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56% dos empresários apontam reforma tributária como principal medida para criar empregos

O que o próximo governo deve fazer para estimular a geração de empregos? A maioria dos empresários brasileiros (56%) acredita que a medida mais importante é realizar a reforma tributária, segundo uma pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além do modelo complexo e ineficiente de cobrança de impostos, que freia o crescimento da economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional também são vistos como gargalos para ampliar as oportunidades de trabalho no país.

Na opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamento e 35% apontaram também, entre as principais medidas para gerar emprego, a necessidade de fortalecer a capacitação profissional.

“O complexo e oneroso sistema de cobrança de impostos do país inibe a produção de todos os setores econômicos e dificulta a geração de empregos e de renda para os brasileiros. A reforma tributária é fundamental para acelerar o ritmo de crescimento da economia e, por isso, deve ser uma prioridade para o próximo governo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Cada um dos entrevistados, ao responder à pergunta sobre o que o próximo governo deveria fazer para gerar empregos, foi estimulado a escolher duas ações. Realizar a reforma tributária foi a mais apontada pelos empresários tanto como primeira quanto como segunda medida mais importante, tendo sido citada por mais da metade dos entrevistados.

Ainda aparecem como medidas relevantes para a geração de empregos, de acordo com os empresários entrevistados pela pesquisa, liberar crédito para as empresas investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e realizar novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%). Os percentuais são o somatório total de entrevistados que citaram a medida como primeira e segunda mais importante.

 
 
 

A pesquisa Agenda de Prioridades da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, ouviu 1.001 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do país. As entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de agosto de 2022. O questionário, além de perguntas relacionadas à geração de emprego e outras questões importantes para o crescimento da economia, também aborda saúde, educação e segurança. Confira o estudo na íntgra:

- Agenda de Prioridades - Empresários.pdf (1,3 MB)

Para um em cada três empresários, o próximo presidente deve priorizar educação

A pesquisa mostra, ainda, que os empresários reconhecem a relevância da formação dos jovens brasileiros para o crescimento da indústria e para o desenvolvimento do país. Para um em cada 3 entrevistados, a educação deve ser a principal prioridade do presidente eleito nos próximos quatro anos. Foi o tema mais citado pelos executivos como primeira e segunda principal prioridade do país.

O segundo tópico mais citado para ser a prioridade do governo a partir de 2023 foi saúde pública (26%) e na terceira posição aparece crescimento econômico, tendo sido apontado por 20% dos entrevistados como primeira ou segunda principal medida. Em seguida, redução de impostos (14%) e geração de emprego (12%).

Sobre a importância dada à educação pelos empresários para os próximos quatro anos, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca:

“A educação de qualidade em todos os níveis é um dos pilares fundamentais para a construção da cidadania e da prosperidade das nações. Só com educação de qualidade vamos preparar pessoas capazes de interpretar os avanços tecnológicos e propor soluções inovadoras”.

A urgência em investir em educação e saúde acompanha a avaliação dos empresários sobre as áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos: as duas áreas aparecem no topo da lista, com 22% e 21% das citações, respectivamente. Os próximos tópicos que os empresários destacaram como aqueles com desempenho abaixo, mas com percentuais menores, foram inflação (9%) e segurança pública (7%). Nesta pergunta, cada um dos entrevistados apontou apenas uma opção. 

Maioria dos empresários defende fortalecer ensino técnico e básico

Entre os caminhos possíveis para melhorar a educação no país, a maioria dos empresários apontou que, entre os diferentes níveis de formação, os que mais precisam do olhar do poder público são o ensino técnico (34%) e o ensino básico (32%). Em seguida, aparece a alfabetização, com um total de 18%. Os demais níveis de formação, como ensino médio, ensino superior e pós-graduação, somam 14%.

Já com relação às ações específicas para a área, um em cada três executivos acredita que a prioridade do próximo governo deva ser melhorar a capacitação dos professores. A qualificação aparece muito acima da necessidade de contratar mais docentes, citada apenas por 2% dos entrevistados. No topo da lista de medidas mais importantes para a área, na visão dos empresários, também estão priorizar os cursos técnicos/profissionalizantes (20%) e aumentar os salários dos professores (20%). Como cada um dos entrevistados respondeu duas prioridades para a área, o percentual é a soma das escolhas da primeira e segunda principal medida.

