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Congresso Alacero Summit 2022 no México, com foco em inovação, geopolítica e sustentabilidade

Com o intuito de impulsionar as discussões sobre a importância do setor de aço para as economias mundiais e principalmente da América Latina, a Alacero, Associação Latino-Americana de Aço, entidade responsável por integrar mais de 95% da cadeia produtora do material na região, realiza, há mais de 60 anos, o congresso Alacero Summit. A edição de 2022 acontece nos dias 16 e 17 de novembro (quarta e quinta-fera), em Monterrey, México, e espera receber executivos de empresas como ArcelorMittal, DeAcero, Gerdau, Ternium, Vale, Autlán, Primetals, Enel, Danieli, Russula entre outras. Interessados podem conferir a programação completa aqui.

O evento é uma oportunidade para troca de informações e construir networking. Na ocasião, serão promovidos debates sobre possíveis soluções para os desafios existentes e a troca de experiência com os protagonistas da indústria - a exemplo do Gustavo Werneck, presidente da Alacero e CEO da Gerdau, que realizará o encerramento do evento. Para Werneck, —o Congresso é uma oportunidade de ouvir o mercado, especialistas e as empresas que formam nossa cadeia de valor. Podemos absorver as reflexões e transcender em ações concretas. Vimos quanto avanço foi feito do último ano para cá, no qual o foco do Congresso foi a descarbonização. Isso só é possível com o apoio de toda a cadeia, desde fornecedores até o cliente final—.

Em dois dias de evento, a programação conta com painel sobre o Panorama Político, Social e Econômico considerando o contexto mundial pós pandemia e a guerra na Ucrânia. Cayetana Álvarez de Toledo, política e jornalista espanhola abre o painel seguido por Andrés Malamud, licenciado em Ciências Políticas pela Universidade de Buenos Aires. Além disso, o evento inclui palestra sobre as perspectivas da indústria como motor de desenvolvimento inclusivo da América Latina, com o economista brasileiro Ricardo Sennes e o professor mexicano do Centro de Investigação e Docência Econômicas, Carlos Elizondo.

Logo haverá um painel sobre Desenvolvimento sustentável: megatendências do uso do aço na mobilidade e na construção. Para falar de mobilidade estará Polo Cedillo, CEO do Grupo Proeza e, para a parte de construção, o evento contará com a participação de dois CEOS de construtechs que vêm ganhando mercado: Lucas Salvatore, CEO da Idero na Argentina e Ricardo Mateus, CEO do Brasil ao Cubo. — Será uma honra falar sobre como esse mercado tem crescido. Lembro quando comecei em 2013 que queria construir casas tão bem elaboradas quanto a fabricação de um carro em sua linha de produção. Entregar valor a uma sociedade que tanto anseia por uma moradia sustentável. É como ir a uma concessionária Brasil ao Cubo e poder trocar a minha casa modelo 2016 por uma do ano de 2039 com seus respectivos itens de série. E isso só é possível com o aço na estrutura modular— comenta Ricardo.

O evento contará com a tradicional conversa entre CEOs e chairman do setor “Diálogos sobre Aço”, com a participação de André G. Johannpeter da Gerdau, Máximo Vedoya da Ternium e David Gutierrez da DeAcero; Para falar sobre atração e os desafios de reter colaboradores na indústria, estará Steve Cadigan, LinkedIn’s First Chief HR Office e um dos principais palestrantes e assessores do Vale do Silício para em seguida ouvir estudo de casos de toda a cadeia de valor: desde fornecedores como a Vale, as próprias produtoras de aço ArcelorMittal, Gerdau, Ternium e Deacero até o cliente final com a MABE.

O segundo dia terá foco nos temas de sustentabilidade, transição da matriz energética e o convidado experto é Vijay V. Vaitheeswaran, correspondente do The Economist. Em seguida a indústria latino-americana apresenta casos de como vem trabalhando o tema. Contaremos com Javier da Enel Green Power e Eduardo Sattamini, CEO de Engie Energia Brasil. Ainda teremos apresentações sobre as tecnologias disruptivas com o Dr. Alexander Fleischander da Primetals e Bob Perez da Baker Hughes.

