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Brasil pode se tornar um dos cinco maiores produtores de terras raras do mundo

O Brasil pode se tornar um dos cinco maiores produtores de terras raras do mundo nos próximos anos. A projeção do Ministério de Minas e Energia tem como base o avanço de diversos projetos no país voltados para extração responsável de minérios importantes para o desenvolvimento de indústrias estratégicas, como as de eletrônica, de energia limpa e de medicina.

O Brasil tem a terceira maior reserva de terras raras de todo o mundo, com 21 milhões de toneladas, ao lado da Rússia. Os maiores depósitos se concentram na China (44 milhões de toneladas) e no Vietnã (22 milhões de toneladas). Apesar do tamanho das reservas, a extração realizada no país é pequena e a partir das reservas remanescentes da produção de monazita em uma unidade desativada em Buena, no Rio de Janeiro.

A nova política desenvolvida pelo MME visa conhecer o potencial produtivo e as peculiaridades das características socioeconômicas e ambientais dos projetos de mineração, garantindo que a atividade seja segura, sustentável e que traga desenvolvimento social com geração de empregos, impulsionando a competitividade do Brasil.

Atualmente, existem estudos de viabilidade de mineração em execução em Araxá (MG), Morro do Ferro (MG), Serra Verde (GO), Pitinga (AM), Foxfire (BA) e Energy Fuels (BA). Já o projeto em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, está em fase avançada e entrará em operação em 2026.

Nas operações do Projeto Caldeira, de responsabilidade da Meteoric Resources, em Poços de Caldas, serão investidos R$ 1,5 bilhão nos próximos três anos. O projeto compreende 51 processos minerários. A partir do início das operações, a previsão é que sejam gerados 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/08/2023

Exportações de sucata ferrosa crescem 940%; demanda no mercado interno é baixa

As exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço, continuam em alta neste ano, sendo uma das principais alternativas do setor diante de um cenário ainda ruim no mercado interno e perspectivas incertas para os próximos meses. A baixa demanda pela sucata por parte das fundições e usinas siderúrgicas, afetadas por dificuldades na venda de aço, pressiona os preços da matéria-prima para baixo, que não reagem desde o início do ano.

Em julho, as exportações de sucata metálica somaram 58.376 toneladas, um impressionante salto de 940% em comparação a apenas 5.614 toneladas vendidas no exterior no mesmo mês de 2022. De janeiro a julho deste ano, foram 411.762 toneladas exportadas, contra 237.113 toneladas em igual período do ano passado, conforme dados do Ministério da Economia, Secex.

Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,6 mil recicladores que reinserem insumos recicláveis no ciclo da cadeia produtiva, além das dificuldades internas, com uma economia ainda retraída e fraca demanda da indústria automobilística e da construção civil, grandes consumidoras de aço, as siderúrgicas têm cada vez mais verticalizado a produção, utilizando seu próprio insumo, “o que desestimula o uso de materiais reciclados, coletados e vendidos por catadores e empresas recicladoras”. O mesmo tem acontecido com a indústria de transformação de papel e papelão, que usam mais a celulose, em vez dos materiais reciclados.

O Inesfa considera que o efeito do aumento da tarifa de importação de papel e outros resíduos para 18% a partir de agosto, determinado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), terá pouco efeito positivo no setor. “O que tem mais impacto, na verdade, é a verticalização da indústria e menor uso do insumo reciclável”, diz.

Conforme Alvarenga, a previsão para este ano é de uma queda de pelo menos 30% na demanda interna por sucata, enquanto a exportação deve atingir patamares elevados até dezembro. “O início da queda da taxa de juros no país, determinada pelo Banco Central na última reunião do Copom, e a melhoria do emprego nos últimos meses trazem alguma esperança para o segundo semestre, principalmente na construção civil, mas continuamos pessimistas sobre a reação do nosso setor, que só deve ocorrer em 2024”, diz Alvarenga. Ele considera essencial que haja estímulo maior dos governos, tanto federal, como estaduais e municipais, à reciclagem, uma das atividades mais importantes na preservação do meio ambiente e no funcionamento da economia circular.

WASTE EXPO – O Inesfa participa, entre os dias 3 e 5 de outubro deste ano, da Waste Expo Brasil, a maior feira da América Latina destinada à gestão de resíduos sólidos. A feira e exposição acontecem no Expo Center Norte. Segundo Alvarenga, no evento, que reunirá empresas locais e internacionais, serão discutidos os principais problemas do setor, entre os quais o impacto da reforma tributária na taxação do segmento. “Os recicladores e catadores participam, nos próximos meses, das audiências públicas que debaterão as mudanças trazidas pela reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados, mas que depende ainda de um aval do Senado”, afirma.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/08/2023

Tendência é de queda de preços do aço no 2º semestre

A oferta interna elevada e o aumento das importações deverão impactar os preços do aço no mercado brasileiro. A tendência é que, ao longo do segundo semestre, haja uma queda nos preços. O crescimento chinês menor que o esperado também é um dos fatores que podem provocar redução na cotação.

