Notícias

ArcelorMittal: investimentos geram redução de emissões

Quando assinou o Termo de Compromisso Ambiental (TCA), em setembro de 2018, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, já figurava como exemplo de eficiência em gestão atmosférica entre as produtoras de aço no Brasil e no mundo.

Com histórico de investimentos contínuos para redução dos seus impactos ambientais, que vêm desde sua inauguração e incluiu a criação de uma área verde em seu entorno, a empresa frisa que sempre manteve índices de emissões atmosféricas abaixo dos limites da legislação, tendo sido pioneira no uso de diferentes tecnologias de monitoramento e controle.

No processo de construção do TCA, realizado por meio de um diálogo aberto e produtivo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o Ministério Público Federal (MPF), o governo do Espírito Santo e os representantes da sociedade, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, comprometeu-se a fazer mais para elevar o seu patamar de qualidade ambiental.

O foco foi ouvir as expectativas e estruturar um plano de investimentos centrado no propósito de atender o principal interesse de todos os envolvidos: o bem-estar e a qualidade de vida da população da Grande Vitória.

As metas estabelecidas no TCA são direcionadas a aprimorar os controles para reduzir as emissões de material particulado em fontes difusas, que não são dutos ou chaminés, usando as melhores tecnologias disponíveis no mundo.

Para atingir esse objetivo, a empresa criou o Programa Evoluir, que, além de gerir os investimentos previstos, desenvolveu ações abrangentes – que incluíram treinamentos, parcerias científicas, ações de comunicação, entre outras – para promover uma transformação tecnológica e cultural em sua gestão ambiental.

“O TCA e o Evoluir são marcos na nossa história de compromisso ambiental não só pela grandeza dos investimentos realizados e pela instalação das melhores tecnologias disponíveis no mundo, mas principalmente pela ação das pessoas envolvidas nos processos”, diz Jennifer Oliva Coronel, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal.

“Quem faz a eficiência da gestão ambiental acontecer não são os equipamentos, mas sim as pessoas. Compreendendo a dimensão do nosso compromisso com a qualidade do ar da Grande Vitória, onde todos nós moramos, elas participaram ativamente, inclusive contribuindo com dezenas de sugestões que geraram outras melhorias. Essa evolução no comportamento é que vai nos impulsionar para novos avanços”, ressalta.

“Quem faz a eficiência da gestão ambiental acontecer não são os equipamentos, mas sim as pessoasJennifer Oliva Coronel, ArcelorMittal,

Metas em dia e inovações garantem bons resultados

Com investimentos de R$ 1,9 bilhão, o Programa Evoluir, da ArcelorMittal, unidade Tubarão, completou cinco anos em setembro de 2023 com um total de 446 planos de ação implementados.

Neste mês, 95% das metas acordadas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) já estão concluídas. Dos 131 objetivos estabelecidos, 124 já foram entregues e, destes, 76 já receberam a validação do Iema.

Até o final do ano, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, vai entregar outros investimentos em andamento para cumprir as sete metas restantes.

Ano a ano, as reduções de emissões foram sendo confirmadas pelo monitoramento e pela avaliação dos dados reportados por meio do Inventário de Fontes da ArcelorMittal, que segue a metodologia determinada pelo Iema desde o final de 2018.

Os dados apontam que as emissões de material particulado em fontes difusas tiveram redução de 29% entre 2019 e 2023.

“É um resultado muito significativo quando falamos de uma empresa que já tinha indicadores de emissão abaixo da média do setor de produção de aço. E, com a consolidação de investimentos que estão em andamento, vamos reduzir ainda mais”, observa Jennifer Coronel, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal.

Rota Evoluir é exemplo de ação de transparência

“A assinatura do TCA (Termo de Compromisso Ambiental) e a criação do Programa Evoluir também contribuíram para fortalecer nossos laços com a sociedade capixaba, impulsionando novas ações de transparência e comunicação”, ressalta a gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal, Jennifer Coronel.

Entre essas ações, a gerente destaca o lançamento do Aplicativo Evoluir, uma inovação que permite acompanhar de forma on-line o andamento de todas as metas do TCA, desde 2019, e a Rota Evoluir, criada no início de 2023, que já levou mais de 120 pessoas para visitar a empresa e conhecer de perto os resultados e os investimentos realizados.

“Usando a tecnologia ou recebendo as pessoas em nossa empresa, essas ações ampliam o diálogo e nos permitem mostrar o que temos feito com clareza. Nessa comunicação aberta, compartilhamos com todos que o nosso foco é beneficiar as pessoas e o planeta, buscando as melhores tecnologias existentes e até criando novas”, conclui Jennifer Coronel.

