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Siderúrgicas querem imposto "anti-China" e pressionam governo

Empresários pedindo mais impostos? Parece estranho, mas o setor siderúrgico brasileiro, liderado por Jorge Gerdau, pede um aumento significativo nas tarifas sobre o aço importado da China.

A proposta é elevar os impostos sobre o aço chinês de cerca de 9,5% a 13% para 25%.

As instituições financeiras avaliaram que a postura de Gerdau significa que a empresa está passando por um momento turbulento, e por isso, diminuíram o preço-alvo da companhia que leva seu sobrenome.

O impacto potencial de aumentar os impostos sobre o aço chinês inclui o aumento da inflação e a competição com o investimento em máquinas e equipamentos no setor industrial.

No mais recente episódio do podcast "Ligando os Pontos," os CEO do Monitor do Mercado e colunista da Folha de S.Paulo, Marcos de Vasconcellos, e a jornalista Maria Júlia Baumert, explicam o que aconteceu, quais as perspectivas e como foi a reação do mercado é o tema do novo episódio do podcast Ligando os Pontos.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/10/2023

 

CNI prevê alta de 3,3% do PIB e queda de 0,5% na indústria de transformação em 2023

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima o crescimento da economia e projeta expansão de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Essa é a segunda reavaliação positiva do ano. No primeiro trimestre, a expectativa era de alta de 1,2% e, no segundo trimestre, de 2,1%.

O Informe Conjuntural do 3º trimestre mostra que o Brasil caminha para crescer mais do que o esperado, embora a alta não alcance todos os setores econômicos.

Na indústria de transformação, a previsão é de queda de 0,5% neste ano. A retração na maior parte deste segmento industrial ocorre pela queda da demanda e da produção, especialmente nos setores mais sensíveis ao crédito.

Estes setores têm sido penalizados pela elevada taxa de juros. A previsão inicial era de queda de 0,9%, mas o desempenho de alimentos e derivados de petróleo, no primeiro semestre, segurou uma redução maior na média dos demais segmentos da indústria de transformação.

“A indústria, que desempenha um papel estratégico no fortalecimento de todo o setor produtivo brasileiro, especialmente com seus investimentos em tecnologia e inovação, está encolhendo. Os juros altos e o nosso sistema tributário têm cobrado um alto preço da indústria de transformação, mas também dos investimentos. Se nada mudar, o Brasil terá sua capacidade produtiva futura bastante comprometida”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A expectativa é de desempenho bastante heterogêneo na indústria como um todo. O PIB industrial deve crescer 2% em 2023, puxado pelos resultados positivos na indústria extrativa, na indústria da construção e nos serviços industriais de utilidade pública (SIUP).

A indústria extrativa, que tem na sua base a produção de minério de ferro e a extração de petróleo, deve crescer 6,7% este ano. A construção terá expansão de 1,5% e o SIUP terá alta de 5,3%.

“A parte da indústria mais sensível ao mercado externo terá desempenho positivo este ano, enquanto a indústria de transformação tem sido pressionada pela política monetária contracionista, pelo ambiente de crédito restritivo e pelo enfraquecimento da demanda. A questão é que a indústria da transformação responde por 58% do PIB industrial e tem maior capacidade de alavancar o PIB do que os demais setores da economia”, explica o gerente-executivo de Economia, Mário Sérgio Telles.
 

 
 
 

Agropecuária vai crescer 15,5% em 2023

As boas safras de soja e de milho vão garantir um desempenho muito positivo para o PIB do setor agropecuário, que deve crescer 15,5% em 2023. Esse comportamento do setor agropecuário, assim como o da indústria extrativa, ocorre em um cenário global de crescimento moderado ao longo de 2023, mesmo diante de um ambiente com taxas de juros em patamares restritivos, aperto do crédito e da inflação ainda elevada. 

Setor de Serviços vai crescer 2,1%

O setor de Serviços foi o principal responsável pelo crescimento econômico no primeiro semestre de 2023, com avanço disseminado entre todas as atividades. A previsão de crescimento para o setor neste ano foi revisada de 1,3% para 2,1%.

