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Indústria de máquinas projeta vendas de até R$ 4 bilhões na Expointer

Responsável por 90% do faturamento da Expointer o setor de máquinas e implementos agrícolas está otimista e aposta em recordes de vendas na quadragésima-quinta edição da feira, considerada uma das principais do agronegócio na América Latina. O presidente do Simers, Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, acredita que as vendas podem superar em 50% a feira de 2019, quando ultrapassaram R$ 2,5 bilhões: “A meta é atingir de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões”.

Como termômetro cita a Expodireto deste ano, realizada em março em Não-Me-Toque, RS, com faturamento apurado de R$ 4,9 bilhões, 87% superior a 2020.

A Expointer teve início no sábado, 27, e segue até domingo, 4, no Parque Assis Brasil, em Esteio, RS. Nos últimos dois anos, em razão da pandemia, foi realizada de forma reduzida em 2021 e no formato digital em 2020.

Outro indicador para a projeção otimista foi a grande procura por espaços. Fosse a área maior o número de expositores do segmento ultrapassaria os 155 que garantiram participação este ano, dez a mais do que em 2019: “Todos estão sedentos por uma feira como essa. A Expointer é uma grande vitrine e isso vale também para os fabricantes de máquinas agrícolas. O parque de máquinas está um pouco maior, e conseguimos melhorar e ampliar alguns espaços”. 

Bier lembrou que a evolução da tecnologia torna o maquinário um atrativo irresistível: “O agricultor entende que, a cada ano, as mudanças são grandes. Por isto quer conhecer e está aberto às novidades para, talvez, trocar de máquina. Ele sabe que maior rapidez no plantio e na colheita podem aumentar a produtividade na lavoura”.

O sinal verde para um possível recorde de vendas também é dado pelo calendário. A data em que se realiza a Expointer é fundamental para o setor por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2022/23, do governo federal, no fim de junho. Do total de de recursos, que este ano somam quase R$ 341 bilhões, pouco mais de R$ 10 bilhões são destinados a financiamentos de máquinas agrícolas. 

E, contrariando as expectativas, a estiagem que assolou o Rio Grande do Sul no verão passado teve poucos reflexos negativos nas vendas. O setor registrou incremento de 5% a 6% na produção de janeiro a julho com relação ao mesmo período de 2021, quando o volume de vendas já era alto. Em tempos de safra normal 11% das máquinas e implementos fabricados pelas indústrias gaúchas ficam no Rio Grande do Sul, enquanto o restante é comercializado Brasil afora. Este ano os prejuízos causados pela falta de chuva pouco afetaram o setor porque houve aumento na demanda de pedidos de outros estados, que tiveram excelentes colheitas. Em paralelo vem ocorrendo maior procura por pivôs centrais e outros equipamentos destinados à irrigação como forma de evitar futuros prejuízos. 

Um dos impactos na fabricação de novos tratores e colheitadeiras continua sendo a escassez de componentes, como aço e chips:

“Depois que acabaram os estoques o que aparecia no mercado a gente tinha que comprar e ainda torcer para surgir mais”, relatou Cláudio Bier. As dificuldades de logística afetaram diretamente o transporte, na importação de produtos, e houve desaceleração na entrega de máquinas. “O fornecimento de aço está normalizado mas o setor ainda enfrenta a falta de chips. A saída vem sendo a adequação, com as empresas buscando negociar microcircuitos com novos fornecedores no Exterior”.

Em torno de 65% das máquinas e implementos agrícolas fabricados no país têm origem nas indústrias do Rio Grande do Sul. Esse protagonismo nasceu quando muitos colonos imigrantes abriram pequenas oficinas e depois começaram a construir e a montar máquinas. Em função disso o Estado é considerado o berço das máquinas agrícolas. Na medida em que houve crescimento começaram as vendas, também, para os agricultores que haviam migrado para estados como Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, depois para o Brasil inteiro: “Os gaúchos que lá estão tiveram papel importante nessa expansão, e hoje algumas daquelas oficinas são grandes empresas do mercado”.

