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Revolução da IA na Mineração e Siderurgia: Desafios e Inovações Fascinantes

Durante a 8ª ABM Week, foram debatidos temas relacionados à transformação digital no setor minero-metalúrgico, em que a Inteligência Artificial se destacou. Com o uso de Inteligência Artificial, foi possível alcançar melhorias notáveis em processos de automação, aumentar a eficiência e garantir maior segurança nas operações, demonstrando um potencial considerável para revolucionar a siderurgia e mineração.

A IA trouxe vantagens evidentes ao setor, otimizando recursos e promovendo práticas mais sustentáveis. Graças à aplicação de tecnologias avançadas como essa, a sustentabilidade tornou-se uma realidade cada vez mais palpável, impactando de forma positiva todo o ecossistema minero-metalúrgico. Esses avanços permitiram não só um aumento na produtividade, mas também uma redução significativa nos riscos ocupacionais.

De acordo com a projeção da ABI Research, os investimentos globais em tecnologias digitais na indústria de mineração devem alcançar U$ 9,3 bilhões até o ano de 2030. Dentro da siderurgia e mineração, a Inteligência Artificial tem sido uma ferramenta crucial, trazendo avanços significativos tanto na exploração quanto na extração de recursos. Isso é possível através do emprego de veículos autônomos, sensores avançados e algoritmos de machine learning. A aplicação frequente da IA tem contribuído para tornar esses processos mais sustentáveis e seguros.

O papel da Inteligência Artificial na siderurgia

No campo da siderurgia, a IA é fundamental para a otimização de processos de produção, além de prever possíveis falhas em equipamentos. O uso da IA também tem melhorado consideravelmente a qualidade dos produtos finais. Reconhecendo a importância dessas inovações tecnológicas, a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) organizou quatro mesas-redondas focadas em Inteligência Artificial para o setor minero-metalúrgico durante seu principal evento anual, a 8ª ABM Week.

Durante a maior semana técnico-científica da América Latina nas áreas de metalurgia, materiais e mineração, especialistas tanto da indústria quanto da academia discutiram as mais recentes inovações e os desafios enfrentados na implementação de IA nesses setores. Embora a IA tenha se expandido rapidamente, questões relacionadas à ética no uso de dados emergem como um dos maiores desafios, especialmente no que se refere às IAs generativas.

Desafios da Inteligência Artificial e ética no uso de dados

De acordo com especialistas participantes do evento, um dos riscos mais mencionados é a importância de manter a transparência e a ética na coleta e no uso dos dados. Além disso, a necessidade de pesquisas aprofundadas para assegurar eficácia e segurança na aplicação da IA, principalmente em contextos educacionais, foi amplamente debatida. Em muitos casos, fatores que são invisíveis aos algoritmos podem obscurecer e distorcer julgamentos e conclusões.

A mesa-redonda ‘IA aplicada ao desenvolvimento de produtos e sustentabilidade nos processos de conformação‘ foi um destaque do segundo dia da ABM Week 2024. Este debate foi parte do 59º Seminário de Laminação e Conformação de Metais, com a participação de palestrantes da ArcelorMittal, Usiminas e VETTA, e coordenadores os consultores José Herbert Dolabela e Júlio César Enge.

IA e sustentabilidade em processos de conformação

Jetson Lemos Ferreira, pesquisador da ArcelorMittal, apresentou exemplos práticos do uso da IA para prever defeitos complexos e desenvolver novos tipos de aço. Giselle Miranda Bento, gerente de Inteligência da Informação da Usiminas, abordou a integração da IA em processos produtivos da empresa, promovendo uma cultura de dados para otimizar operações, como o recozimento.

Lis Nunes Soares, Diretora de Eficiência Energética da VETTA, enfatizou a importância da IA para aumentar a eficiência energética e reduzir emissões. Utilizando tecnologias avançadas para antecipar padrões e evitar excessos de testes práticos, a reconheceu que ‘Quando falamos de energia, olhamos para um retrovisor; o fato já ocorreu. Então, o uso da IA nos ajuda a identificar comportamentos e padrões para fazer as devidas adaptações.’ A inserção da IA dentro dessa cultura de dados solidifica sua importância estratégica para decisões diárias, conforme ressaltou Giselle da Usiminas.

