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Preço do aço deve subir 7,5% em janeiro no Brasil; veja os motivos

O preço do aço plano deve subir de 7% a 7,5% em janeiro no Brasil, conforme perspectivas do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Apesar de não ter sido oficializado pelas indústrias siderúrgicas, o incremento esperado pela instituição se dá em função da valorização do dólar e do aumento da taxa de juros praticados no Brasil.

De acordo com o presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro, os 7,5% de aumento esperados não cobrem, entretanto, a variação do dólar no mês de dezembro, e os dois principais insumos das usinas de produção do aço são o minério de ferro e o carvão.

“São produtos dolarizados, então, realmente, as usinas não possuem muita alternativa a não ser o reajuste”, afirmou.

Com relação ao desempenho da indústria para compras e vendas, o Instituto informou que no 11º mês do ano os resultados foram negativos e aquém do que eles esperavam. As vendas de aços planos em novembro contabilizaram queda de 15% quando comparada a outubro, atingindo o montante de 296,8 mil toneladas contra 349,7 mil toneladas. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 328,2 mil toneladas, a queda foi de 9,6%.

Já as compras em novembro registraram redução de 17% na comparação com outubro, com volume total de 295,6 mil toneladas contra 356,5 mil toneladas. Frente a novembro do ano passado (341,6 mil toneladas), houve queda de 13,5%.

A retração acabou por interferir no desempenho anual. De janeiro a novembro, as vendas cresceram apenas 1,6%, quando o esperado era em torno de 3%. Já as compras no mesmo período tiveram um crescimento de 2,9%, se comparado com o mesmo intervalo de tempo do ano passado.

A retração nas vendas, segundo o presidente do Inda, foi resultado do menor número de dias úteis do mês de novembro (19 no total), consequência do excesso de feriados no mês. Além do fator sazonal, a competição com os importados é outro fator considerado o “grande problema da siderurgia nacional”.

Importações não caem como esperado

Apesar das importações terem encerrado o mês de novembro com queda de 25,4% em relação ao mês anterior, com volume total de 206,1 mil toneladas contra 276,4 mil toneladas, o número não foi suficiente para alcançar os índices esperados pelo instituto, que eram de crescimento menor que 10%.

De janeiro a novembro, a alta acumulada das importações ainda foi de 15,7%. Com esses resultados, o Inda acabou reduzindo a expectativa de crescimento para o ano e, agora, projeta uma alta de apenas 0,8% para 2024. 

“Apesar de todos os esforços, todas as medidas que foram tomadas em termos de cotas, entre outras, nós estamos fechando novembro com um crescimento de quase 16% nas importações. Um crescimento em cima do ano que deixou todo mundo aflito e que acendeu as luzes vermelhas com relação à penetração da importação ano passado”, pontuou Loureiro.

Ele explica que, assim como novembro, o mês de dezembro também terá poucos dias úteis, já que a maioria dos clientes das usinas entram em férias coletivas a partir da próxima semana, e o setor não conseguirá melhorar o desempenho.

“O número de dias úteis caiu muito e isso está nos levando a esperar uma queda de 20% nas vendas em dezembro. Se confirmada, a expectativa do ano será bem abaixo dos índices que estávamos tentando atingir”, diz. 

Com as vendas menores, os estoques crescem. Se comparado com novembro do ano passado, o estoque apurado em novembro deste ano é 12,9% maior. Enquanto agora há 981,1 mil toneladas em estoque, em novembro de 2023, eram 869,1 mil toneladas. 

Perspectivas para 2025

Para o ano que vem, o Inda espera crescer 1,5% em relação a 2024. Apesar da indústria nacional já ter perdido muito mercado, o presidente do Inda espera não perder mais. Entretanto, a alta do dólar e o aumento da taxa de juros devem impactar, na visão do presidente, o consumo do aço no Brasil.

“Já se fala em juros a 14,25%. Então, haverá impactos, basta ver a indústria automobilística que é responsável pelo consumo de 35% de aço no Brasil, e espera crescer quase 16% este ano. Eles já estão prevendo queda para 5% de crescimento no ano que vem”, conclui Loureiro.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/12/2024

 

Custo da mão de obra na construção civil aumenta 69% em 10 anos

Em dez anos, o custo de mão de obra na construção civil no Brasil subiu 69%, de acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).

O indicador mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apresenta o reflexo de um cenário desafiador para o setor, que convive com a ameaça de um apagão de mão de obra qualificada.

Uma pesquisa da Grua Insights, feita para o mercado, reportou que 90% dos empresários da construção afirmaram ter dificuldade para encontrar trabalhadores. Dentre as categorias com maior escassez, o pedreiro lidera a lista, sendo citado por 27% de quem participou do levantamento. Servente e carpinteiro são outras modalidades citadas.

