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Preço da matéria-prima é a maior preocupação do setor de autopeças

A falta de componentes não afetou apenas as montadoras, mas também o fluxo produtivo dos seus fornecedores, que, além da escassez de peças, também temem por outras questões em torno dos materiais, como o seu custo no mercado. Essa é a preocupação número um das empresas entrevistadas pela pesquisa Cenários para a Indústria Automobilística, produzida pela Automotive Business em parceria com a Roland Berger.

- Clique aqui e baixe o relatório da pesquisa Cenários para a Indústria Automobilística

O custo da matéria-prima é visto por 46% dos provedores participantes da enquete como o principal desafio a ser enfrentado pelo segmento em 2022. Retorno à lucratividade (27%), paralização nas montadoras (25%) e logística (17%) fecham a lista dos principais entraves vistos pelo setor de autopeças no ano. Diante do cenário, 46% dos fornecedores projetam estagnação do mercado em 2022.

"Os fornecedores foram afetados de diferentes maneiras ao longo da pandemia. Sabemos que há segmentos que foram mais afetados, outros menos, sendo que a reposição se mostrou bastante resiliente. Mas começamos a ver que, com a retomada das montadoras, houve uma consequente retomada das atividades dos fornecedores de autopeças", disse Marcus Ayres, consultor da Roland Berger.

 

Ayres apontou, ainda, que o momento é propício aos movimentos de consolidação no setor de autopeças, uma forma das empresas ganharem musculatura financeira para vencer os desafios do momento.

"Vimos uma série de movimentos recentes de consolidação nesse segmento e não deve ser algo pontual. O setor ainda tem muitas oportunidades de capturas de eficiências, que muitas vezes vêm através de uma fusão ou aquisição. Essa busca de sinergias se torna ainda mais importante para a retomada, a recuperação, da performance financeira das empresas", contou o consultor.

"Sobre consolidação, existem alguns fatores que motivam as aquisições. Destaco dois. O primeiro, a própria fragilidade de alguns players do setor. As consolidações permitem a captura de sinergias de escala que se tornam importantes em momento de margens mais afetadas. Uma outra motivação são as mudanças tecnológicas. Surge a necessidade de alguns movimentos que demandam grandes aportes, e quando as empresas se juntam acabam tendo mais poder de fogo para investir', completou.

A pesquisa mostrou também que para os fabricantes de autopeças, retorno à lucratividade, algo que é visto como um dos desafios este ano, "dependerá de definições estratégicas para aumento da produtividade, localização/nacionalização da produção, integração com ecossistemas de inovação e celebração de parcerias estratégicas."

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 18/07/2022

 

Por que carro zero km virou produto de rico e deverá continuar assim

Carro zero-quilômetro mais barato do Brasil, Fiat Mobi já custa R$ 63.390 e está longe do alcance da maioria da população brasileira Carro zero-quilômetro nunca foi acessível para as massas no Brasil, mas se tornou um produto ainda mais restrito após a pandemia.

A disparada nos preços, o crédito mais caro e a expressiva queda no poder aquisitivo da maior parte da população afastaram a classe média do sonho de ter um veículo novo na garagem - Fiat Mobi e Renault Kwid, as opções mais em conta, já se aproximam dos R$ 65 mil nas respectivas versões de entrada.

Segundo a Mobiauto, desde março de 2020, quando a contaminação pelo coronavírus já se alastrava pelo mundo, os carros zero ficaram 40% mais caros no País. Ao mesmo tempo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítisca) informa que apenas no ano passado 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza.

Especialistas consultados por UOL Carrosdetalham os motivos pelos quais os automóveis se tornaram "produtos de rico", mesmo os modelos mais simples, e destacam que tão cedo esse cenário não irá mudar aqui no Brasil.

De acordo com Flavio Padovan, sócio da consultoria MRD Consulting, fatores como a escassez de microchips, que limita a produção de veículos e força os preços para cima, ainda vão persistir. O mesmo vale para a alta nas taxas de juros, que limita ou até inviabiliza eventual financiamento veicular.