 

“A pesquisa mostra que há uma demanda do setor empresarial por maior investimento no ensino técnico, que está mais alinhado às necessidades do mercado de trabalho. Outro ponto é a preocupação dos executivos com a qualidade do ensino. Diante de uma indústria cada vez mais tecnológica, o ensino precisa acompanhar as habilidades exigidas pelas empresas”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Saúde e segurança pública precisam avançar 

Sobre as prioridades do próximo governo para a área da saúde, para um em cada quatro empresários deve ser a melhoria das condições dos hospitais e postos de saúde. Em seguida, os entrevistados elegeram como ações urgentes qualificar melhor os médicos e enfermeiros (19%), contratar mais médicos e enfermeiros (19%) e a necessidade de mais investimentos em saúde (19%). Como os entrevistados elegeram duas prioridades, cabe ressaltar, no entanto, que aportar mais recursos foi eleita por 16% como primeira principal medida, percentual que supera os tópicos que ficaram no somatório em segundo e terceiro lugar.

 

Na área de segurança, a prioridade do governo que assume em 2023, na opinião dos empresários, deve ser aumentar o efetivo de policiais nas ruas (23%) e equipar a polícia (20%). Aumentar o salário dos policiais, evitar que pessoas que cometam crimes fiquem pouco tempo na prisão e reformulação do código penal aparecem como ações importantes para 15%, 13% e 12% dos entrevistados, respectivamente. Assim como nas demais áreas (saúde e educação), os percentuais são a soma da escolha como primeira e segunda principal prioridade para o tema. 

Simplificação de impostos e controle dos gastos públicos impulsionariam a economia

Quando se trata do cenário atual, quase a metade (48%) dos empresários avalia a situação da economia brasileira como ótima ou boa. Do total, 35% avaliaram a economia como regular e 17%, ruim ou péssima. Para melhorar a economia brasileira, 43% dos empresários apontaram que o próximo presidente deve priorizar, nos próximos dois anos, reduzir os impostos. A segunda prioridade apontada para a área foi simplificar os impostos, tendo sido citada por 28% dos entrevistados como primeira ou segunda opção. 

Um percentual relevante dos executivos também acredita que é preciso controlar os gastos públicos (24%), combater a inflação (23%), gerar empregos (23%) e reduzir as taxas de juros (17%). 

Em relação às prioridades do próximo governo pensando nas empresas dos executivos e no ambiente de negócios do país, o resultado é muito similar à pergunta sobre as prioridades para a economia brasileira: 41% acreditam que o poder público deve avançar com a redução de impostos e 23% citaram a realização da reforma tributária. Em terceiro lugar aparece a oferta de linhas de crédito facilitadas, tendo sido citadas por 17% dos entrevistados. 

7 em cada 10 empresários acreditam na melhora da economia

Em relação ao futuro do país, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia do país, 69% disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos.

“A discussões em torno da reforma tributária avançaram no país e hoje temos um inédito consenso em relação à importância e urgência dessa agenda. O texto em tramitação no Congresso Nacional, a PEC 110, é resultado de um amplo debate, com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade e especialistas. Há uma expectativa dos empresários industriais em relação à prioridade que será dada ao tema no próximo governo. Aprovar a reforma tributária, com adoção de um sistema de tributação do consumo que seja mais moderno, eficiente e alinhado ao padrão mundial, é um passo fundamental para aumentar a competitividade das empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento da economia, gerando mais empregos e renda para os brasileiros”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 16/09/2022

Cade vai avaliar posição da CSN na Usiminas

Um despacho publicado nesta semana pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) poderá permitir que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tenha mais de 5% de participação na sua principal concorrente no mercado de aços planos, a Usiminas.

Em 2014, o Cade vetou o percentual de quase 17% de participação e obrigou a CSN a vender parte das ações que detinha da concorrente, o que a siderúrgica de Benjamin Steinbruch não conseguiu fazer em cinco anos. Mesmo após um prazo extra de três anos, a venda também não foi concluída e, agora, a SG não vê mais problema no percentual que havia sido vetado pelo tribunal do órgão antitruste.

