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Incorporadoras venderam mais do que lançaram no terceiro trimestre

Na última quinta-feira (13), cinco incorporadoras divulgaram os balanços entre vendas e lançamentos relativos ao terceiro trimestre de 2022, e todas elas obtiveram o mesmo resultado: de crescimento significativo nas vendas e tímido nos lançamentos, na comparação anual.

Os desempenhos seguem padrões diferentes, apesar da semelhança, e o comportamento não é uma surpresa para os especialistas da área. Isso porque, ao analisar a conduta do mercado imobiliário, esperava-se um ritmo menor de novos projetos no segundo semestre, evitando a ampliação excessiva do estoque e fugindo do período eleitoral.

As incorporadoras são: Cury, Cyrela, Even, Melnick e Helbor.

CURY

A incorporadora Cury, ao divulgar o levantamento do terceiro trimestre, contou que os lançamentos cresceram 27,6% com a divulgação de seis novos empreendimentos. Do total, cinco ficam em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Juntos, eles somam Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 919,1 milhões.

As vendas líquidas da companhia, por sua vez, cresceram 29,8% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 885,8 milhões. Já a velocidade de vendas da empresa, medida pelo Índice de Vendas sobre Oferta (VSO), foi de 70,6% — um declínio de 3,4 pontos percentuais, considerando os últimos 12 meses.

De janeiro a setembro, a Cury registrou R$ 2,76 bilhões em lançamentos e R$ 2,53 bilhões em vendas líquidas — alta de 38% e de 29,7%, respectivamente, em relação aos primeiros nove meses de 2021.

A expectativa é de redução de atividades, já que o volume lançado e vendido até o momento é praticamente igual ao total de 2021. O presidente da incorporadora, Fabio Cury, conta que essa estratégia da empresa se deve à eleição e à Copa.

Assim, o preço médio das unidades lançadas subiu 10,6% no trimestre, na comparação anual, para R$ 251,8 mil. O valor médio das unidades vendidas, por sua vez, ficou em R$ 254,7 mil — representando crescimento de 16%.

CYRELA

A incorporadora Cyrela teve seus resultados celebrados pelos analistas dos bancos. Isso porque, em uma performance descrita como surpreendente, a empresa registrou crescimento de 49% nas vendas durante o terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2021. O volume (de R$ 1,7 bilhão) também é 36% superior ao registrado entre abril e junho.

O crescimento nos lançamentos da Cyrela foi de 22%, se comparado ao trimestre anterior, e o VSO de 12 meses ficou em 44,3%. A conduta representa declínio ante os 49,6% do terceiro trimestre de 2021, mas fica acima dos 44,2% registrados ao final de junho.

EVEN

O balanço da Even registra uma queda significativa nos lançamentos da empresa, de R$ 161 milhões em valor geral de vendas para o terceiro trimestre — declínio de 75,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Vale salientar, entretanto, que foram consideradas somente as participações nos quatro novos projetos do período.

Por outro lado, as vendas líquidas da Even cresceram 24%, frente ao mesmo intervalo do ano passado, e totalizaram R$ 342 milhões. O aumento, segundo a Even, foi impulsionado pela comercialização do estoque.

MELNICK

A gaúcha Melnick não fugiu ao padrão. Com elevação de 86,4% nas vendas no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2021, a incorporadora acumulou R$ 151 milhões em VGV. Em relação aos lançamentos, a apuração indica queda ao considerar somente o corresponde à participação da Melnick nos projetos. O VGV potencial lançado foi de R$ 155 milhões entre julho e setembro, em dois projetos — uma redução de 4,9% no ano.

HELBOR

Por fim, a incorporadora Helbor foi mais uma a apresentar evolução melhor nas vendas do que nos lançamentos, na comparação com o ano anterior. O terceiro trimestre trouxe um aumento de 11,7% nas vendas líquidas, que somaram R$ 469,6 milhões em VGV. Enquanto isso, os lançamentos recuaram 18,2%, para R$ 228 milhões.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 24/10/2022

 

Produção de estruturas em aço registra crescimento de 1,7% em 2021

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) – entidade gerida pelo Instituto Aço Brasil –, em parceria com a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), divulgou uma pesquisa que registrou crescimento de 1,7% na produção de estruturas em aço em 2021, em comparação com o ano anterior.

