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Thyssenkrupp conclui a venda do negócio de mineração para a FLSmidth

A thyssenkrupp anuncia a conclusão da venda da sua unidade Mining Technologies à empresa dinamarquesa FLSmidth. Com o fechamento da transação, a companhia renova o foco do seu portfólio. A conclusão do negócio melhora a sua posição financeira líquida e, assim, fortalece o balanço. A venda da unidade de mineração havia sido anunciada em julho de 2021.

“Com a venda do negócio de mineração, estamos estreitando ainda mais nosso portfólio e dando uma grande contribuição para tornar a thyssenkrupp um grupo altamente eficiente e com negócios fortes, independentes e especializados”, afirma Volkmar Dinstuhl, CEO do segmento Multi Tracks.

O executivo destaca que “a FLSmidth é um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia para a indústrias de mineração e cimento. Estamos convencidos de que a thyssenkrupp Mining Technologies terá perspectivas futuras atraentes e oportunidades de desenvolvimento dentro da nova estrutura.”

Nos últimos dez meses, o segmento Multi Tracks da thyssenkrupp já concluiu a venda do negócio de Infraestrutura e da usina de aço inoxidável AST. Com a finalização da venda da unidade de mineração, o grupo alcança, assim, a terceira negociação no exercício fiscal atual.

A thyssenkrupp Mining Technologies oferece soluções de mineração personalizadas e emprega cerca de 2.200 pessoas em mais de 40 locais em todo o mundo, incluindo Brasil, Chile e Peru.

 
Fonte: Portos e Navios
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/09/2022

Licenciamentos de veículos voltam a crescer em agosto

O volume de licenciamentos realizados em agosto superou em 6,6% aquele registrado em julho, então melhor mês do ano em termos comerciais. Segundo dados da Bright Consulting, o total de emplacamentos no mês foi de 194,1 mil unidades.

O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa do setor de distribuição, que esperava um volume superior às 200 mil unidades. De qualquer forma, é para se comemorar: o crescimento sobre agosto do ano passado, quando foram emplacados 173 mil veículos, foi de 12%.

A consultoria estima que cerca de 35 pontos percentuais das vendas diretas realizadas em agosto tiveram como destino as locadoras, que por ora recompõem seus estoques.

Fiat lidera licenciamento de veículos em agosto

O ranking de vendas por marca permanece inalterado nas primeiras posições na comparação com julho: a Fiat vendeu 44,2 mil unidades e mantém a liderança com 22,7% de participação. A Volkswagen aparece na segunda posição, com 32,9 mil e fatia de 16,8%. A General Motors, por fim, fica em terceiro lugar, com 30,5 mil unidades e market share de15,7%.

A respeito do ranking de modelos, a picape Fiat Strada, que foi superada pelo Volkswagen Gol em julho na lista, voltou à liderança, com 14,1 mil unidades vendidas. Já o compacto da VW ficou em segundo lugar. O Hyundai HB20 subiu da quarta para a terceira posição, passando o Chevrolet Onix.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 02/09/2022

 

Venda de máquinas na Expointer consolida confiança no Agro

Um movimento atípico no complexo dos estandes de máquinas agrícolas da Expointer 2022 sinaliza que os negócios do setor estão turbinados na mostra. Neste ano, muitos clientes estão antecipando a aquisição de equipamentos para a colheita da safra de verão, tradicionalmente comprados nos meses de janeiro e fevereiro.

Esse comportamento, explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos, confirma a tendência de atingimento da meta de faturamento da feira, de R$ 4 bilhões. “É possível que consigamos até ultrapassar esse valor. Temos conversado com as empresas expositoras, grandes e pequenas, e todos manifestam satisfação com os resultados até aqui”, diz o dirigente.

Uma referência desse ambiente favorável pôde ser verificado na quarta-feira. Normalmente, esse costuma ser um dia de menor presença de público. Mas os corredores das gigantes de ferro estavam cheios, e os times de venda nos estandes das empresas trabalhavam intensamente.

Foi assim na John Deere, onde os guichês de negócios passaram o dia cheios. “Nossa percepção da feira é muito positiva. Nos primeiros dias de negócio tivemos volumes de comercialização superiores ao esperado. A procura por máquinas, tecnologia e pós vendas continua em ritmo acelerado”, diz o gerente de Marketing Tático, Bruno Muller.