A indústria do aço sempre foi protagonista de grandes mudanças e resilientes em cada desafio que enfrenta. O setor tem se atualizado constantemente para melhorar seus processos e emitir cada vez menos CO2. — A América Latina possui uma das produções de aço mais eficientes do mundo. Para cada tonelada de aço produzida, as empresas latino-americanas emitem 1,6t CO2, valor inferior à média mundial de 1,8 tonelada, segundo worldsteel. Assim, acredito que iniciativas como o Alacero Summit, que reúne players tão importantes, têm um grande potencial de alavancar cada vez mais um setor tão importante para toda a sociedade — comenta Alejandro Wagner, diretor executivo de Alacero. Para encerrar o evento haverá uma palestra mais inspiradora de Javier Gómez Santander, coprodutor e roteirista da série da Netflix, A Casa de Papel. Não perca!

Alacero — A Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Fundada em 1959, é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano. A Alacero é reconhecida como Organização Especial de Consultoria pelas Nações Unida e representa a siderúrgica latino-americana perante organismos internacionais como worldsteel, OCDE, Agência Internacional de Energia (IEA), ONU (Unctad) e BID, aos quais leva as ideias e posições de seus parceiros. | https://alacero.org

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

 

MRS Logística estende contrato de transporte de carga com Usiminas até março de 2023

A MRS Logística anunciou nesta quinta-feira que estendeu até o dia 31 de março de 2023 a vigência de um contrato de prestação de serviços de transporte ferroviário de carga com a Usiminas.

De acordo com a empresa, o aditivo também altera as demais condições comerciais e adiciona nova cláusula referente à Lei Geral de Proteção de Dados. O valor do contrato é de R$ 1,04 bilhão.

A MRS Logística é uma operadora logística controlada por um consórcio formado pela MBR (32,9%), CSN (18,6%), CSN Mineração (18,6%), Usiminas (11,1%), Vale (10,9%) e Gerdau (1,3%).

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/09/2022

Estudo diz que indústria de caminhões projeta mudanças radicais em 10 anos

O modelo de negócios da indústria de veículos pesados no Brasil deve sofrer mudanças radicais nos próximos 10 anos. Essa é uma das conclusões da Pesquisa Caminhões SAE Brasil 2022, realizada pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade em conjunto com a KPMG e a agência de notícias Autodata. Os resultados foram divulgados na quarta-feira, 14, na sede da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo. 

As perguntas da pesquisa foram divididas em três grupos: aspectos estratégicos, matriz energética e relacionamento com clientes. Entre as conclusões mais importantes, 68,9% dos representantes da indústria de caminhões afirmaram que o desenvolvimento de tecnologias de propulsão limpa é “muito importante”, mesmo percentual informado para o aperfeiçoamento da eficiência energética de motores a combustão.

Indústria de caminhões em transformação

Para quase 90% dos entrevistados, o atual modelo de negócios da indústria (baseado puramente em produzir e vender) mudará radicalmente no Brasil na próxima década.

Além disso, 59,9% acreditam que o papel das concessionárias deve ganhar ainda mais importância na intermediação da relação entre clientes e fabricantes.

Clientes aceitariam gastar mais com caminhão verde

Questionados sobre a intenção de compra de um caminhão novo, dois terços dos entrevistados manifestaram interesse em adquirir outro veículo. Enquanto 27,3% afirmaram que a aquisição deve acontecer ainda neste ano, 22,3% afirmaram que isso deve ocorrer nos próximos dois anos.

Já 33,1% disseram que não pretendem comprar um caminhão nos próximos quatro anos. Entre eles, 62,5% dos entrevistados são autônomos, o que representa certo alívio para a indústria.

Outro ponto interessante surgiu ao perguntar se os clientes estariam dispostos a absorver um custo mais elevado de abastecimento para beneficiar o meio ambiente: 32,2% afirmaram concordar parcialmente com isso e 14% disseram concordar plenamente.

Quando questionados qual porcentagem a mais estariam dispostos a pagar para diminuir as emissões de carbono, 58,9% afirmaram que o incremento no custo poderia chegar a até 5%, enquanto 28,6% se dispuseram a pagar até 10% a mais. 

Incentivo governamental é importante

Ao mesmo tempo, 65,6% dos entrevistados disseram concordar inteiramente com a criação de um eventual programa de incentivos do governo para quem investir em caminhões com propulsão limpa, e 26,9% alegaram concordar parcialmente com a ideia.

Por fim, 43,5% dos respondentes (de indústria e clientes) afirmaram que é alto o grau de maturidade de sua organização sobre a importância dos princípios relacionados à agenda ESG, sendo que 41,8% classificaram a taxa como média. Sobre a importância de suportar custos adicionais para atender aos princípios da agenda ESG, 48,8% dos entrevistados declararam concordar plenamente.