Brasil terá o maior superávit comercial de sua história

A CNI projeta que as exportações brasileiras serão de US$ 331 bilhões em 2023, enquanto as importações alcancem US$ 257,3 bilhões. Confirmadas estas projeções, o saldo comercial ficará positivo em US$ 73,7 bilhões, o que seria o maior superávit comercial já registrado no comércio exterior brasileiro.

Inflação, medida pelo IPCA, deve encerrar 2023 em 4,9%

Na avaliação da CNI, o cenário seguirá com desaceleração da inflação corrente e expectativas de inflação próximas da meta, sinalizando um processo de convergência em 2024 e, sobretudo, em 2025. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2023 em 4,9%. O valor é menor que o observado em 2022, de 5,8%, mas é superior à meta de inflação de 3,25% para 2023 e acima, inclusive, do intervalo superior da meta (4,75%).

Taxa Selic encerra 2023 em 11,75%

Nesse cenário de desaceleração da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic) em agosto. A CNI avalia que o Copom fará mais dois cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões restantes do comitê no ano, o que fará com que a taxa Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.

 
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/10/2023

Mineração urbana: conceito em voga na Indústria de Base ganha destaque como solução para promover a Economia Circular

Popularizado no Brasil ao longo da última década, o conceito de “Mineração Urbana” corresponde à extração e à reciclagem de materiais de valor presentes em resíduos de características diversas. O processo, diferentemente da mineração tradicional que realiza a extração de recursos presentes no subsolo, faz uso de objetos resultantes da dinâmica de consumo, disponíveis em grandes quantidades em lixões, aterros e “ferros-velhos”. Anualmente, países do mundo todo descartam milhares de toneladas de itens, como celulares e geladeiras, com destino incerto e que geram um acúmulo de recursos com alta capacidade de reutilização pelo setor industrial e por outros segmentos, entre eles: ouro, prata, cobre, platina, alumínio, aço e terras raras, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

Neste cenário, a preocupação transnacional com o estabelecimento de modelos econômicos sustentáveis — a chamada “Economia Circular”, exposta em eventos internacionais como o Climate Week e o Fórum Econômico Mundial — tem feito com que o conceito de Mineração Urbana seja ventilado tanto pelo setor público quanto pelo setor privado do Brasil, tendo em vista que a reciclagem de resíduos eletrônicos para o reaproveitamento de materiais de alto valor agregado poderia render ao país mais de R$ 4 bilhões de reais por ano, conforme revelam dados do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM).

Lúcia Helena Xavier, pesquisadora titular do CETEM e membro da Comissão de Economia Circular da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), explica que a recirculação de recursos na fase pós-consumo é capaz de gerar renda principalmente à Indústria de Base, ao contribuir para a minimização de gastos das empresas nos processos de adquirir e extrair recursos, além de possibilitar seguidas revendas de diversos elementos, já que os resíduos deixam de seguir rotas convencionais de descarte e passam a integrar um círculo fechado. 

“Segundo o conceito da gestão cíclica, que é incorporada pela estratégia da Economia Circular, estamos em fase de transição para uma economia que prioriza o uso e reuso de produtos e materiais e uma minimização dos impactos sobre a exploração dos recursos primários, bem como redução da escala de produção. Nesse mesmo sentido, a mineração urbana pressupõe uma proposta alternativa de obtenção dos recursos por meio do aproveitamento econômico de matéria-prima secundária. Segundo pesquisas recentes, o aumento da exploração e uso eficiente dos recursos pode reduzir em torno de 20% a necessidade de entrada de materiais virgens até 2030. Isso pode representar uma economia potencial de mais de 600 bilhões de euros na indústria europeia, por exemplo”, ressalta a pesquisadora em seu artigo Mineração Urbana de resíduos eletroeletrônicos, escrito em parceria com Fernando Lins. 

Conforme pontua a voluntária da ABM, a adoção de materiais provindos da Mineração Urbana em processos industriais responde à Economia Circular ao minimizar a necessidade de extração de recursos naturais e reduzir o acúmulo de resíduos. Sua implantação em larga escala no Brasil, no entanto, dependeria de tecnologia, investimento público e uma logística reversa eficaz. “Para tal, teremos de percorrer algumas curvas e pontes para que se ultrapasse a fronteira do conhecimento e a prática corresponda à teoria, bem como às expectativas”, salienta a pesquisadora.

