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Arrecadação de royalties da mineração soma recorde de R$10 bi em 2021, diz Ibram

A arrecadação brasileira de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou um recorde de 10 bilhões de reais no ano passado, alta de quase 70% na comparação com o ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) publicados nesta terça-feira.

Os maiores valores de Cfem estão relacionados à produção de minério de ferro e preços mais altos do produto.

"O Ibram observa que houve queda no preço do minério de ferro entre junho e novembro de 2021, mas, mesmo assim, a média foi 47,5% maior do que a de 2020. Observa-se elevações em todas as commodities, como cobre (52%) e alumínio (45%)", afirmou em material publicado à imprensa.

Importante item da pauta de exportação brasileira, o minério de ferro viu seus preços acelerarem na primeira metade do ano passado, com uma demanda firme da China. No entanto, a partir de junho, os preços perderam força refletindo maiores controles à produção de aço na China, entre outros fatores.

A produção mineral brasileira em 2021, em toneladas, cresceu cerca de 7% em relação a 2020, para 1,150 bilhão de toneladas estimadas, apontou o Ibram.

Já a variação de preços das commodities no mercado internacional impulsionou o faturamento do setor em 62%, na comparação com 2020, crescendo para 339 bilhões de reais.

O Ibram, que representa empresas como Vale, Anglo American, Rio Tinto, Usiminas, dentre outras, também manteve a previsão de investimentos no setor mineral para o período 2021-2025, em mais de 41 bilhões de dólares.

Segundo o instituto, a perspectiva é que o setor mineral continue com bom desempenho em 2022 e nos próximos anos, com a produção mineral se mantendo estável, com leve crescimento nos próximos anos.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/02/2022

 

BTG Pactual (BPAC11) aposta na retomada no preço do minério de ferro

O Research do Banco BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório sobre as perspectivas do minério de ferro em 2022. Um dos principais destaques da análise é a volta ao nível dos US$ 140/t após forte realização no 2º semestre de 2021.

Apesar dos analistas da instituição concordarem com a tese de médio prazo de consumo de aço mais fraco, principalmente com a queda estrutural dos mercados imobiliários e a postura de descarbonização da China, há um ambiente favorável para preços mais fortes para minério de ferro no curto prazo.

Além disso, há um movimento no mercado que deve normalizar gradualmente e no longo prazo, os preços dessa commodity, ainda que os desafios de oferta no setor pareçam críticos.

A dinâmica da oferta e demanda pelo minério de ferro para o 1º semestre de 2022 será bastante apertada em relação aos últimos meses. A produção de aço deve continuar com um bom ritmo após atingir o fundo do poço em novembro (a estimativa do BTG Pactual é uma taxa de execução de 90Mt/m em breve; recuperando das mínimas de 70Mt).

Visto que as restrições na China relacionadas ao inverno, poluição e olimpíadas devem durar mais algumas semanas.
Por isso, os analistas apontam que terá uma oferta sazonal menor nos próximos meses para equilibrar a dinâmica de oferta/demanda, além de reduzir estoques de minério de ferro em toda a cadeia de suprimentos.

O mercado chinês também deve colaborar para o aumento dos preços do minério de ferro. 2022 é um ano importante para o Partido Comunista. Dessa forma, o relatório diz que o PBOC (Banco Central Chinês) vem afrouxando sua política monetária e apoiando os mercados imobiliários. Logo, esse incentivo deve beneficiar a demanda de minério de ferro, os preços e sim a atividade especulativa.

Oportunidades para as empresas mineradoras

A queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional rebaixou agressivamente as expectativas do mercado para a commodity nos últimos meses. Mesmo assim, a equipe do Banco BTG entende que as médias de US$ 90-100/t para 2022 estão um pouco baixas.

Diante disso, os analistas do Banco BTG Pactual compreendem que há um ambiente favorável e uma rotação contínua de ações para empresas mineradoras, como a Vale (VALE4) e CSN (CMIN3), principalmente a curto prazo. Isto posto, a recomendação é para os investidores aumentarem as posições neste setor.

Fonte: Eu Quero Investir
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/02/2022

ES: Estado altera tributação para aumentar competitividade no setor de autopeças

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), alterou a forma de tributação para as empresas do setor de autopeças. As mudanças foram publicadas na edição desta terça-feira (1º), no Diário Oficial do Estado. 

Segundo explicou o secretário de Estado da Fazenda, Marcelo Altoé, a portaria não altera as alíquotas dos produtos, mas muda o momento do pagamento dos impostos. "Com esse texto, as empresas não serão obrigadas a pagar o imposto no momento da compra, mas após a venda dos produtos. Isso representa uma melhoria muito grande no fluxo de caixa das empresas", disse Altoé.

