Notícias

Produção mundial de aço registra queda de 9,9%

A produção de aço bruto no mundo teve uma queda de 9,9% em novembro de 2021 em comparação ao mesmo período de 2020, segundo dados da World Steel Association. Foram produzidos 143, milhões de toneladas de aço.

Mais uma vez o número negativo foi puxado pelo mal desempenho da indústria do aço na Ásia, pois o continente registrou queda de – 15,5% na produção do material com 98,3 milhões de toneladas. No entanto, a maioria das regiões do planeta registrou alta na produção de aço, com um destaque para América do Norte, que teve um crescimento de 9,3 % no período com 9,7  milhões de toneladas. 

Entre os países que são os maiores produtores de aço do mundo, a China, líder no ranking, registrou uma queda de -22% com 69,3 milhões de toneladas de aço produzidos. Já a maior economia do planeta e quarto maior produtor de aço, os EUA, teve o melhor desempenho entre os integrantes do top 10 no penúltimo mês de 2021, pois registrou crescimento de 13,8% e produziu 7,2 milhões de toneladas. E o Brasil, nono maior produtor de aço do mundo, teve um aumento na produção de aço de 2,5% com 3,1 milhões de toneladas.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/01/2022

 

Mineradora brasileira assina acordo com siderúrgica chinesa

Segundo um comunicado, o memorando de entendimento prevê que a Vale forneça minério de ferro de maior qualidade a uma siderurgia que a Guangxi Liuzhou pretende estabelecer no sudeste asiático.

O grupo chinês pretende ainda aplicar tecnologia desenvolvida pela Tecnored Desenvolvimento Tecnológico SA, uma subsidiária da Vale, para utilizar os resíduos do fabrico de aço na geração de energia.

As duas empresas vão ainda estudar a possibilidade de construir unidades de processamento de minério de ferro em portos chineses ou em instalações da Guangxi Liuzhou.

A Vale, uma das maiores produtoras e exportadoras de ferro do mundo, diz que a iniciativa vai ajudar a empresa a atingir o compromisso de reduzir em 15 por cento as emissões de carbono até 2035 e a alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

A mineradora brasileira assinou em novembro um acordo semelhante com a siderúrgica China Baowu Steel Group Corp Ltd.

Esse memorando prevê ainda que a Vale avalie com o grupo estatal chinês a utilização, na produção de aço, de fornos alimentados a biocarbono -- carvão neutro em carbono, produzido a partir de biomassa --, em vez de combustíveis fósseis.

As duas empresas decidiram também ainda discutir um possível investimento da Vale, de até 70 milhões de yuan (9,6 milhões de euros), num projeto piloto de produção de biocarbono da Baowu.

Em outubro, o grupo brasileiro assinou um outro acordo de redução das emissões de carbono no fabrico de aço com a siderúrgica chinesa Jiangsu Shagang Group Co Ltd.

Em junho, a Vale criou uma parceria com duas empresas chinesas para a construção e operação de uma fábrica de processamento de níquel no centro da Indonésia.

Segundo um comunicado, o projeto reúne a subsidiária local do grupo brasileiro, PT Vale Indonesia Tbk, a Taiyuan Iron and Steel, subsidiária da Baowu, e a fabricante chinesa de níquel Shandong Xinhai Technology.

Fonte: Notícias ao Minuto
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/01/2022

 

Trabalhadores da Usiminas e empreiteiras votam hoje proposta de retorno do turno de 12 horas

Em menos de dez dias do retorno ao turno de 8 horas, os trabalhadores da Usiminas poderão agora votar pela volta do turno de 12 horas, como um novo acordo emergencial em razão da pandemia de covid-19. A votação dessa vez será feita pelo site do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) - www.sindipa.org.br/, nesta sexta-feira (13), das 7h às 23h59.

O turno de 12 horas é apontado como o que tem menos potencial de aglomeração de trabalhadores e volta a ser adotado em razão do crescimento de casos da covid-19, gerada pela circulação de novas variantes do corovinavírus Sars-CoV-2, conforme já noticiado pelo jornal Diário do Aço.

