ele pondera que o saldo comercial brasileiro teve leve retração neste ano e que não há expectativa de variação significativa na taxa de câmbio até o fim de 2025.

Para o diretor da Cisbra, o avanço do agronegócio não traz benefícios apenas conjunturais à indústria. “Máquinas agrícolas, equipamentos de transporte e produtos químicos são setores permanentemente beneficiados pelo agronegócio”, afirma. Ainda assim, ele reconhece que entraves estruturais — como o alto custo tributário, a carência de mão de obra qualificada e a defasagem logística — limitam o potencial de competitividade do país.

A reforma tributária, em tramitação, é vista pela entidade como um ponto de virada possível. “Ela pode simplificar o sistema, reduzir despesas e tornar mais justo o peso tributário nas cadeias produtivas”, defende. Já os investimentos em infraestrutura, lembra, exigem tempo e persistência. “São obras que levam anos para serem concluídas, como uma via férrea, mas que são indispensáveis para transformar ganhos de safra em desenvolvimento industrial duradouro.”

 
Fonte: Exame
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 22/10/2025

 

Produção brasileira de aço bruto recua 3,2% em setembro, diz IABr

E soma 2,8 milhões de toneladas, menor ante o mesmo período em 2024. Também no acumulado dos nove meses do ano a produção teve retração de 1,7% ante o mesmo período no ano passado. As exportações tiveram redução em volume e valor no mês, e no acumulado ano aumento de 2,6% no volume, mas redução de 10,6% o valor comparado com o mesmo período em 2024.

Em setembro de 2025 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, uma redução de 3,2% frente ao apurado no mesmo mês de 2024. Já a produção de laminados foi de 2,0 milhões de toneladas, 5,0%inferior à registrada em setembro de 2024. A produção de semiacabados para vendas foi de 780 mil toneladas, uma queda de 1,8% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2024, de acordo com a divulgação do Instituto Aço Brasil, no dia 17 de outubro (sexta-feira).

Consumo e vendas — Segundo o Aço Brasil, as vendas internas recuaram 0,6% frente ao apurado em setembro de 2024 e atingiram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos de aço foi de 2,3 milhões de toneladas, 5,0% inferior ao apurado no mesmo período de 2024.

Exportações — As exportações de setembro de 2025 foram de 786 mil toneladas, ou US$ 526 milhões, o que resultou em aumento de 11,6% em quantum e redução de 8,9% em valor, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2024.

Importações — As importações de setembro de 2025 foram de 446 mil toneladas e de US$ 417 milhões, uma queda de 31,9% em quantum e de 26,8% em valor na comparação com o registrado em setembro de 2024.

Produção nos nove meses do ano — A produção brasileira de aço bruto foi de 25,0 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2025, o que representa uma retração de 1,7% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 17,8 milhões de toneladas, 0,6% inferior ao apurado no mesmo período de 2024. A produção de semiacabados para vendas totalizou 6,2 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2025, uma queda de 10,3% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 16,1 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2025, o que representa uma elevação de 0,5% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo— O consumo aparente nacional de produtos de aço foi de 20,4 milhões de toneladas no acumulado até setembro de 2025. Este resultado representa um aumento de 4,1% frente ao registrado no mesmo período de 2024.

Exportações — As exportações no acumulado de nove meses de 2025 atingiram 7,8 milhões de toneladas, ou US$ 5,5 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 2,6% e redução de 10,6% na comparação com o mesmo período de 2024.

Importações — As importações alcançaram 5,1 milhões toneladas no acumulado até setembro de 2025, um aumento de 9,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,6 bilhões e avançaram 1,5% no mesmo período de comparação.

Distribuição regional da produção de aço bruto no mês de setembro e, de janeiro a setembro, destaca-se os estados: Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; São Paulo, respectivamente, nesta ordem.

Distribuição regional da produção de semiacabados e laminados, no mês de setembro e, de janeiro a setembro, destaca-se os estados: Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; São Paulo, respectivamente, nesta ordem.

Produção de aço mundial: 1º China; 2º Índia; 3º Estados Unidos; 4º Japão; 5º Rússia ; 6º Coréia do Sul; 7º Turquia; 8º Alemanha; 9º Brasil.

ICIA — O Índice de Confiança da Indústria do Aço referente ao mês de outubro de 2025 subiu 5,9 pontos e alcançou 33,4 pontos, mostrando um quadro de deterioração tanto da situação atual, quanto acerca das expectativas para os próximos seis meses.

