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Minério tem maior sequência de perdas semanais em quase um ano

O minério de ferro teve a sequência mais longa de quedas semanais em quase um ano, com perspectivas de demanda incertas e investidores no aguardo de mais pistas sobre estímulo do congresso do Partido Comunista Chinês que começa domingo.

A matéria-prima siderúrgica subiu na sexta-feira, mas não o suficiente para evitar a quinta perda semanal consecutiva, depois que os futuros em Singapura caíram para seu menor fechamento desde novembro de 2021 na quinta.

Os preços estão sob pressão dos surtos de vírus, cortes de produção de aço e temores persistentes de que a crise imobiliária da China irá conter a demanda.

Uma recuperação dos preços na sexta-feira diminui um pouco as perdas, após mais províncias chinesas cortarem juros de financiamentos oferecidos por seus fundos habitacionais para quem compra imóvel para morar. Os estoques de minério de ferro nos portos chineses caíram 1,3% na semana e 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mas o mercado ainda não tem clareza sobre a trajetória da economia e da demanda por commodities em 2023, e acompanhará de perto os pronunciamentos durante o congresso do partido.

O minério subiu 1,9% para US$ 93,70 a tonelada na sexta-feira, mas fechou a semana com queda de 0,4%. A perda nas últimas cinco semanas foi de 9%.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2022

Produção de motos crescerá quase 20% em 2022

A grande procura por motos levou as fabricantes a revisar para cima a projeção anual de produção para 1,42 milhão de unidades, o equivalente a 18,8% a mais que em 2021. A nova estimativa foi divulgada em entrevista coletiva concedida na quinta-feira, 13, pela Abraciclo, associação que reúne as montadoras instaladas em Manaus.

Com a nova projeção, 2022 fechará como o melhor ano para a produção de motos desde 2014, quando 1,52 milhão de unidades saíram das linhas de montagem do Amazonas.

Produção de motos tem segundo melhor mês de 2022

Setembro foi o segundo melhor mês do ano para as fábricas, que montaram 139,6 mil unidades, 4,3% a menos que em agosto, que teve mais dias úteis. O acumulado dos nove meses teve 1,06 milhão de motos fabricadas em Manaus, indicando alta de 18,4% sobre os mesmos nove meses do ano passado.

“Teremos mais dois meses fortes até o fim do ano, outubro e novembro, próximos a 140 mil unidades”, estima o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. “As fábricas mantêm a curva de produção ascendente e o mercado pede por mais motos”, diz.

Fermanian admite que permanecem as filas de espera pelos modelos mais vendidos. “As fábricas, juntas, teriam de colocar cerca de 100 mil motos a mais no mercado para resolver o problema”. Essas filas podem demorar 30 dias ou mais, dependendo do modelo, cor ou versão.

Escassez de insumos ainda reflete na produção de motos

A falta de componentes eletrônicos também afeta a produção de motos em 2022, como conta o gerente de relações institucionais da Yamaha, Afonso Cagnino: São pelo menos três chips por moto, um para a central eletrônica do motor, outro para o freio ABS dianteiro e outro para o painel de instrumentos. Se houver ABS nas duas rodas entra mais um chip. Esses componentes vêm da Ásia, não há fornecedor local.

Segundo Cagnino, outros problemas como o fluxo de contêineres de peças e a disponibilidade de navios também atingem a indústria. No acumulado até setembro, enquanto a produção da Honda aumentou 19,8%, a da Yamaha cresceu 11%.

500 contratações do fim de 2021 a julho de 2022

Por conta da produção aquecida, o setor de duas rodas contratou, em Amazonas, cerca de 500 colaboradores desde o fim do ano passado. Até julho havia perto de 15 mil pessoas trabalhando no setor. O número é da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que ainda não divulgou o acumulado até setembro.

“Vale dizer que todas as fábricas vêm cumprindo protocolos de segurança em relação à Covid-19, que agora estão mais flexíveis”, afirma o diretor-executivo da Abraciclo, Paulo Takeuchi. Este foi durante meses o principal motivo para o descompasso entre a oferta e a demanda, a dificuldade das fábricas para produzir e ao mesmo tempo cumprir o afastamento entre os colaboradores na linha de montagem.

