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Como funciona o registro de máquinas agrícolas que entra em vigor em outubro

A chegada do mês de outubro marca a entrada em vigor de uma nova exigência para proprietários de máquinas agrícolas no Brasil. O Renagro, registro nacional, precisará ser feito por produtores que fazem uso dos equipamentos para transitar em vias públicas. Importante ressaltar que o cadastro é necessário nessa situação e para itens fabricados após 2016. Vale lembrar, também, que não é todo o tipo de equipamento que pode circular (veja as  especificidades abaixo). 

— O Renagro é para máquinas que podem transitar em via pública, nem todas podem. Opcionalmente, a pessoa pode registrar para maior segurança, em caso de roubo. É mais um instrumento de registro — pontua Pedro Estevão Bastos de Oliveira, presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq).

Entidades ligadas a produtores rurais vêm recebendo pedidos de informações sobre o o tema. O engenheiro agrônomo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) Adrik Richter lembra que os sindicatos não podem fazer o registro — o cadastro precisa ser feito pelo agricultor — mas têm ajudado a dar orientações a quem solicita. 

Há um caminho a ser seguido para a obtenção do registro, sendo que a homologação fica a cargo de agências autorizadas. O Ministério da Agricultura, em parceria com o Instituto CNA, desenvolveu a Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (ID AGRO).  O sistema de aplicativo faz a conexão entre fabricantes, autorizadas (revendedoras), proprietários, Sistema CNA/SENAR e o próprio ministério. 

— Esse registro traz diversos benefícios ao produtor, como a rastreabilidade do equipamento, principalmente na hora da comercialização. Tem vinculação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o que permite a notificação, pelo aplicativo, das forças de polícia, garantindo uma recuperação mais célere. E acreditamos que trará benefícios principalmente na comercialização desses usados no futuro — destacou Carlos Frederico Ribeiro, coordenador do Instituto CNA.

Todos reforçam, ainda, que a emissão do registro é gratuita. Depois que o produtor baixou o app e fez o seu cadastro, deve procurar uma agência autorizada da marca do equipamento munido de nota fiscal. A necessidade do registro, nas condições mencionadas, atende à Lei 13.154/2015.

Saiba mais

Todas as informações sobre o registro podem ser acessadas no site idagro.com.br
O documento é necessário para transitar com tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar máquinas agrícolas ou a executar trabalhos agrícolas em via pública. O trânsito nesses espaços está sujeito a outras exigências, de dimensões e itens necessários, conforme resolução do Contran.

Fonte: GaúchaZH
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 29/09/2022

Como a tecnologia amplia a produtividade com qualidade

A agricultura de precisão (AP) consiste em utilizar a tecnologia por meio de ferramentas de controle que monitoram processos produtivos e colaboram com análises de dados, auxiliando no entendimento das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas. Esse processo resulta diretamente no aumento da capacidade produtiva, com eficiência e sustentabilidade, preservando recursos ambientais e econômicos.

O Brasil é um dos países que mais inova em tecnologia na agricultura. De acordo com o Radar Agtech Brasil 2020/2021, iniciativa que conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e empresas privadas, o País possui atualmente 1.574 startups, que são agtechs que impulsionam recursos tecnológicos no agronegócio. Esse avanço é motivado pela necessidade de ampliar o controle produtivo e a rastreabilidade do alimento, desde o cultivo até a mesa do consumidor. E é com esse objetivo que a agricultura de precisão vem impulsionando novas iniciativas no agronegócio brasileiro.

Nesse contexto, a Agrivale, um dos maiores produtores de uvas de mesa do Brasil com sede no Vale do São Francisco, em Petrolina-PE, tem trabalhado com AP em seu cultivo. Por meio de investimentos em novas tecnologias que monitoram todo o ciclo produtivo das uvas, a empresa realiza o controle de qualidade dos processos e proporciona a rastreabilidade do produto, desde o cultivo até a disponibilização na gôndola do supermercado.

Sistema de irrigação eficiente

A eficiência da irrigação no plantio de uvas exige uma análise constante das condições climáticas, de solo, entre outras variáveis. De acordo com Nami Ando, gerente de Produção da Agrivale, o monitoramento constante possibilita a tomada de decisões de forma mais assertiva.

“Temos uma estação meteorológica que fornece dados de temperatura, umidade, vento, precipitação pluviométrica, entre outros. Com essas informações, podemos calcular a necessidade de água da planta conforme a fase em que ela se encontra. Caso esteja no início da brotação, é necessário um volume menor, já na fase de enchimento de fruto, a demanda de água aumenta. Como os solos não são iguais em todos os pontos, precisamos fazer alguns ajustes, em solos mais arenosos que têm menor retenção de água, utilizamos cobertura morta (bagaço de cana) para que haja maior retenção de água e, consequentemente, menor desperdício”, explica Nami.

