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Maringá vende liga de manganês para aço verde

A Maringá Ferro-Liga, companhia que faz ferroligas de manganês, insumo crucial para a fabricação de diversos tipos de aço, busca inserir suas atividades nos padrões da economia verde. A empresa vem investindo para atender a demanda de produtos com baixa pegada de carbono e, nessa rota, almeja ganhar novos mercados no país e no exterior.

A partir de julho, a Maringá começa a exportar lotes mensais da liga ferro sílico-manganês para uso na produção de aço verde em uma siderúrgica do grupo sueco SSAB, um dos maiores da siderurgia da Europa. O material será utilizado em uma usina na Finlândia. O contrato, de um ano, prevê pouco despachos de 4,2 mil toneladas da liga (350 mil mensais).

O que chamou a atenção da empresa sueca é que a liga da Maringá tem baixo carbono - uso de carvão vegetal como redutor energético e de energia renovável na operação dos fornos, afirma Luís Pessoa, diretor comercial e de Supply Chain da Maringá.

A liga de manganês é uma espécie de “tempero” na fabricação do aço - utilização de 8 a 10 quilos para cada toneladas de aço fabricada. O material é lançado no processo de refino do aço na aciaria. A liga é aplicada para se obter maior resistência ao produto siderúrgico em obras civis, de infraestrutura, chapas de automóveis, gasodutos, entre outros.

A empresa faz 60% do carvão vegetal (biorredutor energético) que utiliza no processo a partir de florestas próprias (5 mil hectares), informa Rodrigo Junqueira dos Santos, diretor industrial da Maringá. Mais 20% são adquiridos de terceiros. Na produção das duas ligas (sílico-manganês e ferro manganês alto carbono) ainda se usa 20% de coque de petróleo ou carvão metalúrgico. Esses dois insumos têm forte geração de emissões de CO2.

No suprimento de energia, com a reforma de uma central de geração elétrica, a companhia atingirá até 30% de geração própria. O restante é adquirido de geradoras no mercado. “Já até avaliamos um investimento de geração eólica, mas não evoluiu. Mas nosso plano é diversificar a matriz com energias solar e eólica”, afirmou Junqueira.

A liga de ferro sílico manganês vendida para a SSAB, explica Pessoa, é um produto com baixos teores de boro e fósforo - elementos contaminantes do aço.

Atualmente, a Maringá tem um plano de investimento de R$ 633 milhões no período 2022-2027. Há vários projetos, com destaque para aumento da geração de energia, troca de fornos de carvão, sinterização de finos de minério de manganês e repotenciação dos fornos de ligas. Desse pacote, R$ 90 milhões estão previstos para este ano.

“Com esses projetos, teremos mais energia renovável, mais biorredutor vegetal (menos geração de CO2), utilização de minério de rejeitos e ganho energético nos fornos, com impactos ambientais e de redução de custos”, ressalta Pessoa. “Em custos, estamos no primeiro quartil global. Esperamos obter mais 10%”, diz.

Na parte de biorredutor, a Maringá está trocando todos os fornos circulares por sistemas mecanizados, retangulares - modernos, maiores e mais eficientes. A previsão é finalizar as trocas em 2024. Com isso, a fumaça gerada no processo (ainda com CO2 e metano) é captada e direcionada para um queimador, que elimina o metano. O plano é utilizar o calor para gerar energia, com uma térmica.

A repotenciação de três dos cinco fornos de ligas, a partir do próximo ano, vai permitir elevar a capacidade de produção anual em 20%, para 120 mil toneladas.

A empresa tem unidade fabril em Itapeva, interior de São Paulo. Das 100 mil, 60% é de ferro sílico-manganês (FeSiMn) e ferro manganês alto carbono (FeMnAC) fica com 40%. Os grandes clientes da empresa são fabricantes de aço. A Maringá é a líder na produção no Brasil e se destaca como maior fornecedora da América do Sul.

