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Nacionalização é o caminho para expandir negócios em autopeças

Dois importantes representantes do setor de autopeças concordam que o Brasil tem muitas oportunidades de crescer e de atrair novos investimentos. Alguns caminhos foram discutidos por Carlos Delich, presidente da ZF e Alexandre Abage, presidente do Grupo ABG, durante o Seminário Megatendências 2024, organizado por AutoData de 19 a 20 de março, em São Paulo.

Acostumado com a aquisição sistemática de empresas que agregam ao seu negócio, Abage tem no seu horizonte dezoito oportunidades de aquisição, incluindo algumas na Argentina. “Todos nossos investimentos são direcionados conforme as necessidades de nossos clientes. Na eletrificação o Brasil está ficando para trás na visão de multinacionais, o que nos abre muitas oportunidades, todas elas muito alinhadas e conversadas com nosso clientes.”

Sempre quando há demanda e volume, as empresas buscam a localização de seus produtos. Zelich citou que atualmente 90% dos eixos agrícolas são nacionais, valor máximo. Em produtos de alta tecnologia, 10% de índice de nacionalização. Produtos de novas tecnologias que a ZF inicia com importação podem se tornar nacionais depois. “Hoje nós temos de trazer os produtos de fora para atender o cliente, com um claro objetivo de mudar para a localização”.

O portfólio da ABG inclui rodas de alumínio, peças em alumínio em alta pressão, peças plásticas, peças estampadas, conjuntos soldados, peças de powertrain e também eletrônica, segundo Abage: “Hoje nós estamos buscando ser uma solução completa para nossos clientes e trabalhando muito forte na nacionalização, devido a todo o problema de logística que o mundo teve nos anos passados e o aumento desses custos. Estamos buscando nos especializar em todos esses segmentos, investindo muito na parte de desenvolvimento, tecnologia, engenharia, laboratórios”.

A demanda por sistemas de tecnologias mais avançadas aos poucos chega a essas companhias. A ZF, por exemplo, teve um aumento de interesse de sistemas de estacionamento autônomo e de frenagem de emergência, itens que estão sendo nacionalizados. A empresa ainda desenvolve câmeras inteligentes.

Já a ABG produz hoje corpos de borboleta para Volkswagen, Renault e Nissan e desenvolve alguns outros itens do eletrônica e automação. E pode entregar novas soluções conforme a necessidade de seus clientes.

Desafios

Delich citou a importância previsibilidade aos negócios. “É fundamental para o nosso tipo de atividade, não é um projeto de um ou dois anos, mas de cinco ou dez anos.”

Já o presidente da ABG mencionou as dificuldades que a companhia tem em aumentar a nacionalização e a própria produção. Desde a briga com o fornecedor chinês ou estadunidense, que já fabrica em volumes para 15 milhões de veículos, aos custos tributários para investir em novas tecnologias e os de logística.

Abage ainda tem metas para atuação do Grupo ABG no aftermarket. “Estamos olhando algumas possíveis aquisições para entrar nesse mercado de reposição. Hoje, nós não temos, mas pretendemos nos próximos cinco anos”.

Sua expectativa de crescimento é otimista. “Os investimentos recorde da indústria nos dá uma expectativa de termos produtos atualizados, de alta tecnologia, taxa de juros caindo, financiamentos aumentando e custando cada vez menos. Então, não tenho dúvida que a gente terá, no mínimo, três ou quatro excelentes anos pela frente”.

Fonte: Autodata
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 21/03/2024

 

Depreciação acelerada vai ampliar capacidade produtiva e modernizar o parque fabril, avalia CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera muito positiva para a economia a aprovação do PL 2/2024, que cria o programa de depreciação acelerada no cálculo do IRPJ e da CSLL para máquinas, equipamentos e instrumentos novos. A medida reduz indiretamente o custo financeiro de aquisição de bens de capital, cria condições mais favoráveis para a ampliação da capacidade produtiva e, por consequência, moderniza o parque fabril.

“Esse é um importante instrumento para a neoindustrialização. A depreciação acelerada é amplamente utilizada pelas principais economias no mundo, pela capacidade de estimular investimentos, criar empregos e impulsionar o crescimento econômico. A modernização do nosso parque industrial terá efeitos que transbordam para aumento da produtividade, com o uso de máquinas e equipamentos mais modernos e eficientes”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi.

O economista lembra que, de acordo com estudo recente da CNI, as máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade prevista pelo fabricante como ciclo de vida ideal.

Na avaliação da CNI, o texto substitutivo do relator, deputado Márcio Honaiser (PDT/MA), trouxe importantes aperfeiçoamentos em relação à versão original do projeto. Os principais avanços foram: incluir  bens de capital ou bens de informática e telecomunicação importados que estão dentro do regime de ex-tarifário e bens importados com benefícios fiscais de isenção; redução ou suspensão do imposto de importação sem similar nacional; adequação de prazo para aquisição dos bens com depreciação acelerada no período de um ano, a contar da data de publicação da regulamentação da lei; e assegurar que os valores depreciados de forma acelerada não estarão sujeitos à limitação de aproveitamento do prejuízo fiscal.

O projeto é um dos principais itens da Pauta Mínima da Agenda Legislativa da CNI, entregue nesta terça-feira (19) ao Congresso pelo presidente Ricardo Alban. Desta forma, a CNI aguarda a rápida aprovação pelo Senado Federal.

Como funciona a depreciação acelerada proposta pelo governo?