Uma das bandeiras da entidade, postas aos candidatos ao governo gaúcho desde a eleição de 2004, é a criação de fundo para estimular a irrigação. Pela proposta o produtor investiria em equipamento para irrigação, adquirido de indústria gaúcha, e o governo isentaria de ICMS o ganho de produção por determinado período. Desta forma 1 hectare de milho irrigado, por exemplo, poderia render o dobro e sem custos para o governo: “A isenção seria compensada pelo movimento econômico gerado pela produção extra. O Fundopen da Irrigação traria tranquilidade para quem planta e para o setor produtivo como um todo”.

No primeiro fim de semana a feira recebeu 154,2 mil visitantes, número considerado recorde para os dois primeiros dias de evento. Em 2021 foram 66 mil 657 visitantes presenciais e 64 mil visualizações on-line, de 25 países. Em 2019 o público ultrapassou 416 mil pessoas e o setor de máquinas e equipamentos faturou R$ 2,5 bilhões de um total da feira de R$ 2,7 bilhões. O horário da exposição é das 8h00 às 20h30, com ingressos cobrados por R$ 16.

Fonte: Autodata
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 30/08/2022

Usiminas anuncia investimentos de R$ 1,1 bilhão na Coqueria 2

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) anunciou investimentos para reparos na Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, no Vale do Aço, além de recursos adicionais para a reforma do alto-forno 3. Os aportes em reparos emergenciais e definitivos na Coqueria 2 serão de R$ 1,1 bilhão até 2026. Já a suplementação para o projeto de reforma do alto-forno será de R$ 633 milhões.

As informações constam de fato relevante divulgado pela companhia aos acionistas na sexta-feira (26). No documento, a siderúrgica também confirmou a meta de investimentos de R$ 2,05 bilhões para 2022, conforme divulgado em fevereiro. E adiantou que a estimativa para 2023 é de inversões de R$ 2,4 bilhões.

A Usiminas detalhou que os R$ 1,1 bilhão para a Coqueria 2 serão assim divididos: R$ 57 milhões neste ano, R$ 97 milhões em 2023 e R$ 951 milhões entre 2024 e 2026.

Em relação ao alto-forno 3, os R$ 633 milhões adicionais elevarão o investimento total da reforma para R$ 2,72 bilhões até 2025. Até aqui já foram investidos R$ 619 milhões e ainda há outros R$ 650 milhões previstos para este ano. Além disso, R$ 1,2 bilhão serão aportados na reforma do equipamento no ano que vem e R$ 252 milhões entre 2024 e 2025.

O alto-forno 3 é o maior da usina de Ipatinga e tem capacidade para produzir 2,4 milhões de toneladas por ano. A unidade conta com outros dois equipamentos do tipo, com capacidade de produção de cerca de 600 mil toneladas de ferro-gusa por ano cada. Inicialmente a reforma estava prevista para ocorrer entre 2021 e 2022, mas foi reprogramada por uma série de motivos. Também estava orçada pela metade do preço no projeto original.

“Suplementação de R$ 633 milhões para a reforma do alto-forno 3 da Usina de Ipatinga, justificada principalmente pelos efeitos inflacionários em todos os custos envolvidos no projeto aprovado originalmente em 2019”, explica a siderúrgica no comunicado aos acionistas.

Usiminas informa retomada do alto-forno 2

Além disso, no fim do mês passado a companhia informou, via fato relevante, que também vai fazer a retomada do alto-forno 2 da usina de Ipatinga em outubro, mediante investimentos de R$ 35 milhões. O equipamento está paralisado desde setembro do ano passado, em função de um acidente na estrutura.

Com capacidade de 660 mil toneladas/ano, a produção do alto-forno 2 será destinada à formação de estoque de placas, tendo em vista a expectativa de parada do alto-forno 3 para a reforma – a partir de abril do ano que vem e que deve durar 100 dias até a conclusão, devendo ocorrer entre abril e junho do ano que vem, gerando 8 mil vagas de trabalho na região.

Usiminas vai investir R$ 2 bilhões

Sobre os R$ 2,05 bilhões confirmados para o exercício, representam 33% a mais do que o investido no ano passado (R$ 1,5 bilhão). O montante está sendo dividido entre as cinco unidades de negócios, mas a maior parte – R$ 1,64 bilhão – será para a siderurgia, R$ 350 milhões para a mineração, e R$ 50 milhões para a Soluções Usiminas.

