Notícias

Fretes mais baixos animam empresas de logística

Desde o fim de 2020, o mercado internacional de fretes marítimos viu a alta de preços motivada pelos surtos de Covid-19, tufões, acidentes, falta de contêineres. Com isso, o preço do transporte do contêiner de importação chegou a cerca de US$ 12,500 no final de 2021.

No entanto, desde o início de janeiro o mercado vem observando quedas no preço que animam as empresas de logística. “A partir do começo janeiro o cenário mudou, notamos os fretes mais baixos e a facilidade de conseguir espaço em relação ao que já vimos num passado muito próximo. Conseguimos fechar fretes na casa dos US$ 9 mil, o que é bem abaixo dos praticados em dezembro. Outro fato que nos surpreendeu foi a rapidez com que isso mudou. Agora, estamos embarcando no tempo que os clientes precisam e repassando a baixa de preços para eles”, relatou José Roberto Costa, gerente de Logística da Vendemmia Logística Integrada.

Entre os fatores que estão influenciando os fretes mais baixos, avalia Costa, está a entrada de dois novos armadores, Hyundai e EShipping. As novas operações ajudaram no escoamento de cargas que aguardavam embarque.

Para os próximos meses a previsão feita pelo executivo é sobre a corrida por embarques devido à paralisação das indústrias no feriado do Ano Novo Chinês que acontecerá na primeira semana de fevereiro. “Acreditamos que mesmo com a paralisação diante do maior feriado chinês, os preços dos fretes de importação ainda têm chances de maiores quedas”, estima. Ele lembra também que historicamente é entre abril e maio que as empresas, especialmente varejistas, intensificam suas compras de abastecimento para o segundo semestre, visando o comércio aquecido de datas como dia das crianças, black friday e compras de final de ano.

Diante dessa movimentação é que os fretes voltam a subir. Esse comportamento aconteceu nos últimos anos, exceto em 2021, que foi atípico, com preços altos e falta de espaço em contêineres do começo ao fim.

Outro ponto observado é que os portos brasileiros estão batendo recordes de produção, a exemplo dos portos de Santa Catarina e Santos. "O volume de carga é muito expressivo e já é possível ver os armazéns alfandegários lotados. Chegou muita carga e ainda tá chegando após um período de demanda retraída causada pelo reflexo da pandemia”, analisa Costa.

Fonte: Portos e Navios
Seção: Naval & Portuário
Publicação: 03/02/2022

Prolata reciclou 55 mil toneladas de latas de aço em 2021

A Prolata, associação sem fins lucrativos dedicada à cadeia de logística reversa das embalagens de aço, reciclou 55 090 toneladas latas de aço em 2021, registrando um aumento de 141% em comparação a 2020. De acordo com o levantamento da associação, Sul, Sudeste e Nordeste foram as regiões que mais reciclaram durante esse período, revalorizando cerca de 28, 16 e 8 mil toneladas de latas de aço pós consumo, respectivamente. O volume foi 1,86% superior ao determinado no Termo de Compromisso firmado pelo segmento de embalagens de aço com o Ministério do Meio Ambiente para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estava estipulado em 54.085,05 toneladas.

Criada em 2012 pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), a Prolata tem como objetivo permitir que as latas de aço pós consumo sejam descartadas de forma correta pelos consumidores e revalorizadas em siderúrgicas, transformando-as em novas latas ou em outros itens que utilizam o aço como matéria-prima. Faz parte do papel da entidade unir toda a cadeia de reciclagem.

Atualmente, a Prolata tem parceria com 63 cooperativas, em 15 estados, totalizando 1.546 cooperados. Também conta com 33 entrepostos parceiros. Em 2021, a Prolata contou com o apoio e participação de 14 fabricantes de latas de aço, 26 fabricantes de tintas, 10 fabricantes de alimentos, 26 redes de varejo e 3 grupos siderúrgicos os quais são responsáveis pela revalorização e reciclagem do material.

A associação tem trabalhado também para estimular os consumidores a fazer o correto descarte das latas utilizadas, com campanhas de comunicação e auxiliando na implantação de pontos de recebimento em parceria com redes de varejo. Em 2021, a Prolata mais que quintuplicou o número de pontos disponíveis. Hoje são 173 distribuídos por todo o país.

“Nossa meta em 2022 é expandir o Programa principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste”, destaca Thais Fagury, presidente da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) e diretora da Prolata.

