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Energia limpa no mapa do Brasil

Grande território com enorme disponibilidade de recursos naturais, o Brasil é uma referência em energias renováveis. As fontes de energia são diversas, advindas do sol, vento, água e cana-de-açúcar, por exemplo.

O cuidado com esses recursos é de extrema importância para o país crescer como um produtor, consumidor e exportador energético.

“Na área de sustentabilidade, o Brasil é uma potência mundial. A matriz de energia elétrica no Brasil é composta por 84% de fontes renováveis e limpas, enquanto a média mundial é de 25%. A principal fonte é a hidráulica, e também tem a biomassa que tem grande participação e é importantíssima, principalmente derivada da cana-de-açúcar, com participação muito efetiva”, disse Anísio Coelho, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e presidente do conselho temático de Meio Ambiente da federação.

Globalmente, o mundo vive um período de transição energética, em função das mudanças climáticas.

Durante todo o século 19, a economia era praticamente toda movida a combustíveis fósseis, que contribuem para a elevação dos gases de efeito estufa na atmosfera.

“Estamos vivendo fenômenos climáticos cada vez mais graves e frequentes. Isso gera um custo econômico e social grande, por isso a humanidade vai ter que mudar sua matriz energética. Nessa transição, as nações estão procurando fontes de energia limpas e renováveis, e, nesse sentido, o Brasil é um exemplo para o mundo”, afirma Coelho.

Fonte: Folha de Pernambuco
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 16/12/2021

 

Minério perde terreno com foco em produção de aço na China

O minério de ferro reverteu os ganhos do início da sessão com investidores de olho no mercado de aço na China, maior fornecedor mundial. Em novembro, a produção caiu para o nível mais baixo para esta época do ano desde 2017.

A produção de aço bruto do país pode totalizar 1,03 bilhão de toneladas este ano, abaixo do recorde de 1,065 bilhão de toneladas em 2020, de acordo com um executivo da China Iron & Steel Association. Com base neste número e dados oficiais que mostram 946,4 milhões de toneladas produzidas nos primeiros 11 meses, a produção em dezembro pode totalizar 83,6 milhões de toneladas em comparação com 69,3 milhões de toneladas no mês passado.

Embora seja difícil calcular nesta fase qual será a produção real no mês de dezembro, há um consenso de que o volume será maior porque as siderúrgicas já fizeram mais do que o suficiente para cumprir a promessa de reduzir o aço produzido em relação ao ano passado. No entanto, a necessidade de céu azul durante a Olimpíada de Inverno no início de 2022 pode impor mais limites à produção.

“A produção de aço deve aumentar marginalmente, embora a Olimpíada de Inverno limitará qualquer aumento”, disseram analistas da corretora GF Futures. “Os preços do minério de ferro devem ser voláteis, com baixa limitada devido às margens saudáveis das usinas e o valor relativo do material em relação a outros produtos ferrosos.”

Mesmo com a queda na quarta-feira, os futuros do minério de ferro ainda mostram ganhos pela quinta semana, depois de perderem mais da metade do valor desde maio. Os preços subiram com o otimismo em relação ao aumento da produção de aço e com expectativas de que a China injetará estímulos fiscais no ano que vem para impulsionar a economia.

Setor imobiliário

Os desafios enfrentados pela China são destacados pelos dados mais recentes. A economia do país foi impactada no mês passado pela desaceleração contínua do mercado imobiliário e surtos esporádicos de Covid, o que leva economistas a alertarem que as recentes medidas de flexibilização podem não ser suficientes para estabilizar o crescimento.

As vendas de imóveis residenciais e a área de novas moradias iniciadas por incorporadoras caíram cerca de 20% em relação ao ano anterior, o que reduziu o ritmo dos investimentos. O setor imobiliário responde por um terço da produção de aço.

O minério de ferro caía 0,5% para US$ 112,30 a tonelada às 15h16 de Singapura, depois de subir 1,6%. Os preços fecharam em queda de 0,2% em Dalian, enquanto o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente subiram em Xangai.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/12/2021

 

Distribuidores de aço plano esperam alta de 3% nas vendas em 2022

O segmento de distribuição de aço plano do país trabalha com a perspectiva de elevar suas vendas em 3% no próximo ano, frente a uma queda esperada para 2021 de entre 1,5% e 2%, informou nesta terça-feira o presidente da entidade que representa os distribuidores, Inda, Carlos Loureiro.

“Achamos este número bem baixo, o país precisaria de um número bem melhor para ter consumo per capita digno de país em desenvolvimento”, afirmou Loureiro em entrevista a jornalistas.

“Esta é uma das contas (da previsão para 2022) mais difíceis que já tivemos que fazer aqui, provavelmente vamos fazer um ajuste no final do primeiro trimestre”, acrescentou.