Perspectivas e desafios das IAs generativas

A mesa-redonda ‘Perspectivas e desafios de implementações de IA Generativa na Indústria’ contou com especialistas da Microsoft, Gerdau, EloGroup e Deloitte. Coordenada por Renato Cesar Braga, Coordenador de Engenharia Elétrica e Automação da Vallourec South América, e Leandro Rodrigues Ramos, Especialista de Automação e Controle de Processo da ArcelorMittal, e moderada por Douglas Vieira, Diretor Executivo da Enacom, o debate enfatizou os potenciais e desafios técnicos e éticos da IA na indústria.

Francisco de Almeida, Data & IA Senior Manager da EloGroup, salientou o impacto econômico da IA, que, segundo sua apresentação, pode gerar valores anuais entre 9,5 e 26 trilhões de dólares. Rodrigo Sarkis, Estrategista Técnico de Contas Globais da Microsoft, destacou que a IA pode ser uma ferramenta poderosa para a hiper personalização, aplicação em estratégias de marketing e vendas, e modelos de copiloto para funcionários.

O impacto do ChatGPT e da IA no ambiente de trabalho

Rodrigo mencionou o sucesso do ChatGPT, o chatbot mais utilizado globalmente, que já ultrapassou 200 milhões de usuários por semana, alertando para o uso criterioso da IA: ‘Utilizemos a inteligência humana e a parcimônia no desenvolvimento de interações com aplicações generativas.’

Rafael Guimarães, Gerente Geral de Portfólio Digital da Gerdau, apresentou projetos de IA da empresa: Data4ALL, uma plataforma com mais de 30 cursos e 340 aulas, já atingindo mais de 7 mil inscritos, e um assistente de chat via Copilot para otimizar tarefas diárias. João Zaiden, Head de Ativos Inteligentes da Deloitte, discorreu sobre a questão ética da IA, abordando que a solução deve ser estritamente ligada aos temas de interesse, evitando respostas imprecisas.

A IA na mineração e a transição energética global

A mesa-redonda ‘Inteligência Artificial na Mineração’ discutiu como a IA pode aumentar a competitividade da indústria de mineração brasileira e ajudar na transição energética global. Moderada por Gisele Regina Hwang, especialista em engenharia da Vale, o evento reuniu nomes como Giorgio de Tomi da USP e Marcelo Tavares da COPPE/UFRJ. Eles debateram a otimização das operações de mineração pela IA, sem minimizar a importância do conhecimento técnico acumulado.

Carolina de Piero Bruno da Vale destacou que a expertise humana é indispensável em processos que envolvem segurança. Giorgio de Tomi ressaltou que o Brasil tem uma enorme oportunidade de protagonizar na transição energética global, usando a IA para tornar a indústria de mineração mais competitiva. ‘O mundo está sedento por minerais para a transição energética, e podemos liderar não apenas no fornecimento, mas também na descarbonização’, disse Giorgio.

Uso responsável de IA por estudantes

A Inteligência Artificial também não está longe das universidades. Durante a ABM Week, a mesa-redonda ‘Uso de IA pelos estudantes: Riscos e Oportunidades’ discutiu o uso responsável da IA pelos acadêmicos. Organizada pela Comissão Técnica de Iniciação Científico-Tecnológica, o evento foi moderado por Geraldo Lúcio de Faria, da UFOP, e coordenado por Willy Ank de Morais, da Unisanta.

Participaram do debate talentos emergentes como Guilherme Frederico Bernardo Lenz e Silva da USP e Weslei Monteiro Ambros da UFRGS. Eles alertaram que depender exclusivamente da IA para criar materiais do zero pode prejudicar o processo de aprendizado, comprometendo o desenvolvimento de habilidades críticas e a resolução de problemas de forma independente.

O desafio do letramento digital

O letramento digital também foi um ponto crucial discutido, evidenciando que o desafio não está apenas no uso da IA, mas também na falta de acesso à internet e tecnologia. Muitas pessoas ainda têm limitações nesse acesso, saltando etapas essenciais do desenvolvimento tecnológico contínuo.

