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Acordo da Anglo com a Vale tem potencial de dobrar produção de complexo de minério de ferro em Minas

A parceria da Anglo American com a Vale no projeto Minas-Rio, anunciada na quinta-feira, poderá duplicar a capacidade do complexo de produção de minério de ferro, das atuais 26,5 milhões de toneladas ao ano para em torno de 50 milhões de toneladas por ano. A expectativa foi sinalizada ontem por executivos da mineradora brasileira e corroborada pela presidente da subsidiária da Anglo no país, Ana Sanches.

— Comprovada a viabilidade, a possibilidade de seguir com todo o licenciamento, a gente pode sim chegar a 50 (milhões de toneladas por ano), por que não? Seria maravilhoso – afirmou Ana, em entrevista ao GLOBO.

Nenhuma das partes fez estimativas sobre o investimento total para tamanha expansão. Em comunicados na quinta-feira e entrevistas ontem, executivos das duas mineradoras destacaram diversas oportunidades de sinergias, tanto em relação aos meios de transporte para escoar a produção quanto em termos de elevação das reservas minerais, mas tudo levará tempo.

Além de aprovações por parte de cada companhia e de órgãos reguladores do governo para a parceria em si, que a Vale estimou que poderão ficar para o quarto trimestre, a expansão dependerá de licenciamento ambiental.

Pelo acordo, a Vale ficará com 15% do Minas-Rio. Em troca, pagará US$ 157,5 milhões e, principalmente, vai transferir a Mina de Serra da Serpentina para o Minas-Rio. Essa mina é vizinha à da Serra do Sapo, que integra o complexo da Anglo, ambas em Conceição do Mato Dentro (MG).

Ano passado, o sistema Minas-Rio atingiu a produção recorde de 24,2 milhões de toneladas, alta de 12% ante 2022, informou a Anglo. Para 2024, a meta é produzir entre 23 milhões e 25 milhões de toneladas.

Uma expansão da capacidade para 31 milhões de toneladas por ano já está garantida no plano de investimentos da Anglo, de R$ 12 bilhões até 2028.

O maior investimento do plano é a usina de filtragem de rejeitos da mina do Minas-Rio. De acordo com Ana, a mineradora aplicará R$ 4 bilhões no projeto, que otimizará a gestão dos rejeitos. Desse valor, R$ 1 bilhão já foi aportado – o restante está no plano de R$ 12 bilhões.

Segundo Ana, 31 milhões por ano é o teto da capacidade de produção por causa do mineroduto que integra o sistema, levando a produção de Serra do Sapo ao terminal portuário no Porto do Açu, litoral norte do Rio, com 529 quilômetros.

Com a parceria, uma duplicação do duto não está descartada, disse a presidente da Anglo no Brasil. Só que surgem as opções de usar uma ferrovia da Vale que leva a produção para um terminal portuário no Porto de Tubarão, no Espírito Santo, ou de construir um duto menor.

Mesmo assim, a executiva destacou o incremento das reservas minerais como a principal vantagem da combinação:

– O coração de toda essa transação é a incorporação da reserva de Serra da Serpentina. Ela é vizinha da nossa Serra do Sapo, é a continuação do mesmo corpo mineral. Todo o restante do desenvolvimento do negócio passa por como otimizar a exploração dessa reserva.

Atrasos e orçamento estourado

A Anglo comprou o Minas-Rio entre 2007 e 2008, ainda no papel, do empresário Eike Batista, que idealizou o projeto. As obras foram marcadas por paralisações, por causa de licenças, que atrasaram tudo. O orçamento começou em US$ 5,5 bilhões e chegou a US$ 8 bilhões, e a Anglo foi obrigada a registrar perdas em seus balanços financeiros por isso.

Questionada se uma nova expansão não traria o risco de repetir os problemas, Ana respondeu que a companhia aprendeu com os erros na construção da Minas-Rio, com destaque para conhecer o projeto, seus estudos de engenharia e estimativas:

– Todas as dificuldades geram oportunidades. Foi muito aprendizado e a gente já pôde colocar os aprendizados no Brasil em prática na nossa planta de Quellaveco, um complexo gigantesco de cobre no Peru. Foi um projeto de brilhante execução, tanto em termos de índices de segurança, em termos orçamentários e prazo. Então, nada como um dia após o outro, a gente vai nessa jornada de amadurecimento.