Como resultado, 70% das empresas admitiram, conforme o estudo, ter adiado entregas de obras nos últimos seis meses. O panorama é um obstáculo à previsão de um investimento de R$ 1,3 trilhão até 2029 no país, conforme cálculos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O presidente da entidade, Renato Correia, falou sobre a cifra durante um evento com empresários do setor em Minas Gerais. Na ocasião, o representante da CBIC relatou à reportagem de O Tempo que os empecilhos relacionados à mão de obra qualificada não são exclusivos à construção civil que, segundo dados do IBGE, emprega 2,8 milhões de pessoas.

“Nós temos uma grande massa de trabalhadores na informalidade e precisamos entender o que está acontecendo”, observou.

Para atrair quem atua fora do mercado formal de trabalho, Correia garante que o setor é atrativo financeiramente por ter o terceiro maior salário de entrada no mercado no país, ficando atrás apenas do funcionalismo público e de quem atua nas áreas de informática e telecomunicações, conforme dados do Ministério do Trabalho. Outro público-alvo é de jovens.

A pesquisa da Grua Insights revelou que, em todo o país, a idade média nos canteiros de obras é de 41 anos.

‘É óbvio que o setor precisa se modernizar para atrair o jovem. Hoje ele pode ter um emprego na internet, se tornar um influencer, e outras profissões. Mas a construção está rapidamente se industrializando, digitalizando. Então, será muito atrativa para o jovem”, aposta Correia.

Obras mais caras – O vice-presidente de Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Felipe Boaventura, também avalia o cenário com preocupação. Boaventura citou que a escassez de bons pedreiros, serventes, bombeiros e outras modalidades de operários além de elevar o custo de mão de obra, impacta diretamente o valor dos imóveis.

O valor de construção do metro quadrado no Brasil, em novembro, chegou ao custo de R$ 1.786,82, conforme o IBGE. Em Minas Gerais, o valor é mais baixo, de R$ 1.684,62.

No entanto, no acumulado dos últimos doze meses e deste ano, os preços subiram mais no estado do que na média nacional.

“Se eu não tenho trabalhador, eu tenho um aumento de custo na obra. Seja com possível aumento de salário, seja com alongamento do meu planejamento de obras”, contabilizou o vice-presidente do Sinduscon.

O encarecimento dos imóveis pode ser um balde de água fria ao mercado imobiliário, já que de acordo com uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, a venda de novos imóveis em Belo Horizonte teve um salto de 60% no terceiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. A comercialização também cresceu ante ao segundo trimestre do ano.

“Se eu tenho um aumento do preço dos imóveis, qual que é a minha grande preocupação? Eu vou ter inevitavelmente no médio e longo prazo uma retração no mercado, porque o público brasileiro principalmente de média e baixa renda têm uma baixa tolerância às variações de preço”, lamentou Boaventura.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 19/12/2024

 

Produtores brasileiros de aço estão ‘em choque’ com as metas de emissão

As ambiciosas metas para reduzir as emissões de gases poluentes no Brasil – conforme anúncio na COP29 no Azerbaijão – deixaram as empresas siderúrgicas em choque. Segundo o chefe do grupo industrial Aço Brasil, o setor se recusa a adotar metas inatingíveis.

“Baku nos deixou em choque”, disse o presidente executivo da Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, a jornalistas na segunda-feira (16). “Tivemos reuniões difíceis com o governo. O setor não vai assumir metas que não sejam factíveis.”

A maior economia da América Latina será a anfitriã da conferência climática do próximo ano, marcada para a cidade de Belém, no Pará. O país vem tentando se posicionar como líder em relação ao clima ao anunciar uma nova meta de reduzir as emissões em 67% em relação aos níveis de 2005 até 2035. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na semana passada um projeto de lei que cria o mercado brasileiro de créditos de carbono, que estabelecerá sanções aos emissores de carbono intensivo.

A Aço Brasil calcula que o setor siderúrgico precisaria de R$ 180 bilhões (US$ 29,3 bilhões) em gastos de capital para atingir emissões líquidas zero até 2050. O setor está preocupado com o fato de os consumidores não estarem dispostos a pagar mais pelo aço com uma pegada de carbono menor. A consequência poderia ser desastrosa para um setor que vem enfrentando crescentes “importações predatórias”, especialmente da China, disse Maria Cristina Yuan, diretora de relações institucionais da Aco Brasil.

As siderúrgicas estão pedindo ao governo brasileiro que adote um mecanismo de ajuste de fronteira de carbono semelhante ao da União Europeia para proteger a indústria local em meio à introdução do mercado de carbono, caso contrário o risco é “destruir a produção nacional”, disse Yuan. A Aco Brasil estima que as importações aumentarão 24% este ano, para 6,2 milhões de toneladas, apesar da adoção de medidas de proteção em junho.