Indústria extrativa 

Pelo segundo mês consecutivo, a variação de preços no setor extrativo mineral, na comparação mês contra mês anterior, foi negativa, -0,22%. Com isso, o acumulado no ano recuou de 26,93%, em junho, para 26,65%, em julho (em julho de 2021, o acumulado no ano era de 65,56%). O acumulado em 12 meses, por sua vez, apresentou uma variação de -13,45%, a mais negativa desde março de 2016, -20,17%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido, em termos de variação, a segunda entre as 24 atividades da indústria no acumulado no ano (26,65%). Por sua vez, no caso de influência, foi a terceira no acumulado no ano (1,30 p.p., em 11,46%) e a quarta no acumulado dos últimos 12 meses (-1,02 p.p., em 18,04%). Os dois produtos de maior peso no cálculo do setor (“óleos brutos de petróleo” e “min. ferro e seus concentrados, exc. pelotizado/sinterizado”) apresentaram variações negativas no mês.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/08/2022

Preços no topo? Excesso de oferta, guerra e China esfriando reduzem expectativas de preços de celulose e minério

Uma possível queda nos preços de commodities como celulose, papel, aço e minério passaram a aparecer, cada vez mais, no cenário de analistas, criando expectativas sobre o comportamento futuro das cotações e o impacto nas companhias de capital aberto.

No caso de papel e celulose, há mais indicativos que apontam para uma eminente queda nos preços, enquanto no setor de aço e minério de ferro, pairam dúvidas sobre a real capacidade de a China consumir esses produtos.

A diminuição da atividade econômica na Europa, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, e um crescimento tímido da China no consumo de papel e celulose colocam o setor sob pressão. Além disso, há um esperado incremento de oferta de celulose nos próximos meses.

Há sinais de melhora da cadeia de suprimentos, depois de um longo período enfrentando gargalos logísticos resultantes da pandemia. Isso deve liberar estoques grandes de celulose em 2023 suficientes para recompor o armazenamento do produto que andou em baixa nos últimos tempos.

Além disso, dois grandes projetos no setor, um da Arauco (Projeto Mapa) e outro da UPM no Uruguai, entrarão em operação, depois de sofrerem atrasos na construção, gerando novas oportunidades de oferta de celulose no mercado.

O BBI avalia excesso de oferta de celulose de cerca de 1,1 milhão de toneladas em 2023 e de aproximadamente 2,1 milhões de toneladas em 2024. O BofA relatou que a preocupação dos investidores é com aumento da oferta no setor.

Dessa forma, uma série de apostas na redução dos preços no curto prazo para papel e celulose começaram a ser traçadas.

No caso da celulose, que chegou a US$ 790/t, o Bradesco BBI estima agora, para 2023, queda para US$ 610/t e em 2024, redução para US$ 500/t. Já o papel krafliner (usado para embalagens), a instituição vê retração de cerca de US$ 200 no preço atual nos próximos 12 a 18 meses.

Expectativa do consumo na China

Com relação ao aço e aos minério de ferro, a questão está muito relacionada ao consumo dos produtos na China e à produção de aço no país asiático.

A demanda do mercado chinês tem sido um grande termômetro para medir o rumo global do setor e o anúncio nesta quinta (25) de estímulo adicional à economia da China de US$ 146 bilhões ainda precisa atingir seus efeitos práticos.

O preço médio do minério de ferro estimado pelo Itaú BBA, que era de US$ 115/t para 2022, caiu para US$ 90/t para 2023. A instituição relata que os preços do minério de ferro estão hoje, em média, US$ 107/t, contra US$ 140/t no primeiro semestre. Além disso, o banco espera para ano que vem queda de 10% a 15% nos preços domésticos do aço.

Segundo o BofA, investidores ouvidos pelo banco acreditam que a manutenção do preço do minério de ferro acima dos US$ 100/t está principalmente relacionada à oferta, pois os números de produção das gigantes do setor no primeiro semestre foi 1 milhão/t a menos do que no primeiro semestre do ano passado.