A empresa tem boas expectativas para este ano, mesmos com os desafios postos. De acordo com o relatório trimestral finalizado em agosto, a expectativa é de um aumento de até 15% no mercado de tratores e colheitadeiras na América do Sul, sendo o Brasil o propulsor para este crescimento. “O agricultor brasileiro sabe da importância da renovação de seu parque tecnológico de máquinas, que ajuda no aumento da produtividade da lavoura”, observa Muller.

Na New Holland Agriculture, 2022 vem sendo marcado como o ano da retomada da participação da empresa nas diversas feiras agropecuárias pelo País. A presença maciça do público no estande anima o diretor de Mercado Brasil, Eduardo Kerbauy.

“Nossa expectativa para a Expointer é de vendas superiores às edições anteriores. Sentimos o produtor rural com esperança renovada. O Rio Grande do Sul enfrentou seca no começo do ano, o que causou certa frustração, mas agora a perspectiva de produção de grãos para esta safra de verão é muito boa.”

Diretor de Vendas da Massey Ferguson, Alexandre Stucchi diz que o mercado brasileiro de máquinas e equipamentos agrícolas está aquecido. “A expectativa de crescimento é de 5% em 2022, e a Expointer deve refletir esse momento. Nossa previsão de negócios é positiva. A janela de negociação e vendas de uma feira é ampla. Além das vendas concretizadas durante o evento, muitas vezes, temos negociações que se iniciam durante o período da feira, quando o produtor tem contato com as nossas soluções, e são concluídas após o evento.”

Bons ventos sopram também sobre a Case IH, que tem expectativa de aumentar em 20% os resultados verificados na Expointer de 2019, tanto em volume quanto em valores corrigidos. Conforme Juliano Vicari, gerente comercial do grupo na Região Sul do Brasil, o interesse do produtor que vai ao parque de Esteio e mesmo daquele visitado pelas equipes de venda é muito grande. “Os preparativos para o plantio indicam cenário positivo para os próximos meses. Percebemos os produtores muito motivados, o que aponta bons negócios não apenas na feira, mas como efeito pós-evento, até a safra do próximo ano.”

Marca japonesa alcançou meta no quarto dia da mostra

Com 60 anos de Brasil, e presente na Expointer desde 2017, a marca japonesa Yanmar, de máquinas agrícolas e para a construção civil, já atingiu, na metade da feira, a meta total de vendas projetada para o evento. No movimentado estande do parque Assis Brasil, mais de 80 tratores e escavadeiras de pequeno porte já foram comercializados.

A marca, cujo público-alvo são o pequeno e o médio produtor rural, trouxe à Expointer 19 produtos. Conforme o gerente de Marketing da empresa, Igor Souto, o ambiente da mostra agropecuária está muito favorável à realização de negócios. “O produtor não veio ao parque apenas para olhar, mas para investir na propriedade.

Não se compra máquinas pela internet. O cliente quer conversar, ver pessoalmente, sentar, sentir o equipamento. Por isso as vendas estão fortes”, observa Souto.

As vedetes de vendas da marca neste ano são os tratores, como o Yanmar Solis 60, adquirido neste ano por Erni dos Santos Rosa, de Venâncio Aires. O negócio foi fechado em março, durante a ExpoAgro Afubra, em Santa Cruz do Sul, mas o agricultor já estava de olho em novas oportunidades em Esteio.

Cliente da Yanmar há nove anos, Santos mantém a família em uma propriedade de sete hectares, onde desenvolve a fumicultura e uma pequena criação de bovinos de corte. “Enfrentamos três anos de escassez de chuvas, mas o trabalho na propriedade vai muito bem”, diz, faceiro, o agricultor, que financiou em sete anos cerca de 20% do valor do trator, hoje comercializado por R$ 162 mil.

Em visita ao estande da Yanmar, na quarta-feira, o agricultor foi conhecer a gama de tratores com cabina. “Troquei de equipamento há pouco tempo, mas o futuro a Deus pertence”, brinca Santos.

Mercado de aluguel de máquinas esquenta no Estado

O agricultor ganha mais uma opção para investir na sua lavoura. Como alternativa a investir uma considerável quantia de dinheiro para adquirir um equipamento novo nas revendedoras, surgem as locadoras de máquinas, com opções de aluguel diversificadas para diferentes tipos de uso.

