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Sigma anuncia aumento de reservas de lítio em meio a negociações de venda do controle

A companhia de mineração e industrialização de lítio grau bateria Sigma Lithium anunciou nesta quarta-feira (31) novo aumento de suas reservas de minério de lítio no projeto Grota do Cirilo, situado no Vale do Jequitinhonha, noroeste de Minas Gerais. As estimativas foram elevadas para 109 milhões de toneladas, sendo 94,3 milhões de toneladas de recursos medidos e indicados, o que de fato define o potencial de extração de uma empresa.

A Sigma, com base no Canadá e listada na bolsa local de Toronto e na americana Nasdaq, iniciou operações em abril do ano passado. Toda a produção, que ficou em torno de 102 mil toneladas de concentrado de lítio, foi exportada, por meio de contratos com a trading Glencore. O principal mercado de destino é a China. Essa  primeira fase do projeto em Grota do Cirilo dispõe de capacidade para produzir 270 mil toneladas ao ano de concentrado de lítio.

No comunicado, a empresa informa que o novo volume de reservas estimadas apresenta teor médio de 1,4% de óxido de lítio (Li2O). E destaca que a tonelagem equivalente de carbonato de lítio contido  no concentrado subiu para 27%. Com essa nova avaliação, diz a Sigma, Grota do Cirilo torna-se o quarto maior empreendimento de lítio pré-químico industrial em operação no mundo. 

Segundo a companhia, isso “demonstra que o Brasil pode ser um fornecedor âncora de recursos em escala” de materiais de lítio industrializados para a indústria global de veículos elétricos. “Espera-se que os recursos expandidos agreguem valor tangível para acionistas e potenciais investidores estratégicos”, destacou o comunicado. 

A Sigma, que tem como maior acionista o fundo A 10 Investimentos, liderado pela empresário Ana Cristina Cabral, e sócios como o BlackRock, encontra-se em fase de avaliação de propostas para venda da empresa, ou de parte dela ou somente do projeto Grota do Cirilo. Entre os principais interessados estão fabricantes de baterias e refinadores de lítio chineses, montadoras de carros elétricos, caso da chinesa BYD, entre outros fabricantes de veículos. Para facilitar as negociações, em dezembro a companhia informou que estava abrindo processo de listagem de sua controlada brasileira Sigma Brazil na Nasdaq e na Bolsa de Cingapura. 

Ana Cabral, copresidente do conselho de administração e CEO da companhia, destacou em comunicado o fato de a Sigma ter se tornado o “quarto maior beneficiador industrial pré-químico de lítio em operação no mundo”. Acrescenta que a operação de mineração Grota do Cirilo, agora ampliada para 109 milhões de toneladas de recursos, tem potencial de crescimento significativo. Cabral informa ainda  que essa nova escala de recursos minerais dá à Sigma flexibilidade estratégica para considerar uma quarta linha de beneficiamento pré-químico industrial Greentech de lítio verde, quíntuplo-zero, bem como integração potencial em produtos químicos de sulfato de lítio de baixo custo. 

A companhia já tinha desenhado, em 2022, uma expansão de suas operações – fases 2&3 -, que elevaria sua capacidade a 876 mil toneladas de concentrado por ano (ou 104 mil toneladas de carbonato de lítio equivalente contido em concentrado). Mas esse plano, que deveria ter começado as novas instalações de beneficiamento no ano passado, ainda continua em fase de avaliação final, ou de revalidação, dentro da empresa. É que, desde setembro, a Sigma intensificou negociações com potenciais compradores do controle da companhia, o que colocou o plano em compasso d espera. 

A Sigma diz ainda no comunicado que está concentrando sua campanha de perfuração para construir um “corredor de lítio, em forma de J”, interligando todos os recursos minerais existentes na Grota do Cirilo, dentro de uma expectativa de atingir reservas de 150 milhões de toneladas de minério de lítio (medidas, indicadas e inferidas). As áreas de propriedade da empresa ficam nos municípios mineiros de Araçuaí e Itinga.  

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/02/2024

 

Entenda como “invasão” do aço chinês afeta a indústria brasileira

Na última quarta-feira (24), sob os olhares do governador de Minas, Romeu Zema, a Usiminas reiniciou as atividades do alto-forno 3, seu mais moderno equipamento. A reforma do espaço custou quase R$ 3 bilhões à empresa e promete aumentar, significativamente, o seu potencial de produção.

Porém, o momento que deveria ser apenas de alegria, também teve tons de preocupação. Nomes importantes da Usiminas, como o CEO Marcelo Chara, discursaram sobre a atual crise vivida pelo setor siderúrgico do Brasil, causada pela forte importação do aço chinês.