No levantamento, 70,1% dos respondentes foram da região Sudeste, com 20,5% da região Sul. Entre os entrevistados da indústria, 20,3% trabalham em montadoras, ao passo que 19,7% representam concessionárias.

- Confira aqui os resultados da Pesquisa Caminhões SAE Brasil 2022

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 16/09/2022

Produção de motos sobe 17,9% em agosto

A produção de motocicletas alcançou em agosto o maior volume em 100 meses, com 145,9 mil unidades fabricadas no polo industrial de Manaus (AM), onde estão concentradas as montadoras desse tipo de veículo.

Conforme a Abraciclo, a entidade que representa o setor, o número corresponde a um crescimento de 17,9% sobre o total produzido no mesmo mês do ano passado. Na margem -- ou seja, de julho para agosto --, a alta foi de 39,2%.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 16/09/2022

ES: Como transformar créditos de ICMS em investimentos?

Empresas exportadoras, localizadas no Espírito Santo, podem transferir créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao monetizar seu saldo credor e transformá-lo em investimento.

As atividades que praticam operações isentas ou não tributadas devem estornar os créditos de ICMS referente às entradas dos produtos objetos destas operações. Além disso, nas operações de exportação, como incentivo fiscal, dispensa-se o estorno e o exportador realiza uma operação imune, sem incidência do imposto, e assim lhe resta um saldo credor.

Empresas exportadoras

É o que explica o advogado especialista em Direito Tributário, João Paulo Barbosa Lyra, que salienta ainda que o ICMS não é cumulativo, ou seja, não há um efeito “cascata” em que ele é tributado a cada venda.

“O tributo pago na operação anterior é compensado na seguinte, há uma compensação para que o produto não fique exorbitantemente caro. Então, as empresas exportadoras acumulam muito crédito. E o que o Estado faz com esse bolo de crédito? De tempos em tempos, cria leis que permitam a transferência”, comentou.

Cabe lembrar que, o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) reúne as principais empresas com atuação na importação e exportação no Estado e, segundo a entidade, somente as suas associadas representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba.

Legislação estadual

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informou que a lei que rege as transferências de créditos de ICMS é a Lei Estadual nº 7.000/2001. Antes de se realizar a transferência, é preciso que o contribuinte já tenha requerido a homologação dos créditos à Sefaz.

Isto porque a Receita Estadual exerce um controle sobre os créditos de modo a verificar a origem e a legitimidade dos mesmos, segundo informações da Secretaria. Considerando que o contribuinte já possua uma certidão de créditos homologados, é necessário entrar com requerimento ao próprio Secretário da Fazenda, solicitando a transferência do crédito para outro contribuinte do imposto.

“Na hora de a empresa exportadora vender, claro que há um deságio. Vamos dizer que sou um supermercado e tenho ICMS a pagar ou de repente uma dívida, quando eu compro em deságio de outra empresa, fica mais em conta para mim. Óbvio que existem limites, condições e procedimentos específicos para isso. Mas a sacada é comprar com deságio”, comentou João Paulo Barbosa Lyra.

Possibilidade de transferências 

A Sefaz informou que a transferência pode ser realizada nas seguintes situações: para qualquer outro estabelecimento seu; para outro contribuinte do imposto, desde que este contribuinte esteja dentro do Estado; para fornecedor de fora do Estado, contudo, é preciso protocolo entre os entes federados envolvidos; ou liquidando, mediante compensação, o imposto devido na importação de máquinas, aparelhos e equipamentos industriais, após autorização prévia do Secretário de Estado da Fazenda.

“Em contrapartida, o Estado permitindo a transferência, estimula o crescimento empresarial e os investimentos no Espírito Santo”, conclui o advogado tributarista, alertando que a possibilidade de transferência de créditos do ICMS não é possível para empresas adeptas do Simples Nacional.

Fonte: ES Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/09/2022

 

Economia chinesa ruma para pior ano em décadas

Seis meses depois de o governo da China definir metas econômicas ambiciosas para o ano, o crescimento do país desacelerou tanto que vários grandes bancos duvidam de que até mesmo um objetivo de 3% seja alcançável.