"Esse problema com os chips já melhorou um pouco, mas irá continuar pelo menos até 2023. A guerra da Rússia contra a Ucrânia, grandes fornecedores de insumos para produtos eletrônicos, só agravou a situação", explica Padovan, ex-executivo de montadoras como Ford, Volkswagen e Jaguar Land Rover.

Ele acrescenta que muitas montadoras têm priorizado modelos mais caros na hora de instalar os chips disponíveis nas fábricas, priorizando veículos que proporcionam maior margem de lucro.

Não é por acaso que até modelos de entrada têm aposentado as versões mais simples e acessíveis, diz o especialista - isso contribui para a escalada nos preços.

"Na falta de carro novo em estoque, até os usados ficaram mais caros e isso dez disparar a demanda por serviços de reparação veicular. Muitos deixaram de trocar de carro para arrumar ou reformar o automóvel que já tinham", analisa.

'Carro popular dá prejuízo'

Segundo consultores do setor automotivo, as fabricantes de veículos naturalmente têm ajustado sua gama à realidade de preços mais altos, deixando de oferecer aquele que um dia foi conhecido como "carro popular".

"Não tem jeito. A combinação de alta demanda com pouca oferta tradicionalmente faz com que a indústria elimine os veículos que proporcionam margem baixa e foque automóveis com maior valor agregado, muito mais rentáveis", pondera Padovan.

Ele destaca que os compactos básicos "geralmente" dão prejuízo às montadoras e sua função principal é manter as fábricas operando, de forma a não agravar o rombo nas contas - linhas de montagem ociosas, explica, são outra fonte de prejuízos.

Carros melhores, preços mais altos

Ricardo Bacellar, sócio fundador da Bacellar Advisory Boards e conselheiro da SAE Brasil, afirma que chamar um carro de popular no Brasil é quase "ofensivo", já que a renda média não tem acompanhado a escalada nos preços. O ex-executivo da KPMG Brasil acrescenta que, mesmo após o término dos efeitos da pandemia no mercado, o custo da produção de veículos continuará subindo.

"Os carros têm incorporado um volume cada vez maior de exigências regulatórias relacionadas a emissões, eficiência energética e itens de segurança. Isso requer investimentos crescentes em tecnologia e significa que o tempo do automóvel 'pelado', 'pé de boi', ficou no passado", pondera o consultor.

Para Bacellar, os compactos de entrada ainda dominam a lista dos mais vendidos no País, comprovando sua relevância no mercado e respectiva sobrevida por muito mais anos. Ao mesmo tempo, esses modelos já estão e ficarão ainda mais caros e equipados.

"O Chevrolet Onix é a prova disso. Após ficar cinco meses sem ser produzido no ano passado, apresentou recuperação espetacular no segundo semestre, ao passo que a versão Joy, mais simples e baseada na geração antiga, foi descontinuada no início deste ano devido às baixas vendas, associadas aos elevados investimentos necessários para enquadrá-los na nova legislação de emissões do Proconve L7, que passou a valer em janeiro", opina.

'Veículo pelado não faz mais sentido'

Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, concorda com o colega ao dizer que já não faz mais sentido oferecer um veículo sem itens básicos de conforto e tecnologia, justamente devido ao custo maior para fabricá-lo.

"Para vender carro básico, este teria de ser muito mais barato do que é atualmente. Com a alta nos preços, os clientes também ficaram mais exigentes. Hoje, não abrem mão de equipamentos como direção assistida, ar-condicionado, travas e vidros elétricos e algum nível de conectividade. Como a qualidade dos automóveis subiu bastante, devido ao acréscimo de itens tecnológicos obrigatórios, a diferença no custo entre um exemplar 'pelado' e outro um pouco mais equipado ficou pequena".

Com passagens por empresas como Hyundai e Ford, o consultor salienta que essa é a principal razão para o atual sucesso dos SUVs.

"Já que a pessoa vai gastar uma soma considerável, ela dá preferência a veículos que trazem uma percepção de maior valor agregado. Os SUVs oferecem posição de dirigir elevada, maior vão livre do solo e outras qualidades que fazem o consumidor se dispor a pagar mais por esse tipo de automóvel".