Fonte: O Globo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/02/2024

Minas-Rio puxa bom desempenho da Anglo American em 2023

As operações da Anglo American no Brasil registraram resultados satisfatórios em 2023, conforme mostra o balanço publicado em dia 22 de fevereiro, pela companhia. O principal destaque foi o negócio de minério de ferro, o Minas-Rio, que atingiu produção de 24,2 milhões de toneladas – a melhor performance desde que iniciou as operações em 2014. No comparativo a 2022, o crescimento significou um aumento de 12%, performance atribuída “ao bom desempenho operacional, à melhora ao acesso à mina e ao aumento da disponibilidade de equipamentos”. O EBITDA do Minas-Rio foi 28% maior, alcançando cerca de R$ 8 bilhões, devido aos maiores volumes de vendas e preços, bem como custos unitários mais baixos.

No negócio níquel, nos municípios de Barro Alto e Niquelândia (GO), a produção se manteve praticamente estável – foram produzidas 40 mil toneladas de minério, ante 39,8 mil toneladas em 2022. Entretanto, a redução dos preços do níquel, somada aos aumentos de impostos, de despesas de capital e de custos unitários de produção fizeram o EBITDA despencar em 2023, para aproximadamente R$ 664 milhões, ante a cerca de R$ 1,9 bilhão em 2022.

Para 2024, a Anglo American trabalha com a expectativa de produção de 23 a 25 milhões de toneladas de minério de ferro e de 36 e 38 mil toneladas de níquel.

Ao comentar os resultados, a presidente da Anglo American no Brasil, Ana Sanches, salientou que a companhia seguirá “em busca de novos marcos para nossas operações de minério de ferro e níquel no Brasil, com segurança e responsabilidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades que nos acolhem e permitindo encarar os desafios da transição energética. Além disto, nossas operações no Brasil são as únicas no mundo a terem alcançado o padrão IRMA 75, o mais alto padrão de mineração responsável, auditado por instituições independentes”.

IRMA é uma sigla em inglês para Iniciativa para Garantia de Mineração Responsável (Initiative for Responsible Mining Assurance), que busca avaliar o desempenho social e ambiental, com base em quatro princípios: integridade nos negócios, legado positivo, responsabilidade social e responsabilidade ambiental.

Fonte: Brasil 61
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/02/2024

Aço importado opõe indústrias consumidoras e siderúrgicas

A queda de braço entre as siderúrgicas instaladas no Brasil e os setores consumidores de aço, que alcançou proporções pessoais entre o fim de 2023 e o início deste ano, voltou ao campo setorial, mas não menos feroz. De um lado, as usinas insistem na elevação da alíquota de importação para 25% e se movimentam para pedir a investigação da China por “dumping” na exportação de aço ao país. De outro, indústrias lideradas pela de máquinas e equipamentos acusam as siderúrgicas de distorcer números para compor um cenário pior do que o real e pedem que o debate continue sendo “técnico”.

No centro da disputa, o governo federal tem tomado poucas medidas, que não agradaram às usinas e foram bem recebidas pela ponta oposta. Há poucos dias, por exemplo, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) anunciou a recomposição das tarifas de importação de cinco produtos de aço (tubos e barras) que haviam sido reduzidas em 2022, para um intervalo de 12% a 16%, em linha com a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.

A avaliação dos dois lados é de que a iniciativa não atendeu ao pleito das siderúrgicas. “Foi insuficiente”, disseram líderes da Gerdau e da Usiminas, no momento em que o setor eleva o tom em busca de medidas mais contundentes. “Recebemos com naturalidade, porque o governo tem acesso aos números das consultorias e tem como avaliar o que de fato está acontecendo”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.

Os números confirmam crescimento importante das importações, da ordem de 50% em 2023, para 5 milhões de toneladas, conforme levantamento do Instituto Aço Brasil. Em janeiro, houve leve retração, de 3% na comparação anual. Ainda assim, o volume que entra no país segue acima das 350 mil toneladas por mês. Para 2024, a expectativa é de alta de 20%, para 6 milhões de toneladas.

