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Expectativas para o minério de ferro em 2022

As medidas de estímulo da China sustentaram o preço da tonelada do minério de ferro no quarto trimestre deste ano de 2021, com os preços se mantendo acima do patamar de US$ 110.

Há dois meses atrás, as expectativas dos analistas do mercado eram de que as cotações cairiam abaixo dos US$ 100 no quarto trimestre de 2021.

O Morgan Stanley previa que o preço do minério de ferro atingiria a média de US$ 85 a tonelada até o último trimestre de 2021. 

Enquanto isso, outros analistas ainda esperam que o preço caia para menos de U $ 100 a tonelada, mas só no ano que vem.

No geral, as previsões antecipavam a queda da demanda pela commodity, cuja qual entraria em colapso com a redução da produção de aço da China.

Porém, apesar da fraca demanda, os investidores apostam que os planos da China de reduzir as restrições ao setor imobiliário e injetar mais estímulos na economia podem aumentar a necessidade de insumos para a produção de aço.

“Uma série de medidas de ajuste visando o setor, combinadas com a flexibilização do crédito, geraram otimismo sobre a política da China se tornar mais favorável”, disse Wenyu Yao, estrategista sênior de commodities do ING.

“Os preços do minério de ferro começaram a subir junto com os preços do aço, montando preventivamente na curva de propriedades da China e nas expectativas de uma rodada de afrouxamento.”

Apesar de positivo, as medidas do governo chinês não devem ser suficientes para levar os preços do minério ao patamar anterior de US $ 200 a tonelada, pois o objetivo é manter a estabilidade do crescimento e não uma recuperação explosiva.

“A ‘prioridade de estabilidade’ fornecerá algum apoio à demanda, mas não significa que estamos retornando ao antigo regime de preços”, disse Yao.

Expectativas para 2022

Para o banco suísso UBS o cenário macro em 2022 será mais fraco do que 2021 e, embora o estímulo ajudasse a evitar um pouso forçado, o crescimento na China continuará a abrandar.

“Esperamos que a demanda de minério de ferro diminua e a oferta aumente no final de 2021, resultando em preços do minério de ferro caindo abaixo de US$ 100 a tonelada durante o quarto trimestre, e comercializando ainda mais baixo até 2022, para a média de US $ 85 a tonelada”, disseram em nota os analistas do UBS, na quarta-feira (15/12).

Com isso, o banco suíço prevê que o minério de ferro terá uma média de US$ 85 a tonelada até 2022.

Já o banco holandês ING estima que o minério de ferro deverá se manter perto dos US$ 110 a tonelada até o primeiro trimestre de 2022, mas cairá para US$ 95 até o final do ano que vem.

“O cenário da política chinesa no nível macro, incluindo movimentos em direção à descarbonização, permanece um limite sobre a perspectiva de demanda de médio prazo por minério de ferro”, disse Yao.

“Dessa forma, a produção de aço da China não deve retornar ao nível do primeiro semestre de 2021. Em média, esperamos que os preços caiam para US$ 100 a tonelada em 2022, com os principais riscos de alta ainda sendo potenciais interrupções na cadeia de suprimentos devido à variante ômicron.”

Nesta sexta-feira (17/12), o minério de ferro operava com alta de 1,80%, cotado a US$ 111,19 a tonelada. Já as ações da Vale (VALE3) corrigiam da alta de ontem, caindo 0,87%, ao preço de R$ 79,74.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/12/2021

Minério de ferro avança pelo 3º dia na China por otimismo sobre demanda

Os contratos futuros de minério de ferro de Dalian e Cingapura subiram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, impulsionados pelo otimismo renovado em torno da demanda pela matéria-prima siderúrgica, uma vez que surgiram sinais de que a maior produtora de aço vai aumentar a produção este mês.

O contrato mais ativo do minério de ferro para janeiro na Bolsa de Cingapura chegou a subir até 6,7%, para 127,95 dólares a tonelada, o maior valor desde 12 de outubro. Por volta das 8h40 (horário de Brasília), subia cerca de 4%

O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na bolsa de Dalian encerrou a sessão da manhã com alta de 0,7%, a 687,50 iuanes (107,80 dólares) por tonelada.

A recuperação dos futuros espelhou o ânimo otimista no mercado físico, com o minério de ferro de 62% sendo negociado a 125 dólares a tonelada na segunda-feira, com alta de 5 dólares, com base nos dados da consultoria SteelHome.

"Os analistas esperam uma recuperação na produção de aço com o cumprimento das metas anuais de Pequim, levando as usinas a retomar a produção", disse o consultor do setor de recursos e corretor SP Angel em nota de 17 de dezembro.

Com a China produzindo 946,36 milhões de toneladas de aço bruto durante janeiro-novembro, queda de 2,6% em relação ao período do ano anterior, há espaço para as usinas aumentarem a produção, já que a meta é limitar a fabrição deste ano a não mais do que o volume do ano passado de 1,05 bilhão de toneladas, para controlar as emissões.

