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Importação de minério pela China em novembro atinge máxima de 16 meses

As importações de minério de ferro pela China aumentaram 14,6% em novembro em relação ao mês anterior, atingindo o maior nível desde julho de 2020, mostraram dados alfandegários nesta terça-feira, embora um mercado de aço lento tenha amortecido a demanda pela matéria-prima.

A maior consumidora mundial de minério de ferro trouxe 104,96 milhões de toneladas no mês passado, acima das importações de outubro de 91,61 milhões, e também alta de 6,9% em relação a novembro de 2020, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.

O salto nas importações, dominado por produtos da Austrália e do Brasil, superou as expectativas do mercado em meio ao arrefecimento dos preços do minério de ferro e à queda na demanda por aço.

"Os dados de importação de novembro podem ser afetados pelo fator de desembaraço aduaneiro", disse Tang Binghua, analista da Founder CIFCO Futures em Pequim, acrescentando que os embarques e chegadas de minério de ferro não mudaram significativamente nos últimos meses.

Mas é improvável que os altos níveis de importação continuem, disse Tang, já que o consumo está fraco depois que a China intensificou os controles de produção nas usinas.

Os estoques de minério de ferro importado nos portos chineses cresceram por 10 semanas consecutivas, saltando na semana passada para 155,5 milhões de toneladas, o maior desde meados de 2018, mostraram dados da consultoria Mysteel.

Nos primeiros 11 meses do ano, a China importou 1,04 bilhão de toneladas de minério de ferro, queda de 3,2% em relação ao período correspondente do ano anterior, de acordo com a alfândega.

Os dados de terça-feira também mostraram as exportações de novembro de produtos siderúrgicos da China em 4,36 milhões de toneladas, queda de 3,1% na comparação mensal.


Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/12/2021

CSN aprova abertura de novo programa de recompra de ações

O conselho de administração da CSN aprovou a abertura de um novo programa de recompra de ações de emissão da própria companhia.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CSNA4) nesta segunda-feira (06).

A aquisição, no período de 07 de dezembro de 2021 a 30 de junho de 2022, será de até 30 milhões de ações ordinárias.

“O programa de recompra de ações tem por objetivo a aquisição de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de emissão da própria Companhia, respeitados os limites legais e com base em recursos disponíveis, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento”, explicou a siderúrgica em um comunicado enviado ao mercado.

CSN (CSNA3): lucro líquido de R$ 1,325 bilhão

O lucro líquido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no terceiro trimestre deste ano chegou a R$ 1,325 bilhão, um aumento de 5% na comparação com o mesmo período de 2020. Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 76% em razão da piora do desempenho operacional, especialmente no segmento de mineração, além do impacto das despesas financeiras e da maior provisão para imposto de renda no período, resultado de diferenças temporárias.

“Por sua vez, o lucro líquido acumulado do ano atingiu R$ 12,5 bilhões frente a um lucro líquido de apenas R$ 396 milhões registrado no mesmo período de 2020, o que atesta o excelente desempenho registrado ao longo de 2021”, diz a CSN em seu relatório de resultados.

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado atingiu R$ 4,296 bilhões no terceiro trimestre, um avanço de 23% ante o mesmo período de 2020, mas na comparação com o segundo trimestre deste ano foi registrada queda de 47%.


Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/12/2021

Mineração tem melhor ano da história em 2021; expectativa é de acomodação em 2022

A indústria brasileira de mineração vai viver em 2021 seu melhor ano na história, batendo recordes de faturamento. O setor foi favorecido pelo altos preços das commodities metálicas, como minério de ferro, cobre, ouro e alumínio e pelo câmbio, pois é um grande exportador.

A expectativa para 2022, no entanto, é de um cenário de acomodação, com preços ajustados a patamares mais baixos em relação aos picos e de demanda sob pressão, principalmente do maior consumidor de commodities do mundo, a China.

