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Vale deve ter semestre fraco e corte de projeções de produção, diz Citi

 “A empresa poderia optar por cortar a projeção e enquadrar isso como disciplina de produção", escrevem os analistas A Vale deve reportar produção de minério de ferro no segundo trimestre de 76 milhões de toneladas, estável em base anual e levando a uma queda no semestre, com o mercado parecendo já estar considerando uma redução nas projeções pela empresa, diz o Citi, em relatório.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Wesott escrevem que a produção do primeiro semestre deve somar 140 milhões de toneladas, 4 milhões abaixo do mesmo período do ano anterior, com a projeção de alcançar entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas parecendo difícil de alcançar, após 316 milhões de toneladas em 2021. A Vale divulgará seus dados de produção dia 19 de julho.

“A empresa poderia optar por cortar a projeção e enquadrar isso como disciplina de produção. Historicamente, US$ 100 por tonelada era um preço muito alto para suportar, mas os custos hoje são significativamente mais altos, especialmente para produtos de qualidade inferior”, escrevem os analistas

Para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do segundo trimestre, o Citi prevê US$ 6,4 bilhões, com o preço de ferro realizado impactado por cerca de US$ 12 por tonelada de efeitos provisórios negativos.

Os analistas afirmam ainda ter uma visão relativamente positiva sobre os preços do minério de ferro, esperando acima de US$ 100 por tonelada até o final de 2023. Com isso, as projeções para Ebitda de 2022 e 2023 foram reduzidas em 3%, para US$ 26,4 bilhões e US$ 22,8 bilhões, respectivamente, com base em pequenas mudanças nas premissas sobre preços e custos, dizem eles.

O Citi tem recomendação de compra para os recibos de ações da Valenegociados na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 16, potencial de alta de 28% ante o valor de US$ 12,45 negociado no momento.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/07/2022

 

CSN Mineração oferta R$ 1,4 bilhão em debêntures

A CSN Mineração iniciou nesta quarta-feira (13) as apresentações de “roadshow” da oferta pública de distribuição de debêntures simples, não conversíveis em ações, em até duas séries, de sua segunda emissão. Conforme o prospecto preliminar disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), serão ofertadas inicialmente 1,4 milhão de debêntures, no valor nominal unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 1,4 bilhão.

A quantidade de debêntures inicialmente ofertadas poderá ser aumentada em até 4,65%, ou seja, em até 65.100 debêntures.

O “roadshow” vai até 26 de julho, e o período de reserva ocorre entre os dias 20 e 26 do mesmo mês. O procedimento de coleta de intenções de investimentos (“bookbuilding”) será no dia 27 de julho. Ainda conforme o cronograma, o registro da oferta na CVM está previsto para 11 de agosto.

Segundo a companhia, os recursos líquidos captados por meio da emissão de debêntures serão destinados para investimento, pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas ao projeto de investimento em infraestrutura portuária, no setor de logística e transporte, denominado "Projeto Expansão TECAR - Terminal

Portuário de Granéis Sólidos - Porto de Itaguaí - Segunda Etapa", proposto pela empresa.

Os coordenadores da oferta são XP Investimentos, BTG Pactual, UBS BB e Banco Safra.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/07/2022

 

AGCO anuncia investimentos de R$ 340 milhões no País

A AGCO, fabricante e distribuidora mundial de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão, reforçou nesta quinta-feira (14 de julho), durante evento em Brasília (DF), seu compromisso com o agronegócio brasileiro, a partir de investimentos de R$ 340 milhões em novas tecnologias e linhas de montagens em suas fábricas no país.

O anúncio foi feito pelo Chairman, Presidente e CEO da AGCO, Eric Hansotia; e pelo Gerente Geral AGCO e Vice-presidente Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira.

“Os agricultores enfrentam hoje uma pressão significativa para produzir mais alimentos usando menos insumos. Estamos comprometidos em fornecer as tecnologias inovadoras de agricultura de precisão que eles precisam para aumentar a renda agrícola, minimizando os insumos e o impacto”, afirma Hansotia.

A companhia, que detém as marcas Fendt, Massey Ferguson, Precision Planting e Valtra, vai aumentar a capacidade de montagem de tratores de linha pesada na unidade Mogi das Cruzes (SP), ampliando sua área de 42.000m?2; para 57.000m?2; e criando um centro logístico inteligente para armazenamento de peças, com AGVs (sigla em inglês para Veículo Guiado Automaticamente) e robôs colaborativos.

“É o primeiro passo para ter no futuro a fabricação nacional dos tratores Fendt Vario 900 e MF 8700 S Dyna-VT. Nosso objetivo é transformar a fábrica de Mogi das Cruzes em uma das mais tecnológicas do grupo no mundo”, explica Junqueira.

Na fábrica de Ibirubá (RS), os recursos serão utilizados para a fabricação dos novos modelos da plantadeira Momentum.