A volta do turno de 12 horas foi acordada pela empresa junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência realizada na quarta-feira (12), que contou também com representantes do sindicato.

O primeiro acordo de trabalho na escala de turno emergencial funcionou até o dia 31 de dezembro passado, quando venceu e foi necessária uma consulta aos funcionários de uma nova tabela. E conforme assembleia realizada no dia 29 de dezembro de 2021, os trabalhadores da Usiminas e das empreiteiras decidiram por maioria pela tabela 1, no turno de revezamento de 8 horas. Nessa tabela a jornada é de seis dias seguidos trabalhados, sendo dois dias em cada horário seguido de dois dias de folga.

Agora, na assembleia, o empregado que optar pela volta do turno de 12 horas deve cadastrar seu nome e matrícula no site do Sindipa. Votam todos os trabalhadores efetivos na Usiminas e nas empreiteiras. Ao entrar no site, devem responder a seguinte pergunta: “Você concorda com a volta do acordo emergencial do turno de 12 horas com a mesma tabela de folgas e por um período de 60 dias?”

Conforme dados do Sindipa, a proposta apresentada pela Usiminas e suas empreiteiras é o Acordo Emergencial do turno de 12 horas por mais 60 dias, mantendo a tabela de folgas como antes, ou seja, quatro dias trabalhados, seguido de duas folgas, quatro dias trabalhados seguidos de 6 dias de folga. Após esse período, se houver mudança na situação da pandemia, será retomado o turno de 8 horas por mais 45 dias.

Fonte: Diário do Aço
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/01/2022

 

Mineradoras entregam dados sobre barragens

As mineradoras Vale, ArcelorMittal e CSN entregaram ontem ao governo de Minas Gerais relatórios sobre as condições de segurança de 31 barragens de rejeitos de minério do Estado, apurou o Valor. O governo confirmou que recebeu os dados de todas as barragens.

Na segunda-feira, Vale, Usiminas e CSN suspenderam as operações de produção de minério de ferro no Estado, transporte ferroviário e embarques nos portos temporariamente, em decorrência das fortes chuvas. A Vallourec está com as atividades suspensas pela Justiça desde o fim de semana após um dique de contenção de água de chuvas transbordar e inundar a rodovia BR-040, em Nova Lima.

Na terça-feira, o governo estadual e o Ministério Público deram prazo de 24 horas para as mineradoras informarem a situação das barragens em nível de emergência. De acordo com a Fundação Estadual de Meio Ambiente, existem 22 barragens em nível 1 de emergência (21 da Vale e uma da CSN), seis em nível 2 (cinco da Vale e uma da ArcelorMittal) e três em nível de emergência 3 (todas da Vale).

As empresas deveriam apresentar ao governo dados sobre nível médio de chuvas que incidiram nas barragens, a existência ou não de plano para o período chuvoso, avaliação da performance do sistema de drenagem, anomalias registradas nas estruturas e ações adotadas para manutenção e monitoramento das barragens.

A Vale informou que entregou os documentos e acompanha o cenário de fortes chuvas em Minas Gerais com foco na segurança de suas barragens. “O monitoramento segue sendo realizado 24 horas por dia, sete dias por semana, em tempo real”, informou a Vale.

Segundo a Vale, as barragens em nível de emergência 3 - B3/B4 (Nova Lima), Forquilha III (Ouro Preto) e Sul Superior (Barão de Cocais) - não apresentam alteração estrutural. “Mesmo diante das fortes chuvas dos últimos dias e do acúmulo de água na região das contenções elas seguem funcionando normalmente e aptas a cumprirem sua função de reter os rejeitos em caso de necessidade.”

A Vale informou ainda que as comunidades que residem nas zonas de autossalvamento das barragens em nível de emergência 2 e 3 em Barão de Cocais, Macacos (distrito de Nova Lima), Ouro Preto e Itabirito foram evacuadas desde 2019 e as estruturas estão inativas.

A CSN informou que presta todos os esclarecimentos às autoridades sobre as barragens. “A empresa já está trabalhando para corrigir os pequenos escorregamentos em terreno natural e nosso corpo técnico está em completo alinhamento com os órgãos competentes. A companhia segue monitorando os equipamentos com leitura em tempo real, 24 horas por dia, e reafirma que não foi detectada nenhuma anomalia na estrutura de Casa de Pedra”.