Sobre a 8ª ABM Week:

Anualmente realizada pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), a ABM Week é o principal evento técnico-científico da América Latina, focado em discutir as últimas inovações e desafios enfrentados pela indústria. Na 8ª edição, a ArcelorMittal foi a anfitriã, e o evento contou com patrocinadores importantes como DME Engenharia, Gerdau, Vale, CBMM, entre outros. A conferência reuniu profissionais renomados, pesquisadores e empresas dedicadas a explorar o potencial econômico da IA, automação e controle de processo, e eficiência energética para promover avanços na siderurgia e mineração.

Fonte: Click Petróleo e Gás
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/09/2024

 

Indústria afirma que investimentos podem cair 57% se houver acordo de livre-comércio com a China

A Coalizão Indústria, movimento composto por 14 associações de 13 setores produtivos do Brasil, aponta que um acordo de livre-comércio entre Mercosul e China pode levar a uma queda de 57% no total de investimentos previstos por essas indústrias até 2027, que soma R$ 825,8 bilhões.

Representantes dessas associações, que participaram de coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25), disseram não ter segurança para manter o mesmo nível de investimento com a “espada no peito” que um possível acordo entre os países representa aos setores produtivos, como afirmou José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).

A Coalizão, grupo criado em 2018, pede que o acordo não seja assinado e também que haja maiores alíquotas para a importação de produtos de origem chinesa, a exemplo do que tem sido feito nos Estados Unidos e na União Europeia, para equilibrar os preços praticados.

A balança comercial de manufaturados do país deve terminar 2024 com déficit de US$ 135 bilhões, de acordo com levantamento elaborado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), uma piora ante os US$ 108,3 bilhões negativos em 2023.

Para Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a China tem tido capacidade de reduzir seus preços de produtos para exportação mesmo com custos similares aos brasileiros em salários e no plástico, por exemplo.

“Sabemos que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e seria pouco realista imaginar que o governo vai tomar uma decisão em relação a China”, afirmou Marco Pollo Mello, da Aço Brasil, entidade que reúne os produtores de aço nacionais. Segundo ele, empresas podem morrer até que processos de “antidumping” sejam finalizados.

Mello afirmou, ainda, que o que está havendo é uma política do Estado chinês para escoar sua capacidade ociosa de produção, e que para isso, o país aceita fazer exportações com margens negativas. “A indústria [brasileira] está sob ataque”, disse.

No setor do aço, as importações cresceram 24,8% de janeiro a agosto, após terem crescido 50% em 2023.

O setor têxtil seria o maior prejudicado por um acordo de livre comércio, disse Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O segmento viu as importações crescerem 13% de janeiro a julho, ante o mesmo período de 2023, enquanto a indústria de vestuário elevou sua produção em 1,3%. “Investimentos previstos ficam comprometidos ou retardados enquanto pairar uma nuvem como essa sobre nossas cabeças”, afirmou.

Questionado sobre o aumento da alíquota de importação sobre 30 produtos químicos, anunciada na semana passada, como pedia a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que também reclamava da “invasão chinesa”, mesmo termo usado pela Coalizão, o presidente Abiplast se posicionou contra a medida. Segundo ele, nesse caso, não havia justificativa técnica, porque a parcela de resina plástica importada é pequena, e “não se pode dizer que tudo foi a China”. Para Coelho, foi uma decisão política.

O aumento da tarifa para importação no setor químico pode encarecer a produção de itens plásticos.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/09/2024

 

Produção mundial de aço tem queda de 7% em agosto na comparação anual

Analistas do UBS afirmaram em nota na terça-feira que a produção mundial de aço sofreu uma retração em agosto, com queda de 7% em relação ao ano anterior.

Essa queda foi particularmente intensa na China, onde a produção recuou 13% no mesmo período.

A redução reflete uma tendência mais ampla de enfraquecimento da demanda no setor, o que levou os produtores de aço a interromper a produção com maior frequência devido às margens de lucro negativas.

Apesar da queda geral, a produção de aço fora da China registrou um aumento de 2% em comparação ao ano anterior. Em mercados importantes como a União Europeia, Reino Unido e América do Sul, houve um crescimento moderado na produção, mesmo em uma época do ano normalmente mais fraca.

Por outro lado, a América do Norte registrou uma queda na produção em comparação ao ano passado. O UBS estima que a taxa de utilização da capacidade global do setor de aço caiu 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior, atingindo cerca de 70% em agosto, em comparação a 75% em julho.

