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Acciona lança dois parques eólicos de R$ 5 bi

O grupo espanhol Acciona decidiu entrar no mercado de geração de energia renovável no Brasil. A companhia acaba de adquirir, da Casa dos Ventos, um projeto eólico em desenvolvimento na Bahia, com potência de 850 MW e investimentos projetados em € 800 milhões (R$ 5 bilhões, na cotação atual).

O empreendimento é composto por dois parques - Sento Sé I e II -, que estão em fase de obtenção de licenças. A expectativa é que a construção tenha início entre o fim de 2022 e começo de 2023. A ideia principal é comercializar a energia por contratos de longo prazo com clientes.

Trata-se de um primeiro passo da Acciona no setor, mas o objetivo é expandir, segundo José Manuel Entrecanales, presidente-executivo global do grupo, que falou com o Valor durante sua visita ao Brasil, na semana passada.

A empresa já tem em mente uma segunda etapa para o projeto de Sento Sé: a possível construção de uma usina solar, em área contígua ao parque eólico, que usaria a mesma estrutura de transmissão. Estima-se que a expansão agregaria mais 200 MW de potência e demandaria investimentos adicionais na ordem de R$ 800 milhões - em números ainda bastante preliminares.

“Além disso, queremos ver se há novas oportunidades de desenvolvimento conjunto com a Casa dos Ventos. Há muito que fazer”, diz o presidente.

A Acciona atua no Brasil há mais de 20 anos. Além de obras de grande porte, a empresa chegou a operar por dez anos a concessão da Rodovia do Aço, que foi vendida à KT2 em 2018. No ano passado, a companhia voltou ao mercado de concessões com um grande contrato: a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. O projeto, inicialmente da Move São Paulo (formada por Odebrecht, Mitsui, UTC e Queiroz Galvão) foi adquirido oficialmente no fim de 2020 pelo grupo espanhol, que irá construir e operar a linha.

O plano para a próxima década é ampliar de forma significativa a operação de infraestrutura no Brasil, segundo Entrecanales. “Este país é um continente. Há vetores de crescimento para todas as áreas de negócio da Acciona: saneamento, tratamento de água, transporte, energia renovável, mobilidade urbana”, diz.

Para o executivo, a projeção é que o mercado brasileiro ultrapassará o europeu dentro da empresa nos próximos dez anos e se tornará um dos três principais locais de atuação do grupo, ao lado dos Estados Unidos e Austrália. “O Brasil se tornou objetivo essencial dentro da nossa estratégia.”

O cenário de instabilidade política e incerteza macroeconômica não abala o interesse, segundo Entrecanales. “O Brasil, entre os países em que estamos presentes, é aquele com mais oportunidade de investimento. É um país com alto crescimento, necessidades de infraestrutura infinitas. E há uma organização institucional estável. Há sim oposição e confrontação política alta. Mas é uma característica própria de democracias. A solidez institucional do país nos dá muita confiança como investidores”, afirma.

O ambiente incerto de curto prazo importa, mas não é determinante. “Em um projeto de 40 anos, a conjuntura dos primeiros dois, três anos conta, mas não é o mais importante.”

Uma variável que preocupa e pode afetar decisões futuras de investimento no país é a segurança jurídica em torno do contrato da Linha 6-Laranja - hoje ameaçado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em agosto, uma decisão inesperada do ministro Dias Toffoli abalou o mercado. Ele considerou inconstitucional a transferência de concessões de uma empresa para outra e, além disso, determinou que fossem desfeitas operações realizadas nesses moldes - como a compra da concessão do Metrô pela Acciona. Desde que o voto veio à tona, já houve sinais de que esse entendimento pode ser revertido no tribunal: o ministro Gilmar Mendes pediu vista, e o próprio Toffoli sinalizou que pode alterar o relatório. Porém, o caso segue em aberto.

“Não posso negar que é um fator de preocupação. Há algum risco. Mas os acontecimentos judiciais das últimas semanas, a racionalidade econômica e as alternativas que temos para resolver essa dificuldade me fazem estar razoavelmente tranquilo. Hoje trabalhamos com o cenário de que a situação vai se resolver”, afirma Entrecanales.

Mesmo com o imbróglio em curso, a sinalização é positiva para novos projetos. Entre os alvos em estudo pela Acciona neste momento estão: o Trem Intercidades (TIC), entre São Paulo e Campinas; leilões de saneamento básico em diversos Estados; a concessão da rodovia BR-381/262, entre Minas Gerais e Espírito Santo; além de um projeto imobiliário em Salvador.

O executivo, porém, destaca os elevados compromissos financeiros já assumidos na Linha 6 e no parque de energia, e diz que será preciso administrar o capital e ir “pouco a pouco”.

O financiamento dos projetos tem sido feito parcialmente com recursos da matriz, na Espanha, e com acesso a crédito do BNDES, no Brasil. No caso do novo projeto de energia, a estrutura dependerá dos clientes e dos contratos de longo prazo firmados - caso sejam em dólar, o financiamento deverá vir da matriz, e caso seja em reais, um empréstimo local.

