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Minério de ferro supera US$120/t com impulso adicional de preocupações com a oferta

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram os ganhos nesta quarta-feira, com o contrato de referência de Cingapura saltando acima de 120 dólares a tonelada para atingir uma nova máxima de seis meses, já que preocupações com a oferta adicionaram suporte aos preços já impulsionados pelas perspectivas de demanda na China.

Analistas disseram que os últimos dados mostrando menores volumes de embarque de minério de ferro, especialmente do Brasil, e queda nas chegadas de cargas na China, maior produtora mundial de aço, também estão elevando os preços do ingrediente siderúrgico.

O contrato de minério de ferro mais ativo na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,6%, a 847,50 iuanes (125,14 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em fevereiro subiu 1,1%, para 121,30 dólares a tonelada.

"Os embarques da Vale (BVMF:VALE3) (mineradora brasileira) caíram significativamente devido ao impacto da estação chuvosa", disseram analistas da Sinosteel Futures em nota.

A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, disse no mês passado que espera que a produção de 2023 atinja entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas, estável em comparação com a previsão de produção do ano passado.

Os embarques globais de minério de ferro no primeiro trimestre devem cair também por causa dos programas de manutenção de minas e interrupções relacionadas ao clima, disseram analistas.

 

Enquanto isso, a Miner Ferrexpo disse que sua produção anual de pelotas de minério de ferro recuou devido a custos mais altos, restrições logísticas e interrupções causadas pela invasão russa à Ucrânia.

O minério de ferro de Dalian subiu mais de 40% em relação à mínima de novembro, enquanto os preços em Cingapura subiram mais de 3% este mês, impulsionados pela flexibilização dos controles pandêmicos da China e pelo apoio político à economia local.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

Fonte: investing.com
Data: 11/01/2023

Agronegócio deve ter maior crescimento em 5 anos e ser único motor do PIB em 2023

Ibre/FGV calcula que setor avançará 8% no próximo ano, depois de encolher 2% neste; Santander projeta expansão 7,5% e queda de 0,3%, respectivamente. 

A agronegócio deve voltar a crescer em 2023, após recuar em 2022, e ser o motor da economia brasileira no ano que vem — talvez o único. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor avançará 8% no próximo ano, depois de encolher 2% neste.

Já o Santander espera uma queda de 0,3% no PIB do agro neste ano e uma expansão de 7,5% no próximo. Se os números projetados se confirmarem, será o maior crescimento do setor desde 2017 (quando a alta foi de 14,2%).

Parte do resultado positivo esperado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, dizem economistas, e as projeções otimistas ocorrem porque a safra deve ser recorde. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, uma alta anual de 11,8%.

Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma expressiva em 2023, quando o PIB do Brasil deve ficar praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1% e nós estamos com 0,2% — isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, afirma Marina Garrido, economista do instituto.

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A alavanca da economia deverá ser principalmente a soja e o milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi comprometida pela seca e que, em 2022, o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter safras boas das duas commodities. “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola”.

Couto diz que o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 tenha impacto no agronegócio brasileiro (por ora). “Não estamos vendo o produtor tirando o pé do acelerador. Ainda que ele resolva estocar grãos, a produção estará lá. O impacto do desaquecimento da economia global tende a ser no médio prazo”.

Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), diz que os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta neste ano e a tendência é que a colheita de 2023 seja boa — com isso, o valor bruto da produção deve crescer ao menos 5%, para mais de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, Carvalho destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

Fonte: Estadão 
Data: 11/01/2023

Minério de ferro sobe após onda de Covid na China superar pico de infecções

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram nesta terça-feira depois que a China disse ter visto o pico de infecções por Covid-19 em muitas regiões, aumentando o otimismo quanto ao drástico afrouxamento das restrições pandêmicas na maior produtora de aço do mundo.

Os temores de uma intervenção regulatória para controlar os preços, no entanto, limitaram os ganhos do ingrediente siderúrgico.

O contrato de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,2%, a 839,50 iuanes (123,83 dólares) a tonelada, perto da máxima da sessão de 844 iuanes.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de fevereiro de referência do ingrediente siderúrgico subiu 2,5% para 119,95 dólares a tonelada. Mais cedo, atingiu 120,55 dólares, o maior nível desde o início de junho.

Uma compilação do Health Times de relatórios de funcionários de governos locais e especialistas em saúde em toda a China sugeriu que a onda do Covid-19 pode ter passado do pico em muitas regiões.

 

Mas, embora o clima geral tenha sido positivo, os traders permaneceram cautelosos depois que o planejador estatal da China prometeu intensificar os esforços para regular os preços do minério de ferro e reprimir a especulação "maliciosa" do mercado.