 

A Abimaq alega que, embora exista aumento, as importações não seriam as maiores já registradas. Em 2010 e 2021 também houve saltos importantes nas compras externas, por causa da forte demanda e da escassez de oferta, respectivamente. Além disso, a entidade aponta que o aço no mercado brasileiro era o mais caro do mundo em novembro de 2023 e só perdeu essa posição porque o México acaba de elevar tarifas para produtos siderúrgicos - mais países adotaram cotas ou tarifa de 25% para se proteger do aço chinês.

Conforme o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, segue a Abimaq, o prêmio do aço nacional versus o importado voltou a subir, para 21% em janeiro - US$ 684,75 por tonelada da bobina laminada a quente vinda da China e internalizada, contra US$ 828,28 do preço doméstico. “Em meados de 2023, o prêmio chegou a 42% e motivou o aumento das importações”, alega Velloso.

Conforme as siderúrgicas, a manutenção da política atual de comércio exterior, com pouca correção nas alíquotas de importação, trará mais demissões e fechamentos de capacidade. Há poucos dias, a Gerdaudemitiu 100 trabalhadores em Pindamonhangaba (SP), elevando a quase mil o número de cortes nos últimos meses. “As importações continuam porque são um programa de Estado chinês, não uma ação isolada de uma empresa”, disse uma fonte da indústria, acrescentando que há dados que confirmam que usinas chinesas operam com margem negativa, de até US$ 56 por tonelada.

Já os setores consumidores de aço afirmam que as mesmas empresas que no início da pandemia abafaram 13 altos-fornos por temer escassez de demanda e deixaram faltar produto, agora pedem salvaguardas ao governo. De fato, no início da pandemia, a taxa de ocupação das usinas locais caiu a 45%, contra os 64% atuais, em meio à demanda fraca, desencadeando o desligamento de altos-fornos.

 

“Se o problema é o aço chinês, as siderúrgicas não deveriam pedir o aumento da alíquota para todas as procedências. Além disso, deveriam usar o instrumento correto, que é a via da investigação de dumping, e não a inclusão de dezenas de produtos na Letec [lista de exceção à tarifa externa comum do Mercosul]”, afirma Velloso. Segundo ele, o aumento de imposto pretendido pelas siderúrgicas elevará os custos de produção, já que o Brasil não produz todos os tipos de aço que consome. “Se a invasão é chinesa, o Brasil pode adotar medidas contra o aço chinês. Quando [as usinas] pedem Letec a 25%, estão se protegendo do mundo todo, com exceção da Argentina.”

O setor da construção civil também se posiciona contra o aumento das alíquotas, ainda que faça apenas compras “pontuais” de vergalhões com origem estrangeira, segundo Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Ele prevê efeito cascata no preço do aço brasileiro se o importado se tornar menos competitivo. O aço importado usado no setor vem da Turquia, não da China, por especificações técnicas.

“Esse preço com certeza é repassado no mercado interno”, reforça Yorki Estefan, presidente do Sinduscon-SP, sindicato dos construtores do Estado de São Paulo. Segundo a entidade, o aço representa de 5% a 8% do custo das obras. Os representantes das duas entidades apontam que houve aumentos expressivos no preço do vergalhão durante a pandemia e que os valores se estabilizaram em patamar alto, afetando o custo da construção.

De acordo com o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), que calcula o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), o preço do vergalhão aumentou 61% desde o início de 2019 - houve queda de 14% nos últimos dois anos. “O consumidor de aço está sendo favorecido por essa queda que devolve parte dos aumentos dos preços, enquanto as siderúrgicas estão sofrendo com preços domésticos em queda, em função do crescimento da importação”, afirma Ana Maria Castelo, coordenadora dos projetos de construção do FGV Ibre. Ela lembra que o setor da construção tem “trauma” pelos aumentos repentinos da pandemia. O valor do vergalhão chegou a dobrar entre o fim de 2018 e meados de 2022.

“Quando teve problema de falta de aço e a subida gigante [nos preços], essa conta foi toda paga pelo setor de construção e de máquinas e equipamentos”, diz Estefan. “Vimos descapitalização das construtoras e balanço positivo das siderúrgicas”. Para ele, “não parece adequado” pedir medidas protecionistas quando há maior oferta internacional de aço. Segundo as entidades, aumentos no preço do aço teriam que ser repassados aos contratantes das obras.

