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Siderúrgicas dizem que construção levou dado errado a Guedes para pressionar por corte de imposto

A tensão entre a indústria da construção civil e as siderúrgicas voltou a subir diante dos planos do governo de cortar tarifas de importação para tentar contornar a pressão inflacionária.

Fabricantes de aço acusam empresas da construção de levar informações erradas ao ministro Paulo Guedes para convencer o governo de que o aço brasileiro está muito caro e, portanto, seria adequado elevar a concorrência do importado.

"Fizemos um apelo ao ministro para que não fôssemos penalizados por essas sandices que têm sido apresentadas por esse grupo da construção. O ministro ficou surpreso com as informações e orientou a equipe dele a rever os números e fazer uma rediscussão", diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, que reúne empresas como Gerdau e Usiminas.

A ideia, segundo Lopes, seria retirar o vergalhão de aço da lista dos itens que devem ter o imposto de importação reduzido.

Ele diz que o produto brasileiro está entre os mais baratos do mundo, atrás apenas das matérias-primas de Rússia e China. A entidade apresentou ao governo números do setor, que planeja investimento de R$ 12 bilhões neste ano.

"O ministro disse que tem sido pressionado pela construção civil, por um grupo que representa os construtores da Casa Verde e Amarela, que alega que está passando por grandes dificuldades porque o aço aumentou mais de 100%, o que é uma inverdade. Eu não sei de onde vem essa dificuldade porque só anunciam resultados fantásticos", diz Lopes.

Conforme o Painel S.A. antecipou, a indústria da construção vinha se movimentando para buscar mais aço no mercado internacional, como fez no ano passado, com o objetivo de driblar os preços.

Fonte: Folha de São Paulo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 11/05/2022

 

Importação de minério de ferro pela China recua em abril

ma queda nas importações chinesas de minério de ferro se estendeu até abril, com os fornecedores lidando com interrupções enquanto um surto de Covid suprimiu a demanda.

O maior consumidor de minério de ferro do mundo recebeu 86,06 milhões de toneladas do material em abril, 12,7% a menos que um ano antes, o que indica atividade fraca na indústria siderúrgica do país.

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As importações do minério, material para a fabricação do aço, foram 1,4% menores do que em março, quando o volume já havia caído 14,5% em relação ao ano anterior – pelos mesmos fatores. A Administração Geral das Alfândegas divulgou os dados na segunda-feira.

A produção de mineradoras, incluindo BHP, Rio Tinto e Fortescue Metals Group na Austrália, foi interrompida por problemas na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra induzida pela pandemia, enquanto a brasileira Vale também teve problemas climáticos.

Na China, a pandemia também está restringindo o transporte de matérias-primas e produtos siderúrgicos, suprimindo sua demanda.

“A recuperação dos embarques das principais mineradoras foi leve em abril e dois dos países fornecedores menores –Ucrânia e Rússia– suspenderam as exportações devido ao conflito”, disse Cheng Peng, analista da SinoSteel Futures.

Entre janeiro e abril, a China importou 354,4 milhões de toneladas de minério de ferro, uma queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a administração aduaneira.

“Espera-se que a oferta da Vale melhore após o primeiro trimestre… mas a restrição de oferta na Austrália pode continuar até o segundo trimestre”, disse Cheng.

Fonte: Forbes
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/05/2022

Guerra afeta exportação marítima de minério da Ucrânia

O mercado mundial de minério de ferro, com forte dependência da demanda das usinas de aço da China, teve impacto menor, até o momento, no suprimento oriundo da Ucrânia. O país, no entanto, sofre restrições logísticas. A avaliação é da consultoria ucraniana GMK Center, especializada em informações de mineração e siderurgia.

A Ucrânia, quarto maior exportador global de minério ferro (finos e pelotas), está sob ataque da Rússia desde 25 de fevereiro. O país é também grande exportador de ferro-gusa, aço semi-acabado e laminado a quente e aços longos.