Não por acaso, no fim de 2021 a Renault anunciou que vai focar seus investimentos no Brasil para desenvolver e lançar utilitários esportivos, sinalizando que Sandero e Logan não deverão ganhar nova geração no País - os compactos foram renovados recentemente na Europa, onde são vendidos pela subsidiária romena Dacia.

Fonte: UOL
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 18/07/2022

Ceará terá fábrica de ônibus elétricos

O Brasil ganhará mais uma fábrica de ônibus elétricos. A TEVX Higer assinou, nesta quinta-feira, 14,  memorando de intenções com o governo do Estado do Ceará para instalação de uma unidade da empresa. A linha será erguida no polo de Pecém, na região metropolitana de Fortaleza, com início da produção previsto para 2024.

O documento foi assinado no Palácio da Abolição, sede do governo cearense, pela governadora Izolda Cela, o diretor da TEVX Higer, Alexandre Colonese, e o diretor da Higer Bus para América Latina, Marcelo Barella. 

Ônibus elétricos feitos no Ceará específicos para o Brasil

Na fábrica do Ceará serão feitos dois modelos de ônibus elétricos: o urbano Azurea 12BR e o de fretamento FE10BR. Segundo a TEVX Higer, ambos foram desenvolvidos exclusivamente para o mercado brasileiro.

“A meta é ter a fábrica produzindo já em 2024. Antes disso, já começamos a importação dos veículos e geração de empregos, com o treinamento e formação de profissionais especializados em veículos elétricos para atuar junto aos clientes”, disse Colonese.

A produção de outros veículos elétricos na unidade cearense não está descartada. No comunicado, a empresa diz que a fábrica será responsável pela produção de ônibus zero combustão em “um primeiro momento”.

Fusão de duas empresas

A fábrica do Ceará será a primeira linha de montagem da marca chinesa na América Latina. Fruto de uma parceria entre a TEVX Motors e a Higer Bus, a fabricante atua em mais de 100 cidades pelo mundo, com ônibus elétricos e veículos a hidrogênio.

“Queremos acelerar a eletromobilidade no Brasil e utilizaremos nossos parceiros globais, já instalados no país, gerando empregos e tornando o país um hub de inovação nesse mercado”, prometeu Barella.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 18/07/2022

 

Empresas Randon anunciam investimentos em projetos de energias renováveis

De acordo com a companhia, o objetivo é abastecer suas unidades industriais no Brasil e no exterior. Ao todo, são projetados investimentos de cerca de R$ 100 milhões até 2030.

A primeira entrega no Brasil, de uma série de projetos em todo o mundo, é uma usina fotovoltaica com cerca de 2,3 mil painéis solares, que ficará instalada no Centro Tecnológico Randon (CTR), em Farroupilha (RS).

A planta em estruturação, que deve ser concluída até dezembro deste ano, está recebendo aportes de cerca de R$ 7,2 milhões e atenderá 100% da demanda de energia do próprio CTR para os próximos 25 anos.

A iniciativa ainda busca garantir a capacidade instalada no local para o desenvolvimento de projetos voltados para mobilidade elétrica, possibilitando que todos os veículos desenvolvidos e testados no Centro Tecnológico utilizem energia limpa.

Cerca de 30% da energia gerada também atenderá à área de Expedição da Randon Implementos, localizada no complexo industrial do grupo, em Caxias do Sul (RS).

A iniciativa está conectada aos compromissos ESG das Empresas Randon, visando a reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa gerados no processo de produção até 2030.

A RTS Industry, unidade da companhia focada na estruturação de projetos de robotização e automação industrial, será responsável pela entrega e desenvolvimento do modelo em outras unidades das Empresas Randon no Brasil e em outros países.

Na China, já está em execução um projeto de usina fotovoltaica, que deve ficar pronto até o fim deste mês. A usina está sendo instalada na unidade da Fras-le, em parceria com o governo chinês. Os painéis vão abastecer 20% da energia da unidade.