Em nota, o Instituto Aço Brasil afirma que tem participado de reuniões técnicas com o governo, mostrando a realidade crítica do setor. “Foi demonstrado por que é necessário que se eleve, em caráter emergencial e temporário, a tarifa de importação de aço de 18 NCMs, de 273 existentes, para 25%, ante os 10,8% praticados atualmente. Qualquer patamar inferior é insuficiente para fazer frente ao ataque do aço estrangeiro, uma vez que grandes mercados, como Estados Unidos, 27 países da União Europeia, Reino Unido e México, já impuseram barreiras de 25%”, diz.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/02/2024

Distribuidores de aços planos têm alta de 6% em vendas em janeiro, importação cai

As vendas de aços planos por distribuidores em janeiro subiram 6% sobre um ano antes para 330 mil toneladas, em um mês marcado por forte queda nas importações, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela entidade que representa o setor, Inda.

Na comparação com dezembro, as vendas dos distribuidores subiram 25,1%, acima do esperado pela entidade, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, em apresentação a jornalistas.

Por dia útil, as vendas dos distribuidores corresponderam a 15 mil toneladas, valor mais alto desde as 16,2 mil toneladas de janeiro de 2021.

O setor terminou janeiro com estoque de 894,2 mil toneladas, avanço de 1,7% sobre dezembro e alta de 8,3% sobre o mesmo mês de 2023. O volume é suficiente para 2,7 meses de vendas.

A expectativa da entidade para fevereiro é de queda de 3% nas vendas ante janeiro.

"Estamos tendo um começo de ano melhor do que imaginávamos", disse Loureiro, citando uma expectativa de crescimento de vendas no primeiro bimestre de 7,5% sobre o mesmo período do ano passado.

"Quando se tem uma sensação de que os preços não vão mais cair, isso faz com que haja retomada dos estoques tanto da gente (distribuidores) quanto em nossos clientes", afirmou, citando que as siderúrgicas buscam elevar seus preços entre 5% e 6% em fevereiro ante janeiro.

IMPORTAÇÕES DESPENCAM

As importações de aços planos em janeiro também surpreenderam, mostrando queda de 25,6% ante um ano antes, para 131,82 mil toneladas.

Loureiro afirmou que como a diferença de preço entre o aço nacional e o importado, chamada pelo setor de prêmio, está em cerca de 15%, algo que considera como "não muito alto", isso não contribui para incentivar compras de material produzido fora do país.

"O consumo interno está bom, mas não está brilhante, somando-se a isso outros dados como volatilidade do dólar e o prazo de recebimento de cinco a seis meses, isso faz com que se tenha um certo cuidado sobre a importação", afirmou o presidente do Inda.

O executivo comentou que há pouca clareza atualmente sobre como virão as importações de fevereiro e que é preciso verificar os números ao final deste mês para se determinar que a queda nas importações de janeiro possa configurar uma tendência para este ano.

Siderúrgicas nacionais como Gerdau (BVMF:GGBR4), que na véspera afirmou que vai acelerar ajustes em sua capacidade no Brasil diante da demora do governo em impor medidas de defesa comercial, estão há meses cobrando a imposição de tarifa de importação de 25% sobre aço da China.

A queda na importação em janeiro "atrapalha a postura das usinas... quando isso cai, se perde um pouco o discurso", disse Loureiro.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2024

Lucro da Vale cai 53% em 2023, para US$ 7,9 bilhões; no 4º tri, cia lucra US$ 2,4 bilhões

O lucro líquido aos acionistas da Vale diminuiu 35,1% no quarto trimestre de 2023, para US$ 2,42 bilhões, enquanto a receita líquida cresceu 9,3%, para US$ 13,05 bilhões. Em 2023, o lucro líquido aos acionistas da mineradora totalizou US$ 7,9 bilhões, uma queda ante o resultado de US$ 16,7 bilhões em 2022.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em termos ajustados – que incluem dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures, mas excluem depreciação, exaustão e amortização e redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes – aumentou 36,9%, para US$ 6,334 bilhões. O ebitda ajustado proforma, que exclui despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho e às doações relacionadas à covid-19, subiu 34,6%, para US$ 6,73 bilhões, como resultado do melhor desempenho operacional e dos maiores preços de minério de ferro.