Segundo a GMK, com base em informações disponíveis até o fim de abril, minas de ferro locais não haviam sido atingidas durante os ataques russos, embora o volume de produção e exportação tenha se retraído devido ao fechamento de portos.

Conforme a consultoria, a produção diminuiu 50% e as exportações, 30%. Usualmente, 60% das exportações ucranianas de ferro são despachadas por navios, enquanto 40% são enviados por via férrea para a Europa. Esta última opção ainda se encontrava em operação. As mineradoras podem, inclusive, elevar os embarques ferroviários, mas o gargalo está na ponta dos países receptores. Avalia-se que isso pode ser resolvido em 2023.

A queda nas exportações de minério de ferro é estimada em 1 milhão de toneladas mensais, sendo 500 mil toneladas de pelotas de ferro e 500 mil toneladas material tipo finos. O problema tem sido exportar para China, responsável por 43% dos despachos do produto ucraniano no ano passado. Países da União Europeia são destino de 46%.

Em 2021, a Ucrânia produziu 79 milhões de toneladas de minério de ferro (finos e pelotas) e exportou 44 milhões, das quais 78% oriundos de Kryvyi Rih - conhecida como “a capital do minério de ferro”. Está localizada a cerca de 80 km da zona de conflito. Portanto, o risco de alteração da situação é bastante considerável, observa a consultoria.

A mineração de ferro no país tem quatro grandes empresas produtoras - Metinvest (37%), Southern GOK (17%), ArcelorMittal (Kryvyi Rih, com 15%) e Ferrexpo (14%). Outros respondem por 17%.

Na avaliação da GMK, dado o dano mínimo ao minério de ferro e ativos portuários, as exportações de finos e pelotas podem se normalizar dentro de três a seis meses em caso de paz, enquanto os portos podem retomar as operações em um a dois meses, no caso de suspensão da guerra.

A consultoria estima que as exportações de minério podem cair de 400 mil a 1 milhão de tonelada ao mês no caso de um conflito congelado e normalizar dentro três a seis meses no caso de paz.

Austrália e Brasil são os dois grandes exportadores de minério de ferro para a China, que adquire no exterior 1,1 bilhão de toneladas ao ano. A seguir vêm África, Ucrânia e Rússia.

Germano Mendes de Paula, professor-doutor da Universidade Federal de Uberlândia, e especialista em indústria siderúrgica, diz que uma forma de acompanhar a situação da mineração de ferro da Ucrânia é seguir a evolução das ações da Ferrexpo, que é a terceira maior exportadora de pelotas de ferro do mundo.

Como é listada na Bolsa de Londres, a empresa tem que divulgar relatórios financeiros com regularidade, bem como fatos relevantes. Conforme informações obtidas pelo especialista, em 2021 as receitas da Ferrexpo foram de US$ 2,5 bilhões, representando expansão de 48% frente a 2020. O empresário ucraniano Kostyantin Zhevago é o acionista majoritário da companhia.

A Ferrexpo respondeu por 14% da produção ucraniana de minério de ferro em 2021. De janeiro ao fim de março, produziu 2,7 milhões de toneladas de pelotas, registrando uma queda de 11% em relação ao trimestre anterior.

Na divulgação dos resultados, a empresa informou que a principal razão da queda são as restrições operacionais e logísticas após a invasão da Ucrânia pela Rússia. As vias logísticas para a Europa (ferroviária e barcaças) continuam abertas, enquanto a atividade no porto de Pivdennyi, no Mar Negro, continua suspensa.

Por causa do conflito, a empresa decidiu suspender a expansão do projeto que ampliaria a capacidade de produção de pelotas em 3 milhões de toneladas. Com o investimento, passaria de 12 milhões para 15 milhões de toneladas anuais dentro de três anos.

Segundo o executivo-chefe da empresa, Jim North, as operações e comunidades locais estão fora das principais zonas de conflito na Ucrânia, permitindo continuar as atividades, incluindo a entrega de pelotas para clientes na Europa via ferrovia e barcaça, que historicamente representaram cerca de 50% das vendas.

