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Exportações de sucata ferrosa caem e atingem menor volume para julho desde 2007

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, apresentaram o menor volume para um mês desde 2007. Em julho, as vendas externas chegaram a 5.614 toneladas, uma queda de 87,5% em relação ao mesmo mês de 2021, quando ficaram em 45.081 toneladas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.

Com a diminuição das exportações nos últimos dois meses (em junho foi de 12.830 toneladas), os números estão em 2022 e 2021, de janeiro a julho, bem próximos. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 237.113 toneladas, 5% acima das 225.776 toneladas de igual período de 2021.

Historicamente, as exportações de julho voltaram aos patamares de 2007, quando o mercado internacional começou a se abrir de forma intensa ao setor. Em 2007, o total foi 85 mil toneladas, saltando para 119 mil em 2008 e 115 mil em 2009. A partir daí, houve importante evolução. Em 2020, foram pouco mais de 731 mil toneladas; no ano passado, 509 mil.

Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), há uma acentuada retração dos negócios no exterior, em função da guerra na Ucrânia, paralisação de portos e aumentos dos fretes. No Brasil, afirma, as usinas siderúrgicas também diminuíram as compras e vêm forçando a baixa de preços. A entidade representa mais de 5,6 mil processadores de recicláveis de ferro aço, entre outros setores que reinserem insumos na cadeia produtiva.

De acordo com S&P Global Platts, depois das seguidas quedas de preço anunciadas pelas siderúrgicas em junho, a estratégia dos fornecedores de sucata agora parece ser a de aumentar os negócios com as fundições, que tendem a pagar mais por produtos com qualidade também superior aos usados pelas usinas.

PIS e Cofins

O Inesfa, conforme Alvarenga, permanece com o pleito perante o Congresso para obter a isenção do PIS e Cofins na venda de insumos recicláveis à indústria de transformação. A Frente Parlamentar dos Recicladores do Brasil quer a aprovação no Congresso do Projeto de Lei 4035, de 2021, de autoria do deputado federal Vinícius Carvalho (Republicanos-SP), que isenta o PIS e Cofins nas operações de venda de insumos recicláveis. A Frente já tem o apoio de 210 deputados federais e tem feito encontros com os parlamentares para tentar a aprovação do PL.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão plenária, retomou a incidência do PIS e Cofins na venda de materiais recicláveis, derrubando o incentivo conhecido como a Lei do Bem (11.196/2005), que existia há 15 anos. Essa decisão, que ainda está sendo questionada na Justiça, representa hoje a maior preocupação dos recicladores. Alvarenga diz que a medida “é um grande desestimulo à atividade, que poderá sofrer enorme baque caso o imposto volte a ser cobrado”.

Além do ferro e aço, o Inesfa representa os recicladores de vidro, papel, eletrônicos, entre outros. Essas atividades são compostas por mais de 5 milhões de pessoas, que vivem da coleta e destinação adequada de recicláveis.

Fonte: Mix Vale
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/08/2022

 

Minério de ferro recua com demanda da China de volta ao foco

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta terça-feira, à medida que os traders avaliam novos surtos de Covid-19 na China e a fraca demanda por aço, principalmente do setor imobiliário do país.

O minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro do próximo ano, na bolsa chinesa de commodities de Dalian caía 1%, a 726 iuanes (107,53 dólares) a tonelada, perto do fim das negociações. No início da sessão, o contrato atingiu seu maior nível desde 1º de agosto, em 755 iuanes.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro do ingrediente siderúrgico caiu 1,1%, para 110,40 dólares a tonelada, após avançar nas duas últimas sessões, sustentado pela melhora das margens das siderúrgicas na China.

Analistas disseram que quaisquer ganhos para o minério de ferro seriam limitados devido a preocupações persistentes sobre a crise financeira que envolve as incorporadoras chinesas, os lockdowns da Covid-19 e as restrições de produção no maior produtor de aço do mundo.