O despacho ainda será analisado pelo tribunal do Cade, o que pode ocorrer já na sessão da próxima semana. Diferente dos casos principais, o despacho entra na lista de casos do fim da sessão, que são votados de forma mais célere pelos conselheiros. Algum dos integrantes poderá pedir vista e suspender a decisão.

Superintendência indica que a jurisprudência do Cade mudou, passando a permitir fatias acima de 5%, mas sem direitos

O caso remonta a uma operação de compra de aços da Usiminasrealizada pela CSN em 2011, quando ela começou a adquirir papéis da concorrente. As aquisições, em 31 de outubro de 2011 eram correspondentes a 11,54% do capital votante e 14,97% do capital total.

Em medida preventiva, o Cade impediu a CSN de comprar novas ações da Usiminas e ela também foi proibida de indicar membros para o conselho fiscal e de administração da concorrente. Na época, relatou-se que essas ações perderam os direitos políticos, o que dificultou a eleição de conselheiros minoritários, pois a quantidade de papéis em circulação no mercado ficou muito pequena.

Quando o caso foi julgado pelo tribunal do Cade, em 2014, a CSN tinha 17,43% das ações - capital total - da Usiminas. O Conselho determinou que a participação fosse reduzida. O Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) permitia o aluguel de ações de forma fragmentada e impessoal para minimizar impacto da retirada massiva de ações. A decisão manteve a suspensão dos direitos políticos da CSN na sua concorrente.

As duas companhias são as maiores produtoras de aços planos laminados do país.

Ao longo desse período, a empresa conseguiu estender o prazo de cinco anos para venda de ações por mais três anos. Após novo pedido para estender o prazo, conseguiu reverter a decisão, pelo menos na SG. Fonte que esteve a par da situação da Usiminas nos últimos anos relata que esse adiamento de prazo foi suficiente para que a companhia de Steinbruch pudesse tornar algumas deliberações confusas com sua tentativa de participar.

No despacho, a SG indica que a jurisprudência do Cade mudou nesse intervalo e que o órgão passou a permitir participações acima de 5% desde que não haja exercício de direitos políticos.

“A detenção de ações de concorrentes não vem sendo entendida pelo Conselho como um problema concorrencial per se”, afirma o despacho, assinado pelo superintendente geral Alexandre Barreto e por uma assessora técnica. Nesse sentido, o despacho cita julgamentos envolvendo BRF e Marfrig, BRF e Minerva e MSC e Log-In.

Em todos os casos, foi permitida a manutenção de titularidade de participações das adquirentes no capital das concorrentes superiores às detidas pela CSN na Usiminas. No caso do AC BRF/Minerva, a participação era de 16,77%. Nesse caso BRF/Marfrig, a Marfrig havia submetido à análise do Cade a aquisição de ações ordinárias representativas de aproximadamente 32% do capital social de emissão da BRF, que também recebeu o aval da superintendência-geral. Já em MSC-Log-In, o controle (70%) foi adquirido pela MSC.

“A legislação e os precedentes atuais deste Conselho permitem a subscrição e a manutenção das ações detidas pela CSN e adquiridas em oferta pública de ações em aquisição em patamar igual ou superior a 5% do capital social da Usiminas, desde que limitado ao exercício dos direitos patrimoniais conferidos pelos referidos ativos”, afirma a SG no despacho. Caso haja a necessidade do exercício de direitos políticos para a manutenção do investimento, o Cade poderá ser acionado.

A SG afirma no parecer que não houve manifestação de terceiros sobre eventual descumprimento da medida comportamental durante o monitoramento do acordo e que a CSN vem manifestando o interesse de manter sua participação na Usiminas com o intuito exclusivo de sócio-investidor. “A restrição ao exercício dos direitos políticos por parte da Compromissária vem sendo respeitada, demonstrando seu interesse em se manter como mero investidor, sem ingerência nos negócios e no processo decisório da concorrente”, afirma o despacho.

Procurada, a SG do Cade informou que não se manifesta sobre casos em andamento. A Usiminas declarou que não vai se manifestar sobre o tema. A CSN não retornou até o fechamento da edição.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

Indique para um amigo do mercado

Vale diz que mercado de minério ‘só pode melhorar’ a curto prazo

O mercado de minério de ferro se estabilizou com os impactos dos bloqueios da covid-19 na China e dos problemas imobiliários já precificados, de acordo com um dos principais produtores do ingrediente siderúrgico. “A boa notícia é que daqui para frente só pode melhorar”, disse Luciano Siani, vice-presidente executivo de estratégia e transformação de negócios da Vale, a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo.

