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Aço: vendas internas crescem 8,5% em fevereiro, para 1,5 milhão/ton

O consumo aparente de produtos siderúrgicos também aumentou no mês de fevereiro.

As vendas internas de aço cresceram 8,5% em fevereiro de 2022 em relação a janeiro, atingindo 1,5 milhão de toneladas, informa o Instituto Aço Brasil. O consumo aparente de produtos siderúrgicos também aumentou no mês de fevereiro chegando a 1,8 milhão de toneladas, alta de 6,4% em comparação ao mês anterior.

A diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Aço Brasil, Débora Oliveira, diz que esses dados, assim como no mês anterior, consolidam a interrupção das quedas nas vendas ao mercado interno. As quedas desde julho do ano passado vinham ocorrendo devido ao processo de estocagem que ocorreu nos setores consumidores ao longo de todo o ano de 2020 e grande parte de 2021.

Em fevereiro, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, representando queda de 7,2% frente ao apurado no mês de janeiro de 2022, mas é preciso levar em consideração que fevereiro é um mês com menos dias úteis.

Guerra
Segundo Débora, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, a indústria, não só no Brasil como no mundo inteiro, vem sendo pressionada pela alta de custos de matérias-primas e insumos energéticos. Ela diz que economicamente, a guerra vem afetando toda logística global, aumentando o preço do frete marítimo, e causando efeitos negativos em toda a cadeia de suprimentos.

“No caso da indústria do aço, matérias-primas específicas como carvão mineral, gás natural e níquel vem sofrendo expressiva elevação de preço”, comenta ela em vídeo divulgado pelo Instituto Aço Brasil.

O Aço Brasil está divulgando hoje também o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de março/22, que apresenta crescimento de 2,1 pontos frente ao mês anterior, para 51,1 pontos. Com esse movimento, o indicador volta a se posicionar acima da linha divisória de 50 pontos, o que indica confiança dos CEOs da indústria do aço.

Fonte: Estadão  18/03/2022, 16:10 ( atualizada: 18/03/2022, 16:09 )
Seção: Investidor




Exportação de sucata ferrosa cresce em fevereiro; guerra deve elevar preços no País

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, somaram 31,191 mil toneladas em fevereiro, queda de 18% em relação às vendas externas de janeiro (38,203 mil toneladas), mas alta de 32% em comparação com os números de fevereiro de 2021, quando atingiram 23,636 mil toneladas.

No acumulado de janeiro e fevereiro, as exportações chegaram a 70,395 mil toneladas neste ano, ante 42,637 mil toneladas nos primeiros dois meses de 2021, um aumento de 65%, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia (Secex).

Segundo o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, o conflito na Ucrânia já está afetando os preços da sucata metálica no mercado internacional. "Nos primeiros quinze dias de março, os preços no Brasil se mantiveram estáveis, mas o viés é de alta até o final do mês e em abril", afirma.

Alvarenga lembra que a paralisação de uma das maiores usinas de aço da Ucrânia em função da guerra, a Kryvyi Rih, controlada pela ArcelorMittal, está tendo reflexos em todo o setor, com alta forte de matérias-primas como minério de ferro, ferro gusa e sucata.

A siderúrgica ucraniana produz mais de 6 milhões de toneladas de aço bruto por ano, 5 milhões de toneladas de produtos laminados e 5,5 milhões de toneladas de metal quente. A empresa também possui minas de minério de ferro com produção de cerca de 24,5 milhões de toneladas por ano.

Conforme fontes consultadas pela S&P Global Platts, "os recicladores e compradores do mercado brasileiro de sucata ferrosa registraram estabilidade de preços na primeira quinzena de março". Essas fontes temem, porém, que o cenário possa mudar, em função dos desdobramentos na invasão da Ucrânia pela Rússia.

