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Câmara aprova regulamentação da reforma tributária e inclui carnes, queijo e sal na cesta básica

Quase sete meses após a promulgação da emenda constitucional da reforma tributária, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (10) o principal projeto de lei de regulamentação do novo sistema de impostos sobre o consumo. Na reta final da votação, os parlamentares decidiram incluir no texto a previsão de que carnes, queijo e sal entrem na lista da cesta básica desonerada, após um destaque apresentado pela oposição.

A inclusão da carne era considerado um dos pontos mais polêmicos da proposta e, apesar de ser defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dividia o governo pela possibilidade do aumento da alíquota geral. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vinha se posicionando contra a medida e, nos bastidores, afirmou que a iniciativa representaria “uma loucura”.

Nos últimos meses, integrantes da equipe econômica têm alertado que zerar o imposto sobre as carnes elevaria a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Nesse sentido, os deputados também aprovaram um dispositivo para garantir que alíquota do novo tributo fique em, no máximo, 26,5%, valor de referência calculado pela equipe econômica considerando o texto original.

A inclusão da carne na cesta básica ocorreu quando deputados votavam os destaques, propostas de mudanças do texto principal. Antes, o texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções. Somente o Novo, o PL, a Minoria e a oposição orientaram suas bancadas a votar contra ao projeto de lei. Após a conclusão da votação na Câmara, o texto segue para análise no Senado.

Durante a votação do destaque sobre as carnes, diante da expectativa de aprovação, o relator do texto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), foi à tribuna para defender a medida.

“Quero pedir a todos os nossos líderes que possamos juntos fazer de maneira simbólica essa grande votação do Parlamento, que sabe e reconhece que é fundamental colocar a carne no prato dos brasileiros”, acrescentou em seguida. A fala de Lopes foi seguida de aplausos efusivos em plenário.

Antes do início da votação, Lira destacou o fato de que a versão final do projeto não agradaria a todos, mas defendeu que houve debate suficiente para tratar da matéria.

“Quero ressaltar que ninguém, em um tema como esse, agrada a todo mundo. É muito difícil. Mas a Câmara dos Deputados não pode, independente do resultado, sair arranhada com fala de parlamentares dizendo que não houve debate, discussão, tempo de amadurecimento, diálogo”, discursou o parlamentar.

Diante do aumento de exceções e antes da aprovação do destaque sobre a proteína animal, parlamentares incluíram no texto principal a medida para evitar que exceções elevem a alíquota padrão do novo IVA, dividido em CBS e IBS). A inclusão do dispositivo foi revelada na noite de terça-feira pelo Valor.

De acordo com o parecer, o governo federal deverá encaminhar em 2031 um projeto de lei complementar para garantir que a alíquota média fique em no máximo 26,5% caso as alíquotas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, de competência federal) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, dos Estados e municípios) fique acima desse percentual. Para isso, o governo poderá optar por reduzir alíquotas de produtos ou setores específicos ou fazer uma redução linear.

Com a mudança, o valor da alíquota de 26,5% passou a constar na regulamentação da reforma tributária, ao contrário do projeto encaminhado pelo governo. Com isso, caso algum futuro governo queira aumentar a alíquota padrão, terá de aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei complementar. Essa avaliação da alíquota padrão será quinquenal.

Nos bastidores, a inclusão de um dispositivo foi bem avaliada pela equipe econômica. “É uma sinalização de que os benefícios para alguns setores têm de ser limitados para não onerar demais os demais setores”, disse uma fonte ao Valor.

Segundo Camila Tapias, sócia da Utumi Advogados, não há como garantir o cumprimento do teto de 26,5%, nem como garantir que ele não seja ultrapassado, mas a alteração de uma lei complementar é mais complexa.

A advogada também destacou a previsão, que já constava em versão anterior do texto, de que qualquer alteração na legislação federal que reduza ou eleve a arrecadação da CBS ou do IBS deverá ser compensada pela elevação ou redução, pelo Senado Federal, da alíquota de referência da CBS e das alíquotas de referência estadual e municipal do IBS, de modo a preservar a arrecadação das esferas federativas.

A inclusão de um teto para a alíquota ocorreu após a inclusão de novas exceções à alíquota padrão, antes mesmo da apreciação dos destaques. Em um texto divulgado pela manhã, o relator estabeleceu um novo formato na cobrança de imposto sobre medicamentos, com a inclusão de remédios populares na lista de produtos na alíquota reduzida de 60%.

O texto mantém uma lista de 383 remédios isentos de tributação e estabelece que todos os outros medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou produzidos por farmácias de manipulação terão a alíquota reduzida. A medida atendeu a uma demanda do setor farmacêutico.