“Vamos pelo menos impedir a entrada de produtos siderúrgicos com uma pegada de carbono maior, porque, caso contrário, será uma luta muito desigual”, disse ela.

O setor de ferro e aço é responsável por cerca de 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil – abaixo da média global de 7%. O Instituto do Aço destacou que, no Brasil, setores como o agronegócio são responsáveis por um terço da pegada de carbono do país, bem acima do setor industrial. Yuan diz que, embora o setor não esteja se esquivando de reduzir suas emissões, isso não será suficiente para cumprir os compromissos do país.

Fonte: Investnews
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/12/2024

 

Produção e vendas de aço no Brasil devem cair em 2025

A indústria siderúrgica estimou nesta segunda-feira (16) que a produção de aço bruto do Brasil em 2025 vai cair 0,6%, para 33,58 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno deverão recuar 0,8%, para 21 milhões de toneladas, informou a entidade que representa as usinas, Aço Brasil.

A expectativa para o consumo aparente, métrica que reúne as vendas no mercado interno de produtos feitos no país e importados, é de avanço de 1,5%, para 26,66 milhões de toneladas, informou a entidade.

O Aço Brasil, que em meados do ano reviu suas projeções de 2024 para um crescimento de 0,7% na produção, ante expectativa anterior de queda de 3%, estimou que o setor deve encerrar este ano com alta de 5,5% no volume produzido, a 33,79 milhões de toneladas.

De janeiro a novembro, o setor produziu 31,17 milhões de toneladas de aço bruto, um crescimento de 5,6% na comparação anual.

Produção de aço cresce 5,6% no Brasil, mas exportações caem 18,5%

A produção de aço bruto no Brasil alcançou 31,1 milhões de toneladas entre janeiro e novembro deste ano, um aumento de 5,6% em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Aço Brasil, que também destacou o crescimento de outros indicadores, como importações (24,4%), consumo aparente (9,6%) e vendas internas (8,7%).

A projeção para o fechamento de 2024 é de que a produção chegue a 33,7 milhões de toneladas, mantendo o ritmo positivo. Contudo, as exportações apresentaram um desempenho preocupante, somando 8,8 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 18,5% em relação ao ano anterior. Os setores de automotores, máquinas e equipamentos e construção civil impulsionaram os números, com altas de 12,1%, 1% e 4,1%, respectivamente.

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, chamou atenção para o avanço da China no mercado global, destacando o comportamento “predatório” do país asiático, que domina as exportações mundiais de aço. Comparando o consumo per capita de aço, ele mencionou que, enquanto o Brasil registrou crescimento de apenas 10,1% nos últimos 43 anos, a China obteve um impressionante avanço de 1.863%.

Durante coletiva, Mello também abordou questões ambientais, especialmente no contexto da COP29. Segundo ele, a indústria siderúrgica e a de ferro no Brasil respondem por apenas 4% das emissões de gases de efeito estufa, enquanto setores como o agronegócio e o energético são responsáveis por 32% e 24%, respectivamente. Ele defendeu que as cobranças ambientais sejam proporcionais entre os setores econômicos.

Para a transição energética, o Instituto Aço Brasil sugeriu soluções como o uso de hidrogênio na descarbonização e o reaproveitamento de sucata, inspirado no modelo dos Estados Unidos. Contudo, Mello destacou que a transição exigirá investimentos de cerca de R$ 180 bilhões e criticou a Petrobras, pedindo uma postura “menos monopolista” para viabilizar o uso do hidrogênio em larga escala. O executivo concluiu afirmando que o setor só assumirá metas ambientais “factíveis”.

Fonte: Investnews
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/12/2024

 

Importações de aço da China devem se manter altas, mesmo com medidas de controle do Brasil

A escalada do aço chinês entrando no mercado nacional deve se manter firme em 2025, apesar das medidas do governo que começaram a vigorar em junho, a fim de conter a enxurrada de importações do país asiático, e que ainda não surtiram o efeito desejado pelas siderúrgicas locais.

Devido à concorrência do aço proveniente da China e de outros países asiáticos, o governo estabeleceu uma regulamentação para limitar a importação de nove itens (NCMs, ou Nomenclaturas Comuns do Mercosul) do setor siderúrgico. As cotas de importação foram definidas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), e o excedente estará sujeito a uma alíquota majorada de 25% no Imposto de Importação.

Segundo dados do Instituto Aço Brasil, as medidas comerciais desaceleraram o ingresso de alguns itens, porém não derrubaram a invasão do produto chinês. Para 2025, a previsão é de crescimento de 11,5% nas importações de aço laminado, para mais de 2,3 mil toneladas, enquanto a produção nacional deve ter uma queda de 0,6%.