Os dados — de estruturas metálicas, torres de energia para transmissão, torres para energia eólica, estrutura para parque de energia solar e defensas metálicas — foram coletados através de 334 empresas, que participaram desta apuração, realizada anualmente. Para 2021, em especial, a pesquisa constatou que, juntas, essas empresas superaram a marca de um milhão de toneladas produzidas, um número expressivo para o setor.

A análise, chamada de “Cenário dos Fabricantes de Estruturas de Aço”, surpreendeu os especialistas, principalmente no quesito faturamento — ao registrar crescimento de 37,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conduta que tem proporcionado um cenário otimista para os próximos anos — e no quesito geração de empregos — considerando que o crescimento na quantidade de colaboradores foi de 0,7%, chegando a 31,3 mil profissionais, o número mais alto nos últimos 5 anos.

E o desempenho foi refletido em todas as áreas da construção em aço, já que, no total, durante todo o ano de 2021, as fábricas participantes produziram 1,04 milhão de toneladas de aço — o que representa um crescimento de 1,7% em relação a 2020, primeiro ano de pandemia.

Esse montante, que chegou aos R$14,3 bilhões em 2021, levou a um crescimento de 37,5% no faturamento das empresas — que, também segundo a pesquisa, praticamente triplicou nos últimos quatro anos.

Ao abordar as dificuldades dos grandes nomes desse setor, a pesquisa relatou que as principais adversidades são a manutenção do capital de giro (mencionada por 45,1% dos fabricantes) e a baixa qualificação do time como seu principal gargalo (mencionada por 34,6% dos fabricantes).

O CBCA e a ABCEM acreditam que as pesquisas servem como suporte para a promoção da construção industrializada em aço junto à sociedade, governo e mercado da construção civil, expondo a real importância e dimensão da construção em aço. Com esses dados foi possível averiguar o nível de expectativas do público em relação aos próximos anos, que é de otimismo. 

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 24/10/2022

Vendas desaceleram na China e estoques podem impactar mercado em 2023

As montadoras na China entregaram às concessionárias um volume recorde de carros: um milhão em nove meses. Mas com a desaceleração da economia do país, a maioria dos carros não saiu das lojas. Em relatório da China Merchants Bank International (CMBI), divulgado na quarta-feira, 19, analistas apontam preocupação com o excesso de estoque para 2023 e queda na venda de carros eletrificados.

Em setembro, a entrega de carros às concessionárias cresceu 33%, enquanto as vendas no varejo subiram apenas 9% – o que significa que há mais veículos em estoque nas lojas, tendência que pode pesar no mercado no ano que vem, segundo analistas.

“Nos deixa muito preocupados com o volume de atacado das montadoras em 2023”, aponta o relatório divulgado pela Reuters. “Esperamos que o volume de atacado da China caia em 2023, com declínio mais significativo para veículos com motor de combustão interna do que este ano”.

Vendas de elétricos também desaceleram

O mercado de veículos elétricos também sentiu o enfraquecimento da economia chinesa em setembro, quando a venda desses modelos teve o crescimento mais lento em cinco meses. A indústria esperava um resultado melhor para o final do ano, com os consumidores aproveitando para comprar carros elétricos antes de o governo cortar subsídios.

Para 2023, os analistas do CMBI apontam que a concorrência no setor de elétricos deve aumentar, mas o crescimento de vendas combinadas de carros elétricos puros e híbridos devem cair abaixo de 50%. "Acreditamos que pode ser muito mais difícil aumentar os preços de varejo em 2023 versus 2022 para manter as margens", disse a corretora.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 21/10/2022

 

Safra de grãos será a maior já registrada na história do Brasil

A safra de grãos deve alcançar novo recorde para 2022/2023, chegando em 312,4 milhões de toneladas, aumento de 15,32% em relação ao ano anterior. Já a soja e o milho, juntos, devem produzir 279 milhões de toneladas na temporada. A soja é responsável por 50% da produção, seguida por milho (40%), arroz (3,5%) e trigo (3%).

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento na safra de grãos se deve ao clima e ao crescimento em 3% da área plantada. Para o especialista Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, empresa de fertilizantes, “a alta se deve também às técnicas aprimoradas no manejo das culturas, controle de pragas e doenças, genética e o uso de fertilizantes, tanto no solo (macronutrientes) quanto na folha (micronutrientes)”.