A inclusão dos novos medicamentos nas alíquotas menores deve ampliar a alíquota padrão em 0,21%, segundo cálculos preliminares da equipe econômica.

Nesta noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida elevaria a alíquota. Ele destacou que, quanto maior o número de exceções, maior será a alíquota. “A cada exceção você tem que fazer um cálculo. O posicionamento da Fazenda, técnico, é quanto menos exceções, melhor”, afirmou o ministro, em entrevista ao chegar à sede da pasta.

O ministro frisou, ainda, que a política trata a reforma tributária de acordo com a sensibilidade e que os deputados possuem as suas próprias demandas. "[Os deputados] ouvem a sociedade, ouvem pesquisas, ouvem setores, então é natural que haja esse tipo de flexibilização, mas tecnicamente o posicionamento da Fazenda é o mesmo desde o início do processo.”

O texto aprovado nesta quarta-feira também mudou as regras do "cashback". Os deputados aprovaram que haverá devolução de 100% do imposto federal (CBS) pago nas contas de água, luz, esgoto e gás natural por famílias pobres. Antes, a devolução seria de 50%.

Outra mudança trazida pelo parecer é que, para o cálculo da devolução, serão consideradas as compras nos CPFs de todos os membros da unidade familiar, e não apenas do titular da família.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 11/07/2024

 

Mercosul e Emirados Árabes Unidos iniciam negociações de um acordo de livre comércio

A eliminação ou redução das tarifas alfandegárias e outras barreiras comerciais é um dos pontos tratados nas negociações entre o Mercosul e os Emirados Árabes para a formalização de um acordo de livre comércio. As tratativas, que ganharam força neste mês, após as partes se reunirem em Assunção, no Paraguai, e formalizarem as negociações, também incluem a facilitação do fluxo de investimentos e serviços entre as partes.

No encontro, realizado entre os dias 2 e 4 de julho, os países acordaram termos de referência para a negociação e realizaram a primeira rodada de discussões, tratando do conteúdo do que pode vir a ser um novo acordo de livre comércio envolvendo o Mercosul. Os termos de referência estabelecem as bases para as discussões, incluindo os temas cobertos. Acordou-se, por exemplo, que o acordo deverá incluir, entre outros temas, bens, serviços, regras de origem, barreiras técnicas, medidas fitossanitárias e sanitárias, além de propriedade intelectual.

Em 2023, os Emirados Árabes Unidos foram o 28º maior destino de produtos brasileiros. No primeiro semestre de 2024, os Emirados Árabes avançaram para a 13ª posição. De janeiro a junho, as exportações brasileiras para o país árabe subiram 74% em comparação com o mesmo período de 2023.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), Tatiana Prazeres, as negociações para o acordo entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos ainda estão em fase inicial. “Um futuro acordo comercial deve aumentar o fluxo de comércio e investimentos, impulsionar o crescimento econômico e gerar empregos em ambas as economias”, concluiu Tatiana.

As negociações entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos reforçam a orientação do governo de expandir a rede de acordos comerciais do bloco sul-americano, gerando mais oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras. Uma consulta pública realizada pela Secex em 2023 mapeou interesses e preocupações das firmas do país em relação aos Emirados Árabes, servindo de referência para a atuação do MDIC nessa negociação.

Fonte: Portal IN
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 11/07/2024

 

EUA impõem taxação a aço e alumínio da China vindos do México

Os Estados Unidos anunciaram tarifas de 25% sobre o aço e de 10% para o alumínio produzidos na China que entram pelo México visando isenção de impostos, informou ontem a Casa Branca.

A medida visa impedir que empresas chinesas com base no México consigam burlar a taxação americana. EUA e México têm diversos acordos comerciais que diminuem e muitas vezes isentam a taxação de produtos comercializados entre os países.

Segundo a Casa Branca, o aço e o alumínio devem ser fundidos e moldados nos EUA, México e Canadá para serem isentos de tarifas. A medida é uma resposta à reclamação formal de fabricantes de aço dos EUA e outros setores.

As novas taxas sobre o aço visam a resolver a evasão de tarifas por parte da China, responsável por mais da metade da produção mundial do metal. As taxas sobre o alumínio também vão afetar a produção da China, Bielorrússia, Irã e Rússia.

A medida também tem um claro objetivo político, de fazer um contraste com o republicano Donald Trump, antecessor do presidente Joe Biden e seu provável oponente nas eleições de novembro.

"Trump poderia ter tomado medidas semelhantes, mas não o fez", disse Lael Brainard, diretora do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca. “O presidente está a tomar medidas para fechar as lacunas deixadas pelo seu antecessor que permitiram à China contornar as regras comerciais”, acrescentou.

