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Previsões para o setor da construção civil em 2022 apontam crescimento

Ano de eleições, aumento de custos e incertezas acerca da pandemia de Covid-19 são alguns dos fatores que caracterizam o ano de 2022 desde o seu primeiro mês. Ainda assim — e frente a alguns desafios — as expectativas são positivas: o Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon) divulgou a previsão para o crescimento do setor neste ano, que antecipa a superação da marca dos 4%.

O Diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Marcio Benvenutti, completou as estatísticas ao explicar que os resultados consideraram as principais dificuldades prováveis, como o custo dos reajustes salariais, dos materiais e a escassez de mão de obra qualificada. Para ele, mesmo diante desses fatores, um indício de estabilidade é o bom nível de atividades para o ano, visto que a maioria das construtoras já possuem contratos estabelecidos.

As previsões são um compilado de vários índices do estudo, que incluem a evolução da quantidade de empregos no setor, o crescimento do PIB e os impactos da pandemia e da variante ômicron.

EMPREGOS

“Em relação a emprego, em 2021 tivemos um crescimento de 14,18% na construção civil [no País]. Espera-se que essa taxa em 2022 seja de 4,5%. Com certeza a construção civil será uma indústria em alta no ano de 2022, mas o ponto forte será a volta da compra de imóveis como ativos seguros”, explica Benvenutti.

O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zainda, complementou, explicando que, além dessas, as expectativas da entidade também incluem o reforço por conta das concessões em infraestrutura em diversos Estados, devido ao ano eleitoral. A taxa apresentada representa a criação de cerca de 110 mil novos postos. Desses, 5% serão no contingente de edificações, 6% em serviços especializados, 3,3% em infraestrutura e 4,4% no emprego formal do setor.

PIB

Quanto ao PIB da construção, os resultados denotam crescimento de 2% para o ano de 2022 — taxa que supera a do PIB nacional. Isso porque o país enfrenta questões delicadas no cenário econômico atual: desde a questão da renda real à elevação das taxas de juros, redução do ritmo de atividade e maior percepção de riscos. Tratando-se das construtoras, em específico, a expansão esperada é ainda maior: de 4%. Do total, 4,5% do crescimento será no segmento de edificações, 3,7% no de infraestrutura e 3,5% nos serviços especializados da construção, enquanto os demais, como as obras de reformas e de autoconstrução do segmento informal, devem registrar queda de 0,6%, na comparação com 2021.

COVID-19

Ao abordar o tema “pandemia e avanços da variante ômicron”, o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, reconhece a falta da “retomada robusta da economia e da atividade pós-pandemia”. Tanto para o presidente Senra, quanto para o vice-presidente Zaidan, a variante ômicron ainda não chegou aos canteiros de obras de forma emergencial, mas a preocupação com os possíveis efeitos do contingente já infectado e a respeito do abastecimento de matérias-primas é iminente.

"Ainda é difícil medir o real impacto nas obras hoje, 13 de janeiro, porque muita gente saiu para o fim do ano e não voltou ainda. Por enquanto, nos canteiros a variação não é tão grande como foi em março e abril de 2020, quando chegamos a ter 30% [dos trabalhadores] afastados", explica Zaidan. “Ainda é cedo para avaliar esse impacto, mas é mais um fator para atrapalhar a produtividade. Nós continuamos enfrentando a demora excessiva em entregas, que seguem no mesmo ritmo dos momentos críticos da pandemia, e ainda sofremos muito com a desorganização da logística ", conclui.

Para ele, a circunstância segue distante da estabilização próxima aos níveis pré-pandemia. Apesar da deflação em muitos produtos usados nas obras, a consolidação desses valores só está em um patamar menor que nos maiores momentos de crise, mas não está perto dos valores presentes nos últimos momentos de estabilidade. O conforto, para o vice-presidente, é que de as construtoras já possuem contratos a cumprir, o que deve manter a atividade do setor em níveis aceitáveis.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 17/01/2022

Grafeno branco é produzido usando bobina de Tesla modificada

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica simples para produzir folhas de um dos materiais bidimensionais (2D) mais promissores para a eletrônica e a óptica.

Materiais bidimensionais, como o grafeno e a molibdenita, estão se tornando cada vez mais relevantes, mas produzi-los em escala industrial, mantendo as suas propriedades, ainda é um desafio a ser vencido.

