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Indústria teve desempenho negativo em outubro, aponta pesquisa da CNI

O desempenho da indústria foi negativo na passagem de setembro para outubro, de acordo com os dados da Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Diante disso, todas as expectativas do setor industrial no mês de novembro recuaram fortemente. É a primeira vez em mais de dois anos, que há expectativa de queda no emprego industrial e nas exportações para os próximos seis meses. A CNI consultou 1.757 empresas, sendo 703 pequenas, 615 médias e 439 grandes, entre 1º e 10 de novembro.

- Sondagem Industrial - Outubro 2022.pdf (1,9 MB)

Há ainda menos otimismo em relação à compra de matérias-primas e ao nível de demanda. A produção industrial registrou a segunda queda consecutiva no mês de outubro de 2022. O índice de evolução da produção manteve-se abaixo dos 50 pontos, ao cair de 49 para 48,5 pontos. Valores acima da linha divisória de 50 pontos indicam aumento da produção industrial e abaixo da linha de corte, queda. É a primeira queda na produção industrial para um mês de outubro desde 2016.

O emprego do setor industrial também recuou e interrompeu um ciclo de cinco meses seguidos de crescimento. O índice de evolução do emprego passou de 51,4 para 49,6 pontos, número abaixo dos 50 pontos. É a primeira queda do emprego industrial para um mês de outubro desde 2019.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registou a segunda queda consecutiva e encerrou outubro em 71%. Nos últimos dois meses, a UCI acumula queda de dois pontos percentuais

Estoques acima do previsto

O índice de evolução do nível de estoques aumentou para 51,5 pontos em outubro. Acima da linha divisória de 50 pontos, o índice aponta aumento dos estoques em relação a setembro. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado se afastou da linha divisória dos 50 pontos, subindo de 50,9 para 52,4 pontos entre setembro e outubro. O resultado coloca os estoques do setor industrial no maior nível acima do planejado desde julho de 2019.

“Essa evolução dos estoques, de acúmulo bem acima do planejado pelos empresários, acende um sinal de atenção. A demanda ficou inferior à produção, mesmo com a queda da atividade, sugerindo frustração dos empresários com a demanda, o que já contaminou as expectativas”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Intenção de investimento é o menor desde agosto de 2020

O índice de intenção de investimento recuou 3,9 pontos, para 53,5 pontos. É o menor índice de intenção de investimento do setor industrial desde agosto de 2020.

 
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 21/11/2022

Alacero Summit 2022 reuniu grandes nomes da siderurgia para debater sustentabilidade

O congresso Alacero Summit 2022 reuniu entre os dias 16 e 17 de novembro em Monterrey, no México, os maiores nomes da siderurgia da América Latina para discutir ideias transformadoras para o setor. O primeiro dia começou com a fala de Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. 

“Somos um setor que realmente aposta e contribui para o desenvolvimento, gerando mais de 1.300.000 empregos diretos e indiretos altamente qualificados. O compromisso com nossas comunidades também é demonstrado no investimento e inovação em tecnologia, em produtos e processos mais eficientes, bem como na saúde e segurança das pessoas e no cuidado com o meio ambiente. Esses são os valores que nos definem e norteiam o evento”, disse o executivo.

Durante o primeiro painel , no dia 16, a  jornalista espanhola Cayetana Alvares de Toledo falou sobre a situação política e econômica da América Latina. 

“Precisamos olhar para as ameaças e desafios do momento em que chegamos de forma realista, então precisamos falar sobre desafios e iniciativas positivas. Na educação, os jovens, por exemplo, precisam fugir do relativismo e aprender a pensar e não o que pensar, precisam desenvolver juntos o pensamento crítico para destacar o que temos em comum e unir a história aos valores da modernidade política e industrialização”, disse ela.

Para falar da indústria como motor do desenvolvimento inclusivo, o painel foi composto por Carlos Elizondo Mayer-Serra, professor da Escola de Governo e Transformação Pública do Tecnológico de Monterrey, na Cidade do México; Andrés Malamud, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Ricardo Sennes, sócio-diretor da Prospectiva, especialista em cenários políticos e econômicos, formulação e implementação de políticas públicas. 

