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Usiminas vai subir preços de aço na distribuição e indústria em agosto

A Usiminas vai repassar a distribuidores de aço em agosto 50% da alta do dólar contra o real das últimas semanas, o que deve levar a um reajuste de 5% a 7% no preço da liga vendida pela empresa, afirmou o vice-presidente comercial da companhia nesta sexta-feira.

O executivo, Miguel Camejo, comentou durante conferência com analistas que a variação acumulada do dólar foi de cerca de 12%, o que pressiona o balanço da companhia uma vez que 60% dos custos são denominados na moeda norte-americana.

Para clientes industriais, excluindo montadoras de veículos, a Usiminas elevou em 3% a 5% os preços de metade dos contratos para o terceiro trimestre, com a outra metade devendo ser alvo de reajustes no quarto trimestre, disse Camejo.

Do total das vendas da Usiminas, três quartos estão vinculados a contratos, sendo um terço do setor automotivo, um terço industrial e um terço distribuição, disse Camejo.

Mas com as ações da companhia despencando 18% no início da tarde desta sexta-feira após a publicação do balanço de segundo trimestre, que mostrou queda de 33% no Ebitda, grande parte das perguntas dos analistas se concentrou sobre os custos da empresa.

O vice-presidente financeiro, Thiago Rodrigues, afirmou que a Usiminas tinha uma expectativa de redução de custos de venda (CPV) no terceiro trimestre ante o segundo pelas melhoras de eficiência obtidas após a reforma do alto-forno 3 da usina de Ipatinga (MG) e outros investimentos da empresa na instalação nos últimos meses.

Mas Rodrigues evitou dar uma estimativa, citando que "fatores externos, como o câmbio, estão influenciando".

"No momento é difícil afirmar, vamos aguardar o trimestre para saber qual o efeito", disse o executivo se referindo a uma eventual redução do CPV do atual trimestre ante os três meses encerrados em junho.

O presidente-executivo da Usiminas, Marcelo Chara, disse que a visão da empresa é de longo prazo. "Não é de mês, não é de trimestre. É de construir uma fortaleza industrial", afirmou Chara, citando que as melhorias de eficiência já permitem que a empresa vislumbre usar aço próprio para ser laminado na usina de Cubatão (SP).

Com atividades de produção de aço bruto paralisadas em 2016, a usina de Cubatão da Usiminas vem desde então sendo dependente de compras de aço de terceiros para suas atividades de laminação.

"No segundo semestre, independente do câmbio, temos um processo de melhora contínua...de todos os parâmetros industriais, vamos capitalizar essa melhora no segundo semestre", disse Chara, citando que até agora "era algo inimaginável" levar aço próprio para laminação em Cubatão.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/07/2024

 

Gasolina ultrapassa os R$ 6 por litro nos postos. Diesel, GLP e etanol também ficam mais caros

 

Os preços nos postos de combustíveis continuaram em alta na semana passada, de acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada nesta quarta-feira. O valor médio do litro da gasolina passou de R$ 5,97, na semana entre os dias 7 e 13, para R$ 6,13, na semana passada. É uma alta de 2,68%. É ainda o maior patamar desde setembro do ano passado.

Segundo a ANP, o preço mais alto da gasolina -- que já sobe há duas semanas seguidas -- foi encontrado em São Paulo, onde o litro chega a custar R$ 7,99.

O etanol avançou 3,03%, de R$ 3,96 para R$ 4,08 nas duas últimas semanas. É o maior patamar de preços deste ano, segundo a ANP.

O GLP (gás de botijão) também teve aumento: passou de R$ 101,75 para R$ 103,86 -- alta de 2%,

Há duas semanas, a Petrobras anunciou reajuste no preço da gasolina nas refinarias e do GLP nas distribuidoras. No caso da gasolina, a alta foi de 7,11%, ou R$ 0,20 por litro, para R$ 3,01. Foi o primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a companhia, no mês passado .

Além da gasolina, a estatal também elevou o preço do GLP para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal.

O diesel ficou em R$ 5,95. Na semana anterior, o valor médio era de R$ 5,94. Assim como ocorreu com a gasolina e o etanol, o diesel também está na máxima do preço do ano, diz a ANP.