Vivendo um momento de desaceleração econômica há alguns anos, a China decidiu subsidiar as produtoras de aço locais (vitais para sua economia trilionária), que passaram a exportar o produto por preços muito baixos. O Brasil, por exemplo, se posiciona atualmente como o sétimo principal destino das exportações chinesas.

Executivos brasileiros classificam a prática como “predatória” e citam uma “concorrência desleal” do país asiático, que abriga seis das dez maiores produtoras de aço do planeta.

“Não vamos criar postos de trabalho e digo mais: estou preocupado com a possibilidade de que possamos perder outros postos de trabalho. Com essa concorrência você não consegue”, chegou a afirmar Marcelo Chara, na última quarta-feira.

Empresas como Usiminas, Aperam e Gerdau exigem do governo ações que combatam a invasão do aço chinês. E para entender esse impasse, conversamos com o especialista em contabilidade e ex-secretário da Fazenda em Itabira, Marcos Alvarenga. Ele também alerta sobre a necessidade de intervenção do Executivo Federal no cenário, que pode se tornar “perverso”, diz.

“A atividade brasileira é muito concentrada nos produtos básicos, e um deles é o aço. E à medida que esse aço chega aqui no mercado brasileiro inferior ao custo de produção, não há sustentabilidade para as usinas brasileiras. Então esse é um alerta que tem sido dado por várias empresas. Se não houver uma interferência do governo no controle desses preços dos produtos que estão chegando ao Brasil, isso vai afetar de forma significativa, até comprometendo a continuidade dessas atividades. Mas acredito que o governo federal vai agir nesse sentido, para não deixar matar mais uma indústria brasileira. O efeito disso é muito perverso”, detalha.

“Há muita concorrência, muita gritaria externa, principalmente na área do agro. Você vê a França barrando esse acordo da União Europeia com o Mercosul, dizendo que as condições brasileiras de fornecimento do agronegócio são muito mais favoráveis, o Brasil tem muito mais poder neste sentido. E aqui é o contrário. O Brasil é uma potência no agro, mas nas usinas do aço a China tem um poder muito grande. Então se o país não protege, realmente a indústria acaba”.

Aumento do imposto

Uma das demandas exigidas pelo setor brasileiro é o aumento da alíquota de importação no país, hoje em 9,6%. Em nações como Estados Unidos e México, os percentuais chegam a 25%. Segundo Marcos Alvarenga, a medida daria sustentação à indústria nacional.

“Um mecanismo do governo certamente será esse, taxar os produtos que estão chegando ao Brasil com preço inferior ao custo de produção. Se a indústria nacional está investindo, melhorando sua condição de produção e reduzindo seu custo, mas não consegue chegar ao custo subsidiado, é necessário taxar para equilibrar esses preços, dando sustentação à indústria nacional”, completa.

E às usinas? O que cabe fazer? Para o ex-secretário da Fazenda, o investimento da Usiminas em seu alto-forno 3 é um exemplo. Porém, ele volta a enfatizar a necessidade da intervenção estatal.

“A gente tem visto, por exemplo, o caso recente da Usiminas. O que fizeram lá foi um investimento muito alto na atualização das tecnologias dos alto-fornos, visando a redução de custos da produção e também a redução dos efeitos ambientais dessa indústria. São ações pontuais, mas não dá para concorrer com o poderio da China. Precisa do governo federal para controlar a entrada desses produtos no mercado brasileiro, elas (empresas) vão ficar limitadas a essas ações de modernização do parque industrial”.

Por fim, Marcos Alvarenga deixa um alerta. Embora o baixo preço do aço chinês traga alguns benefícios, é possível surgirem prejuízos, especialmente a longo prazo. Um deles a desindustrialização do país, o que seria uma ótima notícia para quem possui hegemonia no mercado, como a própria China.

“Quando você recebe o produto no preço menor, outros segmentos nacionais se beneficiam disso. Quem utiliza essa matéria prima, principalmente a indústria da construção, é beneficiado. Mas esse é um procedimento temporário. A China pode praticar o subsídio para esse produto chegar aqui, e depois que eliminar a indústria nacional, volta com o preço nas condições antigas… o objetivo muitas vezes é exatamente esse, eliminar a indústria e depois impor o preço conveniente ao país que tenha a supremacia nessa área”, finaliza.

Fonte: Defato
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/01/2024

Vale tem produção de minério de 89 milhões de toneladas, acima das expectativas

A Vale (VALE3), segunda maior fornecedora mundial de minério de ferro, registrou um aumento maior do que o esperado na produção no último trimestre, em um resultado que pode minar os preços da matéria-prima.