As estimativas são de que a colheita de grãos seja a maior já registrada na história do Brasil, sendo a primeira vez que a safra alcança a casa dos 300 milhões de toneladas. O principal Estado na temporada de produção é o Mato Grosso, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul.

Com a alta da produção, a expectativa é de crescimento do nível de exportações. “Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro tem se destacado e vem disputando o mercado internacional em igualdade com outros grandes players, como Estados Unidos, China e Índia. Se mantivermos o ritmo de investimentos, aprimorando técnicas agrícolas com desenvolvimento tecnológico, novos recordes serão batidos constantemente. Isso consolida a posição de destaque do Brasil no mercado global de produção agrícola”, finaliza Leonardo.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 21/10/2022

 

Criação do FGTS Futuro estimulará a construção

Foi aprovada nesta semana pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma série de medidas voltadas às questões de infraestrutura e habitacionais para 2023. Dentre as novidades, está o FGTS Futuro, que permitirá que os trabalhadores possam amortizar ou liquidar dívidas de financiamento imobiliário, por meio de futuros depósitos em conta. 

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, a aprovação garante um reequilíbrio do mercado, além de aumentar o poder de compra do brasileiro. O tema, inclusive, foi debatido ontem durante o evento Construa Minas, que se estende até amanhã, na capital mineira, e que reúne  executivos e profissionais dos setores de construção civil e imobiliário. O secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Eduardo dos Santos, esteve presente e avaliou a medida como um importante passo para garantir um cenário promissor ao mercado neste momento.

Michel acredita que a medida é bastante relevante para 2023. “É uma decisão muito inteligente do governo federal, pois temos a convicção de que os lançamentos de imóveis vão aumentar ao patamar que existia anteriormente à pandemia. A medida vai alavancar o setor, por meio de um aumento do poder de compra”, analisa. Podem optar pelo FGTS Futuro, segundo o governo federal, as famílias cuja renda não ultrapasse R$ 2,4 mil.

Ele explica que, historicamente, o brasileiro tinha como opção para adquirir a casa própria o programa Casa Verde e Amarela. Como mercado de interesse em habitação social, esse mecanismo representava 50% das unidades lançadas no mercado imobiliário. O presidente do Sinduscon exemplifica que, em um cenário de serem lançadas por construtoras e incorporadoras 1 mil unidades habitacionais, por exemplo, 500 delas eram  pelo programa. Atualmente, segundo ele, o  percentual foi reduzido para 30%, o que dificultou o acesso das famílias à casa própria.

Como contrapartida, o governo precisou agir diante de um déficit habitacional expressivo. De acordo com o último censo de 2019 apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui aproximadamente 5,8 milhões de famílias em condições precárias de moradia. Dessas, cerca de 496 mil famílias vivem em Minas Gerais. Segundo os especialistas, esse número pode estar defasado diante da  uma grande mudança por  realidade da pandemia e do desemprego. 

“O governo precisou, então, adotar uma série de medidas para reequilibrar o mercado, para que as pessoas pudessem voltar a comprar imóveis. Dessa forma, o FGTS é como se fosse uma poupança forçada em que os valores são depositados mensalmente em conta. Esse fundo permite que seja utilizado com o objetivo de pagar a moradia ou dar um sinal, para que depois o imóvel seja financiado”, conta o presidente do Sinduscon.

Visão prévia

O FGTS Futuro, na prática, não tem um efeito imediato sobre o mercado. Michel elenca que, primeiramente, a Caixa Econômica Federal precisa se preparar para essa mudança. “É necessário que a Caixa possa se adequar neste momento, e os reflexos serão sentidos somente em 2023. Mas isto mostra que o governo está agindo imediatamente diante da visão de um possível desaquecimento do mercado imobiliário”, reitera Michel.

Mas para ele, o governo atuou com rapidez e isso demonstra a importância do setor para a economia nacional. O dirigente conta que no período de julho de 2020 a julho de 2022, ou seja, em 24 meses, o setor da construção civil criou 600 mil novos postos de trabalho no Estado. 

