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Número de distratos no mercado imobiliário cresceu no primeiro trimestre

 De acordo com a Abrainc, o número de quebra de contrato de compra de imóveis aumentou 33% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado Com a escalada na taxa de juros e da inflação, a imprevisibilidade de comprar um imóvel na planta tem atingido em cheio os consumidores. Compradores que se planejaram para contratar o financiamento imobiliário após a entrega das chaves viram as taxas dispararem e acabaram tendo o distrato como uma solução.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o número de quebra de contrato de compra de imóveis aumentou 33% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Enquanto nos primeiros três meses de 2021 foram 720 contratos desfeitos, em 2022, neste mesmo período, 1.061 foram destratados, de acordo com a Abrainc. Os dados levam em consideração apenas imóveis do segmento de médio e alto padrão. A associação aponta a inflação e as altas taxas de juros como os principais responsáveis por esse crescimento.

O diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci), Noel Silva, é mais específico. Para ele, o grande vilão tem sido o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que é o fator acrescido à prestação para que a construtora não tenha que arcar sozinha com inflação do preço dos materiais para a obra.

“Quem comprou na planta em 2020 comprou em uma realidade, com INCC baixo, ano passado ele disparou. Muita gente tem ficado assustada com as parcelas. Tem casos de pessoas que pagavam R$ 6,5 mil de parcela, e passaram a pagar quase R$ 7,8 mil, uma diferença de 27%. Nem todo mundo consegue encaixar essa diferença no orçamento, então é natural que os distratos aumentem”, explica Silva.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/07/2022

 

Inflação da construção civil registra queda em junho

 O resultado foi de 1,65% no sexto mês do ano. Em maio, esse número ficou em 2,17% O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou declínio nas taxas para o mês de junho. O resultado foi de 1,65% durante o sexto mês do ano. Em maio, esse número foi de 2,17%.

Os números de junho, entretanto, representam a segunda maior taxa de 2022 — ficando atrás somente do resultado de maio. Assim, o indicador passa a acumular taxa de 7,52% no primeiro semestre e 14,53% em 12 meses. Em junho de 2021 o índice havia sido de 2,46%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a alta, o custo nacional da construção por metro quadrado passa a ser de R$ 1.628,25 em junho — sendo R$ 974,47 relativos aos materiais e R$ 653,78 à mão de obra.

O metro quadrado da mão de obra registrou elevação de 2,35% no mês, ao passo que materiais de construção tiveram alta de 1,19%.

Assim, o primeiro semestre do ano ficou em: 7,08% (materiais) e 8,17% (mão de obra). Os acumulados em 12 meses ficaram em 17,53% (materiais) e 10,32% (mão de obra), respectivamente.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/07/2022

 

Índice de Confiança do Empresário Industrial fica em 57,8 pontos em julho

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou estável na passagem de junho para julho de 2022 e permanece em 57,8 pontos. O indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) varia entre 0 e 100 pontos, com uma linha de corte em 50 pontos. Dados acima dessa linha indicam confiança e abaixo, falta de confiança. Foram ouvidas 1.571 empresas, das quais 619 de pequeno porte, 584 de médio porte e 368 de grande porte, entre 1º e 7 de julho.

 

Entre os dados que compõem o ICEI, o Índice de Condições Atuais recuou levemente, com uma queda de 0,4 ponto para 51,1 pontos. De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o índice demonstra melhora das condições atuais na comparação com os últimos seis meses, na avaliação da indústria, apensar da ligeira queda. 

O Índice de Expectativas ficou praticamente estável, com uma variação de 0,1 ponto para 61,1 pontos. Ao permanecer significativamente acima da linha divisória de 50 pontos, o índice demonstra a continuidade do otimismo elevado da indústria para os próximos seis meses. “As expectativas de melhora da economia estão bem disseminadas entre os industriais”, avalia o economista.

- Clique aqui para acessar o ICEI de Julho.
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/07/2022

 

Mercado financeiro prevê inflação de 7,67% para este ano

Pela segunda semana seguida, o mercado financeiro reduz a expectativa de inflação para 2022. De acordo com o Boletim Focus, divulgado hoje (11) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano deverá ficar em 7,67%. Há uma semana, esse percentual estava em 7,96%; e há quatro semanas, em 8,5%.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2023, a expectativa de inflação subiu de 5,01% (previsão divulgada na semana passada) para 5,09%. É a 14ª alta seguida.

Há quatro semanas o IPCA estava em 4,7%. Já para 2024, a projeção de inflação aumentou, passando de 3,25% para 3,3%. Para 2025, a projeção inflacionária se mantém estável há 52 semanas, em 3%.