O declínio significativo na produção de aço na China é apontado pelo BBA como principal causador dos preços globais mais baixos do minério de ferro.

O BofA informou que investidores têm expressado preocupação com a deterioração dos mercados imobiliários na China, que respondem por 30 a 35% da demanda de aço naquele país.

O mercado avalia que os recursos liberados pelo governo até o momento são insuficientes para conclusão de todos os projetos, e não há perspectiva de receberem aporte na sua totalidade.

Enquanto isso, as siderúrgicas chinesas aumentaram nos últimos dois meses o consumo de minério de ferro, de acordo com dados da MySteel, indicando aumento de produção de aço. Mas os estoques atuais de minério de ferro nas usinas estão em 20 dias de consumo, bem abaixo da média histórica de 27 dias.

Mudanças de preço-alvo e recomendação

Em meio ao cenário de previsível queda de preço de celulose e papel, o BBI fez ajuste no preço-alvo da Suzano (SUZB3), de R$ 80/ação para R$ 56/ação.

Além disso, reclassificou a companhia de outperform para underperform. Já para a Klabin (KLBN11), o banco mudou a recomendação de outperform para neutra, com preço-alvo rebaixado para R$ 27/ação (o valor anterior era de R$ 37/ação).

No setor de aço e minério de ferro, o BBA manteve recomendação outperform para Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3). Com relação ao preço-alvo, os valores foram também mantidos, só que o preço é o mesmo para 2023 dado o cenário.

No caso da Gerdau, o preço-alvo é de R$ R$ 34/ação; da Usiminas o preço-alvo permanece em R$ 15/ação; e, por fim, da CSN, o preço-alvo é de R$ 17/ação.

Fonte: Infomoney
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/08/2022

 

Novo decreto de redução do IPI garante segurança jurídica às indústrias, diz CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera positivo o decreto nº 11.182/2022, que reestabeleceu as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados (IPI) de mais 109 produtos fabricados na Zona Franca de Manaus. Assim, somados ao decreto anterior, 170 produtos, que representam praticamente todo faturamento do polo industrial de Manaus, ficaram de fora da redução de 35% no IPI. 

“A medida é positiva, pois mantém a redução do IPI para diversos produtos, o que é importante para a diminuição do custo tributário da indústria, e preserva o diferencial competitivo dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

De acordo com o Robson Andrade, o decreto deixa claro quais os bens não serão objeto da redução do IPI e, assim, garante segurança jurídica às operações realizadas pelas indústrias, que estavam esperando a definição de quais produtos tinham tido a redução do IPI suspensa pela liminar do Superior Tribunal Federal (STF), concedida em 8 de agosto de 2022.

Quais foram as mudanças no novo decreto do IPI?

O Decreto nº 11.182/2022 atualizou a Tabela de Incidência do IPI e manteve a redução de 35% nas alíquotas de IPI dos produtos industrializados, em linha com os decretos anteriores. No entanto, deixou de fora da redução de alíquotas mais 109 produtos (NCMs), que são relevantes para a Zona Franca de Manaus. 

A lista de produtos da ZFM que tiveram as alíquotas de IPI reestabelecidas considerou duas premissas: o atendimento ao Processo Produtivo Básico (PPB); e a relevância desses produtos no faturamento da ZFM em relação ao restante do País. Essas alterações entraram em vigor em 24 de agosto de 2022. 

Decreto adequa-se aos limites impostos pela liminar concedida pelo STF

A liminar concedida em 8 de agosto de 2022 pelo STF, na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 7.153, suspendeu os efeitos do decreto nº 11.158/2022, apenas em relação aos produtos produzidos pelas indústrias da Zona Franca de Manaus que possuem o Processo Produtivo Básico (PPB).