A CSN Mineração e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) suspenderam as atividades na mina Casa de Pedra, em Congonhas, após a suspeita de vazamento em um dos diques da mina.

A ArcelorMittal informou que entregou as informações sobre a barragem na Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu. “Adicionalmente, a empresa esclarece que a barragem permanece sem alterações em seu nível de emergência, permanecendo em nível dois”, informou. A mineradora acrescentou que faz o monitoramento da barragem 24 horas por dia, sete dias por semana. A companhia possui um plano de ação específico para o período chuvoso, e já implementado.

Em 24 horas, subiu de 145 para 341 o número de municípios em situação de emergência, em função dos temporais. De acordo com a Defesa Civil, nas últimas 24 horas, foram registradas cinco mortes. O total de desabrigados chega a 3.992 pessoas. Outras 24.610 estão desalojadas. Ontem, o governador Romeu Zema (Novo) solicitou ao governo federal R$ 935,6 milhões em recursos para enfrentar os danos causados pelas chuvas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/01/2022

 

Queda do preço do aço spot: Morgan Stanley vê margens de CSN, Usiminas e Gerdau em baixa no quarto trimestre

As siderúrgicas brasileiras, Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4), devem ver, segundo o Morgan Stanley, suas margens contraírem nos balanços do quarto trimestre de 2021 na comparação com o terceiro trimestre. Os resultados devem começar a sair no começo de fevereiro.

Apesar de o banco americano ver a lucratividade dessas companhias ainda acima dos níveis históricos no fim do ano passado, os resultados provavelmente serão impactados pela queda do preço do spot.

“Esperamos que as margens das siderúrgicas caiam no quarto trimestre, em alguns casos abaixo do consenso atual, uma vez que as realizações de preços diminuíram enquanto as pressões de custo se aceleravam”, comentam os analistas Carlos de Alba, Jens Spiess e Ricardo Monegaglia Neto.

Apesar disso, o Morgan Stanley ainda vê, por conta dos novos preços de contrato firmado entre siderúrgicas brasileiras e montadoras, os lucros de forma resiliente. “De acordo com nossas verificações, as produtoras de aços planos impulsionaram aumentos de 50% a 70% em seus preços anuais de contrato com as montadoras brasileiro em janeiro de 2022”, pontuam.

Para o banco, todas as siderúrgicas estão bem precificadas

Todas as três siderúrgicas cobertas pelo banco da bolsa brasileira – Usiminas, CSN e Gerdau – estão com recomendação equal-weight (exposição em linha com a média do mercado).

Para a Usiminas, entretanto, houve alteração do preço-alvo, que subiu de R$ 17 para R$ 18, ou potencial de valorização de 10,4% em relação ao fechamento de terça-feira (11). O  Morgan Stanley espera que os preços realizados consolidados do aço aumentem 4,4% no ano para a companhia, uma vez que os preços mais altos para o setor automotivo mais do que compensaram os preços mais baixos para os segmentos de distribuição e industrial.

Para a CSN, que teve preço-alvo mantido em R$ 29, ou upside de 16,7% em relação ao fechamento de ontem, o Morgan Stanley vê o braço de mineração compensando a performance pior dos braços de aço e cimento.

Para a Gerdau, com preço-alvo de R$ 34 (ou potencial de alta de 20,6% frente o fechamento da véspera), o resultado deve ser levemente beneficiado pelos preços mais altos conseguidos na América do Norte, com a depreciação do real.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/01/2022

Entrevista com Gustavo Gusmão: Investimento privado em infraestrutura deve ganhar força em 2022

O Brasil possui gargalos históricos em infraestrutura e essa situação ainda deve permanecer por algum tempo, já que o país investe menos da metade do que seria necessário para o setor. Segundo estudos realizados na área, o país investe menos de 2% do PIB anual em infraestrutura, enquanto os especialistas afirmam que o ideal seria mais de 4%.