Ao contrário de outros períodos de desaceleração da demanda chinesa, quando os preços despencaram, a cotação do minério de ferro deve se manter perto do nível atual de US$ 95 a US$ 100 por tonelada métrica, já que as mineradoras estão tendo dificuldades para expandir capacidade rapidamente e abastecer os mercados, disse ele em entrevista.

“No curto prazo não há minério disponível”, disse Siani.

A indústria de minério de ferro está enfrentando ventos contrários depois de desfrutar de um período de prosperidade no primeiro semestre de 2021. As margens de lucro antes infladas por um boom de commodities agora estão sendo espremidas à medida que os preços em queda colidem com os temores de inflação e recessão. A demanda da China abrandou à medida que restrições de mobilidade causadas pela covid-19 e uma crise imobiliária ameaçam minar o pico da temporada de construção do país. Os futuros de minério de ferro caíram 40% em relação ao pico de março.

A China continuará sendo um importante comprador de metais, embora a transição global de combustíveis fósseis para fontes de energia mais limpas deva se tornar a principal força motriz das decisões de negócios na indústria de mineração nos próximos 20 anos, disse Siani. Essa mudança levará as siderúrgicas chinesas cada vez mais a demandarem um minério com maior teor de ferro, crucial para cortar emissões na fabricação do aço.

Em meio à desaceleração econômica chinesa, a Vale visa preservar sua participação de mercado tornando-se um dos principais fornecedores de produtos de minério de alta qualidade, que hoje alcançam um prêmio de cerca de US$ 85 a tonelada para variedades de baixo teor.

A Vale vem buscando parcerias com siderúrgicas para enfrentar o desafio de encontrar formas mais limpas de processar minério. Seus esforços incluem o desenvolvimento dos chamados briquetes verdes que, segundo a empresa, podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa durante a produção de aço em até 10%. A empresa planeja ter hubs para fabricar produtos de alta qualidade em regiões com baixo custo de energia, incluindo Oriente Médio e Estados Unidos, nas próximas duas décadas, disse Siani.

A mineradora sediada no Rio de Janeiro também tem ambições de se tornar um player maior nos metais básicos que sustentam a transição energética, indo além de seu foco em níquel e cobre, disse Siani. A Vale quer expandir sua atuação em metais essenciais necessários para veículos elétricos e indústria de energia renovável, e consideraria aquisições.

Um metal considerado menos atraente para a Vale no momento é o lítio, devido às crescentes avaliações para mineradores do mineral crucial para baterias de veículos elétricos.

“O lítio é um mercado interessante, com sinergia com nossos negócios, mas eu diria que no momento as avaliações das empresas passaram do ponto em que seria atrativo fazer um movimento”, disse Siani.

A companhia brasileira está procurando um parceiro para construir uma operação de sulfato de níquel no Canadá e também conversando com empresas de reciclagem de baterias para ampliar a exposição à cadeia de suprimentos de veículos elétricos.

A Vale deu aos investidores uma visão de um pipeline de projetos de metais básicos durante uma apresentação recente no Canadá, onde opera grandes operações de mineração de níquel em Sudbury, Ontário e Voisey’s Bay em Labrador. A mineradora também pretende crescer em cobre, devido à escassez do metal usado na fiação.

“Haverá um déficit importante”, disse ele. “Se uma empresa tiver um projeto de cobre licenciado e pronto para ser implantado, nenhum investidor dirá ‘não faça’."

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

Congresso Alacero Summit 2022 no México, com foco em inovação, geopolítica e sustentabilidade

Com o intuito de impulsionar as discussões sobre a importância do setor de aço para as economias mundiais e principalmente da América Latina, a Alacero, Associação Latino-Americana de Aço, entidade responsável por integrar mais de 95% da cadeia produtora do material na região, realiza, há mais de 60 anos, o congresso Alacero Summit. A edição de 2022 acontece nos dias 16 e 17 de novembro (quarta e quinta-fera), em Monterrey, México, e espera receber executivos de empresas como ArcelorMittal, DeAcero, Gerdau, Ternium, Vale, Autlán, Primetals, Enel, Danieli, Russula entre outras. Interessados podem conferir a programação completa aqui.