Para o minério de ferro, cujos preços chegaram perto de US$ 240 a tonelada em meados de maio, a previsão é de que ficará na faixa de US$ 80 a US$ 90 a tonelada, comenta Wilson Brumer, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Essas cotações estão em linha com o que estimam analistas e especialistas do mercado de commodities. O fator-chave é o mercado chinês, que passa por freio de arrumação imposto pelo governo central.

Números compilados pelo Ibram mostram faturamento de R$ 257,4 bilhões até o fim do terceiro trimestre. O montante supera de longe o desempenho de todo o ano passado — R$ 209 bilhões. Os dados do quarto trimestre, com o forte recuo do preço do minério de ferro, não devem mostrar o crescimento exuberante de antes, no entanto, ainda deverão ser expressivos.

“Vai ser um bom ano, mesmo com essa mudança de cenário no segundo semestre — o melhor da nossa história”, destaca Brumer.

Segundo ele, não se vê o câmbio arrefecendo dos atuais patamares (R$ 5,60) no curto prazo. E o Brasil tem uma grande geração de divisas com exportação. No ano passado, o saldo da balança do setor foi de US$ 32 bilhões.

“Em 2022 vai voltar uma certa normalidade nos preços das commodities, ainda em níveis considerados bons”, diz o executivo, observando que não se viu o boom das commodities apontado por muitos que aconteceria.

No terceiro trimestre, conforme dados do Ibram, o setor faturou R$ 108,7 bilhões, mais que o dobro do mesmo trimestre de 2020. Sobre o período de abril a junho deste ano (R$ 78,7 bilhões), registrou aumento de 38%.

O valor da tonelada de minério recuou e se encontra em patamares de US$ 100, mas, ao mesmo tempo, houve alta nos preços de cobre, do alumínio/bauxita, do ouro, níquel e zinco. E a demanda se manteve firme no calcário (usado na fabricação de cimento) e outros do setor da construção, como brita e materiais de revestimento (granito). O Brasil é também o maior produtor e exportador de nióbio do mundo.

O minério de ferro responde por dois terços do faturamento do setor mineral brasileiro e gerou exportação de US$ 36,6 bilhões no ano passado. A seguir as maiores participações na receita foram ouro, com 11%, cobre (quase 7%), alumínio/bauxita, mais de 2%, e água mineral (1,6%).

Com um ano tão bom, o pagamento de royalty pelo setor — via CFEM — vai ultrapassar R$ 10 bilhões. Os recursos são arrecadados por municípios, Estados e a União. Os maiores pagadores são os Estados do Pará, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia e São Paulo.

A indústria de mineração no país tem um plano de investimento de US$ 41 bilhões programado para os próximos quatro a cinco ano.

“É um setor que olha no longo prazo”, afirma Brumer.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/12/2021

CNI realiza encontro com empresários e integrantes do governo federal

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realiza, na terça-feira (7/12) às 11h, um encontro com um grupo de empresários e integrantes do governo federal no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, DF. Está prevista a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro.

O evento tem como propósito ressaltar a importância da indústria para o crescimento econômico do Brasil e apresentar propostas para a redução do Custo Brasil, com consequente aumento da competitividade do setor produtivo no próximo ano. 

O credenciamento de imprensa será feito pela Presidência da República, até às 07h de terça-feira (07/12), por meio do link: 

https://www.gov.br/planalto/pt-br/credenciamento-de-imprensa/avisos-de-credenciamento/encontro-com-empresarios-da-industria-brasileira

O evento será transmitido, ao vivo, pela EBC e pelas redes do Planalto.

SERVIÇO:

Evento: Encontro com Empresários da Indústria Brasileira
Data: 07/12, terça-feira
Horário: 11h
Local: Centro Internacional de Convenções do Brasil - CICB, Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50, Asa Sul, em Brasília/DF.
Entregas das credenciais: terça-feira (7/12), das 9h15 às 10h15, no local do evento.


Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

Balança comercial abre dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão

A balança comercial brasileira abriu o mês de dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão, em alta de 191,6% em relação à média diária de dezembro de 2020, elevando para US$ 58,13 bilhões o superávit acumulado do ano.

