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Covid-19 na China derruba preços do minério e petróleo

O avanço da covid-19 na China e o receio de que a pandemia leve à adoção de novos lockdowns, agora também em Pequim, derrubaram os preços das principais commodities nesta segunda-feira. As perdas mais significativas ficaram com o minério de ferro, que segue pressionado pelos sinais reiterados de que a maior produtora mundial de aço bruto vai controlar o ritmo de operação das siderúrgicas.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% caiu 9,8% no norte da China, para US$ 135,75 por tonelada, o menor preço desde 15 de março. Com esse desempenho, as perdas da commodity no mercado transoceânico em abril já superaram 14%. No ano, os ganhos foram reduzidos a 14,1%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, para setembro, encerraram a sessão com baixa de 10,7%, a 794,50 yuan por tonelada.

De acordo com a Bloomberg, um diretor do Ministério do Meio Ambiente chinês, Li Gao, afirmou durante conferência em Pequim, no sábado, que o país precisa impor “controles razoáveis” à produção de aço, com vistas ao cumprimento de metas ambientais.

Segundo a consultoria Mysteel, a produção diária de aço bruto entre as usinas que integram a Cisa (China Iron & Steel Association) cresceu em meados deste mês, mas ainda assim permanece abaixo do registrado em 2021, refletindo o acesso limitado às matérias-primas por parte de algumas siderúrgicas e a demanda doméstica desaquecida.

Entre 11 e 20 de abril, segundo a Mysteel, a produção diária chinesa de aço bruto subiu 0,5%, a 11,6 mil toneladas, frente aos dez dias anteriores. Na comparação anual, a queda é de 3,8%.

Na semana passada, a World Steel Association (Worldsteel) mostrou que a China segue desacelerando a produção siderúrgica. Em março, o país produziu 88,3 milhões de toneladas de aço bruto, com queda de 6,4% na comparação a anual. No trimestre, a baixa acumulada chega a 10,5%.

O petróleo, por sua vez, reagiu em queda aos temores de que o surto na China reduza mais a demanda. Segundo a Bloomberg, o aumento dos casos de covid-19 em Pequim e o número recorde de mortes em Xangai no fim de semana alimentaram receios de que um lockdown sem precedentes possa ser adotado na capital chinesa.

“A principal história do petróleo continua sendo a China”, disse à Bloomberg o fundador da consultoria Oilytics, Keshav Lohiya. “O impacto na demanda doméstica será significativo se Pequim seguir os passos de Xangai”, afirmou.

Enquanto os contratos do Brent para julho recuaram 3,76%, a US$ 102,16 o barril, na ICE, em Londres, o WTI caiu 3,46%, para US$ 98, 54 o barril na Bolsa de Mercadorias da Nova York (Nymex) - no meio da sessão, os contratos da commodity para junho chegaram a perder mais de 6%.

Nesse cenário, segue a Bloomberg, o principal importador de petróleo do mundo caminha para o pior choque de demanda desde o início da pandemia, agravando o ambiente de volatilidade instaurado após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

“O mercado se prepara para oferta adicional, o que aumenta os sinais de baixa. Espera-se que a Líbia retome a produção em campos fechados nos próximos dias, enquanto o terminal de petróleo CPC na costa russa do Mar Negro retomou as operações regulares após reparos”, informou a agência de notícias.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/04/2022

Demanda por aço deve subir 0,4% neste ano, diz relatório da Worldsteel

A demanda global por produtos acabados de aço neste ano vai crescer apenas 0,4%, chegando a 1,84 bilhão de toneladas, segundo previsão publicada hoje pela World Steel Association (Worldsteel), entidade que reúne os fabricantes mundiais do setor. A projeção faz parte do relatório Short Range Outlook (SRO), que é publicado duas vezes ao ano — abril e outubro.

O crescimento será inferior ao registrado no ano passado, que foi de 2,7%, aponta o relatório.

Para o próximo ano, conforme o SRO publicado pela Worldsteel, a demanda mundial de aço voltará a crescer com mais robustez, atingindo 2,2% ante os volumes de 2022. A projeção indica que alcançará 1,88 bilhão de toneladas.

A previsão atual, observa a entidade, leva em conta o contexto da guerra da Rússia na Ucrânia e está sujeita a incertezas. Uma delas é a inflação global, que “obscurece as perspectivas para o consumo de aço”.

Máximo Vedoya, presidente do Comitê de Economia da Worldsteel, comentou: “Esta perspectiva de curto prazo é feita à sombra da tragédia humana e econômica após a invasão russa da Ucrânia. Todos desejamos um fim tão rápido e pacífico para esta guerra, o quanto possível”.