No caso do diesel, a Petrobras não alterou os preços nas refinarias. O último movimento ocorreu no dia 27 de dezembro de 2023, quando a estatal anunciou queda de R$ 3,78 para R$ 3,48 no preço do litro vendido às distribuidoras.

Apesar do reajuste da Petrobras, os preços dos combustíveis seguem defasados. Segundo a Abicom, que reúne os importadores, a gasolina vendida pela Petrobras está com preço 7% menor em relação ao mercado internacional. No caso do diesel, a defasagem é de 10%.

Tradicionalmente, a ANP divulgava a pesquisa de preços às sextas-feiras, mas, desde as chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul, o órgão regulador passou a divulgar os dados às quartas-feiras.

Fonte: O Globo
Seção: Energia, Hidrogênio, Óleo & Gás
Publicação: 25/07/2024

 

Minério de ferro enfrenta novo teste com regras para o aço chinês

Novos padrões de qualidade para o setor siderúrgico chinês se tornaram mais um fator de baixa para os preços do aço e do minério de ferro.

As novas regras que entrarão em vigor em 25 de setembro desencadearam uma corrida para liquidar estoques antigos e garantir que todos os suprimentos atendam às novas exigências.

Mas os vendedores enfrentam demanda fraca em pleno período de férias de verão no hemisfério norte, disse Xu Xiangchun, analista da Mysteel Global. A cotação do vergalhão de aço em Xangai já afundou mais de 17% no ano.

“As tradings estão em pânico”, disse ele. “Elas estão despejando estoques de vergalhão no mercado, porque temem a estagnação das vendas.”

Isso é mais um empecilho a uma recuperação sustentada do preço do minério de ferro. A matéria-prima siderúrgica já afundou mais de 10% em três semanas e acumula um tombo de quase 30% no ano.

A reunião de cúpula do Partido Comunista chinês na semana passada terminou sem grandes medidas para estimular a economia ou resolver a crise imobiliária, que diminui a demanda por aço para construção.

Enquanto isso, grandes produtoras de minério de ferro como a Vale (VALE3) aumentam a oferta global.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/07/2024

 

Produção mundial de aço fica estável no semestre

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 161,4 milhões de toneladas em junho de 2024, um ligeiro aumento de 0,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 120,6 milhões de toneladas em junho, um aumento de 0,3% sobre junho de 2023. Apenas a China produziu 91,6 milhões de toneladas, 0,2% a mais que em junho do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,3 milhões de toneladas no mês, um incremento de 6%. Japão e Coreia do Sul produziram 7 milhões e 5,1 milhões de toneladas de aço bruto em junho, respectivamente, com decréscimo de 4,2% e 7,2%. 

Os países do Bloco Europeu produziram 11,1 milhões de toneladas de aço em junho de 2024, ou 5,1% a mais que no mesmo mês de 2023, sendo que a Alemanha produziu 3,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% sobre junho de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,8 milhões de toneladas, um avanço de 2,1% sobre junho do último ano. A Turquia produziu 3,1 milhões de toneladas, 4,3% superior a junho do ano passado.

A África -- Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,6 milhão de toneladas de aço bruto em junho e caiu 9,6%, na comparação com junho do último ano. Já os países da CIS produziram 7,4 milhões de toneladas, um aumento de 1,4%, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6 milhões de toneladas, mas caiu 4,1% no mês.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 4,6 milhões de toneladas de aço bruto, 2,7% inferior na comparação com junho de 2023. O Irã produziu 2,6 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 8,5% sobre o mesmo mês de 2023.

A produção na América do Norte caiu 1,9% em junho de 2023, somando 8,9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,7 milhões de toneladas, 1,5% a menos que em junho de 2023, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,5 milhões de toneladas, aumento de 4,1% sobre junho de 2023. A produção brasileira somou 2,9 milhões de toneladas e cresceu 11,8% em junho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre de 2024, a produção global de aço bruto atingiu 954,6 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação aos seis primeiros meses de 2023.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/07/2024

Excedente global de aço chinês segue empurrando preços para baixo

As exportações de aço da China estão em alta à medida que os produtores de aço chineses descarregam produto excedente no mercado internacional num contexto de fraca procura interna, o que levou alguns países a considerarem investigações antidumping.