Destaques do programa evoluir

Tecnologia de ponta: Entre as centenas de novos controles implantados na ArcelorMittal, unidade Tubarão, pelo Programa Evoluir para cumprir as metas definidas no TCA, destacam-se equipamentos de ponta desenvolvidos especialmente para reduzir ao máximo as emissões geradas em fontes difusas. Veja algumas dessas inovações.

Instalação de seis novas wind fences no entorno de pátios de materiais

As novas barreiras de vento somam um investimento total de R$ 251 milhões. Juntas, têm 8,5 km de extensão e 175.000 metros de cobertura. O investimento foi finalizado em setembro de 2023. A imagem mostra a wind fence localizada no entorno do pátio de carvão.

Correias Transportadoras e Torres de Transferência

Cerca de R$ 70 milhões foram direcionados para enclausurar torres de transferência e instalar mais de 20 mil coberturas, ao longo de 42 km de correias transportadoras, com tecnologias específicas a cada tipo de material. A imagem mostra a área de transporte de carvão para o pátio deste material.

Implantação de 23 novos Sistemas de Controle Atmosférico

A imagem acima mostra um desses equipamentos, instalado em setembro de 2021 para atender a Unidade de Beneficiamento de Coprodutos e o basculamento de gusa em emergência, que sozinho representou um investimento de R$ 56,5 milhões.

Novos carros de carregamento para a coqueria convencional

Esse investimento de R$ 42 milhões foi realizado voluntariamente pela empresa e entregue em dezembro de 2022. O TCA previa apenas a reforma desses equipamentos, e o investimento foi integrado ao Programa Evoluir.

Pavimentação e controle de emissões

De 2019 a 2023, a empresa investiu cerca de R$ 103 milhões para pavimentar 174 mil m de vias e pátios. Também foram feitas melhorias nos sistemas de limpeza, umidificação e aplicação de polímeros, além da instalação de novos lavadores de rodas nas saídas dos pátios.

Sistema de Captação da Aciaria

Com investimento de US$ 65 milhões (R$ 320 milhões), está sendo instalada uma coifa de 4.300 m acima do telhado da aciaria, (marcada em verde na imagem), com alta capacidade de captação de material particulado para posterior tratamento. A previsão de entrega é para dezembro.

Sistemas de controle de emissões nos carros da coqueria Heat Recovery

A alteração realizada nos oito carros da unidade traz para a usina a melhor tecnologia disponível hoje para controle de emissões. O investimento de R$ 66 milhões foi concluído em 2023.

Sistema de captação nas três máquinas desenfornadoras

Com tecnologia inédita no Brasil, é um investimento de US$ 12 milhões (R$ 60 milhões), que integra o Programa Evoluir e não estava previsto no TCA. Seu objetivo é aumentar a capacidade de captação das emissões fugitivas durante o desenfornamento do coque na coqueria convencional. A previsão de conclusão desse investimento é novembro deste ano.

Sistema de dessulfuração da coqueria convencional

O sistema teve um investimento de US$ 112 milhões (R$ 560 milhões) que não integrava o TCA, mas foi incorporado ao Programa Evoluir. Com previsão de entrega para dezembro de 2025, vai reduzir ainda mais as emissões de enxofre, realizando o tratamento do gás de coqueria.

Fonte: Tribuna Online
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/03/2024

 

Minério de ferro sobe para máxima de quase uma semana com dados positivos da China e crescente liquidez à vista

Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram os ganhos pela segunda sessão consecutiva na terça-feira, para seus níveis mais altos em quase uma semana, em meio ao crescente interesse em estocar na China, principal consumidor, em parte estimulado pelo último lote de dados otimistas.

O contrato de minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações diurnas com alta de 5,35%, a 827 iuanes (US$ 114,87) por tonelada, o maior valor desde 13 de março.

O minério de ferro de referência para abril (SZZFJ4) na Bolsa de Cingapura subiu 2,91%, para US$ 106,9 a tonelada, na madrugada de terça-feira (19), também o maior desde 13 de março.

“O aumento no investimento em ativos fixos deve ajudar a apoiar a demanda por aço”, disseram analistas da ANZ em nota.

O investimento em ativos fixos expandiu 4,2% no período janeiro-fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais na segunda-feira, contra as expectativas de um aumento de 3,2%.

Além disso, os sinais de estabilização dos preços futuros no dia anterior encorajaram algumas usinas a reentrar no mercado para adquirir cargas portuárias, com o aumento da liquidez no mercado à vista, por sua vez, impulsionando o sentimento, disseram os analistas.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos chineses aumentaram 66% em relação à sessão anterior, para 1,06 milhão de toneladas, mostraram dados da consultoria Mysteel.