O evento é uma oportunidade para troca de informações e construir networking. Na ocasião, serão promovidos debates sobre possíveis soluções para os desafios existentes e a troca de experiência com os protagonistas da indústria - a exemplo do Gustavo Werneck, presidente da Alacero e CEO da Gerdau, que realizará o encerramento do evento. Para Werneck, —o Congresso é uma oportunidade de ouvir o mercado, especialistas e as empresas que formam nossa cadeia de valor. Podemos absorver as reflexões e transcender em ações concretas. Vimos quanto avanço foi feito do último ano para cá, no qual o foco do Congresso foi a descarbonização. Isso só é possível com o apoio de toda a cadeia, desde fornecedores até o cliente final—.

Em dois dias de evento, a programação conta com painel sobre o Panorama Político, Social e Econômico considerando o contexto mundial pós pandemia e a guerra na Ucrânia. Cayetana Álvarez de Toledo, política e jornalista espanhola abre o painel seguido por Andrés Malamud, licenciado em Ciências Políticas pela Universidade de Buenos Aires. Além disso, o evento inclui palestra sobre as perspectivas da indústria como motor de desenvolvimento inclusivo da América Latina, com o economista brasileiro Ricardo Sennes e o professor mexicano do Centro de Investigação e Docência Econômicas, Carlos Elizondo.

Logo haverá um painel sobre Desenvolvimento sustentável: megatendências do uso do aço na mobilidade e na construção. Para falar de mobilidade estará Polo Cedillo, CEO do Grupo Proeza e, para a parte de construção, o evento contará com a participação de dois CEOS de construtechs que vêm ganhando mercado: Lucas Salvatore, CEO da Idero na Argentina e Ricardo Mateus, CEO do Brasil ao Cubo. — Será uma honra falar sobre como esse mercado tem crescido. Lembro quando comecei em 2013 que queria construir casas tão bem elaboradas quanto a fabricação de um carro em sua linha de produção. Entregar valor a uma sociedade que tanto anseia por uma moradia sustentável. É como ir a uma concessionária Brasil ao Cubo e poder trocar a minha casa modelo 2016 por uma do ano de 2039 com seus respectivos itens de série. E isso só é possível com o aço na estrutura modular— comenta Ricardo.

O evento contará com a tradicional conversa entre CEOs e chairman do setor “Diálogos sobre Aço”, com a participação de André G. Johannpeter da Gerdau, Máximo Vedoya da Ternium e David Gutierrez da DeAcero; Para falar sobre atração e os desafios de reter colaboradores na indústria, estará Steve Cadigan, LinkedIn’s First Chief HR Office e um dos principais palestrantes e assessores do Vale do Silício para em seguida ouvir estudo de casos de toda a cadeia de valor: desde fornecedores como a Vale, as próprias produtoras de aço ArcelorMittal, Gerdau, Ternium e Deacero até o cliente final com a MABE.

O segundo dia terá foco nos temas de sustentabilidade, transição da matriz energética e o convidado experto é Vijay V. Vaitheeswaran, correspondente do The Economist. Em seguida a indústria latino-americana apresenta casos de como vem trabalhando o tema. Contaremos com Javier da Enel Green Power e Eduardo Sattamini, CEO de Engie Energia Brasil. Ainda teremos apresentações sobre as tecnologias disruptivas com o Dr. Alexander Fleischander da Primetals e Bob Perez da Baker Hughes.

A indústria do aço sempre foi protagonista de grandes mudanças e resilientes em cada desafio que enfrenta. O setor tem se atualizado constantemente para melhorar seus processos e emitir cada vez menos CO2. — A América Latina possui uma das produções de aço mais eficientes do mundo. Para cada tonelada de aço produzida, as empresas latino-americanas emitem 1,6t CO2, valor inferior à média mundial de 1,8 tonelada, segundo worldsteel. Assim, acredito que iniciativas como o Alacero Summit, que reúne players tão importantes, têm um grande potencial de alavancar cada vez mais um setor tão importante para toda a sociedade — comenta Alejandro Wagner, diretor executivo de Alacero. Para encerrar o evento haverá uma palestra mais inspiradora de Javier Gómez Santander, coprodutor e roteirista da série da Netflix, A Casa de Papel. Não perca!