Em relação aos preços, o mercado de aço apresenta dinâmicas regionais distintas. Na China e nos Estados Unidos, os preços do aço laminado a quente (HRC) mantiveram-se firmes, com aumentos de 7% na China e 4% nos EUA, mês a mês.

Essas altas de preço resultam de fatores como aumento nos preços das usinas, menor número de paradas de manutenção e demanda constante.

Por outro lado, o mercado europeu enfrenta dificuldades, com queda de 7% nos preços do HRC no mesmo período. A contínua fraqueza na demanda e a competição com importações mais baratas têm pressionado os preços na UE.

Apesar das dificuldades nos preços, os custos das matérias-primas estão em queda, com os preços do carvão metalúrgico caindo 7% m/m e os preços do minério de ferro recuando 1%. Curiosamente, enquanto as margens de lucro na Europa sobre o HRC e os insumos caíram 7%, nos EUA houve um aumento de 9%.

Olhando para o futuro, os analistas do UBS identificam vários fatores que podem impactar o mercado de aço. Nos EUA, os preços do aço subiram para US$ 720 por tonelada, após tocarem o patamar de US$ 645 por tonelada em julho.

Essa recuperação é resultado de aumentos nos preços das usinas e menor número de paradas de manutenção. No entanto, grandes players como Nucor e Steel Dynamics projetaram lucros por ação para o terceiro trimestre de 2024 abaixo das expectativas de mercado, devido à queda nos preços de venda e menores volumes de fabricação.

Na Europa, o mercado continua lidando com demanda fraca e a entrada de importações mais baratas, sem sinais claros de fatores que possam elevar os preços no curto prazo.

O UBS, no entanto, prevê que um ambiente de redução nas taxas de juros, aumento dos gastos federais através de diversos programas legislativos, juntamente com o recente corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve, pode aumentar a demanda e os preços em 2025.

O UBS recomenda compra para várias empresas do setor de aço, incluindo ArcelorMittal (AS:MT), SSAB (ST:SSABa), JFE Holdings (TYO:5411), BlueScope Steel (ASX:BSL), Steel Dynamics (NASDAQ:STLD), Nucor (NYSE:NUE) e Commercial Metals Company (NYSE:CMC). Por outro lado, a POSCO (KS:005490) recebeu recomendação de venda devido a indicadores fracos.

Embora existam oportunidades de investimento no setor de aço, ele também enfrenta vários riscos. O UBS destaca desafios importantes, como a imprevisibilidade dos preços do aço e a possibilidade de restrições comerciais globais.

O setor é altamente cíclico, e um retorno precoce ao excesso de oferta pode comprometer as expectativas de preços, colocando em risco as projeções de lucro e as avaliações das empresas.

A indústria é vulnerável a uma série de questões políticas, financeiras e operacionais, que podem afetar de maneira significativa o desempenho geral.

Fonte: Investing
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/09/2024

 

Investimentos em indústria e construção somam R$ 825,8 bi, diz grupo com 14 entidades

Os investimentos previstos na indústria de transformação, junto com a construção civil, já chegam a R$ 825,8 bilhões, conforme anunciou nesta quarta-feira, 25, a Coalizão Indústria, grupo formado por 14 entidades de setores produtivos diversos, que vão da indústria de brinquedos à siderurgia e montadoras de carros.

O maior montante de investimentos, de R$ 200 bilhões, é da construção civil. Na sequência, aparecem as indústrias de alimentos (R$ 150 bilhões), máquinas e equipamentos (R$ 87,3 bilhões) e produtos plásticos (R$ 83 bilhões).

Os números foram apresentados em coletiva de imprensa promovida pela Coalizão para atualizar cenários das entidades.

Coordenador do grupo, Marco Polo de Mello Lopes, que também preside o Instituto Aço Brasil, salientou em sua intervenção inicial que a agenda do grupo tem três eixos: a retomada do crescimento sustentado, tendo como premissa o ajuste fiscal; a recuperação da competitividade sistêmica, com redução do Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão; e transição energética/descarbonização.

Aumento da projeção de crescimento 

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aumentou a sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção em 2024, passando de 2,3% para 3,0%. Esta foi a segunda revisão feita pela CBIC, que começou o ano prevendo uma expansão de 1,3% para o PIB setorial em 2024. A divulgação dos novos dados foi feita no início de agosto.