Este time de mercado está crescendo no País. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, cerca de 30% dos negócios envolvendo máquinas da linha de construção foram direcionados ao mercado de aluguéis. Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, cerca de 20 a 22% das máquinas de construção comercializadas pela Verdes Vales, revendedora da John Deere no Estado, tem como destino a agricultura.

“São escavadeiras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras que ajudam o agricultor a melhorar a propriedade dele. Hoje, ele não consegue expandir mais a área, mas ele consegue melhorar a área para fazer maior produtividade. Para isso, ele utiliza máquinas de construção”, afirma Tales Barbosa - gerente geral de negócios, construção e pavimentação da Verdes Vale.

A concessionária também aluga máquinas para agricultura - um mercado que tem se aquecido nos últimos 90 dias e desperta curiosidade dos visitantes na Expointer. Geralmente quem aluga maquinário são produtores que arrendam terra para uma safra e não quer investir pesado em maior número de equipamentos, ou apenas quem não tem capacidade de empenhar capital de giro no momento.

Por exemplo: uma retroescavadeira de R$ 530 mil pode ser alugada por R$ 14 mil mensais, em um contrato de 36 meses, com franquia de 200 horas/mês em um equipamento novo ou seminovo, com manutenção durante o tempo de contrato, gestão de telemetria e acompanhamento remoto.

Fonte: Jornal do Comércio
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 02/09/2022

 

Indústria retoma ritmo de contratações em julho

Depois de um primeiro semestre com redução de 48% nos empregos formais na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria do Paraná reverteu a tendência de queda em julho. Houve crescimento de 32% contra junho, de 14% contra julho de 2021 e, no ano, o resultado já é de alta acumulada em 3%. No mês, foram abertas no setor 2.933 novas vagas, superando as 2.227 de junho e as 2.570 de julho do ano passado.

Os dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia (Novo Caged) mostram que foram 16.090 contratações gerais no estado no mês passado. Das cinco atividades avaliadas, só a agropecuária mais demitiu mais do que contratou (-115). O setor de serviços lidera o ranking geral de empregos com carteira assinada no estado (10.408), seguido por indústria, comércio (1.909) e construção civil (955).

“Os números apontam uma melhora de cenário na indústria. Tradicionalmente, de julho a outubro, o mercado de trabalho do setor abre oportunidades para dar conta da demanda de fim do ano”, justifica o economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe. “A injeção de recursos oriundos do saque extraordinário do FTGS e a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas também pode ter contribuído para o aumento no consumo em julho e uma demanda maior por produtos nas fábricas, o que explicaria o aumento nas contratações”, complementa.

O segmento industrial acumula saldo de 20.664 postos de trabalho abertos em 2022, totalizando quase 722 mil pessoas empregadas no Paraná. Em junho, esse estoque de trabalhadores no setor era de 719 mil. E, há um ano, de 693 mil pessoas em atividade. Ainda sobre os resultados de julho, o Paraná superou as vagas abertas na indústria frente aos vizinhos Rio Grande do Sul (2.237) e Santa Catarina (738). Apesar disso, no ano, o estado perdeu posições no sul. De janeiro a julho, das 266.824 vagas criadas no país no segmento, São Paulo liderou o ranking, com 85.449 contratações. Na sequência vêm Rio Grande do Sul (35.645), Minas Gerais (30.035) e Santa Catarina (24.767).

Atividades industriais

Em julho, dos 24 segmentos industriais avaliados, 18 tiveram saldo positivo. Os que mais criaram oportunidades foram alimentos (898), reparação e instalação de máquinas e equipamentos (405), confecções e artigos do vestuário (359), máquinas aparelhos e materiais elétricos (381) e fabricação de produtos de metal (288). Ficaram negativos o setor da madeira (-630), minerais não-metálicos (-74), fumo (-68), petróleo e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (ambos com -49) e outros equipamentos de transporte (-16).

No resultado acumulado do ano, destaque para o segmento alimentício (3.719), seguido por confecções e artigos do vestuário (2.483), automotivo (2.032), máquinas e equipamentos (1.826), fabricação de produtos de metal (1.730) e produtos químicos (1.295). Só o setor moveleiro (-497) e de outros equipamentos de transporte (-45) têm saldo negativo no ano.

Para o economista da Fiep, a abertura de novas vagas até o fim do ano vai depender do comportamento da economia e das definições no cenário eleitoral. Ele conta que a dinâmica dos empregos na indústria varia de acordo com a sensibilidade de cada segmento a fatores como variação nas taxas de juros e de câmbio.