Daniel Randon, presidente das Empresas Randon, responsável por liderar o Comitê de ESG da companhia, destaca que “movimentos como esses que estamos anunciando reforçam nosso propósito e compromisso pela sustentabilidade e pelo desenvolvimento das comunidades onde estamos inseridos, colocando em prática os princípios e estratégias construídos pelas nossas equipes ao redor do mundo”.

Fonte: Abifa
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 18/07/2022

Valtra vai ampliar fábrica de Mogi e investir em trator de alta tecnologia

 Agfe questiona a formação de pessoal especializado para atender ao novo mercado de trabalho, cobra mais condições de mobilidade na cidade e segurança na rodovia Mogi-Dutra A fábrica de tratores da Valtra, em Mogi das Cruzes, deverá ser ampliada para se transformar em uma das unidades mais tecnológicas do grupo em todo o mundo. A promessa foi feita durante esta semana, em Brasília, por diretores da empresa no Brasil e pelo alto comando do grupo Agco, um dos maiores fabricantes e distribuidores de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão, ao anunciar investimentos de R$ 340 milhões em suas unidades no Brasil, boa parte deles na fábrica localizada no distrito de Braz Cubas, que já iniciou a busca de espaço em locais com melhores condições de mobilidade no município para colocar em prática o ambicioso projeto de ampliar a capacidade de montagem de tratores da linha pesada na unidade de Mogi.

No plano anunciado pelo gerente geral AGCO e vice-presidente da Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira, a meta é “transformar a fábrica de Mogi em uma das unidades mais tecnológicas do grupo em todo mundo”, conforme disse ele, devidamente avalizado pelo chairman, presidente e CEO da Agco, Eric Hansotia, que esteve no Brasil especialmente para o anúncio dos investimentos.

Junqueira foi encarregado de informar aos jornalistas o projeto de ampliação da área da unidade de Mogi dos atuais 42 mil m?2; para 57 mil m?2;, o que explica a preocupação da empresa em buscar  um terreno fora dos limites já totalmente ocupados da empresa, em Braz Cubas, para receber o futuro centro logístico inteligente para armazenamento de peças dotado de veículos guiados automaticamente, os conhecidos AVGs, além de robôs colaborativos.

A esperada descentralização da fábrica poderá ser o passo decisivo para que a Valtra venha a produzir as versões nacionais dos Fendt Vario 900 e MF 8700 S Dyna –VT, tratores modernos e dotados de condições tecnológicas de ponta, destinados a facilitar cada vez mais a vida dos produtores rurais e, mais que isso, garantir segurança, qualidade e velocidade para o agronegócio.

“Nosso objetivo é transformar a fábrica de Mogi em uma das mais tecnológicas do grupo no mundo”, afiançou Junqueira aos jornalistas, durante a entrevista coletiva para a imprensa especializada.

“Os agricultores enfrentam hoje uma pressão significativa para produzir mais alimentos usando menos insumos. Estamos comprometidos em fornecer as tecnologias inovadoras de agricultura de precisão que eles precisam para aumentar a renda agrícola, minimizando os insumos e o impacto”, conforme afirmou o presidente Hansotia, da companhia que detém as marcas Fendt, Massey Ferguson, Precision Planting e Valtra.

O grupo Agco informou ainda investimentos a serem feitos na fábrica de Ibirubá, que também será ampliada para produzir a plantadeira Momentum.
A empresa demonstrou ainda grande preocupação com o meio ambiente ao anunciar que a partir deste ano, suas operações no Brasil utilizarão somente energia de fontes renováveis. Tal medida deverá ser aplicada em nove unidades da empresa no país, entre fábricas, centros de distribuição e escritórios, que consomem 42 mil MWh por ano. 

As alterações deverão contribuir, de maneira positiva, para as metas de redução da intensidade das emissões de gases do efeito estufa em 20%, buscando alcançar 60% de energia renovável nas operações globais.

Interrogações

Para o diretor executivo da Agência de Fomento Empresarial (Agfe), economista Claudio Costa, a “excelente notícia para a nossa cidade” é algo que Mogi não recebe há 25 anos, desde a instalação da unidade da General Motors, no bairro do Taboão.