O México é um dos maiores importadores de aço para os EUA, com 4,2 milhões de toneladas em 2023, ficando atrás apenas do Canadá em volume, segundo o Census Bureau.

Fonte: Associated Press
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/07/2024

 

Vendas de veículos usados têm melhor semestre dos últimos três anos

O mercado de veículos usados e seminovos fechou o semestre com 5,4 milhões de transações de automóveis e comerciais leves. Este é o melhor resultado do período para o segmento desde 2021.

O balanço da primeira metade do ano representa alta de 7,6% sobre igual período de 2023. Os dados são do Renavam e fornecidos pela Fenabrave, a associação das concessionárias.

Por categoria, os carros de passeio usados responderam por 4,6 milhões de negociações no semestre, crescimento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os comerciais leves somaram quase 800 mil transações, alta de 7,7% na comparação interanual.

No recorte de junho, o mercado de veículos usados (autos + comerciais leves) chegou a 958 mil. Quase 11% a mais que no mesmo mês de 2023 e 8,8% superior a maio.

Veja os veículos usados mais vendidos em junho:

1º Volkswagen Gol: 62.262

2º Fiat Palio 35.275

3º Fiat Uno 34.207

4º Chevrolet Onix: 29.982

5º Fiat Strada: 29.758

6º Hyundai HB20: 23.290

7º Toyota Corolla: 22.817

8º Chevrolet Celta: 21.187

9º Volkswagen Fox: 20.543

10º Ford Ka: 19.726

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 11/07/2024

 

Como construção, comércio e serviço impulsionam melhor mercado de trabalho em 10 anos

O mercado de trabalho brasileiro está experimentando uma fase de recuperação robusta, com a força de trabalho atingindo um novo patamar em 2024, impulsionado por setores que são grandes empregadores, como construção, serviço e comércio. Assim, as taxa de desocupação encontram-se no menor patamar em cerca de 10 anos.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE, mais 101 milhões de brasileiros integravam a força de trabalho no trimestre até maio de 2024. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 7,1 representando 7,8 milhões de desempregados no país.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a expansão dos empregados (tanto formais quanto informais) tem impulsionado o crescimento contínuo da população ocupada.

“Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes. Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, afirma.

O rendimento médio também apresentou alta na comparação anual, com avanço de 5,6% para R$ 3.181.

“Estamos, de fato, num momento muito positivo, historicamente falando, de desemprego. O desemprego está em níveis muito baixos, muito próximo das mínimas históricas. Isso tem sido impulsionado por um crescimento do emprego expressivo”, comenta Carlos Lopes, economista do Banco BV.

Setor de serviços forte

De acordo com o economista, há expectativa de um arrefecimento do mercado de trabalho pela frente. Lopes explica que esse movimento deve ser gradual nos próximos meses.

Apesar de comentar um aumento no envelhecimento da população como responsável por uma redução na força total de trabalho, o economista reforça que há “um bom crescimento do emprego, um forte crescimento da renda”.

O avanço na renda tem sido mais de 5% real e colabora para taxas de desemprego mais baixas ao longo do tempo.

Outro ponto destacado é o fortalecimento do setor de serviços a partir de um mercado de trabalho mais aquecido, como observado no pós-pandemia. A categoria foi a que mais apresentou criação de postos na pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) com dados de maio. Dos cerca de 131,8 mil postos criados, 69,3 mil foram no setor de serviços.

Construção civil

No caso da indústria da construção civil e incorporação imobiliária, os dados também são animadores. O setor foi o terceiro que mais gerou empregos nos dados de maio, segundo os dados do Caged.

Em nota ao InfoMoney, a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) afirmou que as perspectivas para o setor são positivas por diversos fatores. “A continuidade de políticas públicas de incentivo à habitação, como o programa Minha Casa, Minha Vida, juntamente com o Programa Acredita, que promete impulsionar a demanda por imóveis de Médio e Alto Padrão, deve manter a demanda por novas unidades habitacionais em níveis elevados”, afirma.

Além disso, as projeções otimistas também são reforçadas por níveis crescentes de vendas e estoques em níveis saudáveis.

“Os recentes números reforçam a importância econômica do setor e destacam o mercado imobiliário como um dos principais motores na criação de oportunidades de trabalho, especialmente entre a população de menor renda, uma vez que envolvem projetos de grande escala que requerem uma força de trabalho significativa”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc.

O setor também apresenta o melhor salário de admissão entre os setores da economia em maio de 2024.

“Há cinco meses consecutivos a Construção Civil vem registrando saldos positivos, com admissões superiores às demissões, o que vem aumentando sistematicamente o seu número de trabalhadores formais”, afirmou a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, em notícia da agência CBIC.