Partes do Tibete estão realizando testes em massa de Covid-19, incluindo as duas maiores cidades da região autônoma chinesa, para combater um surto raro, enquanto clusters aumentavam na região tropical de Hainan e em Xinjiang, no oeste da China.

Os preços mais altos do minério de ferro também podem atrapalhar os planos de reiniciar mais altos-fornos na China que estão parados devido à recente queda na lucratividade do aço.

"Se a matéria-prima subir muito rápido, inibirá a retomada da produção pelas siderúrgicas", disseram analistas da Zhongzhou Futures em nota.

Enquanto isso, a falta de energia na província chinesa de Zhejiang interrompeu as operações do alto-forno local, disseram eles.

Fonte: Investing
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/08/2022

 

Pequenos produtores rurais poderão contar com maquinário agrícola para ajudar na produção em Resende

Os pequenos produtores rurais do município poderão contar com a ajuda da prefeitura para auxiliar na produção. O Plenário aprovou a indicação do presidente do Legislativo, o vereador Reginaldo Paulo da Silva, o Reginaldo Engenheiro Passos (Podemos) solicitando que o Poder Executivo faça um estudo de viabilidade para disponibilizar, gratuitamente, máquinas agrícolas, tratores e afins, para pequenos produtores rurais. O presidente ainda chamou para serem signatários da propositura os vereadores Soraia Balieiro (PSD), Nélson da Silveira Diniz (União Brasil) e Fábio Lucas de Almeida (Avante).

De acordo com o vereador Reginaldo Engenheiro Passos a proposta visa criar uma política de estímulo para cada etapa da produção rural no município.  O subsídio do serviço de maquinário é um desses benefícios. “O programa prevê a disponibilização gratuita de maquinários para cada produtor, exaltando a importância da agricultura familiar. A proposta é de valorização dos produtores rurais, dando oportunidade para aumentarem suas produções e consequentemente a renda de cada um, fortalecendo muito essa área”, explicou o presidente. Ele disse ainda que  é de extrema importância a prefeitura implementar programas que fortaleça a cadeia produtiva, ajudando os trabalhadores do campo a produzir, e ao mesmo tempo vender seus produtos dentro do próprio município, melhorando assim o orçamento financeiro de cada um. “Destaca-se que o trabalho das máquinas sem qualquer tipo de custo para os produtores rurais será uma iniciativa muito positiva. Temos pessoas que produzem todo tipo de cultura agrícola propícia para região e com isso, terão um incentivo a mais para melhorar suas produções”, complementou o parlamentar.

MANUTENÇÃO DA ESTRADA DA PARTE ALTA DO PARQUE NACIONAL

Em outra indicação, o vereador Reginaldo Engenheiro Passos, solicita a prefeitura que seja feita, junto ao Departamento de Estrada e Rodagens (DER), a manutenção da RJ- 485, Estrada da Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia, no distrito de Engenheiro Passos. “A estrada está localizada na divisa os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, porém no domínio de Resende. Visitado por milhares de pessoas anualmente, o Parque Nacional do Itatiaia conta com o Pico das Agulhas Negras, o ponto mais alto do Brasil, o que atrai turistas e amantes das montanhas, mas tendo uma via com seu estado precário, dificulta muito a visita de todos ao local”, justifica o vereador.

Fonte: A Voz da Cidade
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 09/08/2022

 

Mineradoras de MS devem superar R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos dois anos

Os investimentos das mineradoras em exploração, ampliação e prospecção em Mato Grosso do Sul deverão superar R$ 5 bilhões nos próximos dois anos. O Estado é rico em matéria-prima em regiões como Corumbá, Ladário, Miranda, Bodoquena, Bonito e Porto Murtinho.

A estimativa positiva é da Semagro (Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar) com base em dados obtidos junto as empresas minerais de agregados, ferro, manganês, cobre, calcários, fosfatos, rochas ornamentais, água mineral e reminerilizadores (usado como fertilizantes, e de suma importância para uma agricultura sustentável). 