 
Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/10/2025

 

Brasil anuncia abertura de quatro novos mercados para o agronegócio

O governo brasileiro concluiu negociações sanitárias e fitossanitárias com quatro países, que resultaram em nove novas aberturas de mercado para o agronegócio brasileiro.

Nos Estados Unidos, as autoridades locais aprovaram as exportações brasileiras de alimentos para cães com origem vegetal. Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou mais de US$ 9 bilhões em produtos agropecuários para os Estados Unidos.

No Irã, as autoridades locais autorizaram o Brasil a exportar sementes de abobrinha e sementes de melancia. Entre janeiro e setembro de 2025, as exportações agrícolas do Brasil para o Irã superaram US$ 1,8 bilhão, com destaque para milho, produtos do complexo soja e do complexo sucroalcooleiro.

Em Santa Lúcia, as autoridades locais aprovaram as exportações brasileiras de carne de aves e seus produtos, carne suína e seus produtos, bem como carne bovina e seus produtos. Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou mais de US$ 216 milhões em produtos agropecuários para a Comunidade do Caribe (CARICOM), de que Santa Lúcia faz parte.

No Uruguai, as autoridades locais autorizaram as exportações brasileiras de mudas de eucalipto, mudas de oliveira e plantas ora-pro-nóbis. Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou mais de US$ 719 milhões em produtos agropecuários para o Uruguai, com destaque para proteína animal, produtos florestais, mate, fibras e produtos têxteis.

Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 453 novas aberturas de mercado desde o início de 2023.

 
Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 20/10/2025

Produção e vendas de aço caem no Brasil em setembro sobre um ano antes

A indústria siderúrgica brasileira teve queda de 3,2% na produção bruta em setembro sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados apresentados nesta quinta-feira pela associação de produtores da liga, Aço Brasil.

A produção de aço bruto do mês passado foi de 2,8 milhões de toneladas ante 2,87 milhões em agosto. No ano até o final de setembro, o volume produzido somou 24,98 milhões, 1,7% menos que no mesmo período de 2024.

Segundo os dados do Aço Brasil, as vendas caíram 0,6% sobre um ano antes, para 1,89 milhão de toneladas, e avançaram 3,8% ante o mês anterior, acumulando no ano alta 0,5%, a 16,05 milhões de toneladas.

Enquanto isso, as importações mostraram recuo de quase 32% em setembro sobre um ano antes e queda de 9,2% na comparação com agosto, para 446 mil toneladas, segundo a entidade.

Já as exportações subiram 11,6% em setembro sobre um ano antes, para 785,6 mil toneladas, apesar das medidas tarifárias dos Estados Unidos -- principal destino da liga produzida pelas siderúrgicas nacionais.

Segundo o Aço Brasil, as vendas externas para os EUA subiram 15,4% no mês passado na comparação anual, para 465,36 mil toneladas.

 
Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2025

 

O que são terras raras e minerais críticos em 30 segundos

Os terras-raras são um grupo de minerais críticos essenciais para indústrias como defesa, automotiva e eletrônica. A crescente demanda por esses recursos tem gerado tensões geopolíticas, especialmente devido ao domínio da China no refino desses materiais, o que resulta em preocupações sobre a dependência global.

Uma nova estimativa da United States Geological Survey projeta que, em 2024, o mundo terá 110 milhões de toneladas de reservas de terras-raras, sendo 44 milhões apenas na China. Outros países como Vietnã, Brasil, Rússia e Índia também possuem depósitos significativos. Entretanto, a extração desses minerais envolve processos químicos intensivos, que frequentemente resultam em resíduos tóxicos e desastres ambientais.

Impacto nas Cadeias de Suprimento

A administração Trump criticou as restrições chinesas às exportações de terras-raras, considerando-as uma ameaça às cadeias de suprimento globais. O uso desses minerais é vital para a produção de itens que vão de lâmpadas a mísseis guiados, com propriedades que são, em muitos casos, insubstituíveis ou apenas substituíveis a altos custos.

A China tem investido significativamente em operações de refino e possui um número elevado de patentes relacionadas à produção de terras-raras. Como resultado, muitas empresas optam por enviar seu minério para ser refinado na China, aumentando a dependência mundial de Pequim. Essa dinâmica ressalta a importância estratégica dos terras-raras em um cenário global cada vez mais competitivo e interconectado.

 
Fonte: Portal Tela
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2025