Alvo de interesse de diversos setores da sociedade, a temática da Mineração Urbana, assim como outras pautas referentes à Economia Circular, é tema de debate periódico na Comissão Técnica de Economia Circular da ABM, além de embasar diversos trabalhos acadêmicos apresentados anualmente no Congresso de Economia Circular e Gestão Integrada, que integra o portfólio de eventos da ABM Week.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/10/2023

Pernambuco anuncia captação de R$ 422 milhões para instalação de empresas industriais no Estado

Em um comunicado emitido ontem (10), na sede da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adepe), o Governo de Pernambucoanunciou a captação de investimentos no valor de R$ 422 milhões, com a expectativa de criar 2.096 novos postos de trabalho no Estado. Segundo informações do Palácio do Campo das Princesas, os aportes surgem dos 78 empreendimentos industriais que serão instalados no Estado, atraídos por meio dos programas de incentivos fiscais, do Prodepe e do Proind. 

O Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco) e o Proind (Programa de Estímulo à Indústria do Estado de Pernambuco) são programas de incentivos que oferecem concessão de créditos presumidos de ICMS. Enquanto o Prodepe varia de 75% a 95% para empresas industriais, o Proind varia de 47,5% a 95%, e também inclui centros de distribuição e importadoras. Como resultado desses incentivos, está prevista a instalação de 40 empresas no interior do Estado e mais 38 na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Incentivos fiscais 

Com o Prodepe, está previsto um investimento de aproximadamente R$ 270 milhões e criação de 996 empregos diretos, por meio de 31 projetos industriais aprovados. Desses, 20 projetos serão implementados no interior, enquanto 11 estarão na Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre esses empreendimentos temos a Marilan em Igarassu, Cristalcopo em Pombos, PanCristal em Surubim, Ventisol em Vitória de Santo Antão e VN Eletrodomésticos em Pombos.

Já no contexto do Proind, foram aprovados 47 projetos, resultando em um investimento superior a R$ 152 milhões e a previsão de criação de 1.100 novos empregos. Desses 47 projetos, 27 vão se concentrar na RMR, enquanto 20 seguirão para o interior. Arcelormittal e RAA Indústria de Paletes em Caruaru, Colchões Castor em Pombos, EPS Nordeste Indústria em Escada, Indústria de Papel Leão e Salmeron Energia em Igarassu, Petropack em Petrolina, Reciclart Sacolas em Arcoverde e Bom Leite em São Bento do Uma, são algumas das empresas que serão instaladas. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, informou que as reuniões do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) voltaram a acontecer, e assim, o Governo poderá consolidar sua posição em relação aos programas de incentivos. “Hoje, Pernambuco se apresenta nesta arena da atração de investimentos com a proposta de valor de simplificar a vida do investidor e construir a relação com o setor empresarial em bases de diálogo e transparência", detalhou. 

A aprovação destes projetos e também de centrais de distribuição de importadoras aconteceu na 123ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), coordenado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), vinculada da Secretaria de Desenvolvimento do Estado (Sdec).

Distribuição e Importação

Além das indústrias que estabelecem ou expandem suas operações no Estado, os programas de incentivos fiscais também são direcionados a empresas de importação e centrais de distribuição. Embora esses empreendimentos não criem empregos ou instalem indústrias, elas contribuem para a atividade econômica e financeira em Pernambuco.

Outro grupo de incentivos foi aprovado para 29 projetos de importação. Destes projetos, 25 estão localizados na RMR e quatro no interior. As importações anuais previstas chegam a R$ 2,9 bilhões e, entre as empresas com incentivos aprovados, estão: Acumuladores Moura; Carrefour Comércio e Indústria; D&A Decoração e Ambientação; Destak Embalagens; Indústrias Becker; e Pneubras Comércio de Pneus.

Também foram concedidas aprovações para as 21 Centrais de Distribuição beneficiadas por este programa, distribuídas da seguinte forma: 18 na Região Metropolitana do Recife (RMR), 2 no Agreste Central e 1 na Mata Norte. As aprovações irão gerar R$ 343,3 milhões entre compras e transferências anuais previstas. Entre elas, estão: Aeroflex Indústria de Aerosol; Bemed Comércio Atacadista de Produtos de Higiene Pessoal; Camil Alimentos; Cirúrgica Montebello ; Comercial de Construção 2001 e Eucatex Indústria e Comércio.

