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Analistas avaliam impacto da elevação da tarifa de importação de aço para siderúrgicas

O BTG Pactual divulgou um relatório sobre o setor de siderurgia, destacando a decisão do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) que deliberou elevar para 25% o imposto de importação de 11 tipos (NCMs, nomenclaturas de importação) de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos de maneira que a tarifa só sofrerá aumento quando as cotas forem ultrapassadas. Serão avaliadas, ainda, outras quatro NCMs que poderão receber o mesmo tratamento. A medida vale por 12 meses.

“Durante meses, a indústria siderúrgica brasileira tem lutado com o aumento da importação de aço chinês, pressões sobre os preços e fraca procura. Esses desafios fizeram a rentabilidade do setor recua fortemente. O anúncio do governo sobre a implementação de cotas de importações e aumentos tarifários é uma medida que acreditamos que poderia ajudar a restaurar a lucratividade do setor (embora o momento e a extensão sejam altamente questionáveis)”, comentou o BTG.

O banco de investimentos ressaltou que o Brasil não está sozinho nesta luta, pois muitos países estão adotando medidas semelhantes em resposta à enxurrada de importações baratas (chinesas). Segundo a analise, a indústria já sofreu reduções significativas de capacidade e demissões, o que levou a esta resposta.

“Em em termos práticos, isto representa uma oportunidade para os produtores siderúrgicos locais recuperarem parte do mercado das importações e ajustar gradualmente os preços. Embora este movimento ainda seja tímido, ele deve trazer um alívio para os players da indústria”, explicou o BTG.

Ontem, após o anúncio do Comitê, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, lembrou que foi verificado que nos últimos anos, especialmente no ano passado, um grande aumento de importação em alguns itens, alguns produtos do aço, chegando a mais de mil por cento em alguns casos. A análise chegou a uma média de quanto aumentou em 2020, 2021 e 2022 a acrescentou mais 30% acima.

“Até esse limite, não houve alteração, fica como está hoje. Já a importação que for superior a 30% da média dos últimos 3 anos e 2020, 21 e 22, a alíquota passará para 25%”, explicou Alckmin. “A nossa análise é de que nós vamos ficar, em grande parte, dentro da cota sem nenhuma alteração. Mas o que extrapolar 30% acima da média, aí sim, aplica a nova alíquota de importação.”

O BTG disse ainda que tem visto a Gerdau como uma oportunidade de negociação, mas ainda com uma recuperação tímida no Brasil, com previsão de margens Ebitda oscilando em torno de 8%, perto de mínimos históricos (em comparação com níveis intermediários de 18-20%), sugerindo desvantagem limitada.

“No entanto, ainda precisávamos de mais informações sobre seu programa de redução de custos e de ganhar confiança de que o ambiente de negócios no Brasil melhorou. Além disso, nos EUA, os resultados permanecem fortes, com spreads de metal saudáveis e uma perspectiva sólida de demanda. A América do Norte agora contribui quase dois terços da sua geração de Ebitda, mas a empresa continua a ser vista principalmente como uma aposta brasileira (os pares dos EUA negociam com Ebitda de 7x a 9x, enquanto a Gerdau negocia perto de 4x). Vemos as ações sendo negociadas a 4x Ebitda 2024, com rendimentos FCF implícitos entre 9% e 10%, e com pouca dívida”, detalhou o BTG.

Sobre a Usiminas, a análise apontou que as recentes orientações sobre custos trazem riscos negativos relevantes para as estimativas de consenso para 2024. Para a CSN, o BTG disse continuar preocupado com um caminho de desalavancagem muito mais lento do que o previsto.

Para BofA, elevação de tarifas de importação do aço favorece Usiminas e CSN

O Bank of America (BofA) avalia que a elevação de tarifas de importação do aço pelo governo federal anunciada ontem é marginalmente positiva para as siderúrgicas brasileiras, mas o potencial de ganho de participação de mercado e poder de precificação é limitado. A análise vê a Usiminas e a CSN como os mais beneficiados pela medida, citando que, em termos de exposição à receita, a primeira teve 81% de sua receita proveniente das vendas domésticas de aço em 2023, a segunda, 36% e a Gerdau 34%.

“No geral, consideramos o anúncio marginalmente positivo para as siderúrgicas brasileiras, que têm lutado com uma demanda interna fraca (demanda interna estável no acumulado do ano), lucratividade fraca, com margens abaixo das médias históricas e poder de precificação limitado. No entanto, presumindo que as importações sejam limitadas à média de 2020-22, implica que as importações de aço acabado caiam cerca de 500 kt em relação aos níveis de 2023 (2,1% da procura aparente para 2023)”, comentam os analistas do BofA. “Dado que a grande maioria dos produtos abrangidos pelas novas medidas são aços planos, a Usiminas e a CSN são as que mais ganham”, acrescentam.

