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Marco legal das ferrovias é caminho para atrair investimentos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a aprovação do marco legal das ferrovias pela Câmara dos Deputados é um passo fundamental para a modernização do setor ferroviário no país. O projeto, que segue agora para sanção presidencial, cria o regime de autorização para a gestão de ferrovias pelo setor privado e permite a exploração de trechos ociosos por novos grupos.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, considera que o novo marco regulatório para o setor ferroviário atrairá investimentos para aumentar a oferta de infraestrutura, reduzir os custos logísticos e promover a concorrência no setor ferroviário. “O marco legal das ferrovias vai alavancar a participação do modal ferroviário em nossa matriz de transporte, que, excluindo-se o minério de ferro, é de apenas 4%”, afirma Robson Andrade. 

“Este é um importante passo para que o transporte ferroviário de cargas cresça no país e para que trechos ociosos da atual malha concedida possam ser transferidos para operadores em regime de autorização”, acrescenta o presidente da CNI.

A principal novidade regulatória são as regras do procedimento de outorga em regime de autorização para a construção, operação e exploração de trechos ociosos ou abandonados, viabilizando o surgimento de serviços dedicados em curtas e médias distâncias (conhecidos como shortlines).

Esta possibilidade de exploração por autorização, de forma similar ao que ocorre com os terminais portuários privados, é fundamental para a expansão e o melhor aproveitamento de malha ferroviária nacional.

O Brasil tem cerca de 30 mil km de ferrovias, mas 30% dessa extensão encontra-se ociosa. Existem, no entanto, alguns corredores ferroviários que apresentam altos níveis de utilização e padrões internacionais de eficiência. São por esses trechos economicamente rentáveis aos concessionários atuais que transitam a maior parte das cerca de 500 milhões de toneladas movimentadas anualmente na malha, em sua maioria minério de ferro (73% do total) e soja em grãos ou farelo (7% do total).

Entre os principais avanços do novo marco legal das ferrovias estão a criação de regras para o compartilhamento da infraestrutura de ferrovias e a viabilização de pequenos trechos ferroviários, a partir de outorgas de autorização ao operador privado.

Fonte: CNI
Seção: Ferroviário
Publicação: 15/12/2021

Petrobras reduz em 3% preço da gasolina para distribuidoras

A Petrobras informou nesta terça-feira, 14, que o preço da gasolina terá redução de 3% nas refinarias a partir da quarta-feira, 15, uma queda média de R$ 0,10 por litro. O preço para as distribuidoras passa de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, informou a empresa, confirmando declarações recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O diesel não teve o preço alterado.

Na sexta-feira da semana passada, o presidente afirmou que o preço dos combustíveis iam cair "mais de uma vez nas próximas semanas".

Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,26 a cada litro em média, uma redução de R$ 0,07 em relação ao preço anterior.

Nos postos, a gasolina fechou a semana passada com preço médio de R$ 6,708, queda de 0,5% em comparação com a semana anterior.

Fonte: Notícias ao Minuto
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 15/12/2021

 

Construção pode crescer 2% em 2022, desde que PIB se expanda de 0,5% a 1%, diz CBIC

A construção civil poderá crescer 2%, em 2022, desde que o Produto Interno Bruto (PIB) se expanda de 0,5% a 1%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Empresas terão incremento de 4%, enquanto a autoconstrução apresentará queda de 0,6%.

Investimentos públicos e privados na infraestrutura vão contribuir para o desempenho.

“Esse é um resultado que estará, em grande parte, relacionado ao ciclo de negócios em andamento. Ou seja, as vendas no mercado imobiliário, que tiveram forte crescimento nos últimos dois anos, se traduzirão em obras e empregos”, diz a CBIC.

Leia mais: Índice Nacional da Construção Civil sobe 1,07% em novembro, aponta IBGE

A entidade ressalta, porém, que “o ciclo precisa ser contínuo ou alimentado por novos negócios”. Com a elevação dos juros do crédito habitacional, o crescimento do mercado imobiliário será inferior ao deste ano.

A CBIC avalia que o segmento de habitação popular “poderá sofrer em consequência do mercado trabalho ainda fragilizado, da grande informalidade, da renda deprimida e do elevado comprometimento do orçamento doméstico com outras despesas”.

Na avaliação da entidade, a maior fonte de pressão de custos, no próximo ano, será o aumento de salários.

Queda nos lançamentos

A CBIC já considera que possa haver queda de lançamentos e vendas em 2022. Em novembro, a expectativa da entidade era de estabilidade.

A revisão da expectativa deve-se pela metade das contratações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em outubro e novembro, de acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Nesta semana, a entidade conversará com representantes do governo sobre a possibilidade de aumento da curva de subsídios do programa habitacional Casa Verde e Amarela. “Neste ano, vão sobrar entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões dos recursos para subsídios”, disse Martins.

Já a liberação de recursos da caderneta de poupança para a habitação tende a continuar em crescimento, de acordo com o presidente da CBIC.

Para este ano, a entidade mantém a projeção de aumento de 10% nos lançamentos e vendas, puxado pelo desempenho do primeiro semestre.