Segundo o relatório, em 2021 a recuperação do choque pandêmico acabou sendo mais forte do que o esperado em muitas regiões, apesar dos problemas contínuos da cadeia de suprimentos e das ondas de covid-19.

“No entanto, uma desaceleração mais acentuada do que o previsto na China levou a um menor crescimento da demanda global de aço em 2021”, indica o SRO.

Para 2022 e 2023, as perspectivas são altamente incertas. “A expectativa de uma recuperação contínua e estável da pandemia foi abalada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento da inflação”, conclui o relatório.

China na dependência de estímulos

A demanda chinesa, cujo país é o maior produtor e consumidor mundial de aço, teve uma grande desaceleração em 2021 devido às duras medidas do governo sobre incorporadoras imobiliárias, aponta o SRO. Além de ações para amenizar as emissões de CO2 no país e conter a alta especulativas dos preços do minério de ferro.

Mas, para este ano, informa o SRO, a demanda vai permanecer estável à medida que o governo tenta aumentar os investimentos em infraestrutura e estabilizar o mercado imobiliário.

“Os estímulos introduzidos em 2022 provavelmente sustentarão um pequeno crescimento positivo na demanda por aço em 2023. Há potencial de alta de medidas de estímulo mais substanciais”, em um ambiente externo em deterioração, destaca.

A previsão é que a demanda por aço na economia chinesa neste ano fique igual à de 2021, que registrou retração de 5,4% ante 2020, e venha com leve crescimento de 1% em 2023.

A Índia deve manter-se em forte recuperação, de 7,5% e 6% neste e no próximo ano, enquanto nos Estados Unidos a projeção é de alta de 2,8% e 2,4%, respectivamente, após forte expansão de 21,1% no ano passado sobre 2020. Japão e Coreia do Sul vão registrar leve expansão — na faixa de 1% em cada ano.

Já para a Rússia — quinto maior produtor de aço do mundo —, projeta-se retração de 20% neste ano e zero de crescimento em 2023, devido aos impactos que o país sofrerá pelas sanções econômicas por ter invadido a Ucrânia.

Entre os dez maiores produtores, a indicação do SRO é que, na Europa, o consumo de aço na Alemanha sofra declínio de 0,6% em 2022, reagindo com alta de 7,6% no próximo ano. Para Itália é visto recuo de 2,1% neste ano e alta de 3,5% no próximo.

O relatório de curto prazo da Worldsteel prevê queda de 8,5% na demanda de aço do Brasil neste ano, na comparação com 2021, que teve expansão recorde de 23,2% sobre os números de 2020. A recuperação no mercado brasileiro viria em 2023, com 5%.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/04/2022

 

Negociação da CSN com metalúrgicos termina sem acordo

A reunião desta quinta-feira (14), entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e da CSN, terminou sem acordo.  O próximo encontro foi marcado para a próxima terça-feira (19). O presidente do sindicato, Silvio Campos, declarou que o encontro foi “exaustivo e duro”.

– Foram horas e horas de reunião, em que debatemos item a item da proposta, com momentos tensos e pedidos de interrupção por ambos os lados – disse Sílvio.

A negociação prossegue, com o sindicato garantindo que se manterá firme: “o Sindicato não vai se cansar de negociar e discutir o melhor acordo para os trabalhadores e estaremos sempre ao lado do trabalhador, mas temos que seguir o que manda a lei”, afirmou o presidente do sindicato.

A legislação, no entender do sindicato e da empresa, determina que o acordo seja buscado através dos representantes das duas partes.

Fonte: Diário do Vale
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/04/2022

Preço do aço na China deve permanecer instável afetado por covid, diz consult

O crescimento de casos de covid-19 na China e as medidas adotadas pelo governo local para conter o avanço do vírus devem continuar afetando os preços do aço, que permanecerão “flutuantes”, segundo a consultoria Mysteel.

Em comentário, a Mysteel aponta que as siderúrgicas chinesas permanecem acumulando estoques para se proteger de uma possível interrupção do fluxo de matérias-primas decorrente do aumento do número de caso de covid-19 no país.

A consultoria ainda lembra que os estoques nas principais traders têm recuado de maneira “saudável”.

Com relação aos preços das matérias-primas do aço, a Mysteel destaca que o minério de ferro deve sofrer um pouco, devido à baixa demanda por produtos siderúrgicos e à interrupção do transporte, mas lembra que os estoques da commodity nos portos chineses têm diminuído.

“Os preços do carvão metalúrgico podem ter tendência de alta, sustentados pelo equilíbrio entre oferta e demanda”, diz o relatório. A consultoria lembra que, apesar da preferência pelo carvão local, as dificuldades de transporte afetam a oferta doméstica, o que beneficia as importações.