Eles ressaltam que o valor de 500kt superestima o impacto, pois nem todos os produtos se enquadram no âmbito das medidas anunciadas. Assim, mesmo no melhor cenário, o impacto seria limitado a aproximadamente 2% do consumo aparente de aço. “Portanto, embora a medida anunciada deva permitir que as siderúrgicas capturem alguma parte das importações, uma recuperação substancial da procura interna ainda é necessária, na nossa opinião, para gerar ganhos de quota de mercado mais significativos e para aumentar o poder de fixação de preços.”

Atualmente, o BofA vê os preços domésticos da BQ no Brasil com um prêmio de 9,7% em relação à bobina a quente (BQ) importada da China e o vergalhão brasileiro com um prêmio de 5,8% em relação ao vergalhão importado da China, o que está próximo dos níveis normalizados e, portanto, reduz a probabilidade de aumentos de preços neste momento. “Notamos também que as quotas e tarifas de importação mais elevadas anunciadas são válidas apenas por 12 meses, o que também limita o benefício destas medidas.”

Fonte: Agência CMA
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/04/2024

 

Brasil tem aumento de 40% na construção de casas sustentáveis

Dados recentemente divulgados pelo Green Building Council Brasil, organização não-governamental que visa fomentar a construção sustentável no país, indicam um crescimento de 40% em construções residenciais verdes no último ano, comparado a 2022. Este número sinaliza uma mudança significativa no setor imobiliário, rumo a práticas ambientalmente responsáveis.
Um dos principais impulsionadores desse fenômeno é o crescente interesse dos consumidores finais em soluções de baixo impacto ambiental, como o steel frame, por exemplo.

Esta técnica construtiva, que utiliza estruturas de aço galvanizado como base, tem se destacado não apenas por sua durabilidade e resistência, mas também por sua contribuição para a redução do desperdício de recursos e para a sustentabilidade do ambiente.

Segundo o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), o steel frame oferece uma série de benefícios ambientais em comparação com métodos construtivos tradicionais. Um dos mais evidentes é a redução significativa no consumo de recursos naturais, como madeira, uma vez que a estrutura de aço pode ser reciclada e reutilizada em novas construções.

Além disso, a fabricação das estruturas de aço é menos poluente do que métodos considerados tradicionais, resultando em uma pegada de carbono reduzida durante todo o ciclo de vida do edifício.

Ainda segundo a entidade, optar pela construção industrializada em aço permite maior precisão e controle de qualidade durante todo o processo construtivo, o que resulta em menos desperdício de materiais e em prazos de entrega mais curtos. “Isso não apenas reduz os custos de construção, mas também minimiza o impacto ambiental causado pela geração de resíduos de uma obra”.

Para o CBCA, à medida que a conscientização sobre o impacto ambiental das escolhas construtivas se amplia entre os consumidores, a crescente demanda por residências sustentáveis continuará a impulsionar o crescimento do setor da construção em aço.

“Assim, o avanço do steel frame no mercado imobiliário brasileiro não apenas reflete uma busca por soluções eficientes e duráveis, mas também representa um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e ecologicamente responsável”, afirma o CBCA.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 25/04/2024

 

Para proteger indústria nacional, governo aumenta imposto de importação de produtos de aço para 25%

O comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta terça-feira (23) aumentar o imposto de importação para 25% para alguns produtos de aço. A medida, que ainda tem que passar pelo aval dos parceiros do Mercosul, deve entrar em vigor em cerca de 30 dias. Depois, vai valer por um ano.
Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, a medida atende ao pedido de entidades siderúrgicas e serve para reduzir a ociosidade da indústria nacional.
"Você tem uma indústria que está com uma ociosidade muito grande, mais de 40% de ociosidade em algumas áreas, uma indústria importante, uma indústria de base, essencial para o país", declarou.
O ministro afirmou ainda que a medida serve para preservação da indústria nacional. "Diria que foi uma medida de preservação do emprego e preservação de estímulo até a novos investimentos, modernização, mas que na realidade é extremamente cuidadosa", continuou.
A Camex vai estabelecer cotas de volume de importação para aplicação do imposto. Ou seja, o aumento de imposto só deve valer para as importações que superarem as cotas estabelecidas.
Dessa forma, o aumento será aplicado a cada classificação de produto de aço cujas compras externas tenham superado, em 2023, 30% da média das aquisições no período de 2020 a 2022.
"A nossa análise é que nós vamos ficar grande parte dentro da cota, sem nenhuma alteração, mas o que extrapolar 30% acima da média aí sim aplica a nova alíquota de importação", afirmou Alckmin
De acordo com o governo, os estudos mostram que o preço ao consumidor não deve sofrer impacto.
Segundo Alckmin, as entidades pleitearam a inclusão de 35 produtos de aço na lista que terá aumento de imposto. O governo acatou o pedido para 15 desses produtos --que eram tributados no intervalo de 10% a 14%.
A medida vale para produtos como:
laminados planos, de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas;
fios-máquinas de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas;
barras de ferro ou aço não ligado;
tubos e perfis ocos utilizados em oleodutos ou gasodutos;
tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços, etc.;
tubos soldados de outras seções.
 