Costa também acredita que este é o momento ideal para uma reflexão mais aprofundada em relação à cidade que está prestes a receber um investimento desse porte. O economista enumera uma série de questões a serem avaliadas por autoridades e pela comunidade em relação ao assunto:

“A cidade está preparada para esse investimento?”, indaga Costa, que questiona ainda se “nós estamos formando mão de obra para absorver mais de 1.500 empregos que podem ser gerados a partir dos anunciados planos de investimentos da Valtra na cidade?”.

Ao lembrar que o anúncio da empresa prevê a instalação em solo mogianode um centro tecnológico de desenvolvimento de produtos, à base de engenharia e tecnologia de ponta, Costa questiona o que as universidades estão fazendo para formar mão de obra especializada para trabalhar nestas áreas que exigem pessoal de alto nível. Ele  conta que ainda nesta sexta-feira esteve conversando com um dos dirigentes da UMC, Luis Carlos Tati, buscando incentivar a instituição a vir a público para dizer o que é oferecido para a formação desse pessoal especializado.

O economista diz que é preciso pensar no impacto que ocorrerá na sociedade. “O jovem que está hoje querendo escolher uma carreira, será que não vale a pena ele fazer um curso de Engenharia Mecânica  e se preparar para essa oportunidade que vai chegar junto com os investimentos da Valtra?” – diz Costa, lembrando ainda que  junto com os novos empreendimentos da fábrica de tratores  chegarão também  os fornecedores que também exigirão mão de obra especializada.

Para o diretor da Agfe, “o  trator Fendt Vario 900 é o melhor do mundo e possui muita tecnologia em sua estrutura. “Nós estamos preparando mão de obra  para produção com esse tipo de conhecimento?” – volta a questionar.

Claudio Costa dá um exemplo para justificar suas indagações. Segundo ele, na última grande contratação do grupo Agco na cidade, durante o ano passado, não havia mão de obra disponível na cidade e a empresa foi buscar gente qualificada que estava  trabalhando como motorista de Uber na Capital.

Depois de propor a mobilização da comunidade em torno de universidades e escolas técnicas, citando nominalmente a Etec Presidente Vargas, e universidades, o diretor da Agfe  volta seu questionamento para o setor público: “Que obras estamos realizando na cidade para melhorar a logística de acesso e tudo mais? Que ambiente acolhedor estamos gerando?”. Ele  lembra que no momento em que se anuncia um investimento como esse, “a Mogi-Dutra virou uma base de assalto  caminhões de carga, uma questão de segurança.” 

E conclui: “Então, nós temos de sentar e tentar entender tudo e buscar resolver todos esses gargalos da cidade. Esta é uma grande oportunidade, a qual precisa ser aproveitada da melhor forma”.

Fonte: O Diario de Mogi
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 18/07/2022

 

AGCO vai investir R$ 340 milhões em suas fábricas no Brasil

A AGCO, fabricante e distribuidora mundial de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão, reforçou durante evento em Brasília (DF) nesta quinta-feira (14) seu compromisso com o agronegócio brasileiro, a partir de investimentos de R$ 340 milhões em novas tecnologias e linhas de montagens em suas fábricas no País.

O anúncio foi feito pelo Chairman, presidente e CEO da AGCO, Eric Hansotia; e pelo gerente-geral AGCO e vice-presidente Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira. “Os agricultores enfrentam hoje uma pressão significativa para produzir mais alimentos usando menos insumos. Estamos comprometidos em fornecer as tecnologias inovadoras de agricultura de precisão que eles precisam para aumentar a renda agrícola, minimizando os insumos e o impacto”, afirma Hansotia.

A companhia, que detém as marcas Fendt, Massey Ferguson, Precision Planting e Valtra, vai aumentar a capacidade de montagem de tratores de linha pesada na unidade Mogi das Cruzes (SP), ampliando sua área de 42.000m?2; para 57.000m?2; e criando um centro logístico inteligente para armazenamento de peças, com AGVs (sigla em inglês para Veículo Guiado Automaticamente) e robôs colaborativos.