Outros suprimentos que podem registrar valorização nas próximas semanas são o coque e a sucata de aço, que, segundo levantamento da Mysteel com 61 siderúrgicas, está no menor nível de estoque desde de outubro de 2020.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/04/2022

 

Juíza determina multa para manifestantes que impedirem entrada e saída de empregados da CSN

A juíza Monique da Silva Caldeira Kozlowski, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, concedeu um interdito proibitório à CSN, nesta terça-feira , dia 12. A decisão judicial impede Tarcísio Xavier Pereira e Edimar Miguel Pereira Leite de praticarem “atos que inviabilizem a entrada e saída de funcionários ou terceirizados da sede da empresa.

A juíza determina ainda que Tarcísio e Edimar “se abstenham da prática de atos que resultem em ameaça ou dano à propriedade ou à pessoa”. Em caso de descumprimento, a multa foi fixada em R$5.000,00 por infração cometida.

Fonte: Diário do Vale
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/04/2022

PR: Estado repassa mais de R$ 17 milhões para obras de infraestrutura em três municípios

O Governo do Estado formalizou nesta semana o repasse de R$ 17,8 milhões para obras de infraestrutura em São João do Triunfo, no Sul do Estado, Loanda e Cianorte, na região Noroeste. Os convênios da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística vão viabilizar a reforma e ampliação do Aeroporto Municipal de Loanda, a construção do Trevo das Araucárias, em São João do Triunfo, e a pavimentação da estrada ligando o distrito de Vidigal, em Cianorte, à cidade vizinha de Jussara.

O maior investimento será feito em Loanda, no valor de R$ 11,4 milhões – R$ 10 milhões repassados a fundo perdido pelo Estado, e o restante de contrapartida municipal. As melhorias na pista e no terminal de passageiros vão permitir a reativação do Aeroporto Municipal Atílio Acorsi, que não recebe pousos há mais de dez anos.

Todo o aeroporto será reconfigurado, com melhoria no pavimento e expansão da pista de pouso, que está bastante deteriorada, reforma do terminal de passageiros, ampliação do taxiway para a manobra das aeronaves, implantação de estacionamento e colocação do alambrado em toda a área. Ao mesmo tempo em que fará as reformas, o município vai trabalhar junto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a liberação de voos particulares no local.

Com a obra pronta, Loanda também planeja integrar o Voe Paraná, programa de aviação regional do Governo do Estado, que faz a conexão de 20 cidades do Interior do Paraná com a Capital. O Extremo Noroeste é uma das regiões paranaenses onde o turismo mais se desenvolve, graças às belezas do Rio Paraná, com suas ilhas e praias de água de doce. 

“Toda a região vai ser beneficiada com a reforma do aeroporto. Cidades vizinhas como Porto Rico têm grande potencial turístico e recebem milhares de pessoas. As indústrias e o agronegócio também são bem desenvolvidos. Loanda é a Capital da Torneira, e muitos empresários poderão utilizar o terminal”, explica o secretário municipal de Planejamento de Loanda, Éder Pietro. “A parceria com o Governo do Estado é essencial para viabilizar esse projeto porque, o município sozinho não tem recursos para obras como essa”.

O convênio será formalizado nos próximos dias e a prefeitura prevê a licitação em até 60 dias.

SÃO JOÃO DO TRIUNFO – A construção do Trevo ligando a PR-151 à Avenida das Araucárias vai abrir um acesso secundário a São João do Triunfo, facilitando o tráfego para São Mateus do Sul. O convênio para a obra soma R$ 1,4 milhão, R$ 1,2 milhão repassado a fundo perdido pelo Governo do Estado e R$ 200 mil de contrapartida do município.

O trecho da rodovia será alargado na interseção para a implantação do trevo, em uma área de intervenção de aproximadamente 4,6 mil metros quadrados. Pavimentada recentemente pelo município, a Avenida das Araucárias leva direto ao Centro de São João do Triunfo. O trecho da rodovia também fica próximo ao Parque de Exposições, formando congestionamentos quando há eventos no local.

“O local é um acesso para produtores rurais e há um movimento muito grande de tratores e máquinas agrícolas. Com a obra, será possível organizar o trânsito, separando os veículos leves dos pesados, o que além de melhorar a trafegabilidade, vai aumentar muito a segurança”, explica o secretário municipal do Planejamento de São João do Triunfo, Amauri Gralaki.

CIANORTE – A melhoria no acesso do distrito de Vidigal, em Cianorte, ao município de Jussara é uma reivindicação antiga das duas cidades. O Governo do Estado está repassando R$ 5 milhões para a pavimentação de um trecho de pouco mais de seis quilômetros, desde o distrito até a ponte sobre o Rio Ligeiro. A obra vai encurtar o trajeto entre as duas cidades, com reflexo no desenvolvimento da região.

Fonte: CGN
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/04/2022