Vendas internas vão chegar a 1,35 milhão

A Abraciclo também revisou para cima as vendas no mercado interno. A nova estimativa prevê 1,35 milhão de unidades, 16,7% a mais que no ano passado.

“As vendas estão aquecidas não só por causa da entrega de encomendas para o comércio eletrônico, mas também por motivos como a necessidade de mobilidade urbana, economia de combustível, pelo baixo custo de aquisição e de manutenção e também porque as motos vêm sendo usadas como um complemento de renda”, afirma Fermanian.

O acumulado do ano até setembro teve 986,5 mil motocicletas licenciadas, uma alta de 17,2% sobre o mesmo período do ano passado. A análise isolada de setembro mostra 123,6 mil motos emplacadas, o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de maio. A média diária de emplacamentos do nono mês foi próxima a 5,9 mil unidades, ante 6 mil motos/dia registradas em maio.

Exportações ficarão abaixo de 60 mil

As novas projeções da Abraciclo também incluíram uma revisão para cima das vendas externas. Até o fim do ano os embarques devem somar 59 mil motos, o que dará um pequeno crescimento de 10,3% sobre 2021, um ano ruim.

O acumulado até setembro teve 43,7 mil motos exportadas, alta de apenas 2,1% sobre iguais meses do ano passado. A Colômbia se consolida como o principal destino das motos brasileiras (28,6% de participação). O motivo é a retração do mercado argentino, que ainda sustenta a segunda posição (23,6%), à frente dos Estados Unidos (20,9%).

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 17/10/2022

Confiança da indústria caiu em outubro, afirma CNI

A confiança da indústria caiu em outubro de 2022, após sucessivos avanços de otimismo do setor industrial ao longo do ano. Esse é o retrato apresentado pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador recuou 2,6 pontos na passagem de setembro para outubro e está em 60,2 pontos. Apesar da queda, o dado mostra que a indústria permanece confiante, pois está acima da linha de corte de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. 

De acordo com a economista da CNI Larissa Nocko as expectativas para os próximos seis meses estão mais moderadas, tanto no que diz respeito à visão do empresário para a empresa quanto para a economia brasileira. O Índice de Expectativas recuou 3,2 pontos em relação a setembro, para 61,8 pontos. Ainda assim, por estar acima de 50 pontos, o índice continua demonstrando expectativas otimistas.

O Índice de Condições Atuais recuou 1,5 ponto para 56,9 pontos. Mesmo assim continua em um patamar elevado e apontando melhora da percepção do momento atual da economia brasileira e das empresas em relação aos seis meses anteriores. A avaliação, porém, é mais moderada que em setembro, especialmente na visão dos empresários com relação às condições das suas próprias empresas.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/10/2022

Tombo do minério afeta empresas do setor

O tombo do minério de ferro nesta semana, diante de indicativos de que o governo chinês não irá aliviar sua política de covid zero, pesa contra as mineradoras. Ontem, Vale caiu 1,78% e CSN Mineração teve perda de 5,56%. O cenário pessimista parte das siderúrgicas, que também recuaram. Usiminas caiu 0,78%, seguida por CSN (-0,73%). Gerdau e Metalúrgica Gerdau conseguiram virar a chave e subir 0,19% e 0,53%, respectivamente.

Fonte: O Estado de São Paulo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/10/2022

Produção local pode reduzir dependência de fertilizantes importados

Com o objetivo de atender ao mercado nacional de fertilizantes, a Potássio do Brasil está implantando o Projeto Potássio Autazes, voltado para extração e beneficiamento de potássio no município de Autazes (AM), a 112 Km de Manaus.

Para implantar o primeiro projeto de potássio do Amazonas, a empresa está investindo cerca de US$ 2,5 bilhões.

Com vida útil de 23 anos e capacidade de produção de 2,4 milhões de toneladas de cloreto de potássio ao ano, o projeto ajudará a diminuir a dependência da importação deste insumo de outros países, como Canadá, Rússia e Bielorrússia, reduzindo o custo da produção agrícola no Brasil.

O empreendimento já possui a Licença Prévia (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI). Atualmente está em fase de licenciamento ambiental junto ao órgão ambiental do Amazonas.

Durante o Roadshow “Formação de Preços e Relações Contratuais”, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no dia 27 de setembro, o presidente da empresa Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, falou sobre a importância do agronegócio para a matriz econômica do país e o mercado mundial de alimentos.