De acordo com o especialista da Valor Investimentos, Gabriel Meira, por agora o preço do aço gira em torno de US$ 3,7 mil a US$ 3,8 mil a tonelada e a previsão em relação aos valores é que os mesmos se mantenham para baixo.

“A gente tem visto que a exportação de forma geral, apesar de o Brasil ser um dos maiores exportadores para o mundo, ainda tem sido bem abaixo de 2022. Temos ainda uma demanda muito mais devagar, principalmente, por conta da retomada da China, que não tem voltado ao mesmo patamar que o mercado esperava”.

Diante dos fatores, Meira acredita que os preços possam cair. “Possivelmente, o preço do aço deve cair um pouco mais para o ano. Não sei falar um patamar, porque vai depender muito da volta da China”.

Em relação às siderúrgicas, de forma geral, Meira ressalta que a recomendação é de compra aqui no Brasil.

“ A própria XP está com indicação de compra para siderúrgicas, principalmente, porque elas podem se valer também não só da questão do preço do aço, que vai ser global, mas principalmente por diversificação de receita e ainda ter um patamar de venda interno, que vai facilitar bastante. O portfólio da CSN, da Gerdau, por exemplo, consegue facilitar que a empresa continue gerando linha de receita mesmo com o preço do aço lá fora em baixa”.

Segundo Meira, avaliando as commodities em geral, que são bastante ligadas à China, se não houver uma retomada do crescimento do país asisático, os preços tendem a cair.

“Se a China não voltar a crescer tão rápido quanto se pensava ou no mesmo patamar, o mercado deve penalizar e vamos ver o preço das commodities lá embaixo, não só do aço, mas do minério de ferro e outras”.

O CEO e fundador da Belo Investment Research, Paulino Oliveira, explica que no cenário doméstico, o preço do produto siderúrgico, no ponto de vista de paridade com o preço internacional, está em um patamar bastante alto.

“A depender do tipo de aço, a diferença do nacional para o importado pode superar em 30%. Algumas questões que podem justificar esse custo mais alto no curto prazo estão mais relacionadas ao aumento do crescimento econômico maior do que a expectativa e o aço é um metal cíclico. Também tem a questão específica do incentivo que foi feito para a compra de automóveis populares. Mas, esse desequilíbrio, não consegue se manter por um período muito extenso”.

Entre os pontos que podem interferir na cotação do aço está a pressão de queda de preço do produto na China. “A queda do preço na China reduz um pouco esse diferencial. Mas, ainda assim, a expectativa é que você tenha alguma queda no curto prazo no preço do aço no mercado doméstico”.

Ainda segundo Paulino, o período atual, que é de início de corte das taxas de juros, tanto no Brasil quanto, em breve, no mundo desenvolvido, pode gerar um estímulo à atividade econômica que, portanto, vai gerar alguma pressão para o aumento da demanda do aço.

No longo prazo, as questões demográficas, como o déficit habitacional na China e na Índia, em algum momento, vai coincidir com o aumento da renda.

“Isso acontecendo, a demanda efetiva pelo aço vai aumentar, o que leva a uma tendência, de longo prazo, de alta do preço do aço. Mas, no curto prazo, tudo vai depender do ritmo de corte de juros e da resposta da economia a essas ações de política monetária, que na prática tem um prazo difícil de prever, algo em torno de seis meses é o normal, mas varia muito”.

O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, também acredita que haverá redução dos preços no mercado interno.

“Hoje, a tendência de preços do aço é mais para queda do que para estabilização dos valores. Mas, ainda não temos movimentos oficiais das usinas. Observamos negócios feitos com alguns descontos para materiais de estoque ou algum lote”.

Ainda segundo Loureiro, essa tendência de queda da cotação deve se manter porque o prêmio continua muito alto – no laminado a quente varia entre 28% a 30% em relação ao mercado interno.

“Com um prêmio tão alto como esse, a importação está subindo de forma bem significativa em relação ao ano passado e essa compra externa vem persistindo. A informação que temos é do fechamento de novos lotes, que vão chegar daqui a cinco meses. Então, esse segundo semestre será, com certeza, de volumes mais altos”.

Ainda segundo Loureiro, nos últimos dias, houve um aumento pequeno nos preços internacionais de 2% a 3% frente um mês antes, porém, mesmo com o movimento, a tendência é de desvalorização interna devido a oferta elevada.