Outros insumos siderúrgicos de Dalian registraram variações moderadas, com carvão de coque caindo 0,2%, e o coque avançando 0,5%.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

Fonte: Investing.com
Publicação: 10/01/2023

Aço começa o ano 10% mais caro com reajustes

O mercado de aço no país iniciou o ano com reajustes de preços para os chamados produtos siderúrgicos planos, usados, por exemplo, em carrocerias de automóveis. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como faz tradicionalmente, saiu na frente das concorrentes ao anunciar antes do fim de 2022 que iria aplicar aumento linear de 10% em todos os tipos de aço que fabrica e comercializa.LEIA MAIS:

Duas outras siderúrgicas, concorrentes da CSN, segundo uma fonte do setor, também definiram na quarta-feira aplicar aumento aos seus produtos. A ArcelorMittal Tubarão informou seus clientes de vários setores — compradores de produtos laminados a quete e a frio e bobinas zincadas — que aplicaria em torno de 10%.

Já a Usiminas, principal fornecedora de aço plano para o setor automotivo do país, além de produzir chapas grossas usadas em tubos e maquinas pesadas, informou que o reajuste entra em vigor no dia 16 de janeiro. Os preços serão majorados em 9% a 12%, a depender do tipo de produto.

A siderúrgica mineira também definiu alta de preço para o aço vendido diretamente para as montadoras, para aquelas com data de reajuste em janeiro. Outro grupo de companhias automotivas negocia em abril.

Com as montadoras, segundo outra fonte, ficou acertado mudança no calendário. Devido às oscilações de custos de matérias-primas do aço (como minério de ferro) e variação do preço no mercado global, as negociações deixam de ser anuais e passam a ser semestrais.

Os produtos siderúrgicos planos, formados por vários tipos de chapas e bobinas, tem aplicações nos setores automotivo (carros e autopeças), construção civil, linha branca, máquinas e equipamentos e tubos de pequeno e grande diâmetro.

A Gerdau, que faz laminados a quente e chapas grossas ainda não havia definido novos preços.

São três os principais argumentos para elevar preços — aumento do aço no mercado internacional, em alta desde meados de novembro; subida do minério de minério de ferro; e a queda no prêmio entre produto nacional e o importado.

A previsão é que o prêmio, que ficou bem acima de 10%, mantida a cotação do dólar na faixa de R$ 5,20 a R$ 5,30 vai levar essa diferença para 3% a 5%, segundo disse uma fonte do mercado.

O preço da bobina laminada a quente, BQ, que é referência no mercado mundial, saiu de US$ 560 a tonelada em 30 de novembro na China para US$ 640 no fim de dezembro — alta de US$ 80 em um mês. Segundo outra fonte, a BQ chegou a bater em US$ 535 a tonelada, num processo de queda de preço verificado ao longo do segundo semestre com as medidas rigorosas de combate à covid adotadas pelo governo da China.

No mercado brasileiro a tonelada da BQ era comercializada na faixa de R$ 4,4 mil há uma semana (equivalente a US$ 846). Segundo a consultoria especializada S&P Global Commodity Insights, na última semana de 2022 o preço variava de R$ 4,3 mil a R$ 4,6 mil a tonelada. A avaliação é que há espaço para aplicação de aumentos pelas usinas.

Segundo a CSN, seus reajustes vão atingir o setor da distribuição (que vende no varejo e responde por um terço do comércio no país), construção e industrial.

As fabricantes de bens eletrodomésticos — chamados no mercado de linha branca — têm fechado negociações de reajuste com as usinas a cada trimestre.

As siderúrgicas no país estão em busca de recuperação de margens de ganho que alegam ter perdido no segundo semestre. Elas admitiram que tiveram de conceder descontos superiores a 40% nos preços do aço vendido internamente nesse período. O último reajuste de preço foi tentado em abril.

Chapa grossa, material fabricado por Usiminas e Gerdau, tem sido uma exceção: os preços não sofreram baixa devido à alta procura pelo material. A demanda no país está superior à capacidade de produção das duas usinas.

Segundo uma fonte, as duas empresas estão com a produção toda vendida até fim de fevereiro. Novos pedidos somente para março em diante. A demanda por chapa grossa é puxada principalmente nos setores de máquinas e equipamentos, tubos de grande diâmetro e na área de energia eólica (montagem de torres).

Depois de fechar 2022 com retração de 12% no consumo aparente, a expectativa é de leve alta neste ano — 2% a 3%. A rede de distribuição de aços planos registrou expansão de 3% a 3,5% e estima aumento entre 2,5% e 3% em 2023.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/01/2023

Gerdau deverá reajustar o preço do aço em 12,5% na 1ª quinzena de janeiro

Após a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciar na última semana que elevará os preços do aço no Brasil em 10% a partir do dia 1º de janeiro, outras companhias devem seguir o mesmo movimento de reajuste. A informação foi repassada ontem pelo presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, durante coletiva de apresentação de resultados do setor. 