2021

Neste ano, a construção civil terá seu maior crescimento, em dez anos, segundo a CBIC. De acordo com a entidade, a expansão chegará a 7,6% neste ano.

“Este é o resultado do ciclo de negócios iniciado em 2020, com forte contribuição da taxa de juros em baixo patamar”, diz a entidade. O PIB do setor cresceu nos últimos cinco trimestres.

De janeiro a setembro, houve aumento de 37,6% nos lançamentos, na comparação anual, para 171.013 unidades, e 22,5% de crescimento das vendas, para 187.952 unidades, segundo levantamento da CBIC.

Martins afirmou que 2021 foi o ano do mercado imobiliário. Ele destacou que houve "desaceleração das vendas no terceiro trimestre”, em coletiva de imprensa, e que o “grande vilão” tem sido o aumento de insumos. “Os preços de imóveis aumentarão, naturalmente, devido à pressão de custos”, disse Martins.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) apontam que a concessão de crédito somou R$ 171,847 bilhões, de janeiro a outubro, com expansão de 38,6% ante os 12 meses de 2020.

Por outro lado, os financiamentos com recursos do FGTS caíram 14%, até 9 de dezembro, para R$ 44 bilhões.

A CBIC cita que o setor apresentou, no acumulado de janeiro a outubro, o maior número de geração de vagas dos últimos dez anos.

O ano foi marcado por forte pressão de custos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 13,46% de janeiro a novembro. Considerando-se apenas o INCC de materiais e equipamentos, a alta atingiu 23,26%.

Fonte: Valor
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/12/2021

Carvão e coque sobem em Dalian com temores por oferta; minério de ferro recua

Os futuros do carvão metalúrgico e do coque chineses subiram nesta terça-feira, liderados por um salto de mais de 6% no carvão metalúrgico devido às preocupações com a oferta alimentadas pelas importações do ingrediente permanecendo em níveis relativamente baixos.

“Afetados pela situação de pandemia no país e no exterior, o desembaraço aduaneiro de carvão metalúrgico da Mongólia está em níveis baixos”, disseram analistas da GF Futures em uma nota, acrescentando que o transporte rodoviário de carvão ainda não se recuperou totalmente.

Os contratos futuros de carvão metalúrgico mais negociados na bolsa de Dalian, para entrega em maio, subiram até 6,2%, para 2.077 Yuanes (326,34 dólares) por tonelada. Eles fecharam com alta de 3%, para 2.015 Yuanes por tonelada.

Os preços do coque na bolsa de Dalian avançaram 2,1%, para 2.968 Yuanes por tonelada.

Já os futuros de minério de ferro caíram 0,6%, para 651 Yuanes por tonelada no fechamento do mercado, recuando de um salto anterior de 3,5%.

Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega à China, compilados pela consultoria SteelHome, avançaram de 7 para 115 dólares por tonelada na segunda-feira.

Os preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai foram negociados em alta na sessão da manhã, já que a política monetária e a postura recentes de Pequim trouxeram esperanças de recuperação da demanda por aço no primeiro semestre de 2022, de acordo com a GF Futures.
 

Gráfico do Dia: Minério de Ferro Pode Ter Tocado o Fundo

Na segunda-feira, o preço do minério de ferro disparou 7,3% na China, diante das expectativas de que o maior país importador da commodity do mundo iria estimular sua economia no ano que vem. O minério de ferro é a matéria-prima principal para a fabricação do aço utilizado na construção e um “termômetro” da expansão econômica.

Mesmo assim, após o salto inicial, o preço do metal comum recuou 4%, devolvendo quase metade do movimento de hoje. Por que isso aconteceria se a demanda está prestes a subir?

A resposta óbvia está nos aspectos técnicos. Para começar sempre existe realização de lucro. Os operadores que entraram primeiro podem querer colocar parte do lucro no bolso. Além disso, pode ser que o preço esteja se afastando de uma linha de tendência de baixa.

O minério de ferro encontrou resistência em uma linha de tendência de queda em vigor desde que o preço afundou 13,6% em 6 de agosto, quando a estatal NMDC (NS:NMDC), maior produtora de minério de ferro da Índia, cortou os preços do metal pela segunda vez em dois meses.

No entanto, a resistência sempre pode ser desafiada. Dessa forma, pode ser que estejamos observando apenas um de muitos desafios.

O preço superou a MMD 50 na quarta-feira e encontrou suporte acima dela, no canal de alta desde o fundo de 19 de novembro, nível mais baixos para o minério de ferro desde 7 de janeiro.

Podemos estar vendo a formação de um OCO de fundo em andamento. O preço pode disparar até a região dos 800 e depois retornar e desenvolver um padrão de reversão.

O preço continua em tendência de baixa até que registre dois picos e fundos ascendentes. No entanto, os traders podem operar no curto prazo dentro do canal de alta.

Estratégias de negociação

Traders conservadores não devem operar contra a tendência primária.