Fonte: Embalagem Marca
Seção: Meio Ambiente
Publicação: 03/02/2022

 

Copom inicia primeira reunião de 2022 com expectativa de elevar Selic a 10,75% ao ano

Começou nesta terça-feira, 1º, a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de 2022. O encontro vai se estender até esta quarta-feira, 2, com o resultado sendo divulgado após às 18h30. O consenso dos analistas é por uma nova alta de 1,5 ponto percentual na Selic, elevando a taxa básica de juros da economia brasileira para 10,75% ao ano. Caso se confirme, será a primeira vez que os juros rompem a barreira dos dois dígitos desde maio de 2017, quando a Selic foi rebaixada para 10,25% ao ano. O atual ciclo de aceleração dos juros iniciou em março do ano passado com a alta de 2% — o menor valor da história —, para 9,25% em dezembro. A oitava revisão para cima dos juros acompanha o galope da inflação, que ainda não deu sinais de trégua. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 a 10,06%, o maior registro em seis anos. Na prévia do mês de janeiro, o indicador desacelerou para 0,58%, ainda acima da previsão dos analistas. No acumulado de 12 meses, a prévia do IPCA foi de 10,2%.

 

O BC não indicou até quando vai o ciclo de alta. Para analistas, a autoridade monetária deve manter o ritmo de alta até maio, quando a Selic deve se estabilizar em 11,75%, conforme a projeção do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira, 31, a pesquisa semanal do BC com mais de uma centena de bancos, casas de análise e outras instituições. Para 2023, os analistas estimam o início de uma nova temporada de corte nos juros, trazendo os juros para 8%, enquanto para 2024 a taxa deve ser reduzida para 7% ao ano. A constante revisão da expectativa para o IPCA, no entanto, pode fazer com que o mercado mude a projeção da Selic para acima de 12% ainda em 2022. O mercado passou a ver a inflação a 5,38%, ante 5,15% na semana passada. A revisão afasta o patamar da meta de 3,5% perseguida pelo BC, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 2% e 5%. Caso se confirme, será o segundo ano seguido que o IPCA estoura o teto. Para 2023, a pesquisa do BC apontou para alta de 3,5%, contra a expectativa de 3,4% da semana passada. No ano que vem, a autoridade monetária deve perseguir a meta de 3,25%, com limites de 1,75% e 4,75%.

O principal remédio para trazer a inflação para baixo também desestimula as atividades ao “aumentar” o preço do dinheiro e desestimulando a tomada de crédito e investimentos. As recentes altas da Selic levaram a taxa para o nível contracionista, ou seja, quando o patamar dos juros prejudica o desenvolvimento da economia. Em dezembro do ano passado, associações do comércio e da indústria alertaram para os efeitos que a escalada da Selic vai ter sobre a retomada das atividades, principalmente na retração do consumo. A alta dos juros em 2021 levou a sucessivos cortes na expectativa para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e 2023. Analistas do mercado reduziram a expectativa de alta da economia para 0,3% em 2022. No fim de dezembro, a estimativa era de 0,36%. Já para 2023, a projeção foi cortada para 1,55%, ante 1,8% há quatro semanas.

 
Fonte: JP News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/02/2022

 

Arrecadação de royalties da mineração soma recorde de R$10 bi em 2021, diz Ibram

A arrecadação brasileira de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou um recorde de 10 bilhões de reais no ano passado, alta de quase 70% na comparação com o ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) publicados nesta terça-feira.

Os maiores valores de Cfem estão relacionados à produção de minério de ferro e preços mais altos do produto.

"O Ibram observa que houve queda no preço do minério de ferro entre junho e novembro de 2021, mas, mesmo assim, a média foi 47,5% maior do que a de 2020. Observa-se elevações em todas as commodities, como cobre (52%) e alumínio (45%)", afirmou em material publicado à imprensa.

Importante item da pauta de exportação brasileira, o minério de ferro viu seus preços acelerarem na primeira metade do ano passado, com uma demanda firme da China. No entanto, a partir de junho, os preços perderam força refletindo maiores controles à produção de aço na China, entre outros fatores.

A produção mineral brasileira em 2021, em toneladas, cresceu cerca de 7% em relação a 2020, para 1,150 bilhão de toneladas estimadas, apontou o Ibram.

Já a variação de preços das commodities no mercado internacional impulsionou o faturamento do setor em 62%, na comparação com 2020, crescendo para 339 bilhões de reais.

O Ibram, que representa empresas como Vale, Anglo American, Rio Tinto, Usiminas, dentre outras, também manteve a previsão de investimentos no setor mineral para o período 2021-2025, em mais de 41 bilhões de dólares.