“Existem riscos e oportunidades e isso é fundamental para entender a região latino-americana, pois temos uma grande combinação de geração de negócios com desafios institucionais e políticos. Por exemplo, a geração de empregos no setor aumentou, mas a remuneração desses novos cargos é muito baixa”, destacou Sennes.

Sobre as megatendências da construção civil, os convidados foram Lucas Salvatore, CEO da Idero e Ricardo Mateus, Diretor Geral do Brasil ao Cubo. 

“Observamos uma mudança geracional com maior interesse pelo meio ambiente e sustentabilidade. Por isso, nossa solução veio para integrar a indústria com arquitetura para edifícios com triplo impacto: inclusão social, impacto ambiental e desenvolvimento econômico”, comentou Salvatore. Ricardo, por sua vez, destacou a atuação da Brasil ao Cubo no setor de escala e eficiência na construção civil para alcançar a internacionalização da empresa no México.

A mobilidade sustentável foi o tema da conversa entre José Francisco Garza Rodríguez, CEO da General Motors, e Polo Cedillo, CEO do Grupo Proeza.

“Queremos alcançar um futuro com zero emissões, para isso temos um portfólio com veículos mais eficientes, uma base de fornecedores de eletricidade e um compromisso com o desenvolvimento do mercado. Para isso, mudamos nossa fabricação e elaboração”, conta José. Polo concluiu dizendo: "Sabemos que as temperaturas estão subindo muito e isso é muito prejudicial ao planeta, com isso em mente, precisamos nos tornar Net Zero, como vamos contribuir para isso?"

O painel de CEOs começou com a fala de Jefferson de Paula, CEO da ArcelorMittal: “A siderurgia é uma das mais poluentes do mundo, temos um grande desafio, mas temos muitas oportunidades com todas as mudanças sustentáveis. Dentro da Arcelor, vemos a redução de carbono como um grande desafio e, por isso, nosso lema é produzir aço inteligente para as pessoas e para o planeta. 

David Gutiérrez, da Deacero, destacou pontos de inovação e integração vertical de processos e produtos. “São 3 iniciativas que fazem a diferença em nossas operações: digitalização e informação inteligente; sistema logístico para transporte da cadeia de suprimentos; geração, produção e elaboração de produtos”.

“Durante os últimos 12 meses, quanto tempo investimos nas pessoas? Atrair talentos, ir às escolas para entrevistar e conhecer novas pessoas, passar tempo com os jovens? Para que a questão seja resolvida, cada um de nós precisa dedicar pelo menos 70% do nosso tempo à questão das pessoas. Isso requer uma nova perspectiva sobre como agimos como líderes. Precisamos aprender a delegar e ter estruturas cada vez mais horizontais em nossas empresas”, continua Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

 “A cadeia de valor deve mudar como um todo e a oportunidade é excelente para nós, pois o aço está presente em todas elas, como infraestrutura, energia e tudo mais que está sendo reavaliado”, enfatizou Máximo Vedoya, diretor geral da Ternium.

Sustentabilidade

No dia 17, as questões de sustentabilidade, transição da matriz energética estiveram presentes. Vijay V. Vaitheeswaran, correspondente do The Economist, foi o palestrante de destaque. Em seguida, foram apresentados cases sobre mudanças climáticas por Javier Vaquerizo da Enel Green Power e Eduardo Sattamini, CEO da Engie Energia Brasil. Na segunda parte do painel, tecnologias disruptivas foram abordadas por Alexander Fleischander da Primetals Technologies e César Pulido da Baker Hughes.
Para falar sobre políticas verdes e configurações regionais de comércio, os convidados foram Rodrigo Pupo, da MPA Trade Law, e Antoine Vagneur-Jones, da Bloomberg NEF. A palestra de Javier Gómez Santander, jornalista e coprodutor da série da Netflix, La Casa de Papel, encerrou o evento. 
 
Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/11/2022

Minério de ferro deve ficar estável em 2023

As expectativas para o mercado de minério de ferro são de estabilidade entre agora e o fim do primeiro trimestre de 2023. Não vai terminar o ano tão mal, apesar de o preço de referência da commodity ter batido em US$ 79,90 a tonelada em 1º de novembro, na avaliação do especialista no setor, José Carlos Martins. Atualmente, o executivo é presidente da Cedro Mineração, produtora de ferro de pequeno porte de Minas Gerais.