“O porto de Pivdennyi, no entanto, onde está localizado o cais do grupo, permanece fechado e estamos analisando métodos alternativos de entrega de nossos produtos aos mercados marítimos”, disse o executivo.

Devido aos riscos da guerra, o grupo ArcelorMittal decidiu adiar a construção de uma usina de pelotização de ferro no país, apta a fazer 5 milhões de toneladas por ano. Estava planejada para ser concluída no quarto trimestre de 2023. Com a usina, moderna, o objetivo era baixar a pegada ambiental - menos emissões de CO2. Iria substituir duas plantas de sinterização (aglomeração de minério fino) existentes. Os investimentos no projeto são estimados em US$ 300 milhões.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/05/2022




Gerdau e ArcelorMittal registram lucro no 1º trimestre

A Gerdau divulgou semana passada lucro líquido de primeiro trimestre 17% menor em relação aos três meses anteriores, a R$ 2,94 bilhões, com resultados mais fracos no Brasil compensando melhoria na América do Norte.

O resultado ficou ligeiramente abaixo dos R$ 3,09 bilhões esperados, em média, por analistas, segundo dados da Refinitiv.

A margem Ebitda doméstica da Gerdau caiu 7,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior para 24,3%. A empresa mencionou no balanço que as vendas ficaram quase estáveis ??em um nível alto, mas o cenário geral apresentou desafios à medida que as taxas de juros aumentam.

“As perspectivas para 2022 são de crescimento de receita e queda de volume na distribuição e no varejo. Projetamos estabilidade para o volume de vendas de aço”, afirmou a Gerdau no balanço.

A queda nas margens brasileiras acabou minimizando bons resultados na América do Norte, que haviam sido destaque do resultado do quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda na América do Norte cresceu 5,6 pontos percentuais, para 27,4%, disse.

As vendas totais de aço da Gerdau no primeiro trimestre totalizaram 3,06 milhões de toneladas, queda de 1% em relação ao ano anterior e de 3% em relação aos três meses anteriores. A produção aumentou 4%, sequencialmente, para 3,4 milhões de toneladas.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 3% em relação ao trimestre anterior, para R$ 5,83 bilhões.

ArcelorMittal

A ArcelorMittal reportou lucro acima do esperado para o primeiro trimestre, mas previu uma ligeira contração na demanda global de aço este ano, com um declínio acentuado nos países da ex-União Soviética.

A mudança na demanda global de aço em 2022 ficará entre 0% e -1%, disse a empresa. Para a região da Rússia e Ucrânia, a demanda será 10% menor.

A empresa com sede em Luxemburgo também aumentou seu programa de recompra para 2022 para US$ 2 bilhões, de US$ 1 bilhão concluído anteriormente.

A segunda maior siderúrgica do mundo disse que o Ebitda foi de US$ 5,08 bilhões, contra a previsão média de US$ 4,57 bilhões em uma pesquisa compilada pela empresa.

“As condições do mercado estão fortes, embora agora estejamos prevendo que o consumo aparente de aço contraia ligeiramente este ano em comparação com 2021”, disse o presidente-executivo, Aditya Mittal, em comunicado.

O grupo disse que mesmo que seus resultados tenham sido ofuscados pela guerra na Ucrânia e pelas crescentes pressões inflacionárias, beneficiou-se dos preços médios de venda de aço e do minério de ferro mais altos. “No entanto, está claro que a perspectiva fundamental de longo prazo para o aço é positiva”, disse ele.

Aço valorizado deve alavancar 2º tri da CSN

A CSN espera um segundo trimestre com resultados maiores do que os obtidos no início do ano, com preços de aços planos no Brasil elevados apesar do forte descompasso em relação aos valores praticados no exterior, afirmaram executivos da companhia.

O diretor comercial da CSN, Luiz Fernando Martinez, disse que os preços de aços planos no Brasil estão atualmente 24% mais altos que os praticados no exterior. Mas diante da volatilidade do câmbio e dificuldades logísticas, ele não espera que as importações no segundo trimestre aumentem a ponto da CSN ser forçada a conceder descontos.

