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Desempenho x sustentabilidade: conceitos vistos como opostos, têm estado cada vez mais próximos no setor da Siderurgia

A dicotomia entre desempenho e sustentabilidade na Indústria Siderúrgica tem se apresentado como um tema de grande destaque à medida que a demanda por estratégias que promovam uma Economia Circular tem tomado o debate internacional, conforme apresentado em eventos como o Climate Week e o Fórum Econômico Mundial, ambos realizados em 2023.

Tida como uma das maiores emissoras de carbono e consumidoras de recursos naturais — conforme aponta o relatório da World Steel Association de 2022 — a Indústria Siderúrgica tem apresentado um esforço contínuo em reduzir seu impacto ambiental nos últimos anos, como destacou Sergio Leite de Andrade, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), em entrevista concedida ao Valor Econômico sobre o tema.

“A temática mais importante dos próximos anos — de agora até 2050 — na indústria do aço no Brasil, e mundial, será a descarbonização. Ou seja, o corte das emissões de dióxido de carbono e o desenvolvimento de processos sustentáveis”. Com base nesse objetivo, empresas de todo o planeta têm buscado adequar seus processos à preservação do meio ambiente, sem comprometer o alto desempenho de suas operações.

O desempenho na Indústria Siderúrgica geralmente se traduz em eficiência na produção, redução de custos, aumento da capacidade e lucratividade. Nos últimos anos, tem sido possível testemunhar, no entanto, que este conceito tem se atrelado também à sustentabilidade, por meio de estratégias que incluem:

Inovações Tecnológicas: A pesquisa e o desenvolvimento resultaram em novas tecnologias, como a produção de aço com baixa emissão de carbono, utilizando eletrólise, hidrogênio verde e biomateriais. Essas tecnologias prometem reduzir as emissões de carbono associadas à produção siderúrgica.

Eficiência Energética: As siderúrgicas estão investindo em tecnologias para melhorar a eficiência energética, reduzindo o consumo de eletricidade e combustíveis fósseis em seus processos.

Parcerias e Engajamento com a Comunidade: As empresas siderúrgicas estão cada vez mais envolvidas em projetos de responsabilidade social corporativa e colaboram com governos e organizações ambientais para promover práticas sustentáveis.

Pioneira no processo de vinculação entre desempenho e sustentabilidade, a Vesuvius — líder global em engenharia e tecnologia de fluxo de metal fundido que — oferece uma ampla gama de soluções e serviços que permitem que indústrias siderúrgicas  fabriquem materiais mais finos, mais leves e de maior desempenho, reduzindo o impacto ambiental de seus produtos e, consequentemente, de seus clientes. A empresa tem atuado também na melhoria de suas operações, por meio de programas de conservação de energia e de iniciativas ambientais, com o objetivo de criar um amanhã melhor para o planeta. Saiba mais sobre a iniciativa e o portfólio oferecido por ela em: https://www.vesuvius.com/en/index.html.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/10/2023

AVB investe em pesquisa para transformar rejeitos da produção de aço em negócio

Considerada a única siderúrgica carbono zero do país, a Aço Verde do Brasil (AVB) quer dar um passo a mais na cadeia da sustentabilidade e aproveitar os rejeitos da produção de aço na própria planta ou até criar uma nova frente de negócio.

Falando à EXAME Solutions, Sandro Raposo, diretor de ESG e Novos Negócios da AVB, contou mais sobre economia circular e como a escória, pós e resíduos gerados na cadeia do aço estão sendo transformado em bríquetes, que podem ser utilizado nas caldeiras, na produção do metal ou até ser vendido no mercado.

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“No futuro, os resíduos serão um grande negócio, tanto quanto o próprio produto. A circularidade é uma tendência mundial, porque resíduo é muito caro para dispor, precisa de terreno, tratamento”, conta.

A novidade é fruto de anos de pesquisa e está em fase final de implantação nas caldeiras da AVB, que planeja escalar a produção. Saiba mais sobre os planos da AVB na economia circular e qual o destino dos rejeitos da produção de aço no podcast  ESG de A a Z, na EXAME.