O gigante de mineração produziu 89,4 milhões de toneladas métricas no último trimestre, superando a estimativa média de 83 milhões de toneladas entre os analistas rastreados pela Bloomberg.

A produção aumentou em relação ao ano anterior e aos três meses anteriores, com o resultado do ano inteiro superando o guidance. Em comunicado na segunda-feira, a empresa com sede no Rio de Janeiro reiterou seu guidance para 2024.

O minério de ferro tem sido relativamente resiliente a uma desaceleração na China, o maior consumidor do ingrediente, essencial para a fabricação do aço. Os preços aumentaram mais de um terço desde meados de agosto, levando alguns analistas a prever uma queda em 2024.

A principal produtora de minério de ferro, Rio Tinto Group, disse no início deste mês que vê medidas de estímulo aumentadas impulsionando uma recuperação gradual na China, com a melhora concentrada no segundo semestre.

A Vale está enfrentando tensões de liderança em meio à pressão do governo brasileiro para fazer mudanças, enquanto o conselho se prepara para decidir se mantém Eduardo Bartolomeo como CEO ou busca um substituto.

A empresa de mineração deve divulgar seus resultados financeiros em 22 de fevereiro.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/01/2024

Produção de cobre da Vale aumentou 50% no 4º tri

O desempenho da Vale no quarto trimestre foi marcado por produção e vendas sólidas em todos os negócios, divulgou a mineradora em relatório após o fechamento do mercado nesta segunda-feira. A divulgação dos resultados do 4º trimestre está marcado para 22 de fevereiro.

Segundo a Vale, a produção de cobre aumentou 50% no 4º tri ante o resultado de 2022, atingindo o maior nível desde 2018. A produção de minério de ferro totalizou 89,4 Mt no 4T, aumentando 11% a/a. Em 2023, a produção atingiu 321,2 Mt, acima do guidance de 315 Mt, e foi 4,3% maior a/a, como resultado: (a) de iniciativas contínuas para melhorar a confiabilidade de ativos no S11D; (b) do sólido desempenho nos complexos de Itabira e Vargem Grande; e (c) das maiores compras de terceiros”, citou o relatório.

A produção de pelotas totalizou 9,9 Mt no 4T, 19% maior a/a. Em 2023, a produção atingiu 36,5 Mt, 14% maior a/a, apoiada pela maior produção de pellet feed em Brucutu. A produção de briquetes começou no 4T, um passo importante na estratégia da Vale para apoiar a descarbonização da siderurgia, através do aumento da oferta de aglomerados de minério de ferro.

A produção de cobre totalizou 99,1 kt no 4T, aumentando 50% a/a. Em 2023, a produção aumentou 29% a/a, totalizando 326,6 kt, ligeiramente acima do nosso guidance revisado de 325 kt. O melhor desempenho foi resultado, principalmente, do ramp-up bem-sucedido de Salobo 3, com a produção no complexo de Salobo aumentando 87% a/a no 4T, bem como o melhor desempenho da planta de Sossego.

A produção de níquel diminuiu 5% no 4T em comparação ao ano passado, e foi também 8% menor em 2023, totalizando 164,9 kt, em linha com o guidance. A redução da produção era esperada, considerando a transição para mineração subterrânea em Voisey’s Bay, bem como a reforma planejada do forno de Onça Puma.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/01/2024

 

Saiba se a quebra da Evergrande pode afetar a Vale

O volume das exportações de minério de ferro pela Vale para a China, protagonista na produção de aço, pode ser impactado pela liquidação da Evergrande, decretada em Hong Kong nesta segunda-feira (29), segundo analistas ouvidos pelo Valor. A dimensão desse impacto, porém, depende de quais ações o governo chinês irá tomar para segurar o efeito dominó no setor imobiliário do país — e as expectativas são positivas neste sentido.

A recuperação judicial do China Evergrande Group, que já foi a maior incorporadora imobiliária da China, se arrastava há dois anos. Nesta segunda, acabou o prazo para a elaboração de um plano de reestruturação do pagamento de cerca de US$ 332 bilhões em passivos, incluindo dinheiro devido a fornecedores, projetos incompletos e outras obrigações de empréstimos. Sem acordo com os credores, a Justiça de Hong Kong determinou a liquidação.

Após o decreto de liquidação, as ações da companhia despencaram 20,9% na Bolsa de Hong Kong, onde é listada, o que elevou as perdas nos últimos 12 meses para 90%. As ações da China Evergrande New Energy Vehicle, braço da companhia, caíram 18%. Em seguida, as negociações na bolsa foram interrompidas.