A China exportou 53 milhões de toneladas de aço nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, com o total do ano civil provavelmente a aproximar-se do recorde de 110 milhões de toneladas estabelecido em 2015.

O aumento de estoques foi mais significativo nas siderúrgicas do que nas distribuidoras. Eles estavam aproximadamente no mesmo nível até cerca de 2020, mas os fabricantes agora têm cerca de 4 milhões de toneladas a mais em estoque. As empresas estão recorrendo às exportações devido à fraca procura interna.

De acordo com as principais empresas siderúrgicas, os preços das bobinas de aço laminadas a quente no mercado do Sudeste Asiático despencaram de cerca de US$ 700 a US$ 900 por tonelada, incluindo frete, de 2021 a meados de 2022, para uma faixa de cerca de US$ 510 a US$ 520 devido ao aumento das exportações da China.

Os preços de liquidação de curto prazo para futuros de bobinas de aço laminadas a quente na Bolsa Mercantil de Chicago também caíram acentuadamente, de mais de US$ 1.000 no fim do ano passado para cerca de US$ 660.

As exportações das principais siderúrgicas japonesas também estão sendo afetadas pela tendência de baixa. A Nippon Steel disse em uma entrevista coletiva de resultados em maio que as quedas de preços nos mercados externos, devido principalmente ao influxo de produtos chineses, reduzirão o lucro dos negócios no ano fiscal de 2024 em 90 bilhões de ienes (US$ 573 milhões) em comparação com o ano fiscal de 2023.

“Devemos prosseguir com a nossa estratégia partindo do pressuposto de que a produção da China continuará em um nível elevado e nos forçará a um ambiente de negócios difícil”, disse o presidente da Nippon Steel, Tadashi Imai.

O volume de exportações da China é pequeno em comparação com a sua produção global de aço bruto no ano passado, de pouco mais de um bilhão de toneladas. Mas sendo o maior produtor mundial – responsável por mais de metade do 1,89 bilhão de toneladas mundiais em 2023 – se a procura interna diminuir, o seu excesso de capacidade poderá perturbar o mercado global.

A última vez que as exportações de aço da China aumentaram, os líderes discutiram a eliminação do excesso de capacidade nas cúpulas do Grupo dos Sete (G7) e do Grupo dos 20 (G20) em 2016, levando à criação do Fórum Global sobre o Excesso de Capacidade Siderúrgica (GFSEC).

A China retirou-se do GFSEC em 2019, afirmando ter completado a sua missão. A capacidade de produção do país, que caiu de 2016 a 2018, voltou a subir a partir de 2019.

A rentabilidade das siderúrgicas chinesas também está se deteriorando. De acordo com a Sumitomo Corp. Global Research, as autoridades chinesas realizaram uma pesquisa com fabricantes de aço nacionais e empresas comerciais em abril e anunciaram uma campanha nacional para reduzir a produção de aço bruto.

Mas, como demonstrado pelo aumento de 2,7% na produção de aço bruto em maio, "na realidade, os cortes na produção não estão progredindo”, disse uma fonte de um grande fabricante de aço japonês. Alguns acreditam que os governos locais, que querem evitar o agravamento do desemprego e dos rombos nas finanças, estão encorajando a manutenção da produção.

De particular preocupação para as empresas siderúrgicas nos países desenvolvidos é o aumento das chapas de aço de alta qualidade nas exportações chinesas. As exportações de barras de aço para fins de construção, que ultrapassaram os 30 milhões de toneladas em 2015, caíram para menos de 6 milhões de toneladas em 2023.

Em seu lugar, as exportações chinesas de chapas de aço laminadas a quente, que são amplamente utilizadas na indústria transformadora, aumentaram mais de 40%, para pouco mais de 20 milhões de toneladas em 2023, e atingiram quase 12 milhões de toneladas apenas nos primeiros cinco meses deste ano. .

As importações de aço do Japão aumentaram durante o ano durante 15 meses consecutivos até abril, com as importações da China aumentando 86% durante esse período. As exportações indiretas que passam por um país terceiro ou são processadas de outra forma para evitar medidas antidumping estão suscitando preocupações em muitos países.