As projeções de crescimento caíram implacavelmente desde março, quando a meta oficial de cerca de 5,5% foi anunciada. A previsão de consenso dos economistas consultados pela Bloomberg é de que a economia cresça 3,5% neste ano, o que seria a segunda leitura anual mais fraca em mais de 40 anos. Analistas do Morgan Stanley e do Barclays estão entre os que preveem um crescimento ainda mais fraco à medida que os riscos se acumulem até o fim do ano.

A política rigorosa de covid-zero da China, com seus lockdowns e testes em massa, não é a única coisa a golpear a economia. O colapso do mercado dos imóveis residenciais, a seca e a fraca demanda interna e externa também prejudicaram o crescimento.

Na semana passada, a principal economista do Barclays para a China, Jian Chang, cortou sua previsão de crescimento de 3,1% para 2,6%, e citou a “contração mais profunda e longa do mercado imobiliário, a intensificação dos lockdowns por causa da covid e a desaceleração da demanda externa”. Ela escreveu que a crise de liquidez sofrida pelas incorporadoras se estenderá até 2023 e a fraca confiança no mercado imobiliário e na economia impedirá qualquer recuperação significativa nas vendas de imóveis residenciais.

Amanhã, o governo chinês divulga dados de agosto, que provavelmente mostrarão pouca melhora na produção industrial, nas vendas de varejo e no investimento. Os números de setembro também não parecem melhores, pois os primeiros indicadores sugerem mais contração no mercado de imóveis residenciais e desaceleração nos gastos do consumidor por causa das restrições a viagens.

Enquanto o Partido Comunista se prepara para seu congresso de liderança, que acontece duas vezes por década e está marcado para meados de outubro, as restrições relativas à covid foram reforçadas e as viagens são desencorajadas para evitar a propagação da doença, o que afetará os gastos com turismo para o feriado nacional de nove dias no início de outubro.

O maior obstáculo para a economia é a política de zero-covid com a qual o governo continua comprometido, apesar das novas cepas tornar cada vez mais difícil o controle dos surtos. Neste ano, a China já registrou 865 mil casos.

Grandes cidades como Xangai, Shenzhen e, mais recentemente, Chengdu impuseram lockdowns e fecharam empresas para conter surtos. Testes frequentes para a covid são obrigatórios - a cada 48 horas em Pequim -, mesmo em locais onde não há surtos.

Depois de um lockdown, os gastos de consumo demoram meses para se recuperar. A confiança do consumidor caiu para seu nível mais baixo em quase 10 anos em abril e mal se recuperou desde então. O turismo foi dizimado.

A crise no mercado de imóveis residenciais começou em 2020 como uma tentativa do governo de reduzir o volume de dívida de risco detido pelas incorporadoras. Grandes construtoras ficaram inadimplentes e interromperam obras, proprietários de imóveis pararam de pagar as prestações do financiamento porque as casas não eram construídas e a demanda por concreto, aço e tudo o mais que é necessário para construir apartamentos despencou.

Não há sinal de que a contração nas vendas de imóveis residenciais esteja diminuindo. Os quase 900 bilhões de yuans (US$ 129 bilhões) relativos a casas vendidas em julho deste ano ficaram cerca de 30% abaixo do valor vendido um ano antes. As vendas caíram no mesmo ritmo em agosto e os dados preliminares de setembro mostraram a continuidade dessa tendência.

A crise minou a riqueza das famílias, que mantêm grande parte de seu patrimônio em imóveis.

A crise imobiliária afetou o crítico setor manufatureiro da China. A produção de aço caiu para o menor nível dos últimos quatro anos em julho e, embora haja alguns sinais de uma recuperação, a demanda continua muito fraca, com estoques no fim de agosto 41% maiores do que no início deste ano. E a produção de cimento ao longo do último ano foi a mais baixa em mais de uma década.

Embora isso seja bom para reduzir as emissões de carbono da China, não é para o setor manufatureiro, que se contraiu pelo segundo mês seguido em agosto.

A demanda mundial por produtos fabricados na China também se desacelerou depois de um boom de dois anos e meio nas exportações, o que é outro problema para a manufatura. Embora o valor das exportações ainda tenha subido 7,1% em agosto em relação a um ano antes, os volumes estão sob pressão. O porto de Xangai, o maior do mundo, processou 8,4% menos carga por peso em agosto, comparado com um ano antes.

Além de tudo isso, a China teve o verão mais quente de sua história. A seca e o calor provocaram falta de energia em algumas áreas, reduziram a produção em julho e agosto e prejudicaram colheitas.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/09/2022