A produção de aço bruto nos primeiros 10 dias de dezembro aumentou 12% em relação ao mês anterior, disseram analistas do ANZ, citando dados da Associação de Ferro e Aço da China.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/12/2021

 

Digitalização do setor automotivo deu salto com a pandemia

O setor automotivo acelerou a transformação digital durante a pandemia. É o que mostra o Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo (ICTd), feito pelo CESAR, centro de inovação sediado em Recife (PE), em parceria com Automotive Business. O segmento apresenta 66,15% de maturidade no tema em uma escala que vai até 100% para organizações digitalmente maduras.

Apesar de ainda ter uma evolução importante por fazer, o resultado é oito pontos porcentuais maior do que o apurado na edição anterior da pesquisa, realizada em 2019.

“Houve evolução nas oito dimensões da transformação digital avaliadas, em umas mais, em outras menos, mas o caminho foi de crescimento”, diz Eduardo Peixoto, Chief Designer Officer do CESAR.

Ele cita as diferentes frentes analisadas no estudo: cultura e pessoas; consumidores; concorrência; inovação; processos; modelos de negócio; dados e tecnologias. A pesquisa teve 157 respondentes de 131 empresas da cadeia automotiva e foi feita on-line. Dos entrevistados, 37% são diretores, vice-presidentes e presidentes. Já 36% desempenham funções gerenciais ou de coordenação. O relatório completo do estudo será divulgado em janeiro.

Empresas dão prioridade à transformação digital

A transformação digital ganhou mais prioridade dentro da agenda estratégica das organizações. Em 2021, 36,3% das empresas apontaram que o tema está no planejamento da companhia e 24,2% indicaram que o assunto é prioridade máxima. Em 2019, esses porcentuais eram de 24,9% e 12,4%, respectivamente.

Por outro lado, permanece próximo de 13% o número de profissionais que declaram entender a importância da transformação digital, mas não têm o tema como prioridade. Peixoto reforça que a pauta exige o engajamento simultâneo das empresas em diferentes frentes e o compromisso das lideranças.

“Entendemos a transformação digital como destruição criativa, em rede, provocada pela maturidade das plataformas digitais. O principal objetivo é criar novos modelos de negócio, sair do tradicional e potencializar outras frentes”, diz o especialista do CESAR, lembrando que essa não é uma missão simples:

“Estão previstos US$ 6,8 trilhões em investimentos das empresas em transformação digital até 2023 e, apesar desse esforço, 70% desses projetos falham. É essencial tratar o assunto como uma jornada”, aponta Peixoto. 

No setor automotivo, identificar novas oportunidades para criar modelos de negócio é o principal objetivo da maioria das empresas, 57,9%. Parcela de 52,3% buscam, principalmente, aumentar a eficiência e produtividade. O objetivo que teve o maior crescimento foi o de transformar a empresa em uma organização orientada a dados. Em 2019, apenas 6,4% dos respondentes da pesquisa tinham essa meta. O porcentual subiu para 31,4% dos entrevistados em 2021.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 20/12/2021

 

Estoques aumentam e ultrapassam nível planejado em novembro

A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para o aumento dos estoques em novembro de 2021. O índice de evolução do nível de estoques foi de 50,6 pontos, resultado 4,8 pontos acima do registrado no mesmo período do ano passado. Esse resultado rompeu a tendência de estoques abaixo do planejado, que vinha desde dezembro de 2019. Além disso, nos últimos três meses, houve registro o índice esteve de 50 pontos, o que indica crescimento em relação ao mês anterior. 

O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50,7 pontos em novembro. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o estoque real está um pouco acima do nível planejado pelas empresas. Na comparação com novembro de 2020, momento crítico de baixos estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,6 pontos.

“Esse resultado começa a indicar menos gargalos para a indústria. Contudo, nossa preocupação é que o aumento do estoque começa a indicar alguma frustração do empresário com a demanda e, assim, apontar para a desaceleração da indústria. A combinação entre estoques e produção é um fator para acompanharmos nos próximos meses”, explica Marcelo Azevedo.

A pesquisa mostra, ainda, que produção industrial continuou praticamente estável na passagem de outubro para novembro, com leve aumento. O índice de evolução da produção registrado no mês foi de 50,4 pontos. É o terceiro mês consecutivo de relativa estabilidade da produção, após altas registradas entre maio em agosto. 

Em novembro de 2021, a Utilização da Capacidade Instalada foi de 72%, um aumento de um ponto percentual na comparação com outubro. Esse resultado está acima da média histórica de 2011 a 2019.

Empresários se mostram confiantes com o setor externo

Os índices de expectativa de demanda, de compras de matérias-primas e de número de empregados apresentaram estabilidade no mês de dezembro de 2021. Já o índice de expectativa de exportação registrou aumento de um ponto. Todos os resultados continuam acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses.