Fonte: Exame
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/10/2023

 

Segunda prévia do IGP-M acelera para maior alta este ano

A inflação apurada pela segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou de 0,34% para 0,64% entre setembro e outubro, a maior taxa desde dezembro de 2022 (0,77%), informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A disparada nos preços do atacado, em especial de commodities como minério de ferro, elevou a taxa do indicador, segundo o economista da FGV responsável pelo indicador, André Braz. Mas ele faz ressalva. A aceleração de preços mensal, detectada na segunda prévia do indicador, não deve impedir que o IGP-M, usado para cálculo de reajuste de preço de aluguel, encerre em queda, em sua taxa anual referente a 2023. Caso isso ocorra, seria a primeira taxa anual negativa do IGP-M desde 2017 (-0,52%). Até a segunda prévia de outubro, a segunda prévia acumula quedas de 4,32% e de 4,44% no ano e em 12 meses, respectivamente.

Ao detalhar impacto dos preços do atacado, na segunda prévia de outubro, Braz lembrou que o setor pesa mais, entre os três sub-indicadores componentes do IGP-M, com participação de 60% no resultado total. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa a inflação atacadista, mais que dobrou entre a segunda prévia de setembro e igual prévia em outubro, de 0,40% para 0,83%. Todas as cinco principais elevações de preço, que puxaram para cima o IPA na segunda prévia, eram commodities: minério de ferro (8,16%); bovinos (5,29%); cana-de-açúcar (3,48%); carne bovina (4,68%) e açúcar VHP (4,99%).

No caso do minério, o técnico citou as recentes notícias sobre aquecimento da economia chinesa como uma das razões para alta do preço do item. A China é a maior compradora global de minério do Brasil.

A influência do atacado foi tão forte que acabou por diminui impacto, no indicador, da desaceleração de preços do varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), 30% do IGP-M, passou de 0,23% para 0,14%, entre segunda prévia de setembro e igual prévia em outubro.

O especialista ponderou que, de maneira geral, vários segmentos podem ajudar a manter preços do atacado em alta - e, também, a impulsionar retorno de aceleração de preços, no varejo.

No caso do setor atacadista, ele informou não ser impossível continuidade de alta no preço do minério. Neste semana, a China anunciou alta de 4,9% no PIB do terceiro trimestre, ante mesmo período em 2022. Isso demonstra permanência de aquecimento da economia chinesa.

Ao mesmo tempo, produtos em alta no atacado, no momento, podem conduzir a repasses a seus respectivos derivados no varejo. São os casos de cana-de-açúcar e bovinos, mais caros no momento, no setor atacadista. “Acho que alimentação no varejo pode voltar a subir”, completou Braz. Da segunda prévia de setembro para igual prévia em outubro, a variação de preços dos alimentos no IPC passou de -0,58% para -0,60%.

Ao ser questionado se a arrancada de preços no atacado poderia acelerar, até fechamento de coleta de preços, e conduzir o IGP-M completo de outubro para mais de 1%, Braz disse não acreditar nessa hipótese. Para ele, os sinais até o momento são de que o índice deve encerrar o mês próximo ao resultado da segunda prévia, anunciada ontem.

“E, para taxa anual do IGP-M de 2023, muito improvável que não encerre negativa”, reiterou. Para ele, não daria tempo, em menos de três meses, de a variação em 12 meses do índice voltar a subir.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 20/10/2023

 

Setor mineral fatura R$ 53 bi no terceiro trimestre, queda anual de 29%, diz Ibram

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que o setor mineral registrou faturamento estimado de R$ 53 bilhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), queda de 28,9% em relação ao mesmo intervalo de 2022, devido à redução na produção, principalmente, e oscilações nos preços das commodities.

“Os incentivos anunciados pelo governo chinês ao setor imobiliário trazem expectativa de manutenção do preço do minério de ferro”, disse o porta-voz da entidade. Em 2022, o faturamento do setor totalizou R$ 250 bilhões.