Para o especialista e executivo, que chefiou a divisão de metais ferrosos da Vale por dez anos, até 2014, o cenário da commodity vai se manter parecido com agora até final do primeiro trimestre.

O preço, prevê, ficará na faixa de US$ 90 a US$ 100 a tonelada, com oscilações pontuais a depender de fatos nos principais mercados consumidores, caso da China. Na sexta-feira (18), o produto, referência nas transações do mercado transoceânico - sinter-feed com 62% de ferro - foi negociado no norte da China a US$ 99,10 (ver infográfico).

“Após o fim de março, eu vejo uma recuperação, mas nada parecido com a corrida ao ouro dos últimos anos”, afirma o executivo. Para ele, não há uma crise tão crítica no mercado de minério de ferro como se preconiza. “Muita gente ainda está com a cabeça no patamar de US$ 160 a tonelada. Isso não tinha como durar para sempre”, comenta.

Segundo Martins, não há excesso de oferta nem retração exagerada de demanda no mundo. A China continua com consumo forte neste semestre. “O que houve foi uma desaceleração de demanda no Ocidente, principalmente na Europa, levando a um desvio de embarques de minério para o mercado chinês, o maior do mundo. Como lá se faz a formação do preço, vimos essas fortes baixas”.

O executivo informa que a previsão é de o consumo global de minério cair em torno de 2% (50 milhões de toneladas) neste ano, para 2,35 bilhões de toneladas, enquanto a produção de aço deve registrar recuo de 2,3%, segundo projeções da World Steel Association, que reúne as companhias siderúrgicas do mundo.

“A queda do preço foi concentrada no segundo semestre”, diz, lembrando que o minério com 62% de ferro fechou o primeiro semestre com média de preço de US$ 141 a tonelada. No fim de junho já estava em US$ 120 a tonelada. “Vimos que o preço começou a ceder desde maio, pois o grande problema foi a queda de demanda nos países do Ocidente, consequência da guerra na Ucrânia e da recessão em alguns países”, observou o executivo.

Martins elenca alguns fatores que se destacaram no mercado este ano, atingindo o preço. Na China, o programa covid zero, que teve, a seu ver, mais influência psicológica do que efetiva na demanda, e a retração do mercado de properties (construções imobiliárias) do país. Esse segmento, que representa 25% da demanda de aço na China, teve um retração de 30%.

Mesmo com isso, afirma que a siderurgia chinesa deve fechar o ano com produção de aço bruto na casa de 1,03 bilhão de toneladas, semelhante à do ano passado. O segundo semestre vem se mostrando forte na produção de aço, com demanda por minério parecida à de 2021.

Um terceiro fator foi a guerra da Ucrânia com recessão econômica e pressão inflacionária na Europa, EUA, Japão e Coreia do Sul, entre outros. Se a guerra da Ucrânia terminar, terá de ser feita uma grande reconstrução do país, com muita obra de infraestrutura, o que demandará aço e minério, afirma. “Olho muito, para 2023, esses três fatores”.

No geral, afirma o especialista, o próximo ano tende a ser parecido com 2022. Com viés de alta. “O governo chinês já começa a flexibilizar a questão da covid e a estimular mais o setor imobiliário”. Diz que o primeiro semestre tende a ser mais fraco e o segundo mais forte, principalmente se a guerra na Ucrânia terminar.

A estimativa de preço médio do minério de ferro para 2023 é de US$ 110 a US$ 115 a tonelada. Em 2022, informa, ainda beneficiado pelo primeiros cinco meses de alta, deverá ficar entre US$ 118 e US$ 120 a tonelada, bem inferior aos US$ 161 por tonelada registrados no ano passado.

“O minério de ferro é um mercado com uma situação de equilíbrio instável”, afirma o executivo. Sofre algumas oscilações, principalmente no período janeiro a abril, devido a muita chuva no Brasil e tufões na região dos portos australianos.

“São oscilações que acabam se ajustando no decorrer do ano, com acertos entre oferta de minério - que está 70% concentrada no Hesmisfério Sul - e o consumo pela siderurgia, cuja produção de aço está 95% situada no Hemisfério Norte”, destaca.