O secretário Executivo da MS Mineral, Eduardo Pereira destaca que o Governo está muito confiante nos investimentos das mineradoras existentes e as novas empresas que estão chegando. “No Estado, estas empresas podem injetar US$ 1 bilhão no período de 2022 a 2024. Um deles o antigo Complexo Centro Oeste a Vale, que produziu em média 2,7 milhões de toneladas/ano, e agora controlada pelo Fundo J&F, poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano, para atender o aumento da demanda nacional e internacional”, afirmou. Segundo dados da ANM- Agencia Nacional de Mineração, até julho no Estado foram emitidas 72 requisições de pesquisa, 21 Alvarás de Pesquisas e 10 requerimentos de licenciamento até maio/2022.

O secretário Jaime Verruck está bastante otimista com o avanço no segmento. “Estamos muito confiantes nestes investimentos. Temos a maior reserva de manganês do País, a 2ª maior reserva de calcários e a 3ª maior reserva de ferro de alto teor. Isso atrai investimentos nacional e internacional” afirmou.

Ele destaca ainda que aliado a este potencial mineral, o Estado está situado no coração da América do Sul, em posição estratégica de logística e com grandes projetos em andamento nos modais de transporte. “Estamos em parceria com o Paraguai, Argentina e Chile na construção da Rota Bioceânica, que vai encurtar o caminho para a Ásia em 15 dias. Temos investido muito na logística, construindo novas rodovias, portos e estamos reorganizando o sistema ferroviário, o que nos tornará muito competitivos no mercado nacional e internacional, diz Verruck.

No País, os investimentos da indústria de mineração deverão somar US$ 40,44 bilhões no período de 2022 a 2026, estimou o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O montante para o quinquênio, divulgado pela primeira vez, indica uma queda de quase US$ 900 milhões na comparação com a projeção de investimentos para o período de 2021/2025, conforme dados do IBRAM.

Segundo o Geólogo Luís Antônio Vessani, Diretor do IBRAM e CEO da Edem Mineração, instituto que representa as mineradoras que atuam no Brasil, a maior parte dos investimentos, ou 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se refere a projetos já em execução. Pouco mais de 10% dos investimentos são em projetos socioambientais para o quinquênio.

Minério de Ferro 

O Estado detém a terceira maior reserva de minério de ferro de alto teor do Brasil nos municípios de Corumbá e Ladário. Com isso os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes financeiros no Brasil e em Mato Grosso do Sul estão estimados em aproximadamente em US$ 450 milhões, sendo US$ 400 milhões em projetos novos e ampliação das estruturas existentes e R$ 50 milhões em pesquisas e prospecção de novas áreas mineralizadas. Hoje atuam no Estado as empresas: Vale (J&F), Vetorial, 3ª Mining e

Minério de Manganês 

O MS tem a maior reserva do Brasil em manganês de alto teor acima de 44%, nos municípios de Corumbá e Ladário. Hoje temos a Vale que suspendeu as operações de manganês, mais que a nova Controladora da Vale Centro Oeste, a J&F deverá voltar a explorar e pesquisar novas áreas mineralizadas dentro de seus requerimentos. As empresas MPP Mineração e 3A Mining vão pesquisar em seus requerimentos também o manganês no Morro Tromba dos Macacos e no Morro do Rabicho, investimentos previstos de US$ 50 milhões para pesquisas (geofísica e sondagens) e extração do mineral. 

Cobre 

Atualmente o Estado conta com vários requerimentos na região de Porto Murtinho, que juntos somam mais de 15 mil hectares de áreas a serem prospectadas e pesquisadas nos Terrenos de Domínio Rio Apa, investimentos aproximados de US$ 30 milhões. 

Rochas Ornamentais

O setor tem várias empresas com requerimento de pesquisas e outras já explorando mármores, quartzitos e granitos, nos municípios de Porto Murtinho, Bonito, Bodoquena, Miranda, Ladário e Corumbá, investimentos em pesquisas, Instalações e extração de US$ 100 milhões.