Rastreabilidade no campo

A agricultura de precisão é um sistema que gere as lavouras em todos os seus aspectos para garantir a sua produtividade. Dessa forma, quanto maior o número de dados coletados, maior será a assertividade na decisão e economia do sistema produtivo. Para isso, a Agrivale tem investido em tecnologias para gestão de sua propriedade quanto à utilização dos insumos e de manejo, o que permite uma economia de tempo e dinheiro, o que também contribui com o aumento da produtividade e sustentabilidade na plantação.

A utilização da telemetria nos tratores da empresa dispõe de um controle que realiza a coleta e o compartilhamento de dados no campo, que são enviados de forma remota para o agricultor. Deste modo, tanto o agricultor, quanto o tratorista, conseguem fazer o monitoramento e o diagnóstico da lavoura e das operações realizadas.

Dando suporte ao monitoramento realizado pela telemetria dos tratores, a Agrivale também faz o uso de drones para monitorar a área de cultura, o que permite uma visualização detalhada da propriedade com localização georreferenciada e contribui para a melhoria das atividades agrícolas e seu manejo.

Qualidade na produção de uvas

Para dar suporte ao controle de qualidade e rastreabilidade das uvas produzidas, a Agrivale faz uso dos softwares da PariPassu, agritech integrante do Genesis Group. “Com os processos automatizados, por meio dos softwares, conseguimos acompanhar de forma criteriosa e ágil a qualidade das uvas que produzimos. Isso nos permite ter um maior controle da produção, reduzir perdas, além de possibilitar a tomada de decisões de forma rápida e com segurança”, afirma Luzineide Silva, Supervisora de Controle de Qualidade na Agrivale.

A rastreabilidade é fundamental no que se refere à segurança alimentar, conceito que engloba a produção do alimento, transporte e armazenamento seguindo os requisitos de controle de qualidade. A Agrivale disponibiliza, por meio de um QR Code no rótulo da embalagem das suas uvas, informações da empresa produtora, a especificação técnica da uva, data de colheita e todo o caminho percorrido desde o cultivo até a distribuição.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 29/09/2022

Construção civil projeta cenário otimista para o próximo ano

A construção civil está vivendo um bom momento e, de modo geral, a expectativa é de que os próximos meses sejam de resultados positivos para o setor. Os indicadores vêm, mensalmente, refletindo esse movimento otimista. Um deles é o que se refere aos empregos.

Recentemente, a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) revelou que, em julho, o Brasil teve um saldo positivo de 218.902 postos de trabalho, sendo a construção responsável por 32.082 destes. No Rio Grande do Sul, o saldo entre admissões e desligamentos no segmento foi de 931 postos, conforme a pesquisa.

“O Caged representa o índice de capacidade do setor. No Rio Grande do Sul, hoje, estamos com 130 mil empregos diretos e quase 800 mil somando os indiretos e empreiteiros trabalhando dentro do setor da construção civil. É um número expressivo que puxa a economia, refletindo o aquecimento vivenciado pelo mercado em 2021. Estamos acreditando muito que 2022 será um ano de estabilidade”, pontua Claudio Teitelbaum, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).

Outro indicador aponta para a mesma direção. O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV Ibre, medido a partir da sondagem com as empresas, subiu 1,4 ponto em agosto, para 98,2 pontos, registrando o maior nível desde dezembro de 2013 (98,3 pontos).

De acordo com o levantamento, a alta do ICST foi influenciada pelo momento atual e pelas perspectivas para os próximos meses.

“A confiança vem oscilando bastante nos últimos meses. Por um lado, ela está mostrando que realmente a atividade está crescendo. Está refletindo um ciclo de negócios do mercado imobiliário e de investimentos na infraestrutura. Por outro lado, ela mostra uma oscilação grande das expectativas. Em um ambiente que ainda é de muita incerteza, essas expectativas ora avançam de modo positivo, ora retroagem conforme o ambiente fica um pouco mais adverso”, observa a coordenadora de Projetos da Construção Civil do FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Um dos desafios do setor, avalia Ana, foi a alta dos custos da atividade registrada nos últimos dois anos, puxada por situações globais como a pandemia da Covid-19 e a Guerra na Ucrânia.

“Esse tem sido um grande problema, principalmente o custo com os materiais. Porém, mais recentemente, a mão de obra também passou a ser uma questão, porque, como o setor está um pouco mais aquecido, há uma necessidade de mão de obra qualificada. Além disso, no primeiro trimestre, os acordos salariais refletiram a inflação mais alta, pressionando também o custo”, explica.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que acompanha a evolução dos preços dos materiais, serviços e mão de obra mais relevantes para a construção civil, variou 0,33% em agosto, segundo o FGV-Ibre. O percentual foi inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 1,16%. Com isso, acumula alta de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice havia subido 0,56% no mês e acumulava alta de 17,05% em 12 meses.

A taxa do INCC relativa ao grupo Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,60% em julho para 0,14% em agosto. O índice referente à Mão de Obra variou 0,54% em agosto, após subir 1,76%, em julho.