Globalmente, a Acciona opera em 60 países e, no passado, faturou € 6,4 bilhões.

Fonte: Valor
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 29/11/2021

Carro elétrico ‘Wee’ será apresentado em Maringá na sexta-feira

O carro elétrico “Wee”, da montadora Kers, será apresentado durante uma rodada de negócios em Maringá na sexta-feira, 26, no Paço Municipal, a partir das 14h. O evento está sendo promovido pela Software by Maringá e tem apoio da Prefeitura de Maringá. 

Em entrevista à CBN Maringá, o secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Comunicação e Turismo de Maringá, Marcos Cordiolli, disse que a montadora está decidida a se instalar em Maringá, mas oficialmente administração municipal é mais cautelosa. A notícia só poderá ser comemorada nos próximos dias ou meses depois que investidores confirmarem interesse no empreendimento.

Segundo Cordiolli, “o investimento na industrialização é uma das frentes do plano de aceleração econômica no pós-pandemia. A gestão Ulisses Maia entende que, com o lançamento do Parque Tecnológico de Maringá, esse setor estará muito associado a serviços, e pretendemos evoluir mais rapidamente também com a implantação de indústrias de alta tecnologia”, reforça o secretário.

A Kers é a primeira empresa brasileira que produz carros elétricos com 100% dos componentes nacionais, segundo Cordiolli. A rodada de negócios que será realizada na sexta-feira, 26, é destinada a empresas locais que queiram investir na montadora.

A Kers é a primeira empresa brasileira que produz carros elétricos com 100% dos componentes nacionais, segundo Cordiolli. A rodada de negócios que será realizada na sexta-feira, 26, é destinada a empresas locais que queiram investir na montadora.

O projeto do carro elétrico paranaense foi viabilizado pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti); Unioeste e Instituto Inbramol, envolvendo pesquisa de mestres e doutores da área da engenharia mecânica e recursos para finalização e automação do veículo. Com o conceito de energia circular, o modelo de negócios prevê remanufatura e reciclagem do veículo e seus componentes.

Fonte: GMC On line 
Seção:  Noticias da cidade
Publicação: 24/11/2021




Vendas de aços planos registra 826,2 mil toneladas em outubro, diz Inda

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou seus dados de balanço do mês de outubro no mês 23 de novembro (quarta-feira), ocasião em que apresentou alguns destaques como, as compras do mês de outubro que registraram alta de 3,5% perante a setembro, com volume total de 286,3 mil toneladas contra 276,6 mil. Frente a outubro do ano passado — 346,5 mil toneladas — apresentou queda de 17,4%.

Vendas — As vendas de aços planos em outubro contabilizaram alta de 0,6% quando comparada a setembro, atingindo o montante de 293,4 mil toneladas contra 291,5 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 371,7 mil toneladas, registrou queda de 21,1%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de outubro obteve queda de 0,8% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 826,2 mil toneladas contra 833,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,8 meses.

Importações (chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletro- galvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume) — As importações encerraram o mês de outubro com queda de 31,5% em relação ao mês anterior, com volume total de 114,7 mil toneladas contra 167,3 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (67 mil ton.), as importações registraram alta de 71,2%.

Projeções — Para novembro de 2021, a expectativa da rede associada é de que compra e venda tenham uma queda de 3% perante o mês de outubro, adianta o presidente executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/11/2021

Minério de ferro atinge máxima de 3 semanas com otimismo na demanda chinesa

O minério de ferro registrou a quinta sessão consecutiva de alta nesta quinta-feira, com o contrato de referência de Dalian atingindo máxima de três semanas, enquanto os preços spot subiram acima de 100 dólares a tonelada, impulsionados pela melhora do sentimento em relação ao setor imobiliário da China.

O contrato do minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian, na China, fechou em alta de 1,8%, a 611,50 iuanes (95,74 dólares) a tonelada, após atingir 629 iuanes na sessão, seu nível mais alto desde 2 de novembro.

O preço spot de referência do minério de ferro com teor de 62% na China saltou para 106,50 dólares a tonelada nesta quinta-feira, também o mais alto desde o início de novembro, de acordo com dados da consultoria SteelHome.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de dezembro da matéria-prima siderúrgica caía mais de 2,5% (às 8h15, horário de Brasília), para 100,45 dólares a tonelada, após um salto mais cedo.

“Os futuros do minério de ferro avançaram com as expectativas de uma recuperação na perspectiva da demanda”, escreveram estrategistas de commodities da ANZ em uma nota. “Os mercados foram impulsionados por fortes anúncios chineses, incluindo mais suporte para seu setor imobiliário.”

Alguns bancos chineses foram instruídos por reguladores financeiros a conceder mais empréstimos a imobiliárias para o desenvolvimento de projetos, informou a Reuters na segunda-feira, citando duas fontes bancárias, em esforços para aliviar as tensões de liquidez em todo o setor.

As preocupações com os problemas de endividamento das incorporadoras chinesas, setor que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço, aumentaram recentemente a pressão de queda nos preços do minério de ferro da maior produtora de aço do mundo.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,9%, enquanto a bobina a quente avançou 1,3%. O aço inoxidável SHSScv1 ganhou 0,2%.