Segundo o instituto, a perspectiva é que o setor mineral continue com bom desempenho em 2022 e nos próximos anos, com a produção mineral se mantendo estável, com leve crescimento nos próximos anos.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/02/2022

 

BTG Pactual (BPAC11) aposta na retomada no preço do minério de ferro

O Research do Banco BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório sobre as perspectivas do minério de ferro em 2022. Um dos principais destaques da análise é a volta ao nível dos US$ 140/t após forte realização no 2º semestre de 2021.

Apesar dos analistas da instituição concordarem com a tese de médio prazo de consumo de aço mais fraco, principalmente com a queda estrutural dos mercados imobiliários e a postura de descarbonização da China, há um ambiente favorável para preços mais fortes para minério de ferro no curto prazo.

Além disso, há um movimento no mercado que deve normalizar gradualmente e no longo prazo, os preços dessa commodity, ainda que os desafios de oferta no setor pareçam críticos.

A dinâmica da oferta e demanda pelo minério de ferro para o 1º semestre de 2022 será bastante apertada em relação aos últimos meses. A produção de aço deve continuar com um bom ritmo após atingir o fundo do poço em novembro (a estimativa do BTG Pactual é uma taxa de execução de 90Mt/m em breve; recuperando das mínimas de 70Mt).

Visto que as restrições na China relacionadas ao inverno, poluição e olimpíadas devem durar mais algumas semanas.
Por isso, os analistas apontam que terá uma oferta sazonal menor nos próximos meses para equilibrar a dinâmica de oferta/demanda, além de reduzir estoques de minério de ferro em toda a cadeia de suprimentos.

O mercado chinês também deve colaborar para o aumento dos preços do minério de ferro. 2022 é um ano importante para o Partido Comunista. Dessa forma, o relatório diz que o PBOC (Banco Central Chinês) vem afrouxando sua política monetária e apoiando os mercados imobiliários. Logo, esse incentivo deve beneficiar a demanda de minério de ferro, os preços e sim a atividade especulativa.

Oportunidades para as empresas mineradoras

A queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional rebaixou agressivamente as expectativas do mercado para a commodity nos últimos meses. Mesmo assim, a equipe do Banco BTG entende que as médias de US$ 90-100/t para 2022 estão um pouco baixas.

Diante disso, os analistas do Banco BTG Pactual compreendem que há um ambiente favorável e uma rotação contínua de ações para empresas mineradoras, como a Vale (VALE4) e CSN (CMIN3), principalmente a curto prazo. Isto posto, a recomendação é para os investidores aumentarem as posições neste setor.

Fonte: Eu Quero Investir
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/02/2022

ES: Estado altera tributação para aumentar competitividade no setor de autopeças

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), alterou a forma de tributação para as empresas do setor de autopeças. As mudanças foram publicadas na edição desta terça-feira (1º), no Diário Oficial do Estado. 

Segundo explicou o secretário de Estado da Fazenda, Marcelo Altoé, a portaria não altera as alíquotas dos produtos, mas muda o momento do pagamento dos impostos. "Com esse texto, as empresas não serão obrigadas a pagar o imposto no momento da compra, mas após a venda dos produtos. Isso representa uma melhoria muito grande no fluxo de caixa das empresas", disse Altoé.

O secretário destacou ainda que este é um passo muito importante para a competitividade das empresas situadas no Espírito Santo. "Pelos próximos meses nós vamos fazer um acompanhamento minucioso da arrecadação deste setor. A expectativa é que, com o aumento da competitividade e a atração de novas empresas, nós consigamos, no longo prazo, aumentar a arrecadação vinculada a este setor", acrescentou.

Alguns pontos da nova forma de tributação foram expostos para os representantes do setor de autopeças. A apresentação foi feita nessa segunda-feira (31), em uma reunião virtual e transmitida pelo YouTube (clique AQUIpara assistir). 

Durante o encontro, o presidente do Sindicado do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo (Sincades), Idalberto Luiz Moro, ressaltou que essa medida é uma reivindicação antiga do setor. "O setor de autopeças é um dos principais da nossa economia. Ele alimenta uma cadeia indireta muito importante e sabemos que com essa mudança ficaremos ainda mais competitivos", disse.

"Aproveito para fazer um apelo aos associados, que tragam as operações aqui para o Estado e mostrar que essa decisão vai ser benéfica tanto para as empresas do setor quanto para a arrecadação do Espírito Santo", concluiu.

As medidas do Decreto número 5078-R, de 31 de janeiro de 2022, e da Portaria número 013-R, de 31 de janeiro de 2022, começam a ter efeitos a partir desta terça-feira.

Fonte: SEFAZ - Secretaria da Fazenda
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 02/02/2022