Segundo Alckmin, a Camex também decidiu nesta terça-feira (23) zerar o imposto de imposto de importação sobre 225 produtos, como antenas parabólicas para radares e aparelhos ortopédicos.
Além disso, o comitê executivo da Câmara aprovou a concessão de financiamento pré-embarque para exportação pela indústria de defesa e pequenas empresas. De acordo com o ministro, a medida depende de aval do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Fonte:  G1 por Lais Garregosa em 23/04/2024 as 14:38
 

Camex estabelece cota de importação para 11 produtos de aço

Nos próximos 30 dias, 11 produtos de aço importados passarão a ser submetidos a cotas de importações. Caso o volume máximo seja superado, eles pagarão 25% de Imposto de Importação para entrarem no país. A decisão foi tomada nesta terça-feira (23) pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).  

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a medida deverá entrar em vigor em cerca de 30 dias. Isso porque os países parceiros do Mercosul terão de analisar a resolução da Camex antes da publicação no Diário Oficial da União. Também será necessário esperar a Receita Federal publicar portaria regulamentando as cotas.

Válida por 12 meses a partir da publicação, a medida tem como objetivo evitar a concorrência desleal com o aço nacional. Em 2023, informou o Mdic, o volume de importações dos 11 produtos de aço superou em 30% a média das importações entre 2020 e 2022. Nos últimos meses, as siderúrgicas brasileiras têm afirmado haver uma invasão do aço chinês, que chega ao Brasil mais barato que os produtos nacionais.

Atualmente, o Imposto de Importação para os 11 produtos que passarão a ter cotas varia de 9% a 14,4%. O Mdic informou que estuda a imposição de cotas a outros quatro itens derivados do aço. Os produtos não entraram na lista agora porque o Mdic estuda se a alta das importações no ano passado se deveu a variações de preço, em vez de crescimento da quantidade.

Segundo o Mdic, os estudos técnicos mostram que as cotas não trarão impacto nos preços ao consumidor nem à cadeia produtiva. “Durante os 12 meses, o governo vai monitorar o comportamento do mercado. A expectativa do governo é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional”, informou o ministério em nota.

>> Os 11 produtos de aço que terão cotas de importação são os seguintes:

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 milímetros (mm), revestidos de ligas de alumínio-zinco;

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos, galvanizados por outro processo, de espessura inferior a 4,75 mm;

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos simplesmente laminados a frio, de espessura superior a 1 mm, mas inferior a 3 mm;

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos simplesmente laminados a frio, de espessura igual ou superior a 0,5 mm, mas não superior a 1 mm;

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura igual a superior a 4,75 mm, mas não superior a 10 mm;

•     Outros produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura igual ou superior a 3 mm, mas inferior a 4,75 mm;

•     Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura inferior a 3 mm, com um limite mínimo de elasticidade de 275 Mpa;

•     Outros produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura inferior a 3 mm;

•     Outros fios-máquinas de ferro ou aço não ligado, de seção circular, de diâmetro inferior a 14 mm

•     Tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos, soldados longitudinalmente por arco imerso, de seção circular, de diâmetro exterior superior a 406,4 mm, de ferro ou aço;

•     Outros tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos, soldados longitudinalmente, de seção circular, de diâmetro exterior superior a 406,4 mm, de ferro ou aço.

>> Lista dos quatro produtos que poderão ter cotas:
•     Outros tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços;

•     Outros tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos;

•     Outros tubos para revestimento de poços, de produção ou suprimento, dos tipos utilizados na extração de petróleo ou de gás, de ferro ou aço;

•     Outros tubos soldados de outras seções.

Fonte : Agencia Brasil EBC 
Publicado em 23/04/2024 - 17:01 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Edição: Maria Claudia

Mercado tenta medir impacto de cota para importação de aço

As medidas anunciadas ontem pelo governo federal com vistas a conter o avanço das importações de aço, sobretudo da China, podem ter efeitos limitados sobre o mercado brasileiro, a depender do tipo de produto, e para as siderúrgicas instaladas no país.