As consequências são sentidas pela população. Em áreas como saneamento, por exemplo, cerca de 11 mil pessoas morrem por ano, em média, por falta do serviço básico, segundo dados do Atlas do Saneamento, elaborado pelo IBGE.

Porém, o ano de 2022 deve ser promissor em áreas como saneamento básico, ferrovias e aeroportos. Além dos marcos regulatórios e leilões realizados pelo setor público em todas as esferas (federal, estaduais e municipais), as concessões e parcerias públicos-privadas (PPPs) devem alavancar os investimentos.

“A perspectiva é que o ano de 2022 seja um marco histórico de investimentos privados”, afirma Gustavo Gusmão, diretor-executivo para Setor Público e Infraestrutura da EY.

Em entrevista, Gusmão traça as perspectivas para a área de infraestrutura neste ano. Confira:

 

Qual a perspectiva para o setor de infraestrutura este ano?

Com o amadurecimento das concessões e parcerias público-privadas nos últimos anos, o cenário para 2022 é promissor e os investimentos privados em infraestrutura devem seguir uma trajetória de crescimento. Este ano, deveremos ver uma combinação de expansão da carteira de novos projetos bem como iremos testemunhar investimentos e serviços chegando na ponta, que é o usuário. Também é esperado o surgimento de novos entrantes nesse mercado e a diversificação de novos modelos de financiamento. Os projetos em nível municipal devem ganhar tração no próximo ano e há uma tendência de que as entregas de projetos estaduais e federais se concentrem mais no primeiro semestre, em função do calendário eleitoral.

 

Quais áreas da infraestrutura devem apresentar melhor desempenho este ano? O novo marco do saneamento e a Medida Provisória das ferrovias devem contribuir para aumentar o investimento?

Certamente. Além de investimentos em energia, esses dois setores, ferrovia e saneamento, foram apontados como os mais propensos para receberem investimentos nos próximos anos, segundo o Barômetro da Infraestrutura Brasileira, pesquisa semestral realizada pela EY e a ABDIB. Os marcos legais, com certeza, podem ser apontados como um dos principais direcionadores dessa tendência. Em especial, o saneamento deverá receber um montante de investimentos num ritmo nunca antes observado no histórico do país, que deverá ficar evidente em 2022.

 

O Brasil investe menos de 2% do PIB em infraestrutura. Os especialistas afirmam que o ideal seria mais de 4%. Quais as consequências dessa defasagem de investimentos para o desenvolvimento do Brasil?

As consequências são diversas. Desde a indisponibilidade de serviços essenciais, passando pela má qualidade na prestação de serviços de interesse público, até os altos custos que comprometem a competitividade do país. O país acaba perdendo o bonde do desenvolvimento econômico global e, consequentemente, também reduz sua capacidade para investir em políticas sociais.

 

Quais as expectativas em relação aos investimentos privados no setor? Que áreas devem receber mais atenção?

Os investimentos privados têm tido um forte protagonismo em relação ao setor de infraestrutura. Os recentes marcos regulatórios, notadamente nos setores de saneamento e ferrovias, abriram um caminho importante para alavancar projetos privados em setores onde havia, até então, uma percepção de alto risco jurídico-regulatório. Nesse contexto, a perspectiva é que este ano seja um marco histórico de investimentos privados. Devem receber montantes expressivos os setores de saneamento, rodovias, portos e aeroportos. Em volume de projetos, o setor de iluminação pública também deve se destacar.

 

O fato de ser um ano eleitoral pode comprometer os investimentos públicos e privados em infraestrutura?

É possível que alguns investimentos públicos possam sofrer algum tipo de postergação em função do período eleitoral. Mas, no que se refere aos privados, o histórico tem nos mostrado que não há um efeito paralisador em ano eleitoral. Em alguns casos há, inclusive, um esforço maior dos gestores públicos para acelerarem projetos que resultem em novos aportes. No entanto, após o período eleitoral, os primeiros meses das novas gestões podem representar risco de interrupção ou atraso de alguns projetos contratados na administração anterior. Quanto mais colaborativa for a transição entre governos, menor será o risco de descontinuidade em infraestrutura.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 13/01/2022