“Esperamos que a produção de metal quente atinja o fundo do poço esta semana”, disseram analistas da Galaxy Futures em nota.

“A demanda por aço do setor de infraestrutura provavelmente terá um aumento óbvio no final de março ou no início de abril, por isso não achamos que deveríamos ser tão pessimistas em relação ao mercado de aço para construção”, acrescentaram.

Outros ingredientes siderúrgicos no DCE também registraram ganhos, com o carvão metalúrgico NYMEX:ACT1! e coque (DCJcv1) subiram 3,59% e 2,49%, respectivamente.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai foram mais elevados. Vergalhão ganhou 2,85%, bobinas laminadas a quente subiu 2,99%, o fio-máquina (SWRcv1) subiu 2,14% enquanto o aço inoxidável foi pouco alterado.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/03/2024

 

MDIC investiga prática de dumping por indústrias chinesas

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC) iniciou uma série de investigações sobre a prática de dumping por produtos industriais da China, enquanto a maior economia da América Latina enfrenta uma onda de importação de produtos baratos. A pedido de entidades industriais, o Governo Federal abriu pelo menos seis investigações nos últimos seis meses, que investigam de chapas metálicas e aço pré-pintado até produtos químicos e pneus.

As medidas do governo brasileiro surgem em um momento que o mundo se prepara para uma enxurrada de exportações da China, à medida em que a segunda maior economia do mundo luta com a capacidade ociosa em um contexto de fraca demanda interna e desaceleração do setor imobiliário.

Mercados desenvolvidos têm tomado uma série de medidas contra importações da China, com a União Europeia lançando uma investigação contra subsídios a veículos eletrônicos chineses. Os Estados Unidos levantaram recentemente preocupações quanto à segurança dos veículos do país asiático.

As exportações da China cresceram 7,1% nos primeiros dois meses deste ano, ultrapassando a alta das importações. "Quedas prolongadas nos preços de exportação da China podem causar o aumento das tensões comerciais com algumas grandes potências econômicas", afirmaram os analistas da Nomura em relatório divulgado na sexta-feira.

Para incentivar sua economia, a China está investindo em manufatura avançada, especialmente nos segmentos de energia solar, veículos elétricos e baterias. Além do Brasil, as exportações de aço da China para Vietnã, Tailândia, Malásia e Indonésia cresceram muito nos últimos meses.

As exportações e importações da China para o Brasil aumentaram mais de um terço nos dois primeiros meses do ano, de acordo com dados da China. "No último ano vimos uma das situações mais críticas na história da indústria química do Brasil", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, André Passos Cordeiro. "Nós vemos aumentos temporários nas tarifas de importação como uma ferramenta regulatória indispensável para combater essas operações predatórias e preservar o mercado interno", afirma.

Uma das investigações mais recentes começou no início de março após um pedido da CSN, grande produtora de aço. A companhia afirma que entre julho de 2022 e junho de 2023 as importações de chapas de aço carbono da China aumentaram quase 85%. Ao início da investigação, que deve durar 18 meses, o ministério disse que havia "elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações da China para o Brasil (...) e os danos decorrentes de tal prática à indústria nacional".

As siderúrgicas brasileiras solicitaram ao governo tarifas entre 9,6% e 25% nos produtos importados. As importações totais de aço e ferro da China aumentaram de US$ 1,6 bilhão em 2014 para US$ 2,7 bilhões no ano passado. O aumento das importações de aço é um ponto particularmente sensível para o governo brasileiro, já que o país é um dos maiores exportadores mundiais de minério de ferro —ingrediente primário na produção de aço.

Os produtos químicos e pneus também são um ponto de descontentamento, o que levou o ministério a lançar investigações à parte nos últimos meses. De acordo com dados oficiais, as importações do anidrido ftálico da China aumentaram mais de 2.000% entre julho de 2018 e junho de 2023, em termos de volume. No mesmo período, as importações de pneus mais que dobraram, de 23 milhões de unidades para 47 milhões, dos quais 80% veio da China.

As tensões comerciais criaram um dilema para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cultiva as relações com Pequim enquanto planeja proteger e desenvolver indústrias brasileiras. Desde que voltou à presidência para o terceiro mandato, Lula colocou a política industrial no centro de sua estratégia econômica. Mas o Governo também deve tentar evitar um confronto com Pequim, maior parceiro comercial e importante comprador de matérias-primas como soja e minério de ferro.