Com uma das maiores dívidas do país, o problema da Evergrande se espalhou pelo setor imobiliário da China, um dos pilares da segunda maior economia do mundo, levando a uma série de inadimplências e casas não acabadas em todo o país.

Setor tem alta demanda por aço

A China é protagonista na produção mundial de aço, respondendo por quase 55% da demanda global e importação de 1,1 milhão de toneladas de minério de ferro anualmente, conforme dados da World Steel Association. A incorporação imobiliária da China consome cerca de 40% dessa demanda, tornando o setor um dos maiores compradores de aço do mundo.

Com uma possível crise no setor, as exportações de minério de ferro da Vale para a China podem ser comprometidas indiretamente. Isso poderia acontecer em um efeito dominó que parte da liquidação da Evergrande. Com uma demanda menor por construções, a demanda sobre o aço cai, o que impacta diretamente em seu preço. Nessa leva, o minério de ferro também sofre impacto, muito embora o preço hoje tenha subido 1,1% no Porto de Dalian.

Os dois anos em que a Evergrande arrastou a recuperação judicial fizeram com que a liquidação desta segunda-feira não fosse uma surpresa para o mercado, de acordo com a análise de João Daronco, da Suno Research. Por conta disso, o impacto sobre a Vale deve ser mais brando, em sua avaliação. "É difícil avaliar o grau de impacto que possa ter na Vale, mas vejo como sendo algo pontual e que não deve interferir de forma material nos resultados da empresa", diz.

Apesar de a notícia sobre a liquidação da Evergrande, por si só, não ter sido capaz de causar grandes alterações nos índices da B3 nesta data, as consequências negativas devem ser sentidas a partir do desaquecimento no mercado de aço em específico e, também, na economia chinesa em geral, segundo Thiago Guedes, analista e diretor de negócios da Bridgewise. "Como somos exportadores, qualquer desaquecimento na economia da China pode impactar nossa bolsa e nossos investimentos", diz.

"A expectativa dos grandes investidores brasileiros não é de um impacto muito grande, mesmo com os problemas na China. A gente pode crescer um pouco menos, mas nada muito forte para a gente ter uma crise na economia", diz Guedes.

Caso o governo chinês não adote medidas para impedir o desaquecimento do setor, Hugo Queiroz, sócio-diretor da L4 Capital, aponta que margens mais baixas para a venda do minério de ferro resultarão em geração de caixa mais fraca na Vale, grande exportadora de minério de ferro no Brasil. "Naturalmente, você piora o seu EBITDA e aumenta seu risco financeiro por questão de endividamento frente uma geração de caixa menor e distribui menos dividendos", analisa.

"Os reflexos na Vale são essa sequência: perde faturamento, reduz EBITDA, sua geração de caixa fica mais fraca, seu risco financeiro e diminui dividendos. Tudo isso consequência de se contaminar o mercado imobiliário chinês", resume Queiroz, da L4 Capital.

Não é só a Vale deve se preocupar com o cenário que ainda se desenrola na China. A Gerdau, CSN e Usiminas também podem ser impactadas. O analista acredita, porém, que a economia chinesa deve tomar medidas adicionais para segurar o efeito da liquidação da Evergrande.

Procurada pelo Valor, a Vale optou por não se manifestar sobre o assunto.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/01/2024

 

Global Mineração: Empresa de minério de ferro realiza Audiência Pública para apresentar estudos ambientais em Sabará

A Fleurs Global Mineração Ltda convida você para a Audiência Pública, em que serão apresentados o seu Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental, discussão sobre o 
licenciamento ambiental corretivo da unidade de tratamento a úmido e a seco, e pilha de rejeito estéril inserida no SLA/ Processo Administrativo nº 284/2022 da Fleurs Global Mineração.

A audiência será realizada no dia 07 de fevereiro de 2024 às 19h no Cine Bandeirante – Centro Cultural José da Costa Sepúlveda localizado na Rua Luís Cassiano, 60 – Centro, Sabará – MG, 34505-010.

Para dúvidas e informações, entre em contato através do e-mail:

comunicacao@globalmineracao.com.br ou pelo número de Whatsapp 31 99081-7031

GLOBAL MINERAÇÃO

A Global Mineração é uma empresa que se dedica ao beneficiamento e comercialização de minério de ferro, com produtos como Concentrado, Sínter Feed, Hematitinha e Granulado. A empresa emprega altos padrões tecnológicos em sua produção, otimizando o aproveitamento do recurso mineral.

Fonte: Folha de Sabará
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/01/2024