De acordo com a especialista, a perspectiva é de desaceleração do INCC, que tende a fechar 2022 num patamar inferior ao ano passado.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 29/09/2022

MG: Indústrias da fundição instaladas no Estado registram crescimento de 16% no primeiro semestre

A produção da indústria da fundição em Minas Gerais cresceu 16% no primeiro semestre, quando comparada à do mesmo período no ano passado. Até maio, foram produzidas 290 mil toneladas de fundidos no Estado, enquanto o País respondeu por 940 mil toneladas – a produção mineira, segunda do Brasil, corresponde historicamente a 25% da nacional.

Até o fim de 2022, a expectativa do setor é continuar crescendo nos mesmos níveis, podendo chegar a um incremento de 18% na produção total de fundidos. “Devemos atingir os índices pré-pandemia este mês”, acredita o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga. Em 2019, a produção mineira de fundidos foi de cerca de 700 mil toneladas.

A indústria vive um bom momento, não só por atender à demanda reprimida – a indústria automobilística, principal cliente, chegou a parar linhas de produção nos piores momentos da pandemia. Mas também graças aos investimentos em produtividade realizados pelo setor. Os gargalos que enfrentava até pouco tempo estão sob controle, entre eles o preço do principal insumo de produção, o ferro-gusa.

“O gusa chegou a um patamar sustentável e nós acreditamos que ele irá se manter até o fim do ano. Nós chegamos a pagar até R$6,20 o quilo, preço que hoje está entre R$3,70 e R$4,00. Uma redução realmente muito expressiva, que nos permite manter os níveis projetados de crescimento”, revela Gonzaga.

Segundo o dirigente, as empresas mineiras de fundição estão com sua capacidade tomada e esperam crescer ainda mais em 2023. O que significa grandes volumes de investimento. “Precisamos buscar equipamentos que substituam a mão de obra, que está em falta. E procuramos também melhorar em termos de qualidade e sustentabilidade, ou seja, há uma evolução extremamente benéfica para o setor e para os compradores”, avalia.

Qualificação profissional

Em relação à mão de obra, ele diz que o grande problema é que estão faltando pessoas para qualificar. “Nós disputamos, principalmente no chão de fábrica, com a construção civil, que também está em alta e demandando profissionais”, aponta Gonzaga. “O que temos procurado fazer é melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e, com isso, atrair pessoas para trabalhar conosco e, consequentemente, aumentar a produção”, acrescenta.

Para isso, dois cursos estão em andamento no Senai de Itaúna, preparando técnicos no setor de Fundição. Outro, já programado, tem 45 inscrições de futuros profissionais, que irão atender à região Centro-Oeste, maior polo do Estado em número de empresas. A região de Divinópolis, Itaúna e Cláudio, entre outras cidades, concentra 176 das 275 plantas mineiras de fundição. Mas a maior parte da produção sai dos fornos das empresas de fundição na região Central, em Betim, Contagem, Igarapé e Belo Horizonte.

O principal cliente continua sendo a indústria automobilística, que consome 46% da produção de fundidos do Estado. O restante vai para a agroindústria, mineração, setor ferroviário e de utensílios domésticos.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Metalurgia
Publicação: 29/09/2022

 

Trabalhadores rejeitam proposta da Gerdau e entram em estado de greve

Os metalúrgicos da Gerdau, na zona sul de São José dos Campos, entraram em estado de greve nesta terça-feira (27). Os trabalhadores rejeitaram a proposta do grupo patronal de trefilação e laminação, que quer empurrar apenas a inflação para os salários.

Os trabalhadores da fábrica reivindicam aumento real e a volta do vale-refeição. Com o aviso de greve aprovado, a empresa tem 48 horas para apresentar uma proposta superior à do grupo patronal.

No dia 21, a categoria já havia rejeitado em assembleia geral o índice proposto pelos empresários do setor, de 8,83%. A Gerdau e Armco são as principais fábricas de trefilação e laminação da região.

No segundo trimestre de 2022, o grupo Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões – o melhor para o período em toda a sua história. Portanto, não há motivo para aplicar apenas a inflação aos salários.

“A rejeição à proposta foi por unanimidade e isso mostra que os trabalhadores estão mesmo dispostos a ir pra cima da empresa e lutar por aumento real. Os metalúrgicos estão de parabéns”, afirma o diretor do Sindicato Marco Antônio Ribeiro, o Marcão.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

 

Workshop discute utilização de agregado siderúrgico em obras de infraestrutura

Com o apoio da ABM e do Instituto Aço Brasil, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) realizará o workshop  ‘O agregado siderúrgico na infraestrutura de transportes’. 

O evento, gratuito, será realizado no auditório do DNIT em Brasília, no dia 28 de setembro, a partir das 9h20, e terá transmissão ao vivo no canal oficial do DNIT no Youtube. O objetivo é divulgar aplicabilidades e a importância do uso dos agregados siderúrgicos nos projetos e obras públicas de ferrovias e rodovias no país.

Para acessar a programação completa e obter mais informações, clique aqui.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022