Alacero — A Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Fundada em 1959, é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano. A Alacero é reconhecida como Organização Especial de Consultoria pelas Nações Unida e representa a siderúrgica latino-americana perante organismos internacionais como worldsteel, OCDE, Agência Internacional de Energia (IEA), ONU (Unctad) e BID, aos quais leva as ideias e posições de seus parceiros. | https://alacero.org

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

 

MRS Logística estende contrato de transporte de carga com Usiminas até março de 2023

A MRS Logística anunciou nesta quinta-feira que estendeu até o dia 31 de março de 2023 a vigência de um contrato de prestação de serviços de transporte ferroviário de carga com a Usiminas.

De acordo com a empresa, o aditivo também altera as demais condições comerciais e adiciona nova cláusula referente à Lei Geral de Proteção de Dados. O valor do contrato é de R$ 1,04 bilhão.

A MRS Logística é uma operadora logística controlada por um consórcio formado pela MBR (32,9%), CSN (18,6%), CSN Mineração (18,6%), Usiminas (11,1%), Vale (10,9%) e Gerdau (1,3%).

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

Estudo diz que indústria de caminhões projeta mudanças radicais em 10 anos

O modelo de negócios da indústria de veículos pesados no Brasil deve sofrer mudanças radicais nos próximos 10 anos. Essa é uma das conclusões da Pesquisa Caminhões SAE Brasil 2022, realizada pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade em conjunto com a KPMG e a agência de notícias Autodata. Os resultados foram divulgados na quarta-feira, 14, na sede da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo. 

As perguntas da pesquisa foram divididas em três grupos: aspectos estratégicos, matriz energética e relacionamento com clientes. Entre as conclusões mais importantes, 68,9% dos representantes da indústria de caminhões afirmaram que o desenvolvimento de tecnologias de propulsão limpa é “muito importante”, mesmo percentual informado para o aperfeiçoamento da eficiência energética de motores a combustão.

Indústria de caminhões em transformação

Para quase 90% dos entrevistados, o atual modelo de negócios da indústria (baseado puramente em produzir e vender) mudará radicalmente no Brasil na próxima década.

Além disso, 59,9% acreditam que o papel das concessionárias deve ganhar ainda mais importância na intermediação da relação entre clientes e fabricantes.

Clientes aceitariam gastar mais com caminhão verde

Questionados sobre a intenção de compra de um caminhão novo, dois terços dos entrevistados manifestaram interesse em adquirir outro veículo. Enquanto 27,3% afirmaram que a aquisição deve acontecer ainda neste ano, 22,3% afirmaram que isso deve ocorrer nos próximos dois anos.

Já 33,1% disseram que não pretendem comprar um caminhão nos próximos quatro anos. Entre eles, 62,5% dos entrevistados são autônomos, o que representa certo alívio para a indústria.

Outro ponto interessante surgiu ao perguntar se os clientes estariam dispostos a absorver um custo mais elevado de abastecimento para beneficiar o meio ambiente: 32,2% afirmaram concordar parcialmente com isso e 14% disseram concordar plenamente.

Quando questionados qual porcentagem a mais estariam dispostos a pagar para diminuir as emissões de carbono, 58,9% afirmaram que o incremento no custo poderia chegar a até 5%, enquanto 28,6% se dispuseram a pagar até 10% a mais. 

Incentivo governamental é importante

Ao mesmo tempo, 65,6% dos entrevistados disseram concordar inteiramente com a criação de um eventual programa de incentivos do governo para quem investir em caminhões com propulsão limpa, e 26,9% alegaram concordar parcialmente com a ideia.

Por fim, 43,5% dos respondentes (de indústria e clientes) afirmaram que é alto o grau de maturidade de sua organização sobre a importância dos princípios relacionados à agenda ESG, sendo que 41,8% classificaram a taxa como média. Sobre a importância de suportar custos adicionais para atender aos princípios da agenda ESG, 48,8% dos entrevistados declararam concordar plenamente.

No levantamento, 70,1% dos respondentes foram da região Sudeste, com 20,5% da região Sul. Entre os entrevistados da indústria, 20,3% trabalham em montadoras, ao passo que 19,7% representam concessionárias.

- Confira aqui os resultados da Pesquisa Caminhões SAE Brasil 2022

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 16/09/2022