Outras ações

Dentro das medidas estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS, está a destinação de um aporte na ordem de R$ 68,1 bilhões para intervenções habitacionais. O investimento é R$ 3,7 bilhões a mais que os R$ 64,4 bilhões liberados neste ano. Já para atender às necessidade de melhorias na rede de saneamento básico, foi aprovado  um acréscimo de R$ 2,3 bilhões aos R$ 4,7 bilhões que já estavam aprovados, totalizando em um montante de R$ 7 bilhões em investimentos.

Com o objetivo de atender os projetos nacionais de infraestrutura urbana, foi mantido o limite aprovado para este ano de R$ 6,3 bilhões. O Conselho também bateu o martelo para o aumento de R$ 1 bilhão em descontos para o programa Casa Verde e Amarela, que terá  saldo da ordem de R$ 9,5 bilhões, com o intuito de beneficiar as famílias pela ação de estímulo de compra.

O Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) foi procurado pela reportagem. A entidade disse que ainda está avaliando as medidas aprovadas pelo governo federal e não iria se manifestar.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 21/10/2022

 

Tecnologia contribui para o desenvolvimento de empresas de transporte

A evolução da tecnologia é um aditivo para a mudança de cenário em muitos segmentos. O transporte rodoviário de cargas (TRC), um setor com processos analógicos tão enraizados, tem mudado a postura das lideranças e integrado o uso de ferramentas tecnológicas que surgem com o passar do tempo.

A chegada do 5G, por exemplo, vai abranger um novo tipo de rede, projetada para conectar praticamente tudo e todos, incluindo máquinas, objetos e os mais diversos dispositivos.

Com isso, possibilitará um avanço com relação da largura de banda e, consequentemente, da velocidade de transmissão de dados, permitindo maior confiabilidade, mais usuários simultâneos e, principalmente, baixas latências, o que oferecerá um enorme potencial para novos serviços sem fio de valor agregado.

Segundo Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, de Araranguá (SC), o uso dessa nova transmissão será benéfico, principalmente no TRC.

“A rapidez e a agilidade tendem a fazer parte do nosso cotidiano com a otimização de tempo”, comenta.

“No segmento, podemos esperar mais segurança nas viagens, câmeras ao vivo nas estradas e veículos funcionando pela rede de dados, além do controle de gastos de pneus e de relatórios de integridade do veículo, tudo de forma rápida e instantânea”, projeta.

Além desses benefícios, outro exemplo que mudará o cenário do transporte será a integração do reconhecimento facial, já presente nas plataformas de fretes com objetivo de prevenir fraldes e roubos de cargas nas estradas.

Segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), esses sinistros tiveram aumentos significativos (1,7%) no país em 2021, causando cerca de R$ 1,27 bilhão em prejuízo financeiro para o setor.

Ainda que exista um processo longo para a utilização dessa ferramenta em sua totalidade no modal rodoviário, internamente as empresas já se movimentam para buscar novas estratégias e se resguardar desses desafios recorrentes.

“Buscamos um controle intenso dos nossos processos, desde o momento da contratação até a operação”, assegura Franco, destacando que a empresa está sempre se atualizando, até mesmo com equipamentos de rastreamento.

“Nossa frota possui uma série de ferramentas de controle que funcionam de forma híbrida – com transmissão com sinais de celulares e de satélites para não arriscarmos perder o sinal. Temos sistemas gestores (multas, telemetria, controles diversos, maps de gerenciamento de risco) e, claro, o bom uso dos grupos de celulares”, descreve o executivo.

Além da busca de implementos inovadores, outros métodos “analógicos” são concentrados e utilizados para a finalidade da capacitação dos colaboradores, especialmente os motoristas.

O mais utilizado é o treinamento em direção defensiva, que consiste no monitoramento das ações por parte do condutor e deve ser associada à direção segura, ou seja, adotando precauções para evitar acidentes e preservar a saúde dos envolvidos.

“É importante ter uma troca de informações constante com os motoristas. Não é apenas o escritório ou a gerenciadora de risco com acesso às informações, são os motoristas nas ruas também”, complementa o empresário.

“Isso nos ajuda a elencar os melhores trajetos, pontos de parada e horários em que se deve ou não passar por algum trecho. Além disso, instruímos nossa equipe sobre como devem agir em situações estranhas”, finaliza.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 20/10/2022