“Não vejo importação maior no segundo trimestre. Tem um problema logístico enorme, com clientes, inclusive, tendo que esperar 120 dias para receber”, disse Martinez em conferência com analistas sobre o balanço do primeiro trimestre.

“Essa incerteza toda permite mantermos este prêmio. Não vemos pressão para descontos”, acrescentou, referindo-se a bobinas a quente.

Mas o foco da CSN está sobre produtos revestidos, com mais de 50% da produção dedicada ao segmento. Por isso, a companhia vai manter uma estratégia “mais agressiva” de preços no Brasil nesta área para enfrentar a concorrência de material importado, disse Martinez.

Em aços longos a situação é diferente, com preços no Brasil abaixo do exterior, disse o executivo. Por conta disso, a empresa elevou seus preços de vergalhão e fio-máquina em 12% em 1º de maio “e a ideia é recuperar esse prêmio ao longo do segundo trimestre”, disse o diretor comercial da CSN.

A previsão da companhia é que o mercado brasileiro de aço este ano cresça entre 2,5% e 4% e que as vendas da CSN subam 10% a 15%, afirmou Martinez.

E após as fortes chuvas, que derrubaram as vendas de minério de ferro da companhia, uma de suas principais áreas de negócios, a CSN espera “forte reação no segundo trimestre”, com volumes de vendas maiores, preços elevados e custo mais diluído, disse o diretor financeiro, Marcelo Ribeiro, na conferência.

Questionado sobre eventual interesse da CSN em aquisições em siderurgia e minério de ferro no Brasil, Ribeiro afirmou que a companhia está seguindo seu plano de dobrar de tamanho em três anos e que isso não necessariamente passa por compra de ativos.

“Em mineração temos um plano de investimento de R$ 12 bilhões para dobramos nossas operações na área e é essa a prioridade. No caso de siderurgia, temos uma série de projetos dentro de casa que vão tirar gargalos e aumentar a produção em mais ou menos 1,5 milhão de toneladas”, disse Ribeiro. Ele acrescentou que a empresa está trabalhando também em projetos novos de menor escala nos Estados Unidos em aços longos.

“Conseguiremos, dessa forma, dobrar a companhia sem falar de fusões e aquisições. Nosso foco está sobre este plano”, disse.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/05/2022

 

Indústria da construção quer voltar a importar aço para driblar preço

 Setor trouxe matéria-prima da Turquia no ano passado Empresas da construção civil se movimentam para voltar a importar o aço, como fizeram ao longo da pandemia, para driblar a alta nos preços do insumo no mercado nacional.

No ano passado, um grupo de quase 140 incorporadoras trouxe duas cargas da matéria-prima da Turquia para o Brasil. Foram cerca de 40 mil toneladas adquiridas por meio da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) em conjunto com uma cooperativa de construção de Santa Catarina.

Segundo José Carlos Martins, presidente da entidade, o movimento pressionou as siderúrgicas brasileiras a baixarem o preço do produto no fim do ano passado, mas, agora, voltaram a subir.

"O aço é muito importante na composição de custo. Não adianta ir lá brigar por um item que é pequeno. O aço é 37% de uma casa, 73% em uma ponte", diz Martins.

A oscilação da matéria-prima aparece em uma pesquisa encomendada pela CBIC para mensurar a alta dos custos da construção em diferentes tipos de obras no estado de São Paulo.

Em uma Unidade Básica de Saúde padrão, com cerca de 280 metros quadrados, o aço respondeu por cerca de 29% do aumento no preço total do projeto entre julho de 2020 e o mesmo mês de 2021, segundo o levantamento.

Já na construção de um prédio de quatro andares de apartamentos, sem elevador e com 808 metros quadrados, a matéria-prima representou 34% do aumento na mesma base de comparação.

O levantamento usou como referência os custos de insumos do Sinapi (Sistemas Nacionais de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) e do Sicro (Sistema de Custos Referenciais de Obras).