O preço médio trimestral do minério de ferro subiu 11,4% em relação ao 3T22, chegando a US$ 105 por tonelada.

De janeiro de 2022 até início de outubro o preço do minério de ferro oscilou de está na faixa de US$ 119,9-120,35 por tonelada e o Ibram espera que se mantenha nesse nível.

As exportações minerais caíram 4,5% em dólares na comparação anual, para US$ 11,09 bilhões, provavelmente por fechamento de contratos, e aumentaram 3,5% em dólares e 10,2% em toneladas na comparação trimestral. A China representou 70% das exportações de minério de ferro.

As importações minerais caíram 47,8% em dólares, para US$ 2,46 bilhões no 3T23, na comparação anual, e aumentaram 10,9% em toneladas.

O saldo da balança comercial do setor mineral foi de US$ 8,64 bilhões, o que representa 32% do saldo da balança comercial brasileira.

O recolhimento de tributos e encargos foi de R$ 18,3 bilhões, aproximadamente 30% menor que no terceiro trimestre de 2022. A arracadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi de R$ 1,5 bilhões, 23% abaixo que no 3T22, devido à redução da produção de minério.

A Taxa de Fiscalização dos Recursos Minerais (TFRM) encerrou 2022 com recolhimento de R$ 2,5 bilhões em TFRM estaduais, 2,1 vezes acima do recolhido em 2021 (R$ 952 milhões). “2021 foi um ano extremamente positivo para as exportações do setor.”

Segundo levantamentos da entidade, com a instituição de TFRMs municipais, o recolhimento destas taxas podem alcançar R$ 6,3 bilhões por ano, aproximando-se do valor de arrecadação da CFEM.

Os investimentos previstos até 2027 devem alcançar US$ 50 bilhões, deste total US$ 6,5 bilhões são investimentos “socioambientais”, disse a entidade. Esses dados deverão ser atualizados no 4T23.

REFORMA TRIBUTÁRIA, GREVE NA ANM, CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO E BNDES

Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, demonstrou preocupação sobre a eventual manutenção, pelos senadores, do artigo 19 da PEC 45/2019, da Reforma Tributária, que estabelece tributação sobre minerais, entre outros produtos. Ele disse que conversou com o relator da PEC da Reforma no Senado, o senador Eduardo Braga, sobre o artigo que, na sua avaliação, cria uma distorção para todas as atividades econômicas do País. Braga disse que o artigo deve ser aprovado no texto que tramita no Senado, mas deverá ser debatido na Câmara. “Na nossa avaliação, esse artigo cria insegurança jurídica”, disse Jungmann, em entrevista a jornalistas durante a apresentação dos dados, nesta quarta-feira.

“A nossa preocupação está sendo rastreada, esperamos que o artigo 19 continue, assim como os Impostos Seletivos. O que mais preocupa é o tempo de tramitação dessa reforma. O texto vai voltar à Câmara e se não aceitar o texto do Senado, volta tudo. Temos oito semanas até o fim do ano, claro que pode ser prorrogado, mas dada a complexidade e às diferenças, preocupa”, acrescentou.

Em relação à greve da Agência Nacional de Mineração (ANM), o diretor considera que apesar da paralisação ter terminado, a agência reguladora continua com problemas de estrutura.

O dirigente do Ibram também comentou que a atual tensão do cenário geopolítico traz insegurança para o setor e que a entidade acompanha com atenção para avaliar possíveis impactos nos negócios do setor.

“Se o conflito se alarga para a Cisjordânia, Síria, é um barril de pólvora. Vai perturbar, criar instabilidade e oscilações de preços”, avalia Jungmann.

O diretor também informou que o BNDES está desenvolvendo ferramentas – fundos – para que o setor tenha capacidade para estruturar a cadeia de minerais críticos, um mercado que movimenta mundialmente US$ 300 bilhões e que deve chegar a US$ 1 trilhão nos próximos anos com demandas por eletrificação da energia, por exemplo. “É uma janela enorme de possibilidades que se abre para o setor e para o desenvolvimento da economia de baixo carbono no Brasil”, finalizou.