Fosfato

Na Serra da Bodoquena o MS conta com jazimentos de Fosfato com teores médio de 12% a 18%, com investimentos iniciais na ordem de US$ 50 milhões em prospecção, pesquisas, extração e ampliação de estruturas existentes. Existem atualmente mais de 100 mil hectares de áreas sendo pesquisadas e a pesquisar, nos municípios de Miranda, Bodoquena e Bonito, temos mais de 80 milhões de toneladas de Fosfato medida nas jazidas da empresa E2 Mineração Ltda. (Edem Mineração), que tornam o Estado autossuficiente neste fertilizante. 
Calcários Calcíticos e Dolomiticos

O Estado tem a segunda maior reserva de Calcário do Brasil, de suma importância para o agronegócio sul mato-grossense, e abriga também duas fabricas em operação da indústria cimenteira (Bodoquena e Corumbá), e uma outra planta industrial em processo de investimento no município de Bela Vista. Investimentos da ordem de US$ 180 milhões;

Agregados da Construção Civil 

Argila, Areia, Cascalho e Brita têm vários projetos em estruturação, com investimentos em pesquisas, prospecção e extração na ordem de US$ 10 milhões. 

Água mineral

Nas cidades de Itaquirai e Bela Vista, há duas novas empresas em instalação de extração, envasamento e distribuição de Agua Mineral, com investimentos de US$ de 5 milhões.

Reminerilizadores

São rochas silicáticas moídas que quando adicionados ao solo, podem melhorar as propriedades físicas e biológicas do solo. E são usadas na agricultura, silvicultura e na pecuária, temos vários projetos sendo estruturados e remodelados para atender a demanda dos produtores por um produto sustentável, investimentos previstos em prospecção, pesquisa e extração, na ordem de US$ 130 milhões, nos municípios de Dourados, Terenos, Inocência e São Gabriel do Oeste.

Fonte: O Pantaneiro
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/08/2022

 

Nippon Steel registra lucro líquido cresce 42,5% no 1º trimestre fiscal, para US$ 1,72 bilhão

A Nippon Steel registrou lucro líquido de 230,9 bilhões de ienes (US$ 1,72 bilhão) no primeiro trimestre fiscal de 2022, encerrado em 31 de julho, alta de 42,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 27,7%, para 1,91 trilhão de ienes (US$ 14,23 bilhões).

Segundo a empresa, os preços de mercado de minério de ferro e carvão metalúrgico dispararam devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia e a interrupções intermitentes no fornecimento relacionadas ao clima, o que levou os preços de contrato no primeiro trimestre a níveis recordes.

A produção de aço da companhia japonesa ficou em 10,33 milhões de toneladas, queda de 13% na comparação anual, enquanto os embarques de produtos de aço totalizaram 8,19 milhões de toneladas, baixa de 10,9% na mesma base de comparação.

A Nippon Steel diz que a economia da China está claramente desacelerando, a cadeia de suprimentos global permanece instável e imprevisível mesmo após afim dos bloqueios na China, e a demanda mundial de aço e preços de mercado seguem fracos.

No Japão, mercado doméstico da empresa, preocupam as interrupções da cadeia de suprimentos, aumentos de preços de energia e materiais e a depreciação do iene que leva ao agravamento do déficit comercial do país.

Para o ano fiscal de 2022, a empresa prevê produção de mais de 35 milhões toneladas de aço e embarque de mais de 32 milhões, com lucro operacional de mais de 800 bilhões de ienes.

A Nippon Steel planeja distribuir um dividendo de 70 ienes por ação no final do primeiro semestre, atingindo um recorde, o mesmo do ano fiscal de 2021, como dividendo intermediário. As ações da Nippon Steel fecharam em queda de 1,18% na Bolsa de Tóquio.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/08/2022