PIB

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), o Boletim Focus desta semana aumentou de 1,51% (projeção divulgada na semana passada) para 1,59% a previsão de crescimento. Há quatro semanas, o cálculo estava em 1,42%.

O PIB estimado para 2023 ficou estável na comparação com a semana passada, 0,5%. Há quatro semanas, estava em 0,55%.

Para 2024, a estimativa apresentada hoje é de 1,8%, ante o 1,81% projetado na semana anterior. Há quatro semanas, o percentual de crescimento era de 2%. Para 2025, a previsão para o PIB se mantém estável em 2% há 35 semanas.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve estável em 13,75% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, de 2022. Há quatro semanas, a previsão era de 13,25% ao ano para o fechamento do ano.

Também se manteve estável a previsão da Selic para 2023, na comparação com o número apresentado há uma semana, de 10,5% ao ano. Há quatro semanas, a previsão era de fechar 2023 com uma taxa de 10% ao ano.

Para 2024 a previsão é de uma Selic em 8% ao ano. Na semana passada estava previsto que a taxa fecharia em 7,75% ao ano, em 2023; e há quatro semanas o valor era de 7,5% ao ano - o mesmo percentual previsto para 2025.

Dólar

A estimativa para a cotação do dólar ao final do ano apresentou alta na comparação com a semana passada, passando de R$ 5,09 para R$ 5,13. Há quatro semanas, a previsão era de que a moeda norte-americana fecharia o ano com uma cotação de R$5,01.

De acordo com o Focus, o dólar fechará 2023 cotado a R$ 5,10 – o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda apresentaria a cotação de R$ 5,05 ao final do próximo ano.

O boletim projeta, para 2024, uma cotação de R$ 5,06, ante aos R$ 5,07 projetados como cotação há uma semana; e aos R$ 5,03 projetados há quatro semanas para o final daquele ano.

Para 2025, a estimativa é de uma cotação de R$ 5,15 para a moeda norte-americana, mesmo valor visto no boletim da semana passada. Há quatro semanas, a cotação projetada estava em R$ 5,13.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/07/2022

 

Exportação de sucata ferrosa teve queda de 72% em junho

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, atingiram apenas 12.830 toneladas em junho, uma queda acentuada de 72% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando alcançaram 45.641 toneladas. No primeiro semestre, os números das vendas externas de sucata ainda são positivos, com um total de 231.498 toneladas, um aumento de 28% em relação às 180.695 toneladas em janeiro a junho de 2021, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

A retração nas exportações se deve, segundo o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), entidade que representa os mais de 5,6 mil processadores de recicláveis, a uma oferta maior do insumo no exterior, o que reduziu a demanda pela sucata brasileira.

As empresas de sucata ferrosa tradicionalmente comercializam no mercado interno mais de 90% do volume, só vendendo externamente o excedente não consumido no Brasil, para garantir a sobrevivência do setor em momentos de baixa na demanda local. Após um período de valores artificialmente altos no país, desde junho/julho há um corte de preços pagos pelas usinas siderúrgicas.

De acordo com a (A Associação Latino-americana de Aço) Alacero, em 2021 foram gerados mais de 100 mil empregos na indústria siderúrgica regional, superando o número anterior à pandemia (2019). Esse aumento representa uma alta de 8,3% com relação a 2020, ano em que 93 mil postos de trabalho foram perdidos. Com isso, o setor na América Latina atingiu 1,3 milhão de empregos, um resultado fundamental para a recuperação econômica após a crise sanitária.

“Apesar do grande impacto da pandemia nos níveis de emprego, a nossa indústria demonstrou sua resiliência mais uma vez. No primeiro ano da pandemia, 18 fornos pararam de operar e houve uma perda de mais de 90 mil empregos no nosso setor. Mesmo assim, em 2021 a indústria do aço deu rápidos sinais de melhoria: houve uma recuperação de 9%, acima dos 8,1% do restante da cadeia de valor. Hoje, para cada posto de trabalho na indústria do aço são gerados outros empregos indiretos dentro dessa cadeia”, comenta Alejandro Wagner, diretor-executivo da Alacero.

Ainda segundo a entidade, para cada posto de trabalho na área são gerados em média outros 4,93 empregos indiretos na cadeia de valor. O Brasil foi o país que registrou o maior aumento de empregos diretos em 2021 com relação a 2020, com um total de mais de 16.600 postos, seguido pelo Peru, com 1.900. Já os países com maior indicador de geração de empregos indiretos em 2021 foram Chile (9,67), México (6,50), Equador (5,28), Argentina (4,76) e Brasil (4,44).