Fonte: Terra
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/03/2022

 

Indústrias operam em 68% de sua capacidade em fevereiro

A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual em fevereiro de 2022, para 68%, em relação a janeiro. Com isso, o percentual passa a situar-se exatamente no valor da média para os meses de fevereiro. A UCI é inferior ao registrado no mesmo mês do ano passando, mas naquele período a indústria vinha de alguns meses de atividade excepcionalmente alta, por conta da recuperação após os meses de paralisação gerados pela pandemia.

Já a produção e o emprego seguem em queda. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a queda na produção e no emprego é típica para o início do ano.

O índice de evolução da produção ficou em 47,9 pontos, resultado que está abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa a queda e o crescimento da produção. Mesmo assim, o indicador subiu 4,8 pontos em relação a janeiro, em uma mostra de que a queda foi menos intensa e menos disseminada.

A pesquisa mostra que o emprego industrial também caiu. O índice de evolução do número de empregados foi 49,2 pontos, resultado abaixo da linha divisória pelo terceiro mês consecutivo. “É importante observar que o índice vem se aproximando da linha divisória de 50 pontos, o que revela que a queda no emprego está se tornando menor e menos disseminada entre as empresas”, explica Marcelo.

 

Estoques registram pequeno aumento em fevereiro

Os estoques aumentaram em fevereiro de 2022 e permanecem pouco acima do nível planejado. O índice de evolução do nível de estoques registrou 50,5 pontos em fevereiro. Esse valor ficou próximo à linha divisória de 50 pontos, indicando que houve alta moderada dos estoques entre janeiro e fevereiro de 2022. 

O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50,4 pontos em fevereiro de 2022. O indicador aponta que que o nível de estoque efetivo permanece próximo no nível planejado pelas empresas. Desde outubro de 2021, o índice se mantém próximo dos 50 pontos.

As expectativas seguem otimistas. Os índices de expectativa de demanda, de exportação, de compra de matérias-primas e de número de empregados apresentaram pouca variação na comparação de março com fevereiro. A intenção de investimento apresentou queda, mas permanece relativamente elevada.

Confira a íntegra da pesquisa:

- Sondagem Industrial Fevereiro 2022.pdf (767,7 KB)
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/03/2022

Covid e Influenza aumentaram custos da produção de metade das indústrias neste ano

O Covid e a Influenza afetaram a produção da indústria, o custo, a produtividade e os investimentos de forma intensa no primeiro bimestre de 2022. De acordo com a sondagem especial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 49% das empresas tiveram aumento de custos, 48% relataram aumento da incerteza e 43% acusaram queda da produção e da eficiência. Foram entrevistadas 1.788 empresas, sendo 753 pequenas, 621 médias e 414 grandes.

Das empresas consultadas, cerca de 90% afirmaram ter afastado algum funcionário, em janeiro de 2022, por contaminação ou suspeita de contaminação. E mais da metade delas teve a produção afetada. Os setores da indústria de transformação mais impactados foram: Calçados e suas partes (83%); Veículos automotores (82%); Vestuário e acessórios (77%); e Móveis (71%). No outro extremo, estão os setores Biocombustíveis (18%); Farmoquímicos e Farmacêuticos (27%); e Químicos (34%).

De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, desde o início da pandemia a indústria precisou se adaptar para garantir a produção e, foi exatamente o que ocorreu no início do ano, quando houve novo pico e um afastamento incomum de funcionários.

“Os casos confirmados ou suspeitos aumentaram a pressão sobre a produção e sobre os custos no início do ano, o que teve um efeito negativo na produtividade. A vacinação se mostra importante do ponto de vista do indivíduo, da coletividade e da economia”, explica o economista.

Veja abaixo a análise completa do economista:

Além disso, cerca de 30% dos empresários da indústria geral acreditam que houve atraso nos prazos de entrega da empresa, 15% entendem que houve dificuldade logísticas no transporte de produtos e insumos, 11% declararam que houve redução de investimentos e 8% acreditam que os afastamentos geraram paralisação da produção.