O secretário destacou ainda que este é um passo muito importante para a competitividade das empresas situadas no Espírito Santo. "Pelos próximos meses nós vamos fazer um acompanhamento minucioso da arrecadação deste setor. A expectativa é que, com o aumento da competitividade e a atração de novas empresas, nós consigamos, no longo prazo, aumentar a arrecadação vinculada a este setor", acrescentou.

Alguns pontos da nova forma de tributação foram expostos para os representantes do setor de autopeças. A apresentação foi feita nessa segunda-feira (31), em uma reunião virtual e transmitida pelo YouTube (clique AQUIpara assistir). 

Durante o encontro, o presidente do Sindicado do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo (Sincades), Idalberto Luiz Moro, ressaltou que essa medida é uma reivindicação antiga do setor. "O setor de autopeças é um dos principais da nossa economia. Ele alimenta uma cadeia indireta muito importante e sabemos que com essa mudança ficaremos ainda mais competitivos", disse.

"Aproveito para fazer um apelo aos associados, que tragam as operações aqui para o Estado e mostrar que essa decisão vai ser benéfica tanto para as empresas do setor quanto para a arrecadação do Espírito Santo", concluiu.

As medidas do Decreto número 5078-R, de 31 de janeiro de 2022, e da Portaria número 013-R, de 31 de janeiro de 2022, começam a ter efeitos a partir desta terça-feira.

Fonte: SEFAZ - Secretaria da Fazenda
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 02/02/2022

 

Vendas de veículos leves têm pior janeiro em 17 anos

As vendas de veículos começaram 2022 em marcha lenta. Em janeiro, foram emplacados 116,6 mil automóveis e comerciais leves, com queda de 28,3% sobre o mesmo mês do ano passado e de 39,7% na comparação com dezembro de 2021.

Os dados foram apurados pela agência Autoinforme. Com isso, a indústria automotiva teve o pior janeiro em vendas dos últimos 17 anos, perdendo apenas para janeiro de 2005, quando o mercado interno absorveu 99,5 mil veículos novos.

A empresa destaca que, no período recente, o volume de vendas do mês passado só não foi inferior ao dos meses de abril e maio de 2020, justamente quando a pandemia de Covid-19 chegou ao Brasil e impôs o fechamento de fábricas e concessionárias de veículos.

A média diária de vendas foi de fracos 5,5 mil emplacamentos/dia, com retração de 32% na comparação com o resultado de um ano atrás.

Preço em alta, renda em baixa

Para a Autoinforme, o resultado anêmico do primeiro mês de 2022 reflete a conjuntura do aumento de preço dos carros – algo que não tende a ser revertido neste ano. Segundo a Kelley Blue Book Brasil (KBB), a tabela dos carros mais vendidos do Brasil teve reajuste médio de expressivos 30% entre janeiro de 2021 e o mês passado.

Entre os fatores que contribuem para o encarecimento do automóvel está a escassez global de semicondutores provocada pela pandemia. Os chips eletrônicos têm preço dolarizado e, portanto, elevados na moeda brasileira. Há ainda a queda na renda da população, que teve suas atividades afetadas pelo avanço da variante ômicrom da Covid-19.

Na quarta-feira, 2, a Fenabrave, entidade que representa os diistribuidores de veículos, vai divulgar os resultados oficiais de mercado - incluindo as vendas de caminhões, ônibus e motocicletas.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 02/02/2022

Produtor poderá comprar trator sem imposto

O Projeto de Lei 3231/21 isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, fabricados no Brasil ou em outros países do Mercosul, quando adquiridos por pessoas com deficiência física, visual, mental severa ou profunda ou com autismo, diretamente ou por meio de seu representante legal.

O texto é do deputado Enio Verri e está em análise na Câmara dos Deputados. Segundo ele, “nosso trabalho na Câmara dos Deputados é voltado ao interesse público. O objetivo é fazer políticas que reduzam as desigualdades sociais no Brasil e que façam a diferença para a parcela mais vulnerável da população, com uma economia sustentável”.

Sendo aprovado, “O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as máquinas e equipamentos agrícolas e tratores, de fabricação nacional ou fabricados em países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), quando adquiridos por pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.”

“A legislação em vigor beneficia as pessoas com deficiência que residem sobretudo em grandes centros urbanos, mas não há qualquer benefício fiscal para aqueles que residem em áreas rurais e necessitam de equipamentos para o desenvolvimento de atividade produtiva”, observa Verri.

“Queremos corrigir essa lacuna e colocar as pessoas com deficiência em centros urbanos ou em áreas rurais em uma maior condição de isonomia perante a legislação tributária.”