“O prêmio continua muito alto porque o dólar continua muito fraco, o que estimula as importações. Por isso, a gente não vê, a curto prazo, a possibilidade de haver um grande movimento de alta nos preços lá fora. Há expectativa de fortalecimento do dólar a curto prazo. Essa situação deve persistir”.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/08/2023

Minério de ferro fecha em queda com dados fracos da China

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta terça-feira, eliminando os ganhos registrados no início da sessão, uma vez que dados comerciais fracos da China aumentaram a pressão sobre as autoridades para lançar mais medidas concretas de estímulo, enquanto cortes na produção de aço continuaram pesando sobre o mercado.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China DCIOcv1 encerrou as negociações do dia com queda marginal de 0,3%, para 716,0 iuanes (99,26 dólares) por tonelada, registrando baixa pela quarta sessão consecutiva.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para setembro SZZFU3 recuou 0,4% para 100,6 dólares a tonelada.

As importações de minério de ferro da China em julho caíram 2% em relação ao mês anterior, mostraram dados alfandegários, já que as restrições de sinterização no principal centro de produção de aço Tangshan diminuíram a demanda pelo principal ingrediente siderúrgico.

No geral, as exportações do país caíram 14,5% em julho em relação ao ano anterior, enquanto as importações contraíram 12,4%, mostraram dados, no maior declínio nos embarques da segunda maior economia do mundo desde fevereiro de 2020.

A economia da China cresceu a um ritmo lento no segundo trimestre, com a demanda enfraquecida no país e no exterior, levando os principais líderes a prometer mais medidas de apoio na reunião do Politburo do mês passado.

As preocupações com novos cortes na produção de aço na China também ressurgiram, com a Rio Tinto alertando na semana passada que a produção de aço do país estava atingindo o ponto de saturação, disseram analistas da ANZ em nota.

As siderúrgicas da província de Yunnan, no sudoeste da China, foram solicitadas a se preparar para reduzir a produção para atender a uma determinação do governo de limitar a produção de 2023 ao nível da do ano passado, disseram duas consultorias chinesas em 28 de julho.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/08/2023

Prioridade da CSN é estancar expansão da dívida financeira

Há uma meta bem clara a todos na Companhia Siderúrgica Nacional(CSN): reduzir até o final do ano o nível de alavancagem financeira da companhia, que atingiu no fim de junho 2,78 vezes na relação de geração operacional (Ebitda) e dívida líquida. O objetivo é baixar esse nível para 1,95 vez, informou nesta quinta-feira (03) o presidente da empresa, e também acionista, Benjamin Steinbruch.

A afirmação foi feita durante reunião virtual com analistas de bancos, após a divulgação do balanço financeiro e operacional do segundo trimestre, que trouxe resultados não tão alvissareiros como os vistos em 2021 e até parte de 2022. A dívida líquida atingiu R$ 31,45 bilhões, 50% acima do mesmo trimestre do ano passado.

Um dos problemas no negócio de aço, desde o início do ano, ocorreu na usina em Volta Redonda (RJ), impactando a produção e obrigando a empresa a comprar placas de aço de terceiros. elevando custos, além de gastos para correções dos equipamentos. Segundo Steinbruch, a empresa conseguiu estancar o problema, retomando a normalização desde o início de julho.

“Começamos o ano bastante atrapalhados e tivemos de trabalhar muito para corrigir o problema”, disse Steinbruch. “Agora estamos retomando o crescimento da produção de aço, levando a uma redução de custos, que se somará com a queda dos preços de matérias-primas. A empresa consome, entre outros insumos, minério de ferro, carvão, zinco e estanho.

A divisão siderúrgica, devido a esse impacto, viu sua margem do Ebitda recuar para 9,3% no trimestre e o montante a R$ 553 milhões. A empresa disse que conseguiu manter os preços do aço, mesmo com a pressão de baixa, local e mundialmente, forte.

No negócio de minério de ferro, o empresário disse que espera melhora nos preços com o plano previsto de reaquecimento da economia chinesa. “Batemos recordes de produção e vendas no segundo trimestre. Fomos afetados pela queda de preço. Agora, vamos tirar proveito dessa melhora que deverá vir [planos na China]”, disse.

Steinbruch comentou que a segunda parte do ano (julho a dezembro), historicamente, é de maior geração de caixa nos negócios da empresa e que isso vai contribuir para a desalavancagem. Ele justifica que a CSNdesembolsou R$ 13 bilhões com as aquisições da cimenteira Lafarge-Holcim no país, os ativos de energia da CEEE e pagamento de R$ 2,7 bilhões em dividendos - tudo entre setembro passado e maio deste ano.

“Nosso objetivo é manter um caixa na empresa na casa de R$ 15 bilhões, como uma forma de seguro para o momento [mais difícil] das finanças mundiais. Vamos retornar aos nossos objetivos traçados, trabalhando para ter neste trimestre as margens históricas”.