O ebtida ajustado proforma das operações continuadas de US$ 19,0 bilhões em 2023, 9% menor a/a, devido, principalmente, aos menores preços referência médios de minério de ferro, cobre e níquel durante o ano.

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, foi 5% menor t/t, atingindo US$ 20,8/t no 4T. Em 2023, o C1 totalizou US$ 22,3/t, ficando abaixo do guidance de US$ 22,5/t para o ano.

O Fluxo de Caixa Livre das Operações de US$ 2,5 bilhões no 4T, representando uma conversão de EBITDA em caixa de 37%..

A dívida líquida da companhia ao fim do quarto trimestre de 2023 cresceu 20,8%, para US$ 9,56 bilhões, o que equivale a 0,6 vez o ebitda ajustado em dólar acumulado pela Vale num período de 12 meses. Um ano antes, este índice era de 0,2 vez.

A companhia reportou investimentos de US$ 2,1 bilhões no 4T, um aumento de US$ 331 milhões a/a, principalmente como resultado dos maiores investimentos nos projetos de Soluções de Minério de Ferro, especialmente Capanema e Estrada de Ferro Carajás, e aos maiores investimentos para melhorar nossas operações de mina de Metais para Transição Energética.

A dívida bruta e arrendamentos de US$ 13,9 bilhões em 31 de dezembro de 2023, US$ 113 milhões menor t/t; e a dívida líquida expandida de US$ 16,2 bilhões em 31 de dezembro de 2023, US$ 670 milhões maior t/t, principalmente devido ao incremento de provisão de US$ 1,2 bilhão relacionada à Fundação Renova e a um potencial acordo global. A meta de dívida líquida expandida da Vale continua a ser de US$ 10-20 bilhões.

“2023 foi um ano marcante para a Vale. Nossos resultados traduziram a evolução da nossa transformação cultural voltada para a segurança e o nosso progresso em direção à excelência operacional. Nossa produção de minério de ferro de 321 Mt em 2023 superou nosso guidance e forneceu evidências de uma maior confiabilidade de ativos e processos. Além disso, inauguramos nossa 1 planta de briquetes e firmamos uma parceria com a Anglo American em uma operação de classe mundial, passos importantes para sustentar nosso crescimento em volumes com qualidade”, comentou Eduardo Bartolomeo, presidente da companhia.

Em relação à transformação do negócio de Metais para Transição Energética, o executivo também destacou que a produção de cobre teve um crescimento impressionante de 50% no 4o trimestre, enquanto a produção de níquel ficou em linha com o guidance.

Sobre os compromissos judiciais da Vale, a empresa disse que 2023 “foi um ano de progresso substancial nas reparações de Brumadinho e Mariana.” O Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua progredindo com 68% dos compromissos acordados concluídos e dentro dos prazos estabelecidos. Na reparação de Mariana, a Fundação Renova acelerou a restituição do direito à moradia, entregando 575 soluções de moradia de um total de 675 previstas.

Conselho aprova remuneração de R$ 2,7 por ação aos acionistas

O conselho de administração da Vale aprovou, na data de hoje, a distribuição de dividendos no valor total bruto de R$ 2,738617408 por ação, apurados conforme o balanço de 31 de dezembro de 2023. O valor distribuído está em linha com a Política de Remuneração aos Acionista da companhia.

A data de corte para pagamento dos dividendos aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será o dia 11 de março de 2024, com pagamento a ocorrer em 19 de março de 2024. A record date para pagamento dos dividendos aos detentores de American Depositary Receipts (“ADRs”) negociados na New York Stock Exchange (“NYSE”) será o dia 13 de março de 2024, com pagamento a partir de 26 de março de 2024.

O valor de dividendos a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até as datas de corte em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria.

Conselho aprova proposta de incorporação da subsidiária Florestas Rio Doce

O conselho de administração da Vale aprovou, na data de hoje, a proposta de incorporação de Florestas Rio Doce S.A., empresa não operacional e subsidiária 100% controlada pela Vale, para redução de custos e simplificação da estrutura do Grupo Vale.

Essa proposta será submetida à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, com realização prevista para 26 de abril.

Fonte: Agência CMA
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2024