Fonte: Agência CMA
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/10/2023

Família Batista investirá US$ 1 bilhão no negócio de mineração

Os bilionários irmãos Batista, responsáveis pela gigante da carne bovina JBS, se preparam para investir mais de US$ 1 bilhão para expandir a produção nas minas que compraram da Vale no ano passado.

A J&F Investimentos, a holding da família, surgiu como o comprador surpresa das minas de minério de ferro e manganês da Vale no estado do Mato Grosso do Sul, no centro-oeste, sua primeira incursão no negócio de metais. Os ativos de US$ 1,2 bilhão também incluíam operações de logística.

Desde que assumiu o controle, a J&F já conseguiu dobrar a produção de 2021 para 4 milhões de toneladas e os R$ 5,5 bilhões (cerca de US$ 1 bilhão) a serem investidos devem ajudar a elevar a produção para 10 milhões de toneladas até o final de 2024 e melhorar a logística, de acordo com um porta-voz da empresa.

Os irmãos Joesley Batista, 51, e Wesley Batista, 53, aumentaram a fortuna da família criada pela expansão global da JBS para diversificar os interesses da holding. Eles possuem uma das maiores produtoras de celulose do mundo, um banco e empresas focadas em energia e cosméticos. A maior participação da família é uma fatia de quase 49% na JBS, que vale cerca de US$ 4,1 bilhões no momento.

O orçamento destinado à mineração faz parte de um plano de investimento mais amplo de R$ 38,5 bilhões que o grupo revelou para o Brasil entre 2023 e 2026.

A J&F Mineração, como é chamada a unidade, planeja construir 50 quilômetros de linhas ferroviárias para conectar as minas ao seu porto Gregório Curvo, uma rota atualmente feita por caminhão, segundo o porta-voz da empresa. Um centro de distribuição foi inaugurado no mês passado no estado de Minas Gerais, no sudeste do país, para atender o mercado doméstico.

A empresa também aumentará sua frota de barcaças, acrescentando mais 400, de acordo com o porta-voz. Carregadas com minério de ferro, as barcaças vão para o porto de Nueva Palmira, no Uruguai, pelos rios Paraguai e Paraná. Em março, a J&F Mineração realizou uma operação de transbordo que lhe permitiu exportar 175.000 toneladas de minério de ferro para a China em um único navio — um Capesize, o maior transportador de commodities — pela primeira vez, uma estratégia para reduzir os custos de frete.

Da mesma forma que a Vale, a J&F tem uma estratégia focada em seu minério de maior qualidade, que requer menos energia para ser processado, à medida que a indústria siderúrgica busca reduzir emissões. A empresa está desenvolvendo um produto batizado de “natural pellet” que, segundo ela, poderia substituir até 30% das pelotas de minério de ferro na chamada rota de redução direta para a fabricação de aço, permitindo uma queda de 6% a 15% nas emissões de CO2.

Os Batista expandiram seus negócios rapidamente por meio de aquisições no setor de carnes, além de estarem de olho em ativos em dificuldades que possam ser recuperados por meio de estratégias de reestruturação. Ainda não está definido se a família planeja aumentar ainda mais o portfólio de mineração por meio de novas aquisições.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/10/2023

Cidades mineradoras criam corredor tecnológico para diversificar economia

Cidades mineradoras buscam a diversificação de setores da economia para ampliar a geração de emprego, renda e arrecadação tributária em setores da economia e assim driblar a dependência ao setor minerário e siderúrgico.

Em uma reunião do Fórum Permanente de Secretários de Desenvolvimento Econômico, Alto do Paraopeba e Inconfidentes nessa terça-feira (17/10), com a presença de gestores das cidades de Ouro Preto, Mariana, Itabirito, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete e Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, Queluzito e Entre Rios de Minas, na Região do Alto Paraopeba, e membros do governo estadual, foi apresentada a proposta de criação de um corredor tecnológico entre os municípios.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), na reunião, em Ouro Branco, foi apresentado o desejo da criação de um corredor tecnológico com intuito de incentivar a diversificação econômica da região.