Rodrigo de Souza e seus colegas do CINE (Centro para Inovação em Novas Energias) e do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) trabalharam com um outro material 2D, o nitreto de boro, que está sendo usado para criar sinapses artificiais para computadores neuromórficos e até qubits para computadores quânticos.

Rodrigo e seus colegas desenvolveram um método rápido, limpo, escalável e simples para obter nanofolhas de nitreto de boro hexagonal - o material é formado por camadas planas de átomos de boro e nitrogênio dispostos em forma de hexágonos.

Para tirar proveito de todas as propriedades desse material em sua versão bidimensional, é necessário esfoliá-lo, ou seja, extrair folhas de poucas camadas atômicas de espessura a partir de um cristal macroscópico. Conhecido como grafeno branco, o nitreto de boro hexagonal é semelhante ao material de carbono em muitos aspectos, mas é muito mais difícil de se esfoliar.
Grafeno branco produzido por bobina de Tesla

A equipe conseguiu extrair as nanofolhas usando o plasma criado por uma bobina de Teslamodificada, atuando sobre o material confinado dentro de um tubo.

A bobina de Tesla é um aparelho simples, que pode até ser construído artesanalmente, capaz de produzir descargas de alta tensão, criando arcos voltaicos. Essas descargas elétricas ionizam o ambiente, formando o chamado "plasma frio", no qual os elétrons estão em um estado energético mais alto do que o resto das partículas.

A esfoliação do nitreto de boro ocorre quando os elétrons são disparados contra uma amostra macroscópica de nitreto de boro: Parte da energia dos elétrons é transferida para a estrutura do cristal, o que aumenta a distância de ligação entre as camadas atômicas até um ponto em que a ligação se rompe, e a folha se solta naturalmente, depositando-se no recipiente.

O nitreto de boro hexagonal também está sendo usado em pesquisas para a geração e armazenamento de energia renovável, em processos de catálise e fotocatálise e em dispositivos como supercapacitores e células a combustível.

Fonte: Inovação Tecnológica
Seção: Tecnologia
Publicação: 17/01/2022

 

Mercedes prevê alta de 10% para mercado de caminhões no Brasil

Encerrando a visita feita ao Brasil nesta semana, Karin Rådström, chefe mundial do negócio de caminhões da marca Mercedes-Benz, disse que a reestruturação em curso na operação do País está evoluindo com resultados satisfatórios. Ela deixou claro, no entanto, que o trabalho ainda não foi concluído.

Apresentado em maio, o plano estratégico da Daimler, a controladora da Mercedes, para zerar perdas no Brasil tem entre seus objetivos reduzir a dependência das peças importadas e aumentar as exportações, de modo que a empresa fique menos exposta ao câmbio mais caro, junto com corte de custos – por exemplo, a redução de 10% na folha salarial de departamentos administrativos.

Nesta quinta, durante entrevista a jornalistas por uma plataforma de transmissão online, Karin avaliou que, contando com a retomada da produção após o choque inicial da pandemia, as fábricas no Brasil estão conseguindo melhorar o equilíbrio entre importações e exportações, suavizando assim a exposição ao câmbio.

“Tivemos muito progresso e claramente houve uma melhora da situação. Mas ainda temos que dar mais passos e continuar trabalhando duro”, afirmou a executiva. “Estou muito otimista, mas ainda temos muitos desafios e ainda não terminamos a reestruturação”, acrescentou.

A meta da Daimler Truck é ser, até 2025, um grupo automotivo onde a margem de rentabilidade é medida na casa dos dois dígitos. A recuperação dos resultados financeiros em negócios tanto do Brasil quanto da Europa está no centro desse objetivo.

Previsão otimista

Para a direção da montadora no Brasil, o mercado de caminhões seguirá em alta neste ano, ainda que o aumento da taxa de juros possa adiar decisões de ampliação de frota das transportadoras.

Se as previsões da Mercedes-Benz se confirmarem, as vendas de caminhões no Brasil, na soma de todas as marcas, alcançarão algo por volta de 140 mil unidades, com alta de 10% sobre 2021.

A confiança se baseia nas encomendas aquecidas do agronegócio, dada a necessidade de transportar a safra recorde de grãos, além da demanda vinda do comércio eletrônico, da construção civil e da mineração. As duas fábricas da montadora no País, localizadas em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), estão funcionando em três turnos de produção.

