Notícias

Exportação e preços do minério de ferro do Brasil caem até 2ª semana de fevereiro

Os embarques de minério de ferrodo Brasil recuaram 32,4% na média de fevereiro até a segunda semana, ante o mesmo mês completo de 2021, para 901,04 mil toneladas ao dia, enquanto os preços da commodity também caíram de forma expressiva, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.

Um dos maiores exportadores globais de minério de ferro, o Brasil vendeu a commodity nas primeiras duas semanas de fevereiro por um valor médio de 91 dólares por tonelada, ante 122,1 dólares por tonelada no mesmo mês completo do ano passado, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O recuo dos embarques ocorreram após companhias como a Vale, CSN, Usiminas e Samarco terem paralisado operações por um período em janeiro em Minas Gerais por questões técnicas e de segurança, diante de chuvas intensas.

Na semana passada, a Vale confirmou ter retomado todas as operações e informou que o impacto das paralisações de janeiro teria sido de 2 milhões de toneladas para suas operações, mantendo então sua previsão de produzir 320-335 milhões de toneladas em 2022.

As mineradoras já consideram impactos sazonais na produção nessa época do ano, devido a chuvas, e a demanda na China sofreu efeitos de uma redução na produção de aço, para controle da poluição antes dos jogos olímpicos de inverno, e com o feriado chinês do Ano Novo Lunar.

No total, as vendas externas de minério de ferro nas duas primeiras semanas de fevereiro somaram 8,109 milhões de toneladas, ante 23,997 milhões de toneladas no mesmo mês completo de 2021. Em receitas, os embarques somaram 738,35 milhões de dólares, versus 2,93 bilhões de dólares na mesma comparação.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/02/2022

Indústria de implementos rodoviários registra melhor janeiro em sete anos

A indústria de implementos rodoviários iniciou 2022 apresentando o melhor volume de emplacamentos em janeiro dos últimos sete anos. No primeiro mês deste ano foram entregues 11.656 produtos.

“O resultado indica que podemos ter um ano promissor para os negócios da indústria”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Para o executivo ainda é cedo para fazer qualquer previsão a respeito do desempenho do setor para este ano. “Com base no que tivemos ano passado podemos pensar inicialmente que poderemos obter este ano resultado de 5% a 10% superior ao apurado em 2021”, diz.

Segmentos – O primeiro mês do ano para o segmento de Reboques e Semirreboques não reflete a força dos mercados que são suas molas impulsoras.

O desempenho de janeiro de 2022 foi de 6.724 unidades. “Esse período antecede os negócios principais do segmento, como a safra e a retomada das obras públicas e privadas”, explica Spricigo.

Já o setor de Carroceria sobre chassis registrou variação positiva de 8,59%. “O resultado pode indicar que a economia nas cidades, ligada ao abastecimento dos pontos de venda do mercado de varejo, não perdeu ritmo e está recompondo suas perdas”, assinala o presidente da Anfir. No primeiro mês de 2022 foram vendidos 4.932 produtos.

Exportações – As vendas ao mercado externo foram retomadas em 2021. Em 12 meses foram exportados 5.064 produtos. Em 2020, o volume vendido ao exterior foi de 2.513 reboques e semirreboques.

Fonte: Revista M&T
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 15/02/2022

Construção civil no Paraná projeta ano de 2022 com expansão e contratações

O mercado de construção civil no Paraná tem boas expectativas para 2022. Os dados do mercado divulgados pela Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) apontam para um crescimento dessa fatia da economia de 2%. O aquecimento do setor é confirmado por uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR). Segundo a entidade, 66% das empresas associadas à instituição pretendem aumentar o nível de atividade em 2022. Ainda segundo o levantamento do Sindicato, 68% das empresas no Paraná têm lançamento programado ou intenção de lançar algum empreendimento em 2022.

Segundo o engenheiro civil Joaquim Ribas de Andrade Neto, sócio-diretor da Construtora Andrade Ribeiro, os dois últimos anos (2020 e 2021) foram de adaptação no que se refere aos imóveis residenciais, em decorrência das restrições causadas pelo avanço da Covid-19. “Aqueles que procuravam uma nova moradia, talvez postergaram a possível compra e é em 2022 que a busca pode ser finalizada. Dessa forma vemos uma melhoria na demanda dos produtos, mas também na qualidade oferecida visto que o cliente agora tem características mais exigentes”, explica.

Será o segundo ano seguido de alta após a forte retração observada em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19 (em 2021 o aumento foi de 7,6% em relação ao ano retrasado, quando a queda foi de 6,3% na comparação com 2019). Em geral, para o engenheiro civil, alguns fatores ainda podem impactar no cenário econômico para a construção civil, como a taxa Selic e o valor das commodities. Ainda assim, o cenário é de boas expectativas.

No caso da Construtora Andrade Ribeiro, por exemplo, a previsão é de lançamento de um empreendimento imobiliário no bairro Ecoville, em Curitiba, que será entregue aos moradores em dezembro de 2022. O Seventy Upper Mansion tinha, em janeiro deste ano, cerca de 65% das obras concluídas. O empreendimento possui estrutura para atender a um público que busca novos conceitos de moradia, após dois anos de crise sanitária. Os apartamentos são amplos e possuem características como cozinhas gourmets mais equipadas, previsão de espaço para vestíbulos na entrada da moradia, além de espaços para limpeza de objetos de origem externa. Os acabamentos de alto padrão são marcas registradas da Construtora e no Seventy Upper Mansion isso é oferecido. Além disso, o empreendimento está localizado em meio a um bosque nativo do bairro que proporciona aos moradores uma alta sensação de conforto, segurança e bem-estar, sem a necessidade de deslocamento.