Perguntado quando e como a companhia vai dar partida a novo plano estratégico de crescimento, Steinbruch afirmou: “Nada mudou”. O empresário ressalvou, no entanto, que no meio do caminho foram feitas as aquisições em cimento e energia, além de uma remuneração mais robusta aos acionistas. “Essas aquisições e esforços foram válidos. Agora, até o final do ano é fazer a desalavancagem [financeira] e recuperação de caixa”.

Segundo o empresário, a estratégia está mantida, inclusive com compra de ativos no exterior, mas esse caminho passa antes por algumas premissas e pilares. Ele cita atenção da CSN para ESG e inovação, foco na desalavancagem, estrutura de capital sólida e operação ajustada da siderúrgica em Volta Redonda. Garantidas essas prioridades, afirmou, abre-se espaço para oportunidades de crescimento, porém nos próprios negócios, aproveitando sinergias.

Steinbruch disse que várias iniciativas estão sendo tocadas na empresa. E não descartou buscar novamente a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos (agora robusta, vice-líder do mercado, e operando ao nível de 13 milhões a 14 milhões de toneladas ao ano) e um sócio para a empresa energia adquirida no Sul. O desenho inicial previa ir ao leilão da CEEE meio a meio com a EDP.

Sobre ter ativos no exterior, vê como prioridade, mas observa: “Sem sacrificar a geração de Ebitda e o endividamento da CSN”.

Provocado por um analista sobre a saída da Nippon Steel do capital da Usiminas - principal concorrente da CSN -, tornando controlador da siderúrgica o grupo Ternium, Steinbruch disse que só confirmou o que a CSN sempre disse internamente, e agora é público: que o grupo ítalo-argentino sempre esteve à frente da gestão, desde que entrou na Usiminas, em 2012. A CSN é detentora de ações da rival mineira e foi à Justiça, sem sucesso, contra a Ternium, pedindo uma oferta pública de ações.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/08/2023

Siderúrgicas reclamam da “falta de proteção” ao aço brasileiro após invasão de importados

As siderúrgicas brasileiras não tiveram um segundo trimestre positivo e – ainda por cima – enxergam um fator adicional jogando contra: as importações de aço. Com a demanda caindo no mundo e a economia chinesa vacilante, fabricantes globais do produto vêm elevando suas vendas ao Brasil, diante da “falta de proteção” da indústria local.

O segmento de aço no Brasil está pouco aquecido, bem como o da China, o principal comprador deste produto no mundo, com a reabertura frustrando, destacaram os analistas do JP Morgan. Além do impacto no faturamento, este cenário leva à uma pressão adicional nos custos, gerando menor diluição das despesas e reduzindo as margens das siderúrgicas brasileiras.

“Há uma demanda enfraquecida. Estamos vendo com preocupação alguns fatores, como elevada taxa de juros e a importação de produtos acabados, que se incrementou sensivelmente”, disse Marcelo Chara, diretor executivo (CEO) da Usiminas, na teleconferência da companhia, realizada há uma semana.

Nesta quinta-feira (3) foi a vez da CSN (CSNA3) mencionar excessos de facilidades à importação de aço.

“A pressão de importados dificultou muito nossa vida. Não foi fácil segurar os preços, mas estamos vendo melhora no segundo semestre”, comentou Benjamin Steinbruch, diretor presidente da Companhia Siderúrgica Nacional.

Logo após, o executivo defendeu que a defesa comercial não é algo ilegal. “É uma proteção inexistente no Brasil. É algo que precisa melhorar muito. Todo país tem isso”, disse Steinbruch.

Os produtores siderúrgicos estrangeiros aproveitaram o real mais fraco e o baixo preço do aço no mercado externo, fruto de uma baixa demanda, para ganhar espaço no Brasil.

Siderúrgicas enxergam invasão de importados

De acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, de janeiro a abril o volume de aços planos importados pelo Brasil aumentou 18,5% no ano, para 659,5 mil toneladas.

Em abril esse número saltou 46,7%, chegando a 161 mil toneladas. A China foi o maior vendedor para o mercado brasileiro, com 55% das vendas.

Segundo os executivos das duas companhias, a metalúrgicas chinesas estão operando com margens negativas – e impossíveis de serem batidas.

As duas concorrentes nacionais esperam que no segundo semestre, porém, que a situação melhore.

“Apesar de a produção no primeiro semestre por lá ter sido bastante alta, eles vão, no segundo semestre, restringir a produção para voltar a combater a poluição. Além disso, a margem da indústria chinesa opera negativa, praticamente insustentável”, comentou o CEO da CSN, mencionando também a esperança de estímulos na China minguarem a vinda de aço de fora para o Brasil.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/08/2023