Os resultados foram motivados pelo nível de atividade da construção civil acima do previsto. As perspectivas mais otimistas para o setor são percebidas em toda cadeia produtiva, desde as instituições que atuam no financiamento até a indústria de materiais de construção.

Fonte: Mercado & Consumo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 26/09/2024

 

Produção de aço na China cai 10,4%. No mundo, queda é de 6,5%

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 144,8 milhões de toneladas em agosto de 2024, uma queda de 6,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 107,1 milhões de toneladas em agosto, 8% a menos sobre agosto de 2023. Apenas a China produziu 77,9 milhões de toneladas, um recuo de 10,4% na comparação com agosto do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,3 milhões de toneladas no mês, um incremento de 2,6% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 6,9 milhões t e 5,5 milhões de toneladas de aço bruto em agosto, respectivamente, com recuos de 3,9% e 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2023. 

Os países do Bloco Europeu produziram 9,1 milhões de toneladas de aço em agosto de 2023, ou 2,2% a mais que no mesmo mês de 2023. A Alemanha produziu 2,9 milhões de toneladas, com ligeiro aumento de 0,5% sobre agosto de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,7 milhões de toneladas e cresceram 8,4%, na comparação com agosto de 2023. A Turquia viu a produção disparar 13,8%, para 3,1 milhões de toneladas em agosto de 2024. A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,9 milhão de toneladas de aço bruto em agosto, 7,2% inferior na comparação com agosto do último ano. Já os países da CIS produziram 7 milhões de toneladas, um retrocesso de 8,7%, com a Rússia registrando produção estimada de 5,8 milhões de toneladas, e despencando 11,5% sobre agosto de 2023.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 3,4 milhões de toneladas de aço bruto e caiu 3,2% na comparação com agosto de 2023. O Irã produziu 1,4 milhões de toneladas, 9,9% inferior no mês.

A produção na América do Norte caiu 3,8% em agosto de 2024, somando 9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 7 milhões de toneladas, 0,7% a mais que o volume de agosto de 2023, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3.6 milhões de toneladas, 0,8 a mais do que em agosto de 2023. O Brasil produziu 3 milhões de toneladas e registrou 7,3% superior a agosto do último ano. No acumulado do ano até agosto, a produção mundial de aço bruto somou 1,251 bilhão de toneladas, o que representa um retrocesso de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/09/2024

CEO da Tesla, Musk afaga Argentina e mira suas reservas de lítio

Elon Musk, CEO da Tesla, voltou a afagar a Argentina. Na terça-feira, 24, afirmou em uma rede social de sua propriedade que tem interesse em investir no país governado pelo seu aliado, Javier Milei.

Afora a aparente amizade entre os dois, a Argentina tem o que a Tesla precisa: é o quarto maior produtor mundial de lítio, componente essencial para se produzir baterias de veículos elétricos.

Musk já demonstrou admiração pela política liberal do presidente argentino. O bilionário recebeu Milei em uma fábrica da Tesla em Austin, Texas, em abril.

"Minhas empresas estão buscando ativamente maneiras de investir e apoiar a Argentina", disse Musk, cujas empresas também incluem a startup de chips cerebrais Neuralink e a companhia de inteligência artificial X AI.

Se por um lado as reservas de lítio atraem o investimento externo, por outro a capacidade produtiva do país apresenta dificuldades para decolar.

A Argentina passou por um turbilhão neste primeiro semestre. Com o novo governo e as medidas econômicas implantadas, o setor automotivo local também sofreu neste período.

Segundo dados da Adefa, associação das montadoras argentinas, de janeiro a junho a produção de veículos despencou em mais de 26%, os licenciamentos caíram mais de 21% e as exportações, quase 17%.

A projeção da S&P Global para a produção de veículos argentina é de uma queda de 15,5%, alcançando um volume de 528 mil unidades. Até junho, foram produzidos 216,36 mil veículos.

Para o mercado, a expectativa da consultoria é de vendas em torno de 310 mil carros, recuo de 26,7%. No primeiro semestre, foram 170,3 mil emplacamentos, entre importações e produção nacional.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 25/09/2024