Confira a pesquisa completa abaixo:

- Impacto da ômicron na indústria.pdf (2,5 MB)
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/03/2022

ES: Rússia foi responsável por 5,74% das importações em janeiro

A guerra no leste Europeu está impactando a economia global, isto porque a Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de petróleo, gás, trigo, milho, fertilizantes, entre outros produtos. Mas como fica a economia capixaba, já que os dois países mantêm relações comerciais com o Espírito Santo? Há, inclusive, a importação de carvão de hulha utilizado pela indústria do aço no Estado.

Somente com este país, em 2021, o Estado importou em valores o total de US$ 255,9 milhões. Já as exportações capixabas para os russos totalizaram US$ 26,02 milhões no mesmo ano. As informações foram repassadas pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN).

Percentual de Participação

Porém, em uma análise mensal, é possível identificar o percentual de participação de cada país. Do que foi importado para o Espírito Santo, em janeiro de 2022, a participação da Rússia foi de 5,74%, já da Ucrânia de 0,01%. Para se ter uma ideia, os maiores parceiros comerciais do Estado, no mesmo mês, foram a China (22,93%) e a Austrália (20,94%).

No mesmo mês, a percentual exportado para a Rússia foi de 0,07% e para Ucrânia, 0,02%. Na ocasião, os maiores destinos das exportações foram os EUA (26,20%) e a Malásia (11,64%).

“A Rússia deve diminuir as importâncias, pois além das restrições, a tendência é de que ela utilize os recursos que tem durante a guerra. No caso da Ucrânia, as relações serão prejudicadas por conta do isolamento”, explicou o integrante do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) e mestre em economia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Heldo Siqueira.

Comércio com a Rússia

São exportados para a Rússia, café, pedra de cantaria ou de construção, gengibre, açafrão, pimenta, melões, melancias, entre outros, já entre os produtos mais importados para o Espírito Santo estão: briquetes, adubos (fertilizantes), alumínio, ferro, magnésio e hulha.

Também conhecida como carvão de coque, a hulha é uma variedade do mineral com alto índice de carbono em sua composição. É utilizada na produção de ferro e aço. No Espírito Santo, a ArcelorMittal confirmou por nota que utiliza o produto. Contudo, salientou que “está operando de forma estável”.

“É uma questão industrial. Essas grandes empresas podem ser articular e buscar novos mercados, comprar mais de outros países ou fazer novos parceiros comerciais. Mas é bom lembrar que tudo é uma reação em cadeia. Em razão da elevação do preço do barril de petróleo por conta do conflito, tivemos recentemente a subida de preço dos combustíveis. O mesmo acontece com a produção do aço, contudo, por ser um produto intermediário, não acredito que ele seja tão influente no dia a dia das pessoas”, explicou Siqueira.

Comércio com a Ucrânia

Já as relações comerciais com a Ucrânia apresentam valores menores. As importações do país para o Estado alcançaram as cifras de US$ 2,2 milhões em 2021. Já as exportações do Espírito Santo para os ucranianos totalizaram US$ 1,68 milhões em 2021.

Entre os produtos importados dos ucranianos para terras capixabas se destacam os aparelhos elétricos para telefonia, charutos, cigarros, transformadores elétricos, tubos e perfis de ferro ou aço. Já o Estado exporta para o país, pimentas, pedras de cantaria ou de construção, gengibre, açafrão, cúrcuma, café e preparações capilares.

“As exportações capixabas para os dois países são basicamente as mesmas, com destaque para o café e temperos, então acredito que essa pauta não mude, só o volume do que é comercializado, pois deve diminuir. Porém, nessas relações comerciais, o setor agrícola se destaca. E aí temos dois fatores, além do fornecimento em razão das exportações capixabas, o uso de fertilizantes na agricultura, que são importados da Rússia”, comentou o economista Siqueira.