Traders moderados devem considerar uma posição de compra depois que o preço cruzar a linha de tendência de baixa (tracejada) menos inclinada e encontrar suporte acima dela.

Traders agressivos também podem entrar em um retorno para o fundo do canal.

Exemplo de operação

Entrada: US$640
Stop-Loss: US$630
Risco: US$10
Alvo: US$680
Retorno: US$40
Relação risco-retorno: 1:4

Com agências de notícias

Fonte: Infomet
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/12/2021

 

Vale anuncia venda de participação na California Steel Industries por US$ 400 mi

A mineradora Vale informou nesta segunda-feira (13) que sua subsidiária Vale Canada Limited fechou contrato com a Nucor Corporation para a venda indireta da participação de 50% da produtora de aço California Steel Industries (CSI), por US$ 400 milhões, valor a ser ajustado pela dívida líquida e capital de giro no fechamento.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a mineradora destaca que o fechamento da operação está previsto para o primeiro trimestre de 2022. A venda está sujeita às condições precedentes usuais deste tipo de transação.

"A transação reforça a disciplina de capital da Vale, focando em seus negócios core (principais) e o compromisso com um portfólio mais enxuto", afirmou a companhia.

A CSI é uma produtora de aços laminados planos e tubos de aço localizada na Califórnia, Estados Unidos, com capacidade de produção anual de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.

A Vale tornou-se acionista da California Steel Industries em 1984 e detinha 50% das ações emitidas pela empresa, compartilhando o controle com a JFE Steel Corporation.

Fonte: Estadão
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/12/2021

 

Com apoio do Estado, DAF confirma investimento de R$ 395 milhões em Ponta Grossa

A DAF Caminhões Brasil vai ampliar a presença no Paraná. A montadora de origem holandesa confirmou o investimento de US$ 70 milhões (cerca de R$ 395 milhões pela cotação atual) nos próximos seis anos (2021-2026) na ampliação da planta localizada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. De acordo com a empresa, a expansão busca impulsionar o atendimento ao mercado nacional e também preparar a marca para exportação de caminhões para outros países da América do Sul.

O investimento contará com o apoio do Governo do Estado por meio de programas de incentivos fiscais coordenados pela Invest Paraná, e deve garantir inicialmente a criação de 180 empregos diretos, com a perspectiva de venda de mais de 40 mil novos caminhões. O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta segunda-feira (13) durante reunião com diretores da empresa no Palácio Iguaçu.

“Estamos falando de uma das maiores montadoras do mundo, que já está instalada no Paraná e agora vai ampliar os seus investimentos aqui. Com isso, a DAF poderá exportar os caminhões produzidos no Paraná para outros países da América do Sul. São mais caminhões sendo vendidos e mais empregos sendo criados em nosso Estado”, afirmou o governador.

Ratinho Junior afirmou que o Paraná passa por um bom momento político e econômico, fatores essenciais na atração de novas indústrias. Lembrou que o Estado abriu mais de 176 mil vagas de emprego com carteira assinada entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, e se consolidou como um dos principais geradores de postos de trabalho do País.

“É um recorde, nunca o Paraná havia atingido indicadores tão bons em relação a empregos formais. E essa ação da DAF vai além do próprio investimento, já que tem potencial para atrair outras empresas, aqueles fornecedores que produzem peças para a própria DAF, em um verdadeiro efeito dominó na economia estadual”, ressaltou.

O governador destacou ainda que o planejamento do Governo do Estado aponta para a consolidação de R$ 100 bilhões em atração de investimentos privados entre janeiro de 2019 e dezembro deste ano. “Isso é fruto do trabalho de uma equipe que foca na prospecção de investimentos, o que reforça a credibilidade do governo. Ninguém investe em um governo sem credibilidade”, disse.

EXPANSÃO – O complexo da DAF em Ponta Grossa é a maior unidade fabril do grupo no mundo. Localizado no trecho urbano da PR-151, a área total é de 2,3 milhões de metros quadrados. A participação atual da empresa na venda de caminhões pesados no Brasil é de 8,7%, se consolidando na quarta colocação do ranking nacional. 

A unidade paranaense começou a ser construída em 2011 e entrou em atividade em 2013. Foi a primeira fábrica da marca fora da Europa e uma das mais modernas do mundo. A Paccar, controladora da DAF, investiu US$ 200 milhões na fábrica do Paraná. A empresa também investiu, em 2018, R$ 60 milhões para a implantação de uma linha de montagem de motores na fábrica de Ponta Grossa.

Em 2019, a montadora começou a erguer um centro de distribuição de peças de 15 mil metros quadrados, vizinho à planta atual.

PRESENÇAS – Participaram do anúncio o vice-governador Darci Piana; o assessor de assuntos econômico-tributários da Secretaria de Estado da Fazenda, Gilberto Calixto; o assessor da presidência da Invest Paraná, Rogério Chaves; o presidente da DAF Caminhões Brasil, Lance Walter; o diretor jurídico e de relações governamentais da empresa, Ulisses Chaves; e o diretor financeiro e administrador, Carlos Presente.

Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/12/2021