Em 2022, a empresa produziu 89 mil toneladas das duas ligas, queda de 10% sobre 2021. As vendas, sendo 80% para o mercado interno, somaram 96,7 mil toneladas. As exportações atingem diversos mercados, com destaque para siderúrgicas da Argentina. “Neste ano estamos embarcando ao exterior até 30% da produção”, informa o diretor.

Atualmente, a tonelada do produto é comercializada em torno de US$ 1,18 mil. Na pandemia, a variação acompanhou o movimento de alta de outras commodities minerais e metálicas, chegando a valer US$ 2,4 mil.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/06/2023

M&A no setor de mineração do Brasil aumentou 75% no primeiro trimestre de 2023

Banco de dados de contratos da Global Data As mineradoras brasileiras anunciaram 14 transações de fusões e aquisições no valor de US$ 180,4 milhões no primeiro trimestre de 2023. Conforme relatado em março, Ternium S.A.. A Usiminas pagou aproximadamente US$ 124,5 milhões para aumentar sua participação no grupo controlador para 51,5%. A transação, aprovada pelas autoridades antitruste do Brasil, foi o maior negócio divulgado do setor no primeiro trimestre.

A Ternium, um grupo siderúrgico controlado pela joint venture industrial ítalo-argentina Techint Group, juntou-se à japonesa Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp em novembro de 2011 como parte do campo de controle da Usiminas. A Termium, maior produtora de aços planos do Brasil, pagou US$ 249 na disputa pelo controle. mn por participação do rival brasileiro Uciminas do Brevi em 2014; À época, o grupo liderado pela Ternium detinha cerca de 38% do capital votante desta última.

Quem compra quem?

O Global Data inclui uma análise completa de temas disruptivos, atividades de M&A e os negócios mais notáveis. Relatório de Fusões e Aquisições da Indústria de Mineração por Principais Temas.

No entanto, a atividade de fusões e aquisições no Brasil caiu 96% em termos de valor no primeiro trimestre de 2023, em comparação com um total de US$ 4 bilhões no trimestre anterior. No entanto, este é um aumento de 75% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior e um aumento de 367% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Isso não é surpreendente em setembro de 2022 Um relatório da BNamericas As fusões e aquisições no setor de mineração do Brasil revelaram que estão caminhando para um período de negociação em 2023, após a eleição presidencial em outubro. Com base nos planos de muitas empresas e investidores.

Fonte: Fusões & Aquisições
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/06/2023

Siderurgia aposta no hidrogênio verde para descarbonização

O setor de siderurgia responde por cerca de 7% das emissões globais de dióxido de carbono. A produção de aço sustentável é um dos grandes desafios da indústria, que espera que o hidrogênio verde possa substituir o carvão nos processos integrados para redução do minério de ferro.

“No processo tradicional de fabricação do aço, o carbono ‘rouba’ o oxigênio, vira CO2 e deixa só o ferro. Substituiremos o carbono por hidrogênio, que ‘rouba’ o oxigênio e vira H2O”, resumiu Guilherme Abreu, gerente geral de sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil, em entrevista ao NetZero.

Para que isso seja possível, é preciso que o hidrogênio seja produzido com custos competitivos e a indústria instale reatores que permitam o seu uso. Segundo Abreu, a expectativa é de que esse processo comece em Pecém, no Ceará, onde está sendo construído um polo de hidrogênio verde com a participação da ENGIE. 

O objetivo do polo de produção de hidrogênio verde em grande escala no porto cearense é atender a demanda local e também favorecer as exportações do produto. No caso do uso local, as aplicações do produto serão destinadas à mobilidade pesada, indústria do aço, produção de químicos e mistura para as redes de transporte de gases. A meta é de que a produção local alcance, em 2030, 4 GW de capacidade.

Gás natural na transição energética da siderurgia

O gás natural vem sendo considerado um combustível de transição para as energias renováveis. Isso vale, inclusive, para a indústria siderúrgica. De acordo com o gerente de sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil, isto porque o gás emite menos carbono do que o carvão mineral. 

“É um caminho de transição, com a vantagem de que os fornos que usam gás natural – chamados fornos de redução direta – podem ser convertidos a hidrogênio com mais facilidade do que um alto forno tradicional”, afirmou. 