Segundo o executivo, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, deve ser uma das siderúrgicas a elevar o preço do produto. “Tivemos a informação de um associado que a Gerdau deve aumentar o preço na primeira quinzena de janeiro em torno de 12,5%”, disse. “Mas não é oficial. A usina em si ainda não nos informou nada”, ressalta. Procurada pela reportagem, a companhia nega a informação.

Conforme Loureiro, os reajustes, na realidade, “não seriam um aumento de preço, mas mais uma redução de descontos concedidos ao longo do segundo semestre deste ano”. De acordo com ele, desde janeiro os preços de aços planos vendidos pelas usinas no País recuaram mais de 40%, sendo assim, há um movimento de diminuição dos descontos do começo do ano. 

No mercado internacional, os preços da liga também apresentaram elevação nas últimas semanas, principalmente, em virtude de um reaquecimento do mercado chinês, maior consumidor de aço do mundo. Segundo o presidente do Inda, essa perspectiva de melhora no país asiático pode estimular um aumento nos valores para 2023. 

Ainda em relação ao ano que vem, Loureiro afirma que a expectativa é que o setor cresça entre 2,5% a 3%, na medida em que a economia brasileira aumente cerca de 1%, como previsto. O percentual é inferior ao crescimento esperado para este ano, que, segundo ele, deve ser de 3% a 3,5% em vendas, e um pouco superior em compras.

Resultados do setor

O presidente do Inda detalhou na apresentação os dados de novembro do mercado brasileiro de distribuição de aços planos. Os distribuidores encerraram o mês com a venda de 290,6 mil toneladas, um recuo de 6,3% ao apurado em outubro (310 mil toneladas). Já o volume de aços comprados pelo setor somou 284 mil toneladas, 10,3% inferior ao do mês imediatamente anterior (316,5 mil toneladas). 

Entre janeiro e novembro de 2022, as vendas cresceram 4,4% ao totalizarem 3.473,9 milhões de toneladas. Neste mesmo intervalo de 2021, o volume foi de 3.328,8 milhões de toneladas. Quanto às compras de aço realizadas pelos distribuidores, houve uma leve alta de 0,3%. No total, foram 3.491,0 milhões de toneladas adquiridas no acumulado deste ano, contra 3.480,2 no exercício passado. 

No mês passado, os estoques atingiram o montante de 831,3 mil toneladas e reduziram 0,8% frente ao mês anterior (837,9 mil toneladas). O giro dos estoques fechou em 2,9 meses. O total de aços importados pelos distribuidores somaram 156,7 mil toneladas e registrou quedas de 12% em relação a outubro (177,9 mil toneladas) e 35,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (241,5 mil toneladas). Os embarques totalizaram 655,2 mil toneladas.

Para dezembro, mês tradicionalmente fraco para o setor, a projeção é ainda mais pessimista. Um dos motivos citados é o impacto da realização da Copa do Mundo e a sazonalidade ambiental. “O mês está muito ruim, por conta da Copa do Mundo e da sazonalidade, bem como a pouca estabilidade no mercado. Então estamos projetando uma queda de 20%”, salienta Loureiro.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022

 

Inda: Venda de aços planos via distribuidores cresce 3% em novembro e prevê fechar ano com alta de 4,5%

O mercado de aços planos, via o canal de distribuição, responsável por cerca de um terço das vendas totais no país, encerra o ano com desaceleração na demanda. O volume comercializado em novembro, de 290,6 mil toneladas, ficou 6,3% abaixo de outubro, mas ainda cresceu 3% na comparação com novembro de 2021.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no acumulado do ano as vendas registraram aumento de 4,4%, somando 3,74 milhões de toneladas.

A expectativa do setor é fechar 2022 com um crescimento de 4% a 4,5% sobre o desempenho do ano passado, segundo Carlos Loureiro, presidente do Inda.

Os números terão o impacto do comércio em dezembro, que costuma ser muito fraco. A previsão de vendas para o mês é de 232 mil tonelada, com uma queda de 20% ante novembro.

Com esse cenário de fim de festa, as empresas da rede ajustam seus estoques na reta final de 2022. A previsão é comprar das usinas de aços planos 227 mil toneladas, recuo também de 20% na mesma base de comparação.

A redução nos pedidos começaram em novembro, quando demandaram 10,3% menos volumes do que em outubro, com 284 mil toneladas. No total de 11 meses, fechou praticamente igual, com apenas 0,3% de alta, em 3,49 milhões de toneladas.

A rede prevê fechar dezembro com 826 mil toneladas em estoque em seus armazéns, o equivalente a 3,6 meses. O normal, e saudável, são 2,5 meses. Em novembro, esse índice ficou em 2,9 meses.

Conforme o Inda, as importações de aços planos pelo país se mantêm em plena desaceleração — em novembro tiveram queda de 35,1%, na base de comparação anual, enquanto no acumulado dos 11 meses do ano, caiu 19%, para 151 milhão de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022