Presente na reunião, a diretora de Inovação, Tecnologia e Cidades Inteligentes, da prefeitura de Ouro Branco, Thereza Bandoli, conta que a ideia por trás dos corredores tecnológicos é criar ecossistemas que promovam a inovação, o empreendedorismo e o desenvolvimento de tecnologias avançadas, não apenas para a área de siderurgia e mineração.

A diretora de Inovação aponta que Ouro Branco é uma cidade com uma porção de terra reduzida em relação a outros municípios mineradores e o fomento por negócios de caraterística verde e/ou digital possam dinamizar a economia sem demandar espaço territorial grande.

“Queremos aumentar a concentração de empresas, instituições de pesquisa, universidades e startups que se agrupam para colaborar e impulsionar o crescimento tecnológico e econômico”.

Com um território quatro vezes maior que Ouro Branco e marcado pela tragédia do rompimento da barragem de Bento Rodrigues, em 2015, a cidade histórica de Mariana vem acumulando uma queda na receita em 2023.

Para a secretária de Desenvolvimento Econômico de Mariana, Alessandra Moreira, a proposta do corredor tecnológico pode gerar uma saúde financeira e criar oportunidades para pequenas e médias empresas. De acordo com a gestora da pasta, Mariana, por ser uma cidade mineradora, como o ponto focal da economia, precisa da diversificação econômica para mitigar a dependência nesse setor.

“O encontro foi muito produtivo e saímos muito esperançosos. Tivemos a presença do Estado que nesses debates é de suma importância. Debatemos a proposta do corredor tecnológico que contribuirá muito com a economia regional e com a diversificação dos municípios. Com diálogo e afinco acreditamos na defesa da diversificação regional”.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia de Ouro Preto, Felipe Guerra, ressalta que o desenvolvimento econômico das cidades com forte presença das mineradoras será possível com a união dos esforços de cada município. Para isso, o secretário conta que foi criado um grupo de secretários municipais das pastas de desenvolvimento econômico para fortalecer políticas públicas regionais.

“Por acreditarmos que a diversificação da economia pode ser além da mineração, vejo que será mais ampla e assertiva quando as ações municipais forem discutidas de maneira regional. Nenhum município vai conseguir fazer sozinho, ainda mais com cidades de matriz econômica tão parecidas”.

Ações

Durante a reunião, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais reiterou a necessidade de impulsionar a diversificação econômica da região, visto que tradicionalmente têm a sua economia pautada na mineração. Na oportunidade, apresentou ações de incentivo do governo para o avanço tecnológico, como os programas Compete Minas e Pró-inovação, que ofertam, respectivamente, subsídios e linhas de crédito diferenciadas para empreendimentos que desejam investir em ciência, tecnologia e inovação.

Neste sentido, segundo a Sede, as conversas iniciais estão sendo realizadas para avaliar a pertinência do projeto em âmbito municipal e, também, estadual.

Em Ouro Preto, o ambiente de inovação vai funcionar em um espaço de 240m2 localizado no Instituto Federal de Minas Gerais, campus Ouro Preto. No primeiro momento, a ideia é trazer os moradores de distritos para o espaço e apresentá-lo para buscar conexões com projetos já estabelecidos nesta localidades, como é o caso, por exemplo, do “De mãos dadas com Pereira”, que é um projeto do IFMG, UFOP e UFV em parceria com moradores do distrito de Antônio Pereira, com vários caminhos de conexão com o Hub.

Para a diretora de Inovação, Tecnologia e Cidades Inteligentes, da prefeitura de Ouro Branco, Thereza Bandoli, para haver governança, as ações terão a presença governamental em conjunto com a empresarial, a acadêmica, a sociedade civil e a financeira.

“Primeiramente será feito um mapeamento da região do quadrilátero ferrífero, aqui na cidade já implementamos a Lei de incentivo à invocação e criamos um Hub de inovação e espaço Maker”.

Fonte: Estado de Minas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/10/2023