Martins avalia que vai ser o cenário de preços será balanceado em 2023, porém dependente de decisões mais efetivas na China - covid e investimentos no setor imobiliário - e num possível final da guerra na Ucrânia.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/11/2022

 

Perspectivas de crescimento no setor de aço são moderadas

A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) divulgou dados que mostram que as perspectivas de crescimento do setor na América Latina para o final de 2022 e início de 2023 são moderadas, dado o contexto de inflação global e política monetária contrastiva, com bancos na América Latina apertando suas políticas monetárias.

“A previsão é impulsionada pela menor demanda externa, enfraquecida por altas taxas de juros e queda do poder de compra. O mundo vive um processo inflacionário sem precedentes, amplamente distribuído entre os países”, analisa Alejandro Wagner, diretor executivo da associação que gera dados para o setor na região e atua como porta-voz da indústria.

Ainda segundo dados da Alacero, a desaceleração se espalhará pela América Latina, somando os desafios externos da conjuntura global, como a crise energética na Europa e a guerra na Ucrânia, aos desafios locais, como a inflação. A previsão de crescimento para 2023 é baixa, até acima do esperado na China e nos Estados Unidos, principais parceiros comerciais da região.

Desempenho do setor

Dos setores demandantes de aço na América Latina, a construção civil teve queda de 1,8% de junho a agosto de 2022, enquanto a indústria automotiva teve alta de 29,3% de julho a setembro do mesmo ano, a de máquinas mecânicas cresceu 0,8% de junho a agosto de 2022 e o uso doméstico caiu 13,7% no mesmo período. Em relação aos insumos demandados na produção siderúrgica, o petróleo caiu 0,9%, o gás aumentou 1% e a energia 0,4%, todos dados de junho a agosto de 2022.

Em relação ao desempenho do setor entre janeiro e agosto de 2022, as exportações de aço no acumulado registraram alta de 47,3%, totalizando 7.740,7 mil toneladas. Assim, as exportações aumentaram 10,7% em agosto em relação ao mês anterior. As importações, por sua vez, sofreram redução de 12,5% no acumulado de 8 meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 16.871,1 mil toneladas. Em agosto, o valor foi 25,4% superior ao de julho.

Qual é o cenário no Brasil?

Dados da Alacero mostram que o Brasil cresceu 4,6% em 2021, tem a expectativa de 2,7% para 2022 e a estimativa de 0,6% para 2023. Dos setores demandantes de aço no Brasil, a construção retraiu 5,7% de junho a agosto de 2022, enquanto o setor automotivo cresceu 32% de junho a setembro do mesmo ano, máquinas mecânicas diminuíram 4% de junho a agosto de 2022 e uso doméstico caiu 16,7% no mesmo período. Em relação aos insumos demandados na produção de aço, o petróleo diminuiu 1,2%, o gás -0,1% e a energia 2,8%, todos os dados de junho a agosto de 2022.

Quanto à expectativa a médio prazo, para a construção, o esperado é a recuperação: o setor privado deverá aumentar o investimento no próximo ano, em um contexto de inflação mais estável. O automotivo registra possível desaceleração no ritmo de crescimento da produção, devido a menores vendas locais e queda nas exportações para Argentina e Colômbia (o setor pode ter um superávit de unidades em estoque). Quanto à maquinaria mecânica, o esperado é o crescimento da demanda por máquinas agrícolas. O Brasil caminha para mais uma safra recorde de 200 MTn em 2023-2024, que continuará impulsionando a produção desse tipo de maquinário. Já no uso doméstico, a expectativa é que o governo promova uma política de redistribuição de renda, estimulando a demanda e impulsionando a produção.

Fonte: Money Report
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/11/2022

Quarta deflação no IGP-10 abre espaço para IGPs abaixo de 6% em 2022, diz FGV

Uma onda de quedas de preços em commodities no atacado levou o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) à quarta deflação consecutiva, com recuo de 0,59% em novembro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em outubro, a retração do indicador foi de 1,04%. Para André Braz, economista da fundação responsável pelo índice, como o movimento atual de commodities mais baratas deve permanecer, no curto prazo, é possível nova retração do índice no próximo mês.

Na prática, uma nova queda abre espaço para que a taxa anual do IGP-10, assim como de restante da família dos IGPs, se posicione abaixo de 6% neste ano, comentou o técnico. Caso isso ocorra, seria um resultado próximo ao do IPCA, do IBGE, que, até outubro, acumula alta de 6,47%, e bem abaixo do IGP-10 doe 2021 (17,30%). A projeção mais atualizada do boletim Focus, do Banco Central (BC), é que o IPCA encerre 2022 com taxa anual de 5,82%.