De acordo com Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, a interação do setor com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) tem sido muito produtiva, porém os volumes importados dos produtos siderúrgicos que foram enquadrados no programa de cota-tarifa do Mdic tiveram uma redução muito pequena.

“O mecanismo cota-tarifa, adotado pelo governo em junho, foi importante para travar a escalada das importações, mas não foi suficiente para reduzi-las. Pedimos a aplicação de mecanismos de defesa para mais quatro NCMs e seguimos monitorando os números”, diz Lopes.

Em 2024, as importações avançam 24%, para 6,2 milhões de toneladas, sendo que as de laminados crescem 15%, para 5,1 milhões de toneladas. Se comparado com a média entre 2020 e 2022, o ingresso de laminados no país crescerá 66%.

Egito e Peru também estão aumentando suas importações, aproveitando-se de acordos comerciais bilaterais. No entanto, o Instituto Aço Brasil avalia que o setor pode ingressar com uma ação antidumping, um instrumento de defesa comercial utilizado para combater práticas desleais de comércio.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/12/2024

 

Atualmente a China exporta o equivalente a três vezes a produção total de aço do Brasil

A adoção de um sistema de cotas de importação de aço com tarifa de 25% sobre o volume excedente, ao longo de um ano a partir de junho, conseguiu frear a escalada das importações chinesas, mas não surtiu o efeito esperado de reduzir a entrada de produtos siderúrgicos no mercado brasileiro, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

Não conseguir o efeito esperado, segundo ele, deve-se, em parte, ao fato de a indústria chinesa reduzir expressivamente os preços a cada nova tarifa imposta. Em coletiva de imprensa do Instituto nesta segunda-feira (16), Marco Polo de Mello Lopes mostrou que a tonelada do aço, exportada da China, registrou uma redução de 13,3% do preço em 2024.

Para Lopes, essa é a comprovação de uma política de estado da potência chinesa, com objetivo de ocupar 30% da produção industrial do mundo em uma década. Ele espera uma renovação do sistema cota-tarifa em maio do próximo ano, com uma revisão da cota de importação, que considera ter sido calculada de forma generosa pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

“Nós queremos renovar o sistema, talvez com uma cota mais realista, com a inclusão de produtos, e, a partir de maio do ano que vem, fazer um sistema mais robusto, com uma mais perto do que seria a realidade”, disse.

O setor estuda processos comerciais, como medidas antidumping e salvaguardas, para tentar reequilibrar a competição com o aço chinês. Hoje, a China exporta o equivalente a três vezes a produção total de aço do Brasil.

“Eu brinco que tem que chamar a cavalaria para entrar nessa guerra com tudo, para poder fazer com que o jogo seja equilibrado”, declarou o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil.

Ele apontou a necessidade de uma fiscalização maior sobre as NCMs – nomenclaturas comuns do Mercosul para descrever os produtos que possam ser utilizadas como uma espécie de fuga da taxação.

“Nós temos tido uma conversa – que nunca tivemos – muito apropriada com a Receita Federal e com a Secex (Secretária de Comércio Exterior), para poder identificar essas informações”, afirmou Lopes. “Tenho a expectativa de que, com esse conjunto, voltado para fiscalização, a adequação de cotas mais realista, a gente pode enfrentar melhor esse desafio das importações”, completa.

Setor prevê queda na produção de aço em 2025

Com base nos dados até novembro, o Instituto Aço Brasil estima que a produção do setor deve:

fechar o ano com 33,8 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% em relação a 2023
as vendas internas chegarão a 21,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,4%
as exportações devem fechar 2024 em queda de 15,2%, em torno de 9,9 milhões de toneladas
por fim, o consumo aparente terá alta de 9,6%, com 26,3 milhões de toneladas

Durante a coletiva, Marco Polo de Mello Lopes lamentou que o desempenho poderia ser ainda maior, não fosse a competição com a importação de aço da China. “É lamentável que poderia ter sido muito melhor, se 20% desse nosso mercado das vendas não tivesse sido ocupada por essas importações predatórias”, ressaltou.

Já em relação ao próximo ano, o Instituto Aço Brasil prevê uma queda de 0,6% na produção, para 33,6 milhões de toneladas. A entidade também espera uma redução de 0,8% nas vendas internas, para 21 milhões de toneladas.

Por outro lado, o setor espera uma alta de 2,2% nas exportações de aço do País, para 2,3 milhões de toneladas, e aumento de 11,5% nas importações de laminados, com 5,6 milhões de toneladas. Segundo o Instituto, em 2025, o consumo aparente no período deve variar 1,5%, para 26,7 milhões de toneladas.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/12/2024