 
Fonte: Folha PE
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 11/10/2023

Custos industriais caem, mas estão 31,3% acima do nível pré-pandemia, diz CNI

O Indicador de Custos Industriais (ICI) caiu 4,6% no segundo trimestre de 2023 na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Este indicador é formado por outros três e todos estão menores. O custo de produção teve queda de 5,1%, o custo de capital recuou 6,3% e custo tributário ficou 0,6% abaixo do trimestre anterior.

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, ao longo de 2023, houve um movimento gradual de queda no indicador de custos. No entanto, eles ainda estão em patamar elevado, 31,3% acima do nível pré-pandemia.

“A queda de custos sinaliza uma menor pressão nos preços de insumos e energia. É positivo que a maioria dos indicadores tenham melhorado na comparação com o trimestre passado, mas os custos industriais ainda estão em patamar bem elevado, o que prejudica a competitividade da indústria, tanto no mercado doméstico como no internacional”, diz a economista da CNI Paula Verlangeiro.

 

Produção, capital e tributos. Por que os custos caíram?

Na produção, a queda nos custos reflete as reduções nos preços internacionais de commodities energéticas, que ainda estavam em ritmo de queda entre abril e junho, além da reorganização das cadeias globais e o menor gasto com bens intermediários.

A redução não foi maior devido ao aumento do custo com pessoal, de 1,4%, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho e o fato do período referente ao segundo trimestre ser historicamente favorável ao aumento de contratações. Em um ano, o custo com mão-de-obra subiu 10,5%.

O custo com capital apresentou queda de 6,3%, influenciado pela redução na taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres para pessoa jurídica na comparação do segundo com o primeiro trimestre do ano.

“O contexto ainda é de maior restrição na concessão de crédito e menor procura diante das taxas elevadas. A taxa média de juros para capital de giro, usada no indicador de custos de capital, apresentou leve queda na passagem do primeiro para o segundo trimestre”, explica a economista.

O custo tributário, calculado pela soma dos tributos federais e estaduais pagos pela Indústria divididos pelo PIB industrial, apresentou queda de 0,6% na comparação do segundo com primeiro trimestre de 2023.

Essa queda no indicador ocorreu porque o crescimento do PIB industrial foi mais que suficiente para compensar o aumento da arrecadação dos tributos considerados pelo indicador (IPI, PIS/Cofins e ICMS), no segundo semestre de 2023, na comparação com o trimestre anterior.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 10/10/2023

Varejo aposta no 2º semestre para manter alta no Paraná

A Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que o varejo paranaense cresceu 0,66% no acumulado até julho. Apesar de positivo, este é o menor porcentual para o período desde 2020, auge da pandemia de Covid-19. Com informações da Fecomercio-PR.

Mesmo com expansão modesta no acumulado do ano, a tendência é que o segundo semestre feche com crescimento mais expressivo, em função das datas comemorativas, sobretudo o Natal, e a injeção do 13º salário. A próxima data importante para o comércio é o Dia das Crianças, na próxima semana.

Registraram aumento de vendas no acumulado de janeiro a julho as concessionárias de veículos (9,36%), autopeças (4,1%), supermercados (3,63%) e livrarias e papelarias (1,04%). Por outro lado, os setores com menor faturamento no período foram farmácias (-7,91%), vestuário e tecidos (-7,23%) e materiais de construção (-6,97%).

Em Curitiba e Região Metropolitana houve alta de 2,66% e em Maringá de 1,32%. Já o comércio de Londrina apresentou queda de 2,63%, bem com o da Região Oeste, com redução de 2,5%.

Mas as regiões de Ponta Grossa e Sudoeste foram as que mais se sobressaíram no acumulado até julho, com elevação de 3,21% nas vendas.

Após sucessivas quedas, o otimismo do empresário paranaense demonstra recuperação pelo segundo mês consecutivo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), subiu 1,6% e ficou em 101,9 pontos em setembro.

Em agosto o índice já havia superado a marca dos 100 pontos.

Fonte: Bem Paraná
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 05/10/2023