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing do negócio de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz no Brasil, ponderou, no entanto, que esse crescimento vai depender da disponibilidade de peças nas linhas de montagem. “Precisamos que a logística global funcione e nos ajude”, comentou o executivo, antecipando mais um ano de crise no abastecimento de componentes eletrônicos, gargalo responsável por paradas de montadoras em todo o mundo.

Neste ano, a Mercedes-Benz conclui o programa de investimentos de R$ 2,4 bilhões iniciado em 2018, e o novo presidente da montadora no Brasil, Achim Puchert, disse que a empresa vai aguardar os resultados dos investimentos já realizados antes de partir a um novo ciclo.

Diante do plano da Daimler de reduzir em 15% os investimentos globais, em relação ao padrão de antes da pandemia, mirando uma alocação de capital inteligente, com foco maior em mercados e segmentos mais rentáveis, ele adiantou que a definição de novos investimentos estará condicionada à competitividade e sustentabilidade da operação brasileira frente a outros mercados.

“Se vamos investir, os investimentos precisam ser competitivos se comparados a outras possibilidades”, disse o chefe da Mercedes no Brasil, que, conforme pontuou na entrevista, assumiu o comando da montadora com a missão de equilibrar ganhos de participação de mercado com sustentabilidade financeira do negócio.

Fonte: O Estado de São Paulo
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/01/2022

 

Abiove: condições climáticas afetam produção de soja

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou suas projeções para este ano a partir das análises das equipes de inteligência de mercado de suas associadas. Como reflexo das condições climáticas desfavoráveis, reduziu a estimativa de safra para 140 milhões de toneladas, queda de 4,8 milhões de toneladas sobre o levantamento anterior.

‘’A menor produção deverá se traduzir em um recuo nas projeções de exportação da soja in natura (de 93,4 para 91,1 milhões de toneladas) e do estoque final em 2022, mas ainda não se vislumbram impactos sobre o processamento que segue projetado em 48 milhões de toneladas. Com o esmagamento inalterado, as produções estimadas tanto do farelo quanto de óleo de soja permanecem em 36,7 milhões de toneladas e 9,7 milhões de toneladas, respectivamente”, explicou Daniel Amaral, economista-chefe da entidade.

‘’Trata-se de uma situação adversa e a Abiove permanece acompanhando a evolução da produtividade durante as próximas semanas para avaliar eventuais futuras perdas ocasionadas pelas condições climáticas atípicas”, complementou Amaral.

Ainda assim, baseada nas projeções correntes, a Abiove estima que mais de US$ 58 bilhões sejam gerados pelo setor em 2022.

Fonte: Datagro
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 14/01/2022

200 municípios do RS decretam emergência por estiagem

Por causa da estiagem que afeta centenas de municípios no Rio Grande do Sul, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, viajou ao estado e esteve, nesta quarta-feira (12), visitando o município gaúcho de Santo Ângelo, informa a “Agência Brasil”.

Em suas redes sociais, a ministra disse que o governo federal foi ao estado para “ver de perto a situação das lavouras atingidas pela seca e conversar com os produtores rurais em busca de soluções”.

Até esta quarta-feira (12), 200 dos 497 municípios do estado decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em decorrência da estiagem, sendo que 52 já foram homologadas pelo estado e 47 reconhecidas pela União. Segundo a Emater-RS, que presta serviços de assistência técnica e extensão rural a agricultores do estado, 195 mil propriedades registravam perdas na agropecuária por conta da estiagem, dados coletados até o dia 7 de janeiro.

Durante a visita, a ministra esteve acompanhada pelo vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, já que o governador do estado, Eduardo Leite, está com covid-19. Hoje pela manhã, eles se reuniram com lideranças locais em um auditório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões junto com equipes técnicas do ministério e da secretaria estadual de Agricultura.

Durante a visita, a ministra falou que ainda não é possível mensurar os prejuízos que foram provocados pela estiagem no estado. “Ainda não podemos dar números. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. Temos de acompanhar, de monitorar, e fiz questão de vir aqui para vermos o que já podemos propor para mitigar os problemas que os estados enfrentam. Não queremos que as pessoas abandonem a produção. Procuraremos minimizar, não resolveremos tudo, mas minimizar, se agirmos rápido e agora”, explicou.

Até amanhã (13), estão previstas visitas da ministra nas cidades de Chapecó (SC), Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS) para avaliar os problemas provocados pela estiagem.