O carvão metalúrgico de Dalian disparou até 8,5% para seu maior valor desde 12 de novembro, e o coque subiu 2,4%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/11/2021

Minério avança com apostas de maior produção de aço na China

O minério de ferro dá continuidade à recuperação depois de atingir o menor nível em 18 meses. Com os cortes na produção de aço mais altos do que o esperado este ano, as apostas são de que as siderúrgicas na China vão aumentar os volumes no mês que vem.

Em Singapura, os preços avançaram cerca de 14% em apenas três dias, enquanto os futuros na China subiram no limite intradiário na terça-feira em meio às expectativas de mudança do cenário para a demanda. Os mercados também foram impulsionados por uma série de anúncios do governo chinês, desde possíveis medidas de flexibilização econômica a um potencial suporte para o setor imobiliário.

“O mercado está negociando com a expectativa de retomada da produção das usinas”, disse Lu Ting, analista da Shanghai Metals Market. As usinas devem produzir menos em novembro, o que aumenta a expectativa de que os volumes de aço aumentem no mês que vem, disse a analista. “Melhores margens também ajudaram as siderúrgicas a comprarem ativamente mais minério de ferro.”

As medidas da China para controlar a gigantesca indústria siderúrgica afetaram os mercados ao longo do ano. O minério de ferro atingiu recorde em maio em reação à promessa de corte da produção de aço para reduzir a poluição e emissões, o que levou usinas a aumentarem os volumes no primeiro semestre. Mas o rali logo perdeu força, e os futuros da commodity se desvalorizaram em mais da metade em apenas dois meses, na esteira de mais restrições à produção e turbulência no setor imobiliário chinês - uma fonte importante de demanda -, o que afetou as perspectivas para o consumo.

O país está a caminho de cumprir a meta de produzir menos aço neste ano a fim de reduzir as emissões e a poluição, além de conservar energia. A produção de aço bruto nos primeiros 10 meses do ano totalizou 877,05 milhões de toneladas, o que significa que as usinas podem produzir uma média acima de 80 milhões de toneladas em novembro e dezembro e, ainda assim, manter os volumes abaixo de 1,05 bilhão de toneladas do ano passado. A China produziu 71,6 milhões de toneladas em outubro, o menor nível em mais de três anos.

No cenário macro, o banco central da China sinalizou possíveis medidas de afrouxamento para apoiar a recuperação econômica após a forte desaceleração, enquanto autoridades também buscam flexibilizar as regras de captação de fundos para incorporadoras do país.

“O mercado tem expectativas mais altas de retomada da produção de aço” devido aos anúncios sobre o setor imobiliário e recuperação das margens das siderúrgicas, escreveu a Huatai Futures em nota.

O minério chegou a subir mais de 10%, para US$ 104,60 a tonelada, antes de reduzir os ganhos para US$ 99,20 às 15h30 de Singapura. Os preços se mantiveram abaixo de US$ 100 na maior parte deste mês. Os futuros em Dalian fecharam em alta de 5,2%, enquanto os contratos do vergalhão de aço e bobina a quente também avançaram em Xangai.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/11/2021

Importações de produtos siderúrgicos aumentam 159% no acumulado até outubro

 A produção brasileira de aço bruto foi de 30,3 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a outubro de 2021, o que representa um aumento de 19,2% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 22,4 milhões de toneladas, aumento de 25,9% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2020. A produção de semiacabados para vendas totalizou 6,9 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2021, um acréscimo de 6,1% na mesma base de comparação. Os dados são do Instituto Aço Brasil.

As importações alcançaram 4,2 milhões toneladas no acumulado até outubro de 2021, um aumento de 159,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,1 bilhões e avançaram 129,3% no mesmo período de comparação.

As exportações  de janeiro a outubro de 2021 atingiram 9,1 milhões de toneladas, ou US$ 7,5 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, retração de 2,0% e aumento de 65,6% na comparação com o mesmo período de 2020.

As vendas internas foram de 19,4 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2021, o que representa uma alta de 23,1% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 22,7 milhões de toneladas no acumulado até outubro de 2021. Este resultado representa uma alta de 31% frente ao registrado no mesmo período de 2020.

OUTUBRO DE 2021 – Em outubro de 2021 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 3,1% frente ao apurado no mesmo mês de 2020. Já a produção de laminados foi de 2,2 milhões de toneladas, 0,7% inferior à registrada em outubro de 2020. A produção de semiacabados para vendas foi de 685 mil toneladas, um aumento de 4,1% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2020.

As vendas internas recuaram 14,7% frente ao apurado em outubro de 2020 e atingiram 1,7 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 5,9% inferior ao apurado no mesmo período de 2020.

As exportações de outubro foram de 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 1,1 bilhão, o que resultou em aumento de 58,5% e 170,2%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2020.

As importações de outubro de 2021 foram de 369 mil toneladas e US$ 421 milhões, uma alta de 126,5% em quantum e 154,8% em valor na comparação com o registrado em outubro de 2020.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/11/2021