Em abril, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou a maior alta para o mês desde junho de 2021, de 0,95%, segundo a entidade.

A elevação do preço foi puxada pelo cimento, que também voltou a preocupar o setor neste ano, seguido por elevador, massa de concreto, argamassa e vergalhões e arames de aço. O custo com a mão de obra também subiu.

Fonte: Folha de São Paulo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 09/05/2022

 

Com perspectivas ruins, ArcelorMittal espera queda no consumo de aço

A ArcelorMittal está esperando uma queda no consumo de aço neste ano, com a guerra na Ucrânia e as restrições impostas pela covid-19 na China, desacelerando a recuperação da pandemia. A segunda maior companhia siderúrgica do mundo prevê que a demanda pelo metal cairá até 1% este ano.

A previsão se compara a uma expectativa anterior de um ligeiro crescimento de até 1%, antes da guerra na Ucrânia. “Nosso desempenho no primeiro trimestre foi ofuscado pela guerra na Ucrânia”, disse o presidente-executivo Aditya Mittal em um comunicado sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre, que superaram as expectativas.

“Apesar desse cenário, agravado ainda mais pelo aumento das pressões inflacionárias no mundo todo, a ArcelorMittal obteve um forte desempenho no primeiro trimestre”, acrescentou Mittal, embora tenha alertado que o grupo agora “está antecipando que o consumo perceptível de aço terá uma ligeira contração neste ano em comparação a 2021”.

A companhia espera uma grande queda da demanda na Ucrânia e Rússia, enquanto o aumento das pressões inflacionárias na Europa também deverá prejudicar a demanda na região. A demanda chinesa cairá para o patamar mais baixo das previsões anteriores da companhia, dado o que ela disse ser “uma fraqueza temporária causada pelas restrições à covid-19”.

A ArcelorMittal é uma das maiores produtoras de aço da Ucrânia, com uma grande unidade em Kryvyi Rih, no sul. O país é um grande exportador de aço para a Europa e o conflito afetou muito a produção e o fornecimento.

A ArcelorMittal e a Metinvest, maior produtora da Ucrânia, que controla a siderúrgica sitiada de Mariupol, sob ataque constante dos russos, suspendeu temporariamente suas operações logo depois da incursão russa.

A ArcelorMittal disse nesta quinta-feira que reiniciou a operação de um de seus três altos-fornos de Kryviy Rih. Ela disse que a produção de minério de ferro está ocorrendo a cerca de 50% a 60% da capacidade.

Ela espera numa redução de mais de 10% na demanda na região da Comunidade dos Estados Independentes (CIS, na sigla em inglês), que inclui Ucrânia, Rússia e outros ex-países da União Soviética como Armênia, Azerbaijão, Belarus, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão. Isso ficaria abaixo da precisão anterior de um crescimento de zero a 2%.

A previsão mais pessimista foi corroborada pela Eurofer, a associação comercial europeia, que alertou que o aumento dos preços da energia, as interrupções nas cadeias globais de suprimentos e a guerra na Ucrânia “deverão afetar muito as perspectivas para 2022”.

A evolução do mercado de aço para 2022 e 2023 continua sujeita a um alto grau de incerteza, que deverá continuar minando a demanda de setores dependentes do aço, disse Axel Eggert, diretor-geral da Eurofer.

Apesar das incertezas, a ArcelorMittal teve um forte começo de ano. Ela disse que os lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foram de US$ 5,08 bilhões, contra a média das previsões de US$ 4,57 bilhões.

Ela também anunciou um segundo programa de recompra de ações de US$ 1 bilhão para 2022. Os embarques de aço no período caíram 2,7% para 15 milhões de toneladas, comparado ao quarto trimestre do ano passado, em grande parte graças ao impacto da guerra na Ucrânia, segundo a companhia. As ações do grupo subiram 3% para 27,82 euros no fim da manhã desta quinta-feira em Amsterdã.

Fonte: Financial Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/05/2022