Confira a pesquisa completa abaixo.
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Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/12/2021

Minério de ferro caminha para melhor rali semanal desde maio

Os futuros do minério de ferro estão a caminho da quinta semana de ganhos, o período de valorização mais longo desde maio. A commodity é impulsionada por sinais de recuperação da produção de aço na China e pela expectativa de estímulos fiscais em 2022.

A produção de aço bruto cresceu quase 12% nos primeiros 10 dias de dezembro em relação ao mês anterior, segundo a China Iron & Steel Association. O número está em linha com previsões de analistas, que apontam retomada da produção neste mês na esteira de esforços das usinas chinesas para cumprir o objetivo do governo de reduzir a poluição. Em novembro, o volume produzido atingiu o nível mais baixo para o mês desde 2017.

Os contratos futuros do minério de ferro subiram cerca de 11% esta semana e acumulam alta de 35% desde meados de novembro. A commodity perdeu mais da metade do valor em relação a uma máxima em maio.

O minério avançava 2,7%, para US$ 120,05 a tonelada às 15h46 de Singapura. Os preços subiram 0,5% em Dalian, enquanto o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente caíram em Xangai.

“As notícias recentes sobre as políticas têm sido positivas, visando a estabilidade para o próximo ano”, disse a Hongye Futures. “Há certa melhora no ânimo no setor de construção, e alguns altos-fornos em Tangshan retomaram as operações. Embora o entusiasmo das usinas em retomar as operações seja alto, ainda existem algumas restrições ambientais.”

No entanto, operadores acompanham de perto o consumo de minério de ferro e a produção de aço em 2022 devido aos desafios enfrentados pela economia e à necessidade de reduzir as emissões. O uso de minério de ferro e a produção de aço bruto podem encolher ainda mais à medida que a demanda por aço esfria, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento da Indústria Metalúrgica da China, financiado pelo governo.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/12/2021

 

Obras de saneamento em todo o Brasil ganharão investimentos de R$ 152,2 milhões

Para dar continuidade a obras de saneamento básico em 19 estados no Brasil, o Governo Federal, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), liberou mais de R$ 152,2 milhões em investimentos. Os favorecidos serão Bahia, Ceará, Sergipe, São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rondônia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. As obras irão gerar quase 167,4 mil empregos. 

“Nós estamos fazendo todo o esforço para que não haja nenhuma interrupção do cronograma físico-financeiro dessas obras”, destacou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. “Sabemos o benefício que o tratamento de água, de esgotos, a canalização adequada dos córregos propicia às cidades”, complementou.

Só na Região Nordeste, serão investidos R$ 82,6 milhões, voltados para a canalização e revestimentos de calhas em rios, aprimoramento das áreas de reservatórios, implantação e ampliação do sistema de esgoto sanitário, ampliação do sistema integrado de abastecimento de água, complementação de estações de tratamento de esgoto, intervenções no sistema adutor e de reservatório de água e readequações de captação em açudes.

Na Região Sudeste, por sua vez, os investimentos de R$ 24,12 milhões serão aplicados em construções de reservatórios, canalização de córregos, implantação de reservatório de amortecimento de cheias e, por fim, em um parque linear ribeirinho. A região ainda ganhará a implantação de uma nova estação de tratamento de esgoto, ampliação de sistema de abastecimento de água, obras e intervenções no saneamento integrado, implementação de drenagem urbana sustentável e urbanização de favelas e de um complexo local.

Já a Região Sul ganhará R$ 17,89 milhões de aporte. Essa verba proporcionará, também, a ampliação e implantação do sistema de esgoto, do sistema de macrodrenagem, e as intervenções em calhas e bacias de amortecimento de rios.

A Região Centro-Oeste receberá investimentos totais de R$ 15,74 milhões, aplicados em obras, ampliação de estação de tratamento de esgoto, aumento da cobertura de rede de coleta do próprio esgoto, ampliação da capacidade de atendimento — tanto do sistema de esgoto quanto do abastecimento de água — e implantação de um centro de reservatórios no sistema de abastecimento de água.

Por fim, a Região Norte terá repasses de R$ 10,9 milhões. Serão contemplados empreendimentos de saneamento básico, obras relacionadas ao saneamento local, implantação e ampliação do sistema de esgotamento, implantação e ampliação do sistema de abastecimento de água e, por fim, de apoio a obras de aumento da capacidade da rede de distribuição de água tratada.

O Governo Federal tem como objetivo alcançar a implantação ou readequação do sistema sanitário em todo o país, de forma comunitária e igualitária — e até 2033 —, através do novo Marco Legal do Saneamento. Descrevendo em números, o objetivo é alcançar 99% da população brasileira com acesso à água potável, tratamento e coleta de esgoto.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 17/12/2021