Os dados explicam também o avanço tanto no saldo mensal quanto no acumulado de 12 meses do segmento de Material de Construção no setor do Varejo. De acordo com Felipe Tavares, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o saldo de aumento significativo do segmento reflete investimentos no setor.

“Aqui pode ser um efeito muito grande talvez do PAC e das políticas que foram anunciadas, além de um novo aquecimento de Minha Casa Minha Vida, dos programas governamentais para fomentar a construção civil. O segmento do material de construção responde imediatamente a isso”, explica.

A categoria lidera os dados do setor em maio, com abertura de 3.819 mil postos no saldo mensal entre admissões e desligamentos. No acumulado anual, fica apenas atrás do segmento de Hipermercados e Supermercados.

Varejo

O setor varejista apresentou saldo positivo em maio de 2024 na pesquisa Caged, ainda que na comparação com o mesmo mês do ano passado demonstre desaceleração. Isso reflete tanto a maior dificuldade na obtenção de crédito (em especial com taxas de juros mais altas) quanto a maior estabilização do mercado de trabalho.

“Agora que você está chegando ali numa saturação, tendo que a gente já está tendo finalização de falta de mão de obra, de escassez em algum segmento, é natural que isso vá dando uma suavizada e vá diminuindo esse saldo, porque tem muita gente empregada”, explica Tavares.

Saldo de admissões e desligamentos de segmentos do varejo (acumulado de 12 meses) – Fonte: CAGED, gráfico elaborado pela CNC

Os dados do setor também evidenciam impactos como a tragédia do Rio Grande do Sul. Como esperado, o estado perdeu muitos postos de trabalho e foi a maior queda apresentada no mês de maio.

Além disso, a paralisação de setores varejistas após as enchentes derrubou dados do segmento de vestuário, calçados e acessórios, que representou a maior queda no saldo mensal no setor.

Saldo de admissões e desligamentos de segmentos do varejo (maio de 2024) – Fonte: CAGED, gráfico elaborado pela CNC

Na análise do saldo acumulado, o segmento que se destaca negativamente é o de móveis e eletrodomésticos. De acordo com a explicação do economista, a categoria é uma das que mais sofre com os juros em patamares mais elevados, juntamente com o comércio automotivo.

Supermercados e shoppings

Na ponta positiva, os dados de hipermercados e supermercados refletem boas tendências no segmento. Em São Paulo, o setor supermercadista abriu 1,1 mil vagas nos quatro primeiros meses de 2024, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas). A expectativa para o primeiro semestre do ano é de abertura de 3,9 mil postos.

Há projeção positiva para abertura de postos pela Associação Brasileira de Shoppings Centers, segmento que somou 1,062 milhão de empregos diretos em 2023.

“O setor projeta um crescimento de 10% no número de empregos formais nos
próximos 5 anos, o que representa cerca de 100 mil novos postos de trabalho”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.

De acordo com Humai, o aumento nas vagas é impulsionado por diversos fatores, como a expansão do segmento, recuperação econômica do país, aumento do consumo das famílias. Além disso, o segmento aposta em investimentos em novos empreendimentos e modernização dos já existentes.

Pesquisas sobre mercado de trabalho

O mercado de trabalho pode ser acompanhado tanto pela PNAD do IBGE quando pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. As duas pesquisas são estatísticas do mercado de trabalho e diferente em natureza metodológica.

A PNAD apresenta informações da população na força de trabalho (e fora dela) através de declarações de entrevistados. Já o Caged fornece dados de registro administrativo alimentado todo mês por estabelecimentos.

Ambas pesquisas são sensíveis a fatores como a sazonalidade e o registro equivocado (seja pela modalidade de contrato de trabalho inexato ou a declaração pessoal).

Fonte: Infomoney
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 08/07/2024

Indústria de máquinas avalia Plano Safra

A indústria de máquinas agrícolas avaliou de forma positiva o anúncio do governo federal de R$ 12,3 bilhões para financiamento de renovação de maquinário pelo Plano Safra 24/25nas linhas do programa Moderfrota, com juros entre 10,5% e 11,5%. Esse volume, no entanto, tende a se esgotar em cerca de três meses diante da demanda do setor, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Antes da divulgação do Plano Safra, a Abimaq solicitou ao governo R$ 26 bilhões para o Moderfrota e deu a sugestão de juros entre 9% e 9,5%.

Para a agricultura familiar, as condições são mais atraentes. Foi criada uma nova linha destinada à aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, como microtrator, motocultivador e roçadeira, no âmbito do Programa Mais Alimentos. Para essa nova linha, os juros serão de apenas 2,5% ao ano.


Fonte: Globo Rural
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 08/07/2024