Pelas regras atuais da depreciação tributária, o investimento feito em uma máquina com vida útil de 10 anos deve ser deduzido do lucro real da empresa durante esses 10 anos. Assim, a cada ano, 10% do valor pago é abatido da base de cálculo em que deverá incidir o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A depreciação acelerada, nos moldes aprovado pela Câmara, permite a dedução do lucro real da empresa, em 2024, de 50% do valor da máquina e, em 2025, dos outros 50%. Nos anos seguintes, a empresa não terá valor a deduzir relativo a essa máquina. Nota-se que a medida equivale a uma antecipação do valor a ser deduzido no IRPJ/CSLL e não uma redução da tributação.

Na prática, essa medida, apesar de não diminuir a tributação total acumulada ao longo dos anos, ajuda o fluxo de caixa da empresa justamente no momento no qual ela tende a ter mais despesas, que é quando são feitos investimentos.

Fonte: Mirian Gasparin
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 21/03/2024

Test drive de drones chama atenção em dinâmica de máquinas de feira no RS

Um dos segmentos que mais chamam a atenção dos agricultores que visitam a Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo, é a dinâmica de máquinas agrícolas. Sob orientação da equipe técnica das revendas, os agricultores podem operar tratores de baixa e alta potência da John Deere e da Massey Ferguson, que estão equipados com escarificadores de solo. O test drive é concorrido e muitos visitantes voltam à dinâmica depois das atividades de demonstração, que ocorrem diariamente às 10 e às 15 horas.

Uma das atividades que mais desperta a curiosidade é a apresentação de um drone pulverizador com capacidade de 40 litros, que está em exposição no parque da Afubra na área da Líder Tratores.

“É uma tecnologia muito interessante e que vem despertando a atenção nas pequenas propriedades. Além da eficiência na pulverização de defensivos, é um sistema que traz mais segurança ao operador no manejo dos defensivos”, observa o coordenador da dinâmica, o professor Rafael Becker, subcoordenador do Curso de Agronomia da Unisc.

A apresentação das máquinas, com direito a avaliação e uso pelos produtores rurais que visitam a feira, acontecerá diariamente às 10 e às 15 horas, para o público em geral. Mas, interessados poderão comparecer ao espaço destinado à simulação das operações para obter mais detalhes e testar as máquinas.

A dinâmica de máquinas agrícolas é um setor tradicional da Expoagro Afubra, estrategicamente situado ao lado da exposição de máquinas e equipamentos, sendo as demonstrações realizadas desde a primeira edição da feira.

As atividades são conduzidas na área específica para esta finalidade, junto da área em que se concentram os expositores do ramo, e que totaliza 10 mil metros quadrados. É algo de grande importância para os agricultores que visitam a feira para fazerem investimentos para sua propriedade, pois nela os agricultores podem tirar suas dúvidas e decidirem a melhor máquina para sua necessidade", explica Teixeira.

Fonte: ABC Repórter
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 21/03/2024

 

Indústria da construção está otimista com cenário econômico atual, aponta CNI

Industriais do setor de construção estão confiantes com retrato atual da economia e apresentaram expectativas positivas para os próximos meses, segundo a Sondagem Indústria da Construção. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)consultou 327 empresas, entre os dias 1° e 11 de março, para apurar os índices de atividade da indústria da construção, a evolução do número de empregados, a confiança, as expectativas e a intenção de investimentos. 

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI) avançou 0,4 ponto em março de 2024, passando para 53,8 pontos. O resultado revela que os empresários da indústria da construção estão mais confiantes. O que provocou esse aumento foi o índice de expectativas, componente do ICEI que mensura as expectativas do empresário com relação à economia brasileira e à empresa para os próximos seis meses. Em março, esse índice avançou 1,2 ponto em relação a fevereiro, chegando a 57,0 pontos.  

“Esse crescimento de confiança aconteceu, principalmente, devido à melhora das expectativas do setor de Serviços especializados com construção, como instalações elétricas, hidráulicas e terraplanagem”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. 

 

Na mesma linha, todos os índices de expectativas da Sondagem Indústria da Construção ficaram acima de 50 pontos e constataram que os empresários da construção seguem confiantes e otimistas, com expectativas de crescimento do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, das compras de matérias-primas e do número de empregados. 

A pesquisa é realizada mensalmente em parceria com 23 Federações de Indústria e com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 

Nível de atividade e emprego apresentaram pequeno avanço 

O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção apresentou um avanço de 0,8 pontos em comparação com janeiro e ficou em 46,2 pontos em fevereiro de 2024. Por estar abaixo da linha de 50 pontos, o número ainda é considerado uma queda do indicador, mas é um movimento usual para o período. O resultado pode ser considerado positivo, pois é superior ao registrado em fevereiro de 2023 (46,0 pontos), além de ser maior do que a média histórica para o mês (45,4 pontos).  

Já o índice de evolução do número de empregados saiu de 44,9 pontos, em janeiro, para 46,0 pontos em fevereiro de 2024. O índice encontra-se abaixo da linha divisória de 50 pontos e é inferior ao índice de fevereiro de 2023 (47,6 pontos). Isso demonstra queda do número de empregados mais intensa nessa comparação. Por outro lado, o índice em fevereiro de 2024 foi superior à média para o mesmo mês de anos anteriores, de 45,0 pontos. 

Mais sobre a Sondagem Indústria da Construção 

A Sondagem Indústria da Construção foi lançada em 2010, seguindo os moldes da Sondagem Industrial, e tem como objetivo conhecer a tendência da atividade e as expectativas dos empresários da indústria da construção. 



Fonte: CNI
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 21/03/2024