“É o primeiro passo para ter no futuro a fabricação nacional dos tratores Fendt Vario 900 e MF 8700 S Dyna-VT. Nosso objetivo é transformar a fábrica de Mogi das Cruzes em uma das mais tecnológicas do grupo no mundo”, explica Junqueira.

Na fábrica de Ibirubá (RS), os recursos serão utilizados para a fabricação dos novos modelos da plantadeira Momentum. Projeto 100% nacional, o implemento foi lançado em 2019 e revolucionou mercado de plantadeiras no Brasil, abrindo um novo segmento de máquinas transportáveis, de alto rendimento e que entregam um resultado altíssimo para o produtor.

Além da ampliação da área de 7.000m?2; para 20.000m?2;, a unidade gaúcha receberá modificações para tornar o processo de fabricação mais sustentável. A iniciativa é pautada na estratégia de sustentabilidade AGCO, que busca oferecer soluções focadas no agricultor para alimentar nosso mundo de forma sustentável. Serão implantados sistema de reaproveitamento de água, painéis solares e novo processo de pintura, com menor emissão de voláteis orgânicos, melhor ergonomia para o colaborador, mais automação e ganho de 40% na capacidade de peças pintadas.

Zero Emissões

Durante o evento, a AGCO também informou que, a partir deste ano, suas operações no Brasil vão utilizar apenas energia de fontes renováveis. A iniciativa inclui as nove unidades da empresa no país, entre fábricas, centros de distribuição e escritórios, que consomem 42 mil MWh por ano.

Essa mudança contribuirá positivamente para as metas declaradas da AGCO de reduzir a intensidade das emissões de gases do efeito estufa em 20% e atingir 60% de energia renovável nas operações globais.

Potencial agrícola brasileiro

A agronegócio brasileiro alimenta cerca de 800 milhões de pessoas no mundo. Os agricultores brasileiros adotaram os avanços tecnológicos no campo para aumentar de forma sustentável a produção de alimentos, fibras e gado.

Atenta a esse potencial de crescimento agrícola brasileiro e modernização de frota, as marcas da AGCO renovaram, nos últimos cinco anos, o portfólio com lançamento de mais de 300 produtos para oferecer ao agricultor opções que se adequem às necessidades de suas propriedades. “Hoje, temos um extenso portfólio, desde produtos para agricultura familiar até propriedades de larga escala, com tecnologia de fácil operação para atender as necessidades de nossos agricultores”, destaca Junqueira.

A Fendt passou por ampliação da rede de concessionárias, hoje sediadas em Sorriso (MT); Balsas (MA); Campo Novo do Parecis (MT); Sidrolândia e Maracaju (MS); Rio Verde (GO) e Luis Eduardo Magalhães (BA); e com próximas inaugurações em Imperatriz (MA); Primavera do Leste, Querência e Nova Mutum (MT).

O anúncio de expansão da rede contempla ainda as regiões Norte, com Tocantins e Pará, e projeção de avanço para o Sul, no Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2023, a marca passará a atender a região Sudeste, em São Paulo e estenderá a atuação para a América do Sul, iniciando pelo Paraguai, Chile e Argentina.

A Massey Ferguson segue investindo na expansão da oferta de máquinas para atender aos diversos perfis de clientes e diferentes cultivos, contemplando combos perfeitos de trator com plantadeira, colheitadeiras, pulverizadores, linha completa de equipamentos para feno e forragem, bem como pacotes de tecnologia de precisão, para contribuir com o crescimento da agricultura brasileira de maneira competitiva e sustentável. Em 2022, a marca, confiável e sustentável, que é “Born to Farm”, comemora 175 anos de história.

A Valtra entregou mais de 22 mil produtos nos últimos três anos e cresceu 33% em todo o portfólio. A marca tem a característica ao longo dos 62 anos de Brasil de sempre estar próxima ao agricultor, desenvolvendo produtos inteligentes e soluções robustas, que geram cada vez mais resultados. Especialistas tratores, pulverizadores e plantadeiras, a marca avança na oferta de soluções em conectividade e busca triplicar as vendas até 2026, por meio do fortalecimento do portfólio e expansão para outros países da América do Sul.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 18/07/2022