Hoje, o mercado busca minimizar as emissões utilizando sucata como matéria-prima para a fabricação de aço e carvão vegetal, produzido a partir de florestas plantadas. A sustentabilidade, no caso, está no fato de ser uma fonte renovável, já que as árvores capturam CO2 e podem ser replantadas.

Estudo recente coordenado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Centro de Economia Energética e Ambiental (Cenergia), da Coppe/UFRJ, demonstrou que o setor industrial será o que mais se beneficiará do uso do gás natural como vetor de mitigação de emissões para transição energética (veja detalhes aqui).

Fonte: Além da Energia
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/06/2023

Aços planos registra alta nas compras, vendas e importações em maio, diz Inda

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), divulgou os dados dos negócios do seu segmento no dia 23 de junho (sexta-feira). De acordo com o Instituto, as compras do mês de maio registraram alta de 11,5% perante a abril, com volume total de 354,5 mil toneladas contra 318 mil. Frente a junho do ano passado (366,7 mil toneladas), apresentou queda de 3,3%.

Vendas — As vendas de aços planos em maio contabilizaram alta de 9,9% quando comparada a abril, atingindo o montante de 331 mil toneladas contra 301,1 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 312 mil toneladas, registrou alta de 6,1%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de maio obteve alta de 2,9% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de meses.

Importações (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro- Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume) — As importações encerraram o mês de maio com alta de 18,3% em relação ao mês anterior, com volume total de 190,4 mil toneladas contra 161 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (140,6 mil toneladas), as importações registraram alta de 35,4%.

Projeções — Para junho de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 3% em relação ao mês de maio — prevê o presidente -executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, que realizou a apresentação dos números de fechamento do mês de maio de 2023.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/06/2023

Usiminas mantém previsão de concluir Alto Forno 3 em agosto de 2023

A Usiminas informou que o cronograma de execução do projeto de reforma de seu Alto-Forno nº 3 da Usina de Ipatinga (AF3) segue dentro das expectativas.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:USIM5) na sexta-feira (23).

A siderúrgica explicou que alterações para mais ou menos dias “são naturais” para um projeto desta magnitude, e que a previsão de conclusão do projeto permanece no mês de agosto de 2023 e dentro do orçamento aprovado.

A Usiminas destacou ainda que ajustes no cronograma são comuns em projetos dessa complexidade e o prazo mencionado poderá sofrer alterações conforme avanço do projeto.

“A companhia também esclarece estar preparada para contingências dessa natureza, garantindo o atendimento aos seus clientes, e caso haja qualquer efeito relevante será comunicado ao mercado tempestivamente”, afirmou a siderúrgica.

O comunicado ao mercado da Usiminas sobre o cronograma ocorre após questionamentos recebidos de veículos de imprensa.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/06/2023

Minério estende queda no aguardo de mais apoio da China

O minério de ferro caiu um pouco mais nesta segunda-feira, 26, em Singapura, após a queda semanal mais acentuada desde o final de maio, com o mercado à espera de novas medidas de estímulo na China.

A matéria-prima siderúrgica, que recuou 3,8% na semana passada, chegou a cair 1,7% para US$ 107,30 a tonelada, antes de reduzir as perdas para cerca de 0,3%.

A necessidade de novos estímulos foi destacada pela Mysteel, que disse que 14 usinas chinesas reduziram os preços do aço. A redução provavelmente ajudará a aumentar as vendas após uma queda na demanda com o início do verão no hemisfério norte. No polo siderúrgico de Tangshan, a atividade está em queda desde setembro.

Apoio chinês pode estar a caminho

O jornal estatal China Securities Journal publicou matéria de primeira página dizendo que mais apoio pode estar a caminho por meio da emissão acelerada de títulos especiais de governos locais, uma forma importante de financiamento de projetos de construção no país.

Os futuros de minério de ferro na bolsa chinesas de Dalian caíram 1,9%, e os contratos de aço em Xangai também recuaram.

Fonte: Exame
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/06/2023