No ano passado, o Brasil exportou mais de US$ 104 bilhões de produtos para a China, enquanto importou US$ 53 bilhões. Dos 101 milhões de toneladas métricas de soja exportadas no último ano, 70% foram para a China, cerca de US$ 39 bilhões.

O Brasil não é o único mercado emergente a expressar preocupação com a escalada da indústria chinesa. Na Tailândia, o governo acusou as empresas da China a driblarem as regras anti-dumping, enquanto grupos industriais alertaram para grandes perdas decorrentes do aço mais barato no mercado. O Vietnã abriu investigações sobre o dumping em produtos como torres eólicas e alguns produtos siderúrgicos da China, após reclamações de indústrias locais.

As tensões comerciais sobre os subsídios da China aumentaram em agosto após o México impor tarifas de 5% a 25% sobre importações de centenas de produtos vindos de países com os quais não têm acordo de livre comércio, sendo a China um dos países mais afetados.

As tarifas foram implementadas em meio ao aumento de pressão de autoridades dos Estados Unidos, que sugeriram que o México não está fazendo o bastante para esclarecer as origem de importações de aço de outros países, no que os especialistas dizem ser uma referência à China. O governo chinês, que tem atacado consistentemente o que chama de "protecionismo" por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, não respondeu imediatamente a um pedido de posicionamento.

Fonte: Financial Times
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/03/2024

Minério de ferro em queda; cobre em alta: O que explica o vai e vem das commodities?

Se o fraco desempenho do mercado chinês tem afetado o preço do minério de ferro, para o cobre o cenário é o oposto.

Na última semana, enquanto o minério de ferro de referência negociado na Bolsa de Cingapura ficou abaixo dos US$ 99 a tonelada – o menor valor em mais de seis meses – o cobre negociado na Bolsa de Londres rompeu a barreira dos US$ 9 mil a tonelada, algo que não era visto desde março do ano passado.

A explicação para o panorama atual, segundo especialistas, está nas expectativas em torno do uso do cobre na transição energética, como a produção de baterias para veículos elétricos.

Segundo o relatório Energy Transition Investment Trends 2024, o investimento na cadeia global de fornecimento de energia limpa, incluindo produção de metais para baterias, atingiu um recorde de US$135 bilhões em 2023 e deverá aumentar para US$ 259 bilhões até 2025.

“A demanda de cobre deve crescer muito mais do que a oferta, o que tem chamado a atenção do mercado desde o final do ano passado. Além disso, é uma frente global, que não depende só da China, o que vai dar sustentação aos preços mais altos”, HUGO QUEIROZ, SÓCIO FUNDADOR DA L4 CAPITAL,

Diante das oportunidades, os players que operam essas matérias-primas passam a mirar no cobre no momento de investir, como explica Alan Martins, analista da Nova Futura Investimento. “A perspectiva de melhora na China está demorando e o mercado está olhando para um setor que ainda tem um grande potencial de desenvolvimento”, avalia.

Mercado chinês

A China é o principal consumidor mundial do minério de ferro, essencial na fabricação do aço que, por sua vez, é usado na construção civil. O problema é que as perspectivas em torno do setor não é das melhores.

Na última semana, dados sobre o setor imobiliário no país, relacionados ao mês de fevereiro, vieram piores do que o projetado.

“O esperado é que o preço dos imóveis anual caísse 0,7%, mas caiu 1,4% (um sinal de oferta elevada). Outro fator é que as casas começaram a perder valor, algumas até 6%, o que vem se prolongando por algum tempo. A percepção é que a retomada está ficando cada vez mais difícil, com um estoque alto de imóveis”, alerta Martins, da Nova Futura Investimento.

Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, pontua que para um equilibro dos preços, além do ajuste da oferta a partir da redução estoques, incentivos fiscais direcionados as grandes empresas consumidoras do minério de ferro seriam primordiais.

“O que poderia elevar as demandas globais, seja no rama naval, imobiliário e industrial que usam bastante as ligas do minério e que podem influenciar no preço”, diz.

O que esperar?

Hugo Queiroz, sócio fundador da L4 Capital, explica que as projeções do mercado para 2024, 2025 e 2025 é que a matéria-prima continue sendo negociada na casa dos US$ 100 a tonelada.

“Houve um gargalho que levou o minério a US$ 120 (no ano passado), agora o mercado entendeu que a demanda da China está um pouco mais fraca e voltou para o equilíbrio das projeções”, diz.

Ele complementa ainda que as perspectivas em termos de pagamentos de dividendos por companhias do setor devem continuar animadoras.