De acordo com a Alacero, a pandemia foi o principal vetor da oscilação da economia e do índice de emprego na América Latina. No primeiro ano provocou a perda de 16.300 empregos diretos (-7,4%), porcentagem ligeiramente superior à queda de 7,1% observada nos empregos indiretos, o que representou menos 76.800 postos de trabalho.

Embora a análise do consumo de materiais na América Latina realizado pela Alacero preveja uma redução de 2,1% no consumo de aço este ano, a indústria siderúrgica tem, tal como se revelou acima, uma grande capacidade de resiliência e um papel muito importante na recuperação do mercado de trabalho na América Latina.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/07/2022

 

Até 2050, 38% do aço terá como fonte sucata ferrosa

 Apesar de gerar menos CO2, quantidade de sucata disponível não é tão abundante e não poderá substituir totalmente a produção de ferro A produção global de aço é responsável por 7% das emissões de gases de efeito estufa. Entre as alternativas existentes, que visam uma manufatura mais sustentável e o alcance de metas Net-Zero, a reciclagem de sucata ferrosa em fornos elétricos a arco (EAF) é um caminho comprovado para descarbonizar a produção da matéria-prima, sem perda de qualidade. Além disso, será responsável por 38% do aço produzido até 2050: é o que aponta o estudo do Boston Consulting Group (BCG) “Greener Steel, Greener Mining”.

O relatório aponta a reciclagem como uma das soluções que ajudaria a indústria da mineração a diminuir as emissões de gases do Escopo 3, que atualmente representam 90% das emissões do setor. Ao expandir sua oferta de metais com baixo teor de carbono, como é o caso da sucata, as mineradoras podem incentivar o início de um “mercado circular” de ferro nas próximas décadas.

Para Arthur Ramos, diretor-executivo e Sócio do BCG Brasil, o reúso de sucata ferrosa traz vantagens que vão além da redução de GEE.

“O aço é uma matéria-prima que pode ser reciclada infinitas vezes. Essa é uma oportunidade para os fornecedores da commodity de expandirem seus portfólios e, ao mesmo tempo, diminuírem suas emissões de carbono – algo que é esperado pelo mercado para atingir as metas globais de Net-Zero”, diz o executivo, ao se referir à cobrança feita pela coalizão de gestores de ativos europeus, o Institutional Investors Group on Climate Change, que em 2021 acusou a indústria siderúrgica de não estabelecer compromissos firmes de redução de poluentes.

Conforme o estudo, é necessária uma compreensão profunda dos subsegmentos da cadeia de valor da sucata ferrosa para desenvolver uma estratégia de utilização rentável e construir um modelo de negócios concreto, passível de investimento. Como a indústria de sucata é bastante fragmentada, ela também pode obter crescimento de valor, aumentando a transparência e abrindo uma nova fonte de receita, ao dar uma nova finalidade para produtos que seriam descartados e gerariam ainda mais poluição.

A pesquisa ressalta que, embora seja promissora, a reciclagem não resolverá todos os problemas da indústria de mineração. Apesar de gerar muito menos CO2, a quantidade de sucata ferrosa disponível não é tão abundante e, por isso, não poderá substituir totalmente a produção de ferro. Outras soluções apontadas pelo BCG são a captura, utilização e armazenagem de carbono, e a transição de altos-fornos para fornos elétricos.

A opção de reutilizar o carbono emitido na produção de aço em processos industriais é bastante discutida globalmente, mas é uma ideia ainda imatura. A armazenagem do CO2 requer formações geológicas específicas e limitadas, que permitam que o gás seja bombeado e retido no subsolo. Além da tecnologia para o procedimento precisar de avanços, o método enfrenta resistência pública em muitas regiões, que não querem permitir as operações em seus territórios.

A substituição dos altos-fornos e fornos básicos de oxigênio (BOFs) de uma siderúrgica para produção de redução direta de ferro (DRI) e fornos elétricos a arco (EAF) é uma opção já amadurecida. As instalações de produção de DRI funcionam com gás natural e, eventualmente, usarão hidrogênio verde, podendo reduzir as emissões de 33 a 55% em comparação com a produção de altos-fornos e BOFs, levando em consideração os Escopos 1, 2 e 3 de GEE. Mais de 100 milhões de toneladas de produção DRI-EAF, com gás natural, já estão em funcionamento em todo o mundo.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/07/2022