Minério de Ferro e Aço 

Para o integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o economista Eduardo Araújo, o conflito no leste europeu traz várias interpretações. “Por um lado, ele beneficia o setor público, porque fez o preço do barril de petróleo subir, com isso as receitas dos estados e municípios tendem a crescer, tanto pela arrecadação do ICMS, quanto pelo repasse de royalties”.

Araújo também destacou que houve valorização no mercado de commodities exportadas pelo Espírito Santo, como minério de ferro e aço, por conta da guerra na Ucrânia.

“Contudo, temos o aumento dos custos de produção, que deve continuar a subir. Empresas importam equipamentos como eletrônicos, por exemplo, devem sofrer com problemas na quebra da cadeia logística global. Isso culmina no consumidor final”, disse.

Fonte: ES Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/03/2022

Aços planos e vergalhões: CSN vai aumentar preço do aço em 20% em duas parcelas, 12,5% em 1º de abril e 7,5% no dia 15

Pressionada pela alta de custos de matérias-primas e insumos, que foi acelerada pela invasão da Ucrânia pelo exército da Rússia, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) decidiu aumentar os preços do aço que produz em 20% no mês de abril, informou ontem ao Valor o diretor-executivo comercial da empresa, Luiz Fernando Martinez. O reajuste será feito em duas parcelas - a primeira de 12,5%, em 1º de abril, e a segunda de 7,5%, dia 15.

“A retirada de descontos que haviam sido concedidos pela CSN no segundo semestre é para a compensação da alta de custos das matérias-primas e dos insumos, principalmente do carvão metalúrgico”, destacou o diretor.

Segundo Martinez, a elevação de preços vai abranger vários tipos de aço: laminados a quente, bobinas a frio e zincadas, aços pré-pintado e galvalume, além de aço longo (vergalhão). Ficará de fora a folha metálica, conhecida com aço estanhado, que é usado para fazer embalagens. Os reajustes serão repassados à cadeia de distribuição, às indústrias (linha branca, máquinas e equipamentos, de tubos) e ao setor da construção civil.

De acordo com o executivo, o preço do carvão metalúrgico situa-se atualmente entre US$ 650 e US$ 700 a tonelada. “No custo da placa (semi-elaborado para fazer as chapas e bobinas), representa US$ 400”, diz. Antes do início da guerra, o insumo estava em quase US$ 400 a tonelada. Para cada tonelada de aço bruto (placa) são necessários 600 quilos de carvão.

“Nosso plano, com esse reajuste, é de zerar os descontos que foram dados em momentos de acomodação do mercado, e até subir um pouco”, afirmou o diretor. No ano passado, a CSN aumentou seus preços em 85%. Sua principal concorrente no mercado nacional, a 72%, segundo informou.

Martinez ilustra que no dia 3 de janeiro, o minério de ferro valia US$ 119,50 a tonelada, o carvão, US$ 354,40, e o câmbio estava em R$ 5,63. Ele diz que ontem o minério (com 62% de ferro) foi negociado a US$ 135, o carvão é negociado acima de US$ 650 e o dólar vale R$ 5,15. “Levando em conta apenas esses três fatores, houve, em reais, nesse período, um aumento de 37,5% no custo de produção da placa”, afirma.

Segundo o diretor, no mercado, impulsionada pelo conflito Rússia-Ucrânia, que gerou escassez do produto, e pelo aumento das commodities, atualmente a placa é negociada pelas siderúrgicas em torno de US$ 1.180 a tonelada (colocada em porto brasileiro). As grandes produtoras de placas para vendas no Brasil são Ternium, CSP e ArcelorMittal Tubarão.

“O mercado na Europa e Turquia, que era abastecido por Rússia e Ucrânia, está bastante demandante. Estamos reforçando o envio de aço laminado para nossa subsidiária Lusosider em Portugal”, afirmou Martinez.

Comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch, seu principal acionista, a CSN vendeu 4,6 milhões de toneladas de aço (planos e longos) em 2021, sendo 3,18 milhões de toneladas no Brasil.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/03/2022