“O ponto de equilíbrio do minério de ferro é o preço por volta de US$ 100 a tonelada. O que estava vindo a US$ 120 é um excedente de caixa para as companhias. Nos US$ 100 dólares, as empresas ainda continuam com uma margem muito alta, acima de 30% de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Sem grandes projetos para fazer, com uma estrutura de capital leve, elas vão continuar distribuindo dividendos, mesmo com o minério neste patamar”, conclui.

Fonte: Investnews
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/03/2024

Exportações de sucata ferrosa mantêm-se em alta em fevereiro

As exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço pelas usinas siderúrgicas, continuaram em alta em fevereiro deste ano, mantendo a tendência registrada em 2023 e em janeiro último.

As vendas externas alcançaram no mês passado 77.504 toneladas, um aumento de 33% em relação a fevereiro de 2023, quando somaram 58.368 toneladas. No primeiro bimestre do ano, as exportações já totalizam 151.604 toneladas, expansão de 56% quando comparadas a janeiro e fevereiro do ano passado, com 97.259 toneladas. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.

“As dificuldades no mercado interno permanecem e a principal alternativa para as empresas de sucata metálica tem sido a exportação de volumes excedentes, como forma de manter a subsistência do ciclo da reciclagem, além do sustento de mais de 5 milhões de pessoas que vivem dessa atividade”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas que praticam a economia circular, reinserindo insumos no ciclo da transformação.

Desde o ano passado, quando as vendas externas bateram recorde, chegando a 800 mil toneladas, as empresas de sucata vêm atravessando um cenário de retração na demanda interna. Fornecedores e compradores de sucata ferrosa informaram que o mercado “estava praticamente parado na região Sudeste do Brasil na semana até 4 de março deste ano, em meio à baixa demanda e à ampla variedade de preços entre recicladores de diversos portes”.

Segundo Alvarenga, não se vislumbra recuperação da demanda interna no curto prazo. Ele destaca ainda que a situação se agrava com “a falta de sensibilidade do Governo e boa parte de representantes do Congresso Nacional, que vêm deixando de atender aos pleitos de associações de classes para o incremento da reciclagem e da economia circular”, apesar da importância do setor na preservação do meio ambiente.

A reforma tributária penalizou a reciclagem no Brasil e, caso não haja mudanças no texto, a PEC/45-2019, aprovada no Congresso, deverá onerar o setor em cerca de 27,5% de imposto. Atualmente, a reciclagem é isenta do PIS e Cofins na venda à indústria de transformação (situação ainda em análise pelo STF) e tem o diferimento do ICMS nas operações dentro do Estado.

Seminário em Brasília – Para debater o atual quadro da reciclagem no Brasil, o Inesfa realiza no dia 8 de maio próximo, em Brasília o seminário “Reciclagem Valorizada, Sustentabilidade Equilibrada”. “Vamos debater os caminhos necessários para estimular a atividade no país”, afirma Alvarenga. Vários representantes do setor, parlamentares e autoridades do governo estarão presentes. O evento acontece no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, Teatro 3, Brasília-DF.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/03/2024

Anfavea prevê expansão nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias

O setor de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil apresenta perspectivas favoráveis para expansão, segundo levantamentos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados, há um potencial de crescimento significativo, considerando que apenas 14,5% dos cerca de 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no país possuem tratores, e apenas 2,4% têm colheitadeiras. Isso indica uma demanda latente por equipamentos, especialmente se os agricultores tiverem acesso a linhas de financiamento tanto públicas quanto privadas.

Ana Helena Andrade, vice-presidente da Anfavea, ressalta que o aumento da mecanização pode contribuir substancialmente para a produtividade agrícola, podendo ser facilitado por meio do aluguel de equipamentos ou cooperação entre agricultores.

No segmento da agricultura familiar, com 3,9 milhões de propriedades no Brasil, apenas 18% delas possuem algum tipo de mecanização. A meta é elevar esse índice para 70% até 2033, representando um avanço considerável em relação aos números de 2017.

Além disso, as perspectivas para o segmento de máquinas rodoviárias também são promissoras, impulsionadas por obras de saneamento básico, como os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Água Para Todos, que demandarão investimentos expressivos e beneficiarão diretamente o setor.

Para garantir o crescimento das vendas, a Anfavea destaca oito pontos prioritários, incluindo o andamento do PAC, licitações públicas alinhadas às normas técnicas, renovação de frota, competitividade das exportações, acordos bilaterais e condições de financiamento.

A atratividade das taxas de juros para financiamentos, programas de reindustrialização e expansão da conectividade em áreas remotas também são aspectos importantes para impulsionar o setor.


Fonte: Momento MT
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 18/03/2024