Conforme o projeto, a isenção poderá ser utilizada uma vez a cada três anos e será reconhecida pela Receita Federal do Brasil, mediante prévia verificação de que o adquirente preenche requisitos estabelecidos no projeto quanto à deficiência.

Ainda pela proposta, a venda do veículo adquirido nos termos do projeto antes de três anos, a pessoas sem deficiência, acarretará o pagamento, pelo beneficiário da medida, do tributo dispensado.

Art. 2o A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI de que trata o art. 1o desta Lei somente poderá ser utilizada uma vez, salvo se o veículo tiver sido adquirido há mais de 3 (três) anos.

Art. 3º A isenção será reconhecida pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, mediante prévia verificação de que o adquirente preenche os requisitos previstos nesta Lei.

Justificativa

Com o presente Projeto de Lei estamos propondo a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as máquinas e equipamentos agrícolas e tratores, de fabricação nacional ou fabricados em países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), quando adquiridos por pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.

Consideramos que a legislação atualmente em vigor beneficia as pessoas com deficiência que residem sobretudo em grandes centros urbanos, mas não há qualquer benefício fiscal para aqueles que residem em áreas rurais e necessitam de tratores e equipamentos para o desenvolvimento de atividade produtiva.

Queremos, assim, corrigir essa lacuna no ordenamento jurídico e colocar as pessoas com deficiência em centros urbanos ou em áreas rurais em uma maior condição de isonomia perante a legislação tributária. Temos a certeza de contar com o apoio de nossos nobres pares para a aprovação da presente proposição.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Compre Rural
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 02/02/2022

Crédito do ICMS pode ajudar empresas do agro paulista

Com o objetivo de ajudar as empresas que investiram em ativo imobilizado nos últimos anos a resgatarem parte do crédito acumulado de ICMS, o governo do Estado de São Paulo iniciou em janeiro a habilitação de interessados no programa ProAtivo. Rodrigo de Oliveira, especialista em tributos e sócio do Martinelli Advogados, explica que a ação facilitará a utilização dos créditos acumulados pelos contribuintes conforme seu histórico de aquisições de bens. Ao todo, segundo Oliveira, esta primeira rodada tem um valor global limitado a R$ 120 milhões. Cada contribuinte poderá pleitear, no máximo, R$ 10 milhões.

“A ideia é que as empresas que tenham um saldo credor habilitado pelo estado de São Paulo façam a adesão ao programa. Com isso, elas passam a ter preferência na transferência desse crédito para terceiros”, explica o especialista do Martinelli. Poderão aderir ao programa contribuintes de todos os setores, incluindo o agronegócio, que possuam saldo de crédito acumulado disponível para apropriação na data do pedido e que estejam em situação regular no Cadastro de Contribuintes do ICMS (Cadesp).

Oliveira afirma que esse é um importante passo para ajudar na recuperação econômica das empresas diante de um cenário econômico afetado pela pandemia da covid 19. A medida também pode contribuir para reinvestimentos nas usinas de açúcar e etanol no estado de São Paulo. Os interessados poderão aderir à primeira rodada do programa até o dia 11 de fevereiro, mediante o preenchimento da solicitação “Pedido de Transferências de Crédito Acumulado”, disponível no Sistema de Peticionamento Eletrônico (Sipet).

Regras

Rodrigo de Oliveira explica que, para entrar no programa, todos os estabelecimentos das empresas localizadas em território paulista devem estar com situação regular no Cadastro de Contribuintes de ICMS (Cadesp). Além disso, completa o advogado, a organização precisa ter saldo de crédito acumulado disponível no Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Crédito Acumulado (e-CredAC) em valor igual ou superior ao pedido no estabelecimento identificado.

Outro ponto destacado pelo especialista em tributos é que a empresa não pode ter débitos inscritos em dívida ativa e ausência de omissões relacionadas à entrega da Guia de Informação e Apuração (GIA) de todos os seus estabelecimentos nos últimos 48 meses anteriores a novembro de 2021. “O departamento de tributos do Martinelli presta todo suporte necessário para que as organizações consigam seguir todos os protocolos exigidos para se adequarem às regras”, destaca Oliveira.

Sobre o ProAtivo

O ProAtivo tem por objetivo levar em conta os investimentos já feitos pelas companhias, o que poderá dar um impulso na economia, segundo informações da Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo.

De acordo com o órgão, o novo programa irá reconhecer as empresas que investiram nos últimos anos em seus ativos permanentes para facilitar a utilização do crédito acumulado de ICMS, dando assim reconhecimento para quem prioriza São Paulo como sede de seus negócios, inovação e geração de emprego e renda.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 02/02/2022