Já em relação aos imóveis comerciais, ainda que um número considerável de empresas permaneça com o regime de trabalho remoto, para o engenheiro não se descarta “a possibilidade do retorno ao ambiente tradicional de trabalho. As grandes empresas ainda precisam de espaços amplos. Com isso, a retomada de venda e locação é iminente. Então, acreditamos que o cenário para essa fatia do mercado deve melhorar a partir de 2023”, analisa.

Contratações e crescimento

Sobre o mercado de trabalho da área, 43% das instituições pesquisadas pelo Sinduscon-PR querem aumentar o número de funcionários. A expectativa é de criação de 2.700 vagas de emprego. Esses indicadores condizem com o que foi revelado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em relação ao Paraná no ano passado. O setor de construção civil no estado foi o quarto que mais empregou, com abertura de 10.653 vagas.

Fonte: Massa News
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/02/2022

Samarco fecha acordo com Vale para otimizar produção durante 20 anos

A Vale e a Samarco assinaram ontem um acordo de cooperação para otimizar as atividades de produção de minério de ferro da Samarco, que se encontra em recuperação judicial. O acordo inclui uma série de contratos entre as duas empresas e envolve trocas de áreas de reservas minerais, acordos de compra e venda de minério e otimização do uso de estruturas pela mineradora.

A Vale é acionista da empresa com 50% do capital, em joint venture com a anglo-australiana BHP. O acordo deve proporcionar à Samarco um ganho de US$ 5,1 bilhões em receitas líquidas em 20 anos (2022 a 2042), de acordo com estimativa da companhia.

A Samarco também espera antecipar de 2030 para 2028 o prazo para atingir 100% da sua capacidade produtiva - 25,7 milhões de toneladas. Desde o ano passado, a empresa opera com 26% da capacidade instalada, o equivalente a 7,87 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério.

As áreas envolvidas no acordo estão localizadas na cava Alegria Sul e cava Alegria Norte da Samarco e da mina de Alegria da Vale - todas na região de Mariana (MG). O acordo prevê a troca da área Brumado, da Samarco, pela área Mirandinha, da Vale.

Também está prevista a aquisição pela Samarco de 32,5 milhões de toneladas de minério de ferro bruto da mina Fazendão, da Vale, o que reduz o descarte de resíduos e melhora a qualidade do produto da controlada.

A mineradora - que tem a missão de finalizar todo o processo de reparação da barragem de Fundão e uma ação de recuperação judicial de R$ 50 bilhões - terá autorização para estudos e direito de aquisição de até 20 milhões de toneladas de minério de ferro. Além disso, a Samarco terá direito de uso de parte da Cava 345, o que amplia sua área de disposição de rejeitos, otimiza as operações e elimina a necessidade de novas licenças.

A Vale terá opção de aquirir até 50 milhões de toneladas de resíduos de minério da Samarco.

A Samarco estima obter um aumento de 10,9 milhões de toneladas na produção de pelotas de minério de ferro e um aumento de US$ 3,2 bilhões no fluxo de caixa livre desalavancado até 2042. O acordo está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação do juízo da recuperação judicial.

A Vale informou em nota que o acordo de cooperação “trará benefícios para ambas as partes, envolvendo trocas de áreas, acordos de compra e venda de minérios e otimização do uso de estruturas”.

Em seu plano de negócios para retomar o crescimento, a Samarco prevê investir neste ano R$ 1,2 bilhão - em sustentação do negócio, retomada gradual das operações, infraestrutura geotécnica e projetos de descaracteriz da barragem e cava de Germano. O próximo estágio de expansão será em 2026, quando prevê atingir 14 milhões de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

 

Exportações de minério atingem mínima em anos devido às chuvas

As chuvas mais fortes que o normal que inundaram o sudeste do Brasil no mês passado estão se refletindo nos dados comerciais do país, com os embarques de minério de ferro de janeiro chegando ao nível mais baixo em pelo menos seis anos.

O clima adverso afetou a atividade mineradora no estado de Minas Gerais, que abriga operações de companhias como a Vale, a segunda maior produtora global de minério de ferro. A empresa e seus pares na região tiveram que suspender operações nos primeiros dias do ano.

A interrupção custou cerca de 1,8 milhão de toneladas de exportações ao estado, o que se traduziu em uma queda de 13% das remessas em janeiro comparado com o mesmo período do ano anterior. Isso pode impulsionar a recuperação dos futuros de minério de ferro.

A Vale deve dar detalhes das interrupções nos resultados trimestrais ainda este mês.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

Minério em alta e câmbio puxam receita do setor mineral

O setor mineral brasileiro encerrou 2021 com faturamento de R$ 339 bilhões, alta de 62% em relação ao ano anterior. A produção teve crescimento bem menor, de 7%, para 1,15 bilhão de toneladas. Já para 2022 a previsão é de um desempenho similar ao do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

O presidente do conselho diretor do Ibram, Wilson Brumer, afirmou que o crescimento em valor foi resultado do enfraquecimento do real em relação ao dólar e da alta no preço médio do minério de ferro, principal produto mineral exportado, que no ano subiu 47,5%. Houve aumento no preço médio de todas as commodities, com destaque para cobre (51,9%), alumínio (45,4%) e estanho (92,9%).

As exportações do setor cresceram 58,6%, para US$ 58 bilhões em 2021. Em volume, houve incremento de 0,4%, para 372,5 milhões de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022