Ao menos essa foi a percepção inicial de analistas e investidores, que ainda avaliavam a lista de produtos (NCMs) para entender como cada empresa será beneficiada. O tamanho da cota - de até 30% a mais sobre a média de 2020 a 2022 antes da incidência de tarifa de 25% - é um dos pontos de atenção neste momento.

Apesar de o aumento do imposto ter sido o grande pleito do setor há meses, as ações das principais usinas brasileiras encerraram o dia em queda na B3, com destaque para a Usiminas - que inicialmente poderá ser uma das mais beneficiadas. Para o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, as medidas são mais relevantes para aços planos, principalmente bobinas a quente, do que para os longos.

Ao ritmo atual, disse Sasson, é possível que a cota de importação do produto seja alcançada já na metade do ano, “o que significaria que as importações de bobina a quente no segundo semestre passariam a ser taxadas em 25%”. “Isso poderia ajudar os produtores a aumentar preços. Ou no mínimo diminui a pressão para que reduzam preços, em um cenário de demanda meio de lado”, afirmou.

Um dos autores dos pedidos de aumento da alíquota de importação, dos atuais 10,8% a 12,6% para 25%, o Instituto Aço Brasil disse que a adoção de um sistema de cota-tarifa demonstra o olhar atento do governo à indústria siderúrgica brasileira. “É uma decisão histórica e importante, porque sinaliza aos exportadores que o mercado brasileiro não é terra de ninguém, que há um governo que está atento ao que está acontecendo no mercado interno, e com um olho no sentido de proteger sua indústria”, afirmou o presidente-executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes.

“O detalhe da sistemática ainda não é conhecido e há nuances que precisamos entender melhor”, afirmou o executivo. “Mas o governo tem consciência dos prejuízos e agora é uma questão de operacionalizar”, acrescentou.

A Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço), por sua vez, disse que foi acertada a decisão do governo de não elevar as alíquotas de importação de folhas metálicas de aço, usadas em embalagens de alimentos e produtos para a construção civil. Conforme a entidade, a majoração das importações desse tipo de produto teria impactos sobre os preços de alimentos, incluindo itens da cesta básica, como leite em pó.

Depois da confirmação das medidas, as ações ON da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fecharam o dia com queda de 2,4%, a R$ 14,42. Já os papéis preferenciais da Gerdau caíram 4%, a R$ 18,83, enquanto as ações preferenciais classe A da Usiminas cederam mais de 14%, cotadas a R$ 9,10.

A Usiminas divulgou ontem os resultados do primeiro trimestre e, além de não entregar a redução de custos esperada com o religamento do alto-forno 3 da Usina de Ipatinga (MG), sinalizou que o desempenho do segundo trimestre não será muito diferente. Diante disso, e da expectativa de um primeiro semestre de resultados piores que o esperado, analistas avaliam revisar as projeções para os números anuais da companhia.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/04/2024

 

Entrevista com Márcio de Lima Leite:

Dentro da discussão sobre o rumo da energia no mundo — tema da feira industrial de Hannover —, entra a reflexão sobre o futuro dos combustíveis que serão usados nos carros, caminhões, ônibus etc. Após participar do Fórum Brasil-Alemanha, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, conversou com a coluna. Confira trechos abaixo e ouça a íntegra no final da coluna, onde também está disponível o comentário sobre o assunto no Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. 

Olhando o que tem na feira, a indústria automotiva do Brasil está bem? 

Temos tecnologia de ponta para produção de automóveis leves e pesados, mas vemos aqui muita coisa que pode acelerar o desenvolvimento. A troca entre Brasil e Alemanha é fundamental.  

Nos combustíveis verdes, tem a volta não unânime do etanol, o sonho do elétrico, o híbrido da transição, o biodiesel e o hidrogênio verde para os pesados etc. Com o que abasteceremos os veículos no futuro? 

O Brasil será eclético. Não teremos uma ou outra tecnologia. Teremos um somatório. Nós vamos ter o hidrogênio, o etanol, o híbrido, o elétrico... Cada tecnologia será parte da solução para a descarbonização. 

Gargalo da mobilidade elétrica, a destinação das baterias é tema de iniciativas de expositoras da Hannover Messe. Falta muito para uma solução? 

Ela vai sendo construída. Não temos apenas uma solução, é um processo de amadurecimento. Sem dúvida, reciclagem de baterias e infraestrutura de recarga são anseios e nossa necessidade no Brasil.

O setor está com reação nas vendas, certo?

Sim. O Brasil, no primeiro trimestre, teve 9% de incremento nas venda no mercado inteiro. Esse mês de abril vem com forte crescimento. Então, há uma expectativa positiva sim. Melhor seria se as exportações também tivessem crescido. 

Fonte: GaúchaZH
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 24/04/2024