Fonte: Massa News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 30/08/2022

 

Brasil caminha para eliminar dependência externa de alumínio

O Brasil está perto de se tornar autossuficiente em alumínio pela primeira vez em quase uma década, bem quando as crises de energia na China e na Europa ameaçam reduzir a oferta global.

“O Brasil está numa trajetória de recuperar ao menos a autossuficiência no fornecimento”, disse em entrevista Janaina Donas, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). O país tem uma alta taxa de reciclagem em comparação com o resto do mundo, acrescentou ela.

 

A maior economia da América Latina é importadora líquida de alumínio desde 2014, quando uma crise energética no país provocou uma disparada nos preços de eletricidade e forçou os produtores locais a fecharem usinas. No passado, a energia barata e abundante de hidroelétricas tornou o Brasil, rico em bauxita, o sexto maior produtor mundial de alumínio. Hoje, o país ocupa a 12ª posição.

O progresso rumo à autossuficiência ocorre em um momento crítico. As restrições no fornecimento de energia na Europa e na China levaram a paralisações de fundições, limitando a produção e reduzindo a oferta do metal leve usado em automóveis, latas de bebida e construção.

A atual capacidade de produção de alumínio do Brasil é de cerca de 910.000 toneladas, de acordo com a ABAL. O país importou 623.500 toneladas de alumínio primário e ligas no ano passado e consumiu um recorde de 1,58 milhão de toneladas. Isso deve mudar no próximo ano, à medida que as usinas do país começarem a aumentar a produção.

A capacidade deverá saltar cerca de 49% para 1,36 milhão de toneladas já no próximo ano. A reviravolta começará quando a Alcoa e a parceira South32 reiniciarem a Alumar, um complexo no Nordeste com capacidade total de fundição de 447.000 toneladas, com previsão para o primeiro trimestre de 2023.

A brasileira Cia. Brasileira de Alumínio planeja produzir 30.000 toneladas a mais no próximo ano, operando em plena capacidade de 380.000 toneladas. A CBA também está investindo para trazer mais 50.000 toneladas ao mercado em 2025.

O Brasil pode até assumir um papel global maior no fornecimento de alumínio devido à oferta doméstica de bauxita - minério essencial para a produção de alumínio - e à abundância de hidreletricidade que aumenta o apelo para compradores que buscam metal feito com fontes de energia menos poluentes, disse Donas.

A expectativa inicial, porém, é que a produção extra se dirija ao mercado interno, disse ela.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/08/2022

 

Minério cai abaixo de US$ 100 com piora da crise do aço na China

O minério de ferro caiu abaixo de US$ 100 a tonelada pela primeira vez em cinco semanas em meio a sinais de que a crise na indústria siderúrgica da China piorou.

A Baoshan Iron & Steel, a unidade de capital aberto da China Baowu Steel Group, maior produtora de aço do mundo, disse na terça-feira que enfrenta “desafios severos” no terceiro trimestre após seus lucros do primeiro semestre terem ficado abaixo das estimativas.

A produção de aço cairá mais de 8 milhões de toneladas no segundo semestre devido aos planos de restringir a atividade no polo de Tangshan, disse a Minmetals Futures em nota. Isso equivaleria a um declínio de quase 10%, com base nos dados da Mysteel para os primeiros seis meses.

A gigantesca indústria siderúrgica da China sofre o impacto de uma crise imobiliária que não mostra sinais de melhora.

Autoridades em Tangshan, perto de Pequim, decidiram cortar a produção em uma reunião recente, disse a Mysteel em um relatório. A grande siderúrgica Angang Steel espera que as condições difíceis persistam até o final do ano.

O ingrediente siderúrgico já caiu mais de 8% até agora esta semana e caminha para uma quinta queda mensal consecutiva, com um cenário macroeconômico instável.

Os bancos chineses enfrentam perdas com os boicotes de mutuários de financiamento imobiliário, enquanto os economistas cortam suas previsões de crescimento para o país.

“A falta de crescimento na atividade de construção manterá a demanda por aço fraca no curto prazo”, disseram analistas do Australia & New Zealand Banking Group incluindo Daniel Hynes.

Os futuros de minério de ferro em Singapura caíram até 5,9%, para US$ 96,35 a tonelada. Os preços em Dalian tiveram queda de até 5,2%, enquanto o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente registraram perda em Xangai.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/08/2022