As exportações na primeira semana do mês cresceram 60,4% e somaram US$ 4,04 bilhões, enquanto as importações subiram 37,9%, chegando a US$ 2,96 bilhões.

A corrente de comércio (soma das exportações e importações) aumentou 50%, alcançando US$ 7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Com os US$ 58,13 bilhões, o superávit registra alta de 25,4% no acumulado de janeiro até a primeira semana de dezembro, refletindo o crescimento de 35,1% das exportações, que chegaram a US$ 260,06 bilhões, e de 38,2% das importações, que totalizaram US$ 201,93 bilhões. A corrente de comércio atingiu US$ 461,99 bilhões no período, com aumento de 36,5%, em comparação com o resultado de janeiro a dezembro do ano passado.

Exportações no mês

As exportações na primeira semana do mês cresceram nos três setores. A alta foi de 37,1% em Agropecuária, que somou US$ 452 milhões; de 77,4% na Indústria Extrativa, com US$ 1,19 bilhão; e de 57,8% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,37 bilhões.

Entre os produtos agropecuários, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de café não torrado (+55,8%), especiarias (+270,8%) e soja (+973,9%).

Para a Indústria Extrativa, contribuíram os aumentos dos valores exportados de minério de ferro e seus concentrados (+32,7%), minérios de cobre e seus concentrados (+238%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+146,8%).

Já a Indústria de Transformação refletiu principalmente o incremento das vendas de farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+202,8%), produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+373%) e outras máquinas e equipamentos especializados para determinadas indústrias e suas partes (+1.015,3%).

Importações por setores e produtos

Do lado das importações, a Secex registrou crescimento de 1,1% em Agropecuária, que somou US$ 55,60 milhões; de 408,2% na Indústria Extrativa, com US$ 337,9 milhões; e de 25,9% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,51 bilhões.

Os produtos com maiores crescimentos nas compras externas, nesta primeira semana de dezembro, foram trigo e centeio não moídos (+15,6%), milho não moído, exceto milho doce (+109,6%) e cacau em bruto ou torrado (+37%) na Agropecuária.

Na indústria Extrativa, destaque para outros minérios e concentrados dos metais de base (+427,9%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+133%) e gás natural, liquefeito ou não (+1.358,6%).

Já a Indústria de Transformação aumentou as compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+138,7%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+186,6%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+131,3%).


Fonte: Metrópoles
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

 

Exportações e importações de serviços por empresas brasileiras podem ser ampliadas

Primeiro resultado concreto das recentes negociações plurilaterais na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo para Regulação Doméstica de Serviços quebra um jejum de oito anos de novas regras estabelecidas pela organização e pode contribuir para aumentar exportações e importações de empresas  brasileiras de serviços, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O tratado é resultado das negociações de acordos plurilaterais, que não dependem do consenso dos membros. O novo acordo conta com 67 países, incluindo o Brasil. Dentre os membros do G-20, apenas África do Sul, Índia e Indonésia não fazem parte do tratado. As negociações foram concluídas na última quinta-feira (02).

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Levantamento da OMC e da OCDE sugere que a implementação das novas regras pode ter impacto de US$ 150 bilhões anuais no mundo, com destaque para os setores financeiros, de comunicações e de transporte. O Brasil foi, em 2020, o 28º maior país no comércio de serviços, com uma corrente de US$ 75 bilhões no  ano.

“Ao reduzir a burocracia, empresas brasileiras podem ter oportunidades de comprar e vender mais  serviços. Setores industriais mais intensivos em serviços tendem a ser mais inovadores e produtivos, o que  fortalece a indústria. Além disso, o acordo mantém a função negociadora da OMC em curso, crucial para  os interesses comerciais do Brasil”, afirma o gerente de políticas de integração internacional da CNI, Fabrizio Panzini.

Com esse passo, os acordos plurilaterais consolidam-se como uma nova forma de negociação da OMC. Esse marco pode impulsionar a implementação desse modelo na conclusão de acordos em outros temas importantes como subsídios, disputas comerciais e investimentos.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021