Em novembro, as vendas dos distribuidores, responsáveis por cerca de um terço do aço consumido no país, caíram 3,8% ante outubro e recuaram 16,8% na comparação com novembro do ano passado, para 282 mil toneladas, segundo dados do Inda.

A expectativa da entidade para dezembro é de que a venda tenha uma queda de 18% frente ao mês anterior.

O estoque de aço plano nos distribuidores terminou novembro com o equivalente a 2,9 meses de comercialização ante uma média histórica de 3,3 meses, afirmou Loureiro.

“A demanda não está forte, a grande maioria dos distribuidores não está querendo fazer estoque alto e se este tipo de sentimento continuar no mercado, vai ser muito difícil que as usinas (siderúrgicas) deem aumento” nos preços de aço ao setor em janeiro, disse o presidente do Inda.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/12/2021

La Niña também ameaça embarques de minério de ferro e carvão

De operadores a agricultores, todos buscam descobrir o impacto do La Niña para a produção global de alimentos. Mas também existem implicações que podem mexer com os preços dos metais industriais.

Episódios anteriores do fenômeno climático reduziram as entregas do carvão australiano e do minério de ferro brasileiro, o que elevou as cotações dos insumos da siderurgia.

No entanto, não há relatos de grandes gargalos desta vez. Mas as chuvas têm sido mais fortes na Austrália e chegaram mais cedo ao Norte do Brasil, o que destaca riscos do lado da oferta para mercados que já começaram a se recuperar com as expectativas de estímulo do governo chinês.

“O La Niña tende a ter um impacto maior no primeiro trimestre, então é algo para monitorar”, disse Tiago Vespoli, analista de aço do CRU Group, em entrevista.

O fenômeno normalmente resulta em temperaturas abaixo do normal no hemisfério norte, chuvas mais intensas na Austrália e no Norte do Brasil e secas no Sudeste. Durante o La Niña de 2010-2012, produtores de carvão declararam força maior depois que tempestades atingiram o estado australiano de Queensland.

O Australian Bureau of Meteorology prevê que o La Niña deve durar até pelo menos o fim de janeiro, enquanto o Centro de Previsão do Clima dos EUA atribui 95% de probabilidade de que o fenômeno se estenda até fevereiro.

No Brasil, o volume de chuvas nos primeiros três meses dos anos com o La Niña foi 45% maior do que nos outros anos, de acordo com o CRU Group, que vê “grande chance de que os embarques de minério de ferro do Norte do Brasil sejam afetados no primeiro semestre de 2022”.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/12/2021

Congresso conclui aprovação do Marco Legal das Ferrovias; texto vai à sanção

A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira, 14, a votação do novo Marco Legal das Ferrovias sem alterações no texto elaborado pelo Senado Federal. Com isso, a matéria segue para sanção presidencial. A proposta permite que estruturas sejam construídas no modelo de autorização, sem a necessidade de leilão. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, trabalhou pessoalmente nos bastidores para que o texto fosse aprovado sem alterações, a fim de ganhar tempo dispensando uma nova análise. Em troca, o Executivo deve publicar uma Medida Provisória com as reivindicações dos deputados. Pelo modelo estipulado na proposta, a empresa interessada em construir uma ferrovia deverá apresentar ao governo um projeto executivo com todos os dados de planejamento orçamentário, impacto da obra, bem como o tipo de carga que será transportada. Caberá à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) liberar as novas ferrovias.

O deputado Giovani Cherini defendeu agilidade no processo. “Nos Estados Unidos se atravessa o país cheio de ferrovia. Aqui não tem ferrovia porque tem Iphan, Ibama, a Funai, tem o diabo que atrapalha que tenhamos um sistema de transporte ferroviário decente”, afirmou. A nova lei autoriza que a empresa autorizada passe a ser dono dos trilhos e dos terrenos pelo percurso. As companhias que trabalham atualmente no regime de concessão vão poder migrar para o regime de autorização. O texto estabelece ainda critérios para a devolução de trechos abandonados, permitindo que sejam realizados chamamentos públicos para atrair novos interessados.

O governo poderá decretar também utilidade pública para desapropriação de terrenos que sejam essenciais para a instalação de uma ferrovia. No entanto, o deputado Paulo Ramos aponta que o modelo é inadequado. “É óbvio que a pretensão do governo é privilegiar setores que não têm compromisso com o nosso desenvolvimento. Estão buscando apenas o lucro fácil”, disse. A expectativa do governo é que o modal ferroviário passe dos atuais 20% da matriz de transportes de cargas para 45% a partir de 2035.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Ferroviário
Publicação: 15/12/2021