A decisão liminar teve como base a Nota Técnica 009/2022-CATE, emitida pelo Governo do Estado do Amazonas. O principal ponto destacado pela Nota é que as 61 NCMs excepcionadas pelo Decreto representam apenas 11,5% do total de 528 produtos (NCMs) fabricados no polo industrial com PPB.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/08/2022

Demanda por aço dobrará no país em uma década, diz ArcelorMittal

O consumo de aço do Brasil deve dobrar nos próximos dez anos graças às “oportunidades gigantescas” e à necessidade de construir mais infraestrutura na maior economia da América Latina, disse o presidente da ArcelorMittal no Brasil.

A demanda pelo metal industrial potencialmente crescerá devido à necessidade de construir mais habitações, projetos nas áreas de energia renovável, portos e petróleo e gás, especialmente se o Brasil “fizer o dever de casa” nas reformas estruturais, disse Jefferson de Paula, presidente do grupo no Brasil, em entrevista.

“O Brasil tem oportunidades gigantescas”, disse De Paula, que participou de uma conferência do setor de aço em São Paulo esta semana. “Em termos de infraestrutura tudo falta.”

Apesar das conversas sobre recessão nas economias ao redor do mundo, a demanda por aço parece estar aumentando, se acreditarmos nos comentários recentes de executivos que participam de reuniões da indústria siderúrgica. Isso pode ser um alívio para o Brasil, cujo consumo de aço está estagnado há anos em relação a outros países.

O uso anual de aço per capita no Brasil foi de cerca de 123 quilos no ano passado, comparado com a média global de cerca de 233 quilos, de acordo com aAssociação Mundial do Aço. A indústria siderúrgica brasileira, que opera hoje com cerca de 67% da capacidade, investirá R$ 52 bilhões nos próximos quatro anos para modernizar e expandir a produção, segundo o Instituto Aço Brasil. Um aumento na produção – mesmo com uma maior demanda doméstica – pode levar a mais exportações de aço.

A própria ArcelorMittal está investindo cerca de R$ 20 bilhões no país, sendo quase 40% para expansão da capacidade de produção até 2024 e R$ 11,2 bilhões para comprar a siderúrgica CSP da Vale (VALE3) e duas sócias. A aquisição, que ainda requer aprovação regulatória, não fecha as portas para novos negócios no Brasil, país que responde por 20% a 25% dos resultados financeiros da ArcelorMittal (ARMT34), disse De Paula.

“Nunca podemos dizer que foi a última”, disse De Paula, que agora também é presidente do conselho diretor Instituto Aço Brasil. “Estamos sempre avaliando oportunidades.”

Fonte: Investnews
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/08/2022

Minério de ferro tem melhor semana desde fim de julho com compra impulsionada por usinas

Os preços do minério de ferro chinês registraram nesta sexta-feira seu melhor ganho semanal em quatro semanas, com as siderúrgicas aumentando as compras em meio aos baixos estoques e na esperança de uma melhor demanda do usuário final quando as condições climáticas melhorarem.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange encerrou com alta de 3%, a 735 iuanes (107,10 dólares) a tonelada. Na base semanal, a alta foi de 6,4%, a caminho de seu maior ganho desde 29 de julho.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais negociado subiu 2,5% para 105,60 dólares a tonelada, enquanto o minério de ferro spot para entrega à China avaliado pela SteelHome subiu 2 dólares, para 107,50 a tonelada, nesta sexta-feira.

"O mercado está melhor do que antes. Agora as siderúrgicas mantêm estoques muito baixos. Quando a temperatura cair, a demanda dos usuários finais voltará... pode ser em 1-2 meses. Haverá mais demanda por matérias-primas", disse um trader sediado na China.

A China experimentou um calor recorde e prolongado em muitas regiões, prejudicando as atividades de construção que consomem uma grande quantidade de aço, enquanto os cortes para preservar a energia elétrica também prejudicaram as empresas industriais.

Autoridades da China disseram na quarta-feira que aumentariam o apoio financeiro a projetos de infraestrutura, o que aumentaria a demanda por aço, dias depois de reduzir as taxas, em esforços para reviver uma economia afetada pela Covid-19.

O trader disse esperar que os preços do minério de ferro flutuassem em torno dos níveis atuais, potencialmente aumentando em mais 10 dólares por tonelada, mas as direções dos preços provavelmente dependerão da política de estímulo do governo chinês.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/08/2022