Governador

Embora afastado das atividades presenciais por causa da covid-19, o governador Eduardo Leite encaminhou à ministra um ofício informando que a maioria dos municípios do estado dependem da agropecuária e que a estiagem provoca grandes prejuízos para a economia do estado, considerando que o agronegócio é responsável por mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e 60% das exportações do Rio Grande do Sul.

“Positivado para covid-19, não pude acompanhar a ministra Tereza Cristina em visita às regiões mais atingidas pela estiagem. Mas conversei com ela ontem à noite e encaminhei, pelas mãos do vice-governador, ofício com as demandas do Rio Grande do Sul ao governo federal pela situação de emergência”, escreveu Eduardo Leite em suas redes sociais.

O documento reúne, segundo o governo, demandas do estado, consolidadas após conversas com representantes de entidades rurais, prefeitos e deputados estaduais e solicita, entre outras coisas, que sejam viabilizados recursos federais para subsidiar juros das operações de crédito rural na agricultura familiar e para fortalecer o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Fonte: Datagro
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 14/01/2022

Robótica industrial sofre avanço nas fábricas

A robótica industrial surgiu por volta dos anos 50 e evolui continuamente, até chegar num nível de automação visto hoje, onde realizam tarefas cada vez mais complexas de forma precisa.

De acordo com um estudo realizado pela Federação Internacional de Robótica (IFR), desde 2014 o crescimento médio anual de unidades robóticas instaladas é de cerca de 13%. Outro levantamento mostrou que o Brasil ocupa a 18ª posição no ranking de nações mais automatizadas.

Aloisio Arbegaus, Diretor Comercial da Teclógica afirma que a tecnologia robótica, diferente de um computador ou um aplicativo para smartphone, não necessita de operação manual feita por uma pessoa. 

“Os robôs desempenham as funções que foram programados para realizar de forma completa e repetitiva, sem necessidade de intervenção humana. Exceto nos casos que alguém os manuseia para fazer manutenções, ajustes ou algo do gênero”, completa.

Robótica industrial e mão de obra

Segundo Aloisio, ao contrário do que se pensa, os robôs industriais vêm para complementar a mão de obra humana, não para substituí-la. Colaborando, assim, para a geração de empregos, que começa a tomar rumos antes não imaginados:

“Os robôs podem ser programados para executar as tarefas repetitivas e mais pesadas, mas aos trabalhadores cabem as funções mais ligadas à estratégia, como coordenar, organizar e analisar o fluxo de trabalho. Atividades que exigem algum nível de instrução.”

Atualmente, o mundo está cada vez mais acelerado e todos estão conectados. A internet torna as informações muito acessíveis, apesar de nem sempre possuírem um embasamento fundamentado. A consequência disso é um mercado de alta competitividade, que propicia o surgimento de novos produtos e de clientes cada dia mais exigentes. 

“Tecnologias para indústria 4.0 e robôs industriais são fatores que ajudam a cadeia produtiva a acompanhar esse ritmo do mercado.  Os robôs possuem maior precisão para realizar as tarefas programadas, por isso, com a utilização deles, existe maior segurança durante a execução”, afirma Aloisio.

Além disso, com a utilização de robôs nas atividades caracterizadas como insalubres ou de risco, como por exemplo cortes ou soldagens, manuseio de agentes químicos, ou trabalho em locais quentes, a empresa resguarda os funcionários contra acidentes e, consequentemente, evita desfalques na equipe.

Controle de qualidade

Aloisio afirma que, conforme programados, os robôs sempre utilizam a mesma precisão de força e velocidade, então a cadeia produtiva não fica passível de falta de padronização devido a fatores humanos. “Devido a essa padronização, há menos erros, retrabalhos e desperdícios de matéria-prima. Melhorando assim o controle de qualidade das peças”, completa.

A utilização de unidades de robótica industrial no chão de fábrica faz com que a produção trabalhe com mais tempo hábil de atividade, pois ele não necessita de paradas. Dessa forma, robôs são capazes de concluir as tarefas muito mais rápido do que se fossem feitas de forma manual por uma pessoa. 

“Somando maior velocidade e mais tempo de atividade, chega-se a um resultado de alta produtividade para a fábrica. Todos os fatores listados acima, juntos, acabam resultando na redução de custos operacionais. Também vale lembrar que, apesar de necessitarem do investimento inicial, os robôs possuem longa vida útil”, finaliza Aloisio.

Fonte: Indústria 4.0
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/01/2022