“Com o crescimento da população mundial, com certeza, o Brasil vai ser um player ainda mais forte, passando para dois pratos de comida em cada cinco, em pouco tempo”, previu Espeschit.

Porém, ressaltou, o país ainda é bastante dependente da importação do principal insumo agrícola, que é o fertilizante à base de potássio.

Para o executivo, o fortalecimento da cadeia produtiva do cloreto de potássio do Brasil pode contribuir para garantir segurança alimentar para o país e para o mundo.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 14/10/2022

CNI projeta crescimento de 3,1% para o PIB do Brasil em 2022

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a projetar crescimento de 3,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. A expectativa anterior, de julho, era de alta de 1,4%. Os dados fazem parte do Informe Conjuntural do 3º trimestre divulgado nesta terça-feira (11). A previsão para o PIB industrial é de alta de 2% neste ano, ante previsão anterior de 0,2%.

A revisão positiva ocorre devido às mudanças de cenário no primeiro semestre, com normalização parcial das cadeias de suprimentos mesmo diante da continuação da guerra Rússia-Ucrânia, dos novos riscos no cenário internacional e das paralisações em cidades na China devido à Covid. A indústria tem tido sucesso na busca por alternativas para reduzir e contornar o problema da falta de insumos. A produção industrial manteve ritmo de crescimento, ainda que moderado, pela maior parte do ano até o momento.

A indústria da construção, que já mostrava um desempenho positivo, recebeu novo impulso com a ampliação do Casa Verde e Amarela, programa de financiamento à habitação do governo federal. E o setor de Serviços segue em crescimento, impulsionado pela normalização de suas atividades no pós-pandemia, sobretudo aquelas ligadas à mobilidade das pessoas. No caso do setor de Serviços, a projeção passou de alta de 1,8% para alta de 3,8%.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que é importante que o ritmo de crescimento projetado para 2022 seja mantido nos próximos anos.

“O Brasil precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar, com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a competividade e a produtividade das empresas”, diz.

Segundo ele, é fundamental que as principais pautas avancem no Congresso Nacional, em particular a reforma tributária que está em discussão no Senado, a PEC 110. “Estamos seguros de que deputados e senadores continuarão dando as respostas de que o país necessita, mobilizando-se, discutindo, votando e aprovando os projetos adequados, sobretudo a proposta que moderniza o principal gargalo para as empresas do país, que é o nosso sistema tributário”, diz.

Atividade econômica mais aquecida impulsionou o mercado de trabalho

O gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, explica que a atividade econômica de serviços mais aquecida impulsionou o mercado de trabalho, com o aumento significativo do número de pessoas ocupadas. Em 2022, essa trajetória foi acompanhada pelo avanço do rendimento médio, o que não havia acontecido em 2021. 

A recuperação do mercado de trabalho segue consistente no terceiro trimestre, com o emprego em elevação, totalizando 99 milhões de pessoas ocupadas, no trimestre encerrado em agosto. Desta forma, a expectativa de taxa de desemprego média no ano caiu de 10,8% para 9,3%, e a expectativa de crescimento da massa salarial real passou de 1,6% para 5,1%, beneficiada também pela queda da inflação

Além disso, novos impulsos fiscais tiveram início no terceiro trimestre, como o aumento do valor do benefício Auxílio Brasil, e a criação do auxílio a caminhoneiros e taxistas, e darão sustentação ao consumo

Previsão da CNI para inflação é de 5,9% em 2022

Outra mudança importante foi percebida na dinâmica de preços. A inflação desacelerou fortemente a partir de maio de 2022, com variação negativa de preços em julho, agosto e na prévia de setembro. Essa queda da inflação se deve não só à forte influência das desonerações tributárias sobre energia, combustíveis e telefonia, como também à desaceleração na alta dos preços industriais e de alimentos. 

“Essa queda na inflação também contribui para a recomposição do rendimento médio real e da massa salarial real e, consequentemente, do poder de compra das famílias e do consumo”, explica Telles.

Exportações devem superar importações em US$ 51,3 bilhões

Exportações e importações permanecem com crescimento vigoroso neste ano, alavancadas principalmente pelos preços. A previsão para 2022 é de superávit da balança comercial em US$ 51,3 bilhões.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/10/2022