O número de investigações antidumping em todo o mundo aumentou de cinco no ano passado - três das quais envolveram produtos chineses - para 14 lançadas este ano no início de julho, com 10 envolvendo a China.

O número de investigações ainda é baixo em comparação com os 39 casos em 2015 e 2016. Alguns observadores dizem que os países em desenvolvimento que dependem da China não querem irritar Pequim lançando tais investigações.

“A China está transferindo as suas bases de produção de veículos elétricos e outros produtos para o exterior, e as exportações de aço e peças para esses locais tendem a aumentar”, disse Toru Nishihama, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.

O presidente chinês, Xi Jinping, está promovendo uma estratégia chamada “novas forças produtivas de qualidade” para expandir o investimento na produção avançada, como veículos elétricos e inteligência artificial, e as principais empresas siderúrgicas estão aumentando rapidamente a sua capacidade de produção de chapas de aço elétricas utilizadas em motores de veículos elétricos.

Se a superprodução interna se tornar evidente, a China poderá desvalorizar o yuan para impulsionar as exportações, a fim de estimular a economia.

“É inevitável que a fricção comercial entre os Estados Unidos e a China se intensifique, especialmente dada a proximidade da eleição presidencial dos Estados Unidos", disse Nishihama.

Fonte: Nikkei Report
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/07/2024

 

7 motivos para aplicar inteligência artificial em oficinas mecânicas

Nos últimos anos, a inteligência artificial emergiu como uma poderosa aliada nas oficinas mecânicas, transformando radicalmente a forma como diagnósticos são feitos, manutenções são programadas e serviços são melhor personalizados para seus clientes. Com o avanço das tecnologias digitais e a crescente complexidade dos veículos modernos, as oficinas cada vez mais procuram soluções mais tecnológicas, como plataforma de compra de autopeças, para melhorar a eficiência operacional e oferecer um serviço mais preciso e confiável aos clientes.

De fato, o setor merece a inovação pela qual tem passado ultimamente. Além de sua importância no cotidiano dos motoristas, representa, hoje, cerca de 4% do PIB nacional e emprega mais de 1,2 milhão de pessoas direta e indiretamente,  segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Por isso, Vinícius Coimbra, Diretor de Tecnologia e Dados da Mecanizou, destaca 7 motivos para aplicar IA em oficinas mecânicas. Confira:

1 – Manutenção preditiva: IA pode analisar dados históricos e em tempo real para prever falhas em veículos, permitindo intervenções antes que problemas ocorram.

2 – Otimização de inventário: Utilizando algoritmos de IA, as oficinas podem prever a demanda por peças e materiais, reduzindo custos de estoque e minimizando tempo de espera.

3 – Diagnóstico avançado: Com técnicas de aprendizado de máquina, IA pode diagnosticar problemas complexos com maior precisão, acelerando o processo de reparo.

4 – Agendamento inteligente: Algoritmos de IA podem otimizar o agendamento de serviços, considerando a disponibilidade da equipe e dos equipamentos, minimizando tempos ociosos.

5 – Eficiência na gestão de frota: Para oficinas que lidam com frotas de veículos, a IA pode ajudar na programação de manutenções preventivas e na gestão de rotas mais eficientes.

6 – Inspeção visual automatizada: Utilizando visão computacional, IA pode realizar inspeções visuais detalhadas em veículos, detectando danos e desgastes com precisão.

7 – Redução de erros e aumento da qualidade: Automatizando tarefas repetitivas e propensas a erros, a IA ajuda a garantir um serviço mais consistente e de alta qualidade, melhorando a reputação da oficina e a satisfação dos clientes.

“A aplicação de inteligência artificial em oficinas mecânicas não só moderniza o setor, como também prepara as empresas para um futuro cada vez mais digital e com mais praticidade. Além disso, ao adotar essas tecnologias, as oficinas melhoram sua eficiência interna, além de oferecerem um serviço mais ágil e personalizado aos seus clientes, fortalecendo sua posição no mercado”, ressalta Vinícius Coimbra.

Fonte: Decision Report
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 23/07/2024