Ao detalhar o desempenho do indicador na passagem de outubro para novembro, o técnico informou que a manutenção de recuo do IGP-10 foi influenciada principalmente por comportamento de preços atacadistas. O Índice de Preços ao Produtor Amplo -10 (IPA-10), que representa o atacado e tem peso de 60% no total do índice, também permaneceu em deflação, de outubro para novembro, de 1,44% para 0,98%.

Braz explicou que, no período, ocorreram vários recuos de preços expressivos em commodities de peso na formação de preços atacadista, como minério de ferro (-9,69%); café em grão (-16,30%); leite in natura (-4,9%); e algodão (-10,75%).

O atual movimento de desaceleração da economia mundial, com perspectiva de recessão global, levou ao enfraquecimento de preços das commodities, afirmou o técnico. Como há dúvidas em relação ao ritmo de demanda global, isso acaba por diminuir potencial de aceleração de preços, desse tipo de item, detalhou. “A possibilidade de recessão mundial começou a ‘esfriar’ preço de commodities”, resumiu.

Ainda de acordo com o técnico, o recuo do IGP-10 foi mais fraco do que observado em outubro devido à trajetória ascendente dos preços de varejo e de construção civil, que representam respectivamente 30% e 10% do indicador. O Índice de Preços ao Consumidor -10 (IPC-10) subiu de 0,17% para 0,67% de outubro para novembro; e o Índice Nacional da Construção Civil -10 (INCC-10) acelerou de 0,01% para 0,19%.

O técnico explicou que, no caso do IPC, esse é pressionado para cima com altas em preços administrados, como plano de saúde (alta de 1,14% em novembro), bem como de “itens sazonais”, que ficam mais caros nessa época do ano - como hortifrutigranjeiros, afetados por problemas climáticos. É o caso de tomate, que ficou 18,15% mais caro no mês. “E a gasolina parou de cair”, acrescentou, lembrando os recuos autorizados pela Petrobras em meses anteriores. Esse combustível é um dos itens de maior peso na formação do IPC, lembrou ele e a ausência de queda no preço desse item também favoreceu nova aceleração do indicador do varejo.

Mas, como o IPA-10 e o atacado representam 60% do total do IGP-10, e as commodities devem continuar a cair de preço – visto que a desaceleração da economia mundial não dá mostras de arrefecimento - é possível projetar novo recuo no indicador, no próximo mês, reiterou ele.

Ele comentou, ainda, que preços atacadistas em baixa podem conduzir a custo de produção menos elevado, visto que são insumos para a indústria. Em tese, isso poderia se refletir em preço menor na ponta, no varejo, para o produto final ao consumidor, notou o técnico. Entretanto, Braz frisou que esse cenário está sendo causado por consequência de economia mais fraca, mundial – e com possibilidade de impacto no Brasil. “Uma recessão não é uma notícia boa”, afirmou.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/11/2022

Inteligência artificial, robótica, nuvem e internet das coisas. O que é Indústria 4.0?

Inteligência artificial, robótica, nuvem e internet das coisas. Termos que há alguns anos não eram nada conhecidos, hoje já fazem parte do nosso dia a dia. São tecnologias que fazem parte de um conceito bem familiar no setor industrial: a Indústria 4.0. E esse é o tema do Indústria de A a Z desta semana. Chamada de 4ª revolução indústria, a Indústria 4.0 engloba um grande sistema de tecnologias avançadas que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.

Quer saber mais? Confira no vídeo acima. Você vai ver neste episódio:

0:09 - O que é Indústria 4.0?
0:36 - Qual o objetivo da Indústria 4.0?
0:56 - O que esperar da Indústria 4.0?
1:27 - Tecnologias da Indústria 4.0
2:01 - Inteligência Artificial
2:16 - Big Data
2:37 - Computação em nuvem
3:05 - Robótica avançada
3:27 - Internet das coisas
3:48 - E a Indústria 4.0 no Brasil?
4:30 - Pesquisa sobre a Indústria 4.0 no Brasil?
5:08 - Como avançar?

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/11/2022