Projeto 100% nacional, o implemento foi lançado em 2019 e revolucionou mercado de plantadeiras no Brasil, abrindo um novo segmento de máquinas transportáveis, de alto rendimento e que entregam um resultado altíssimo para o produtor.

Além da ampliação da área de 7.000m?2; para 20.000m?2;, a unidade gaúcha receberá modificações para tornar o processo de fabricação mais sustentável.

A iniciativa é pautada na estratégia de sustentabilidade AGCO, que busca oferecer soluções focadas no agricultor para alimentar nosso mundo de forma sustentável.

Serão implantados sistema de reaproveitamento de água, painéis solares e novo processo de pintura, com menor emissão de voláteis orgânicos, melhor ergonomia para o colaborador, mais automação e ganho de 40% na capacidade de peças pintadas.

Zero emissões

Durante o evento, a AGCO também informou que, a partir deste ano, suas operações no Brasil vão utilizar apenas energia de fontes renováveis.

A iniciativa inclui as nove unidades da empresa no país, entre fábricas, centros de distribuição e escritórios, que consomem 42 mil MWh por ano.

Essa mudança contribuirá positivamente para as metas declaradas da AGCO de reduzir a intensidade das emissões de gases do efeito estufa em 20% e atingir 60% de energia renovável nas operações globais.

Fonte: Portal DBO
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 15/07/2022

Indique para um amigo do mercado

Custo da construção segue em alta

 Dados são de câmara setorial; em São Paulo, setor teve boom em financiamentos para projetos de investimento Depois de registrar incremento de 2,28% em maio deste ano, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aumentou 2,14% em junho, o que correspondeu a sua terceira maior elevação, para esse mês, dos últimos 28 anos. Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, somente em junho de 1995 (3,12%) e em junho de 2021 (2,16%), as altas foram superiores. Com esse resultado, o indicador aumentou 7,53% no primeiro semestre de 2022 e 11,57% nos últimos 12 meses.

“Particularmente em junho de 2022 o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,07%, o custo com a mão de obra aumentou 3,35% e o custo com serviços 0,68%”, disse.

No custo com materiais e equipamentos, foi observado que os vergalhões e arames de aço ao carbono, depois de aumentarem 1,64% em abril, e 6,97% em maio, registraram alta de 3,06% em junho.

“O cimento foi outro insumo que continuou aumentando: 5,38% em abril, 5,56% em maio e 3,15% em junho. No primeiro semestre de 2022, o cimento já apresentou incremento de 16,84% em seus preços. Essas altas contribuem para manter o custo da construção em patamar elevado, prejudicando as atividades do setor, gerando incertezas, instabilidades e preocupação em relação aos futuros lançamentos. Vale destacar que há 24 meses consecutivos a alta dos insumos é um dos principais problemas enfrentados pela construção”, afirmou Ieda.

Em junho de 2022, a variação de 3,35% registrada no custo com a mão de obra aconteceu em função do incremento observado em seis, das sete capitais componentes do INCC: Brasília (1,57%), Rio de Janeiro (2,37%), São Paulo (5,09%), Salvador (3,54%), Recife (3,91%) e Porto Alegre (2,26%).

“É importante ressaltar que é nos meses de maio e junho que se concentram as datas bases dos trabalhadores do setor nas cidades pesquisadas pelo INCC e, por esse motivo, historicamente, observa-se maior aumento do custo nesse período”, explicou.

A economista ainda mencionou que, desde julho de 2020, a construção civil vem sentindo as fortes elevações nos seus custos, especialmente em função das altas nos preços dos insumos. De julho de 2020 até junho de 2022, o INCC já aumentou 30,94%.

“Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 52,70%, o custo com a mão de obra registrou elevação de 18,46% e o custo com serviços aumentou 17,74%. Observa-se, portanto, que o incremento no custo com os insumos foi a maior fonte de pressão na elevação dos custos da construção. É importante ressaltar que, neste período em análise, o IPCA aumentou 21,23%”, apontou.

Em 2021, o Produto Interno Bruto da construção civil cresceu 9,7%, o maior crescimento anual desde 2010. Diante desse cenário, o setor teve um “boom” de financiamentos do Desenvolve-SP para novos projetos. Desde o início da pandemia, em março de 2020, até maio deste ano, os financiamentos da agência de fomento para o setor somaram R$ 215,6 milhões em 190 operações de crédito.

Desde a criação do Desenvolve-SP, em 2009, foram desembolsados R$ 333,7 milhões para a construção civil. Ou seja, 64% do total aportado pela agência de fomento para o setor foram financiados após o início da pandemia.

Do montante financiado pela agência de fomento ao setor, R$ 167,3 milhões foram destinados para projetos de investimento, equivalente a cerca de 80% do total. Ou seja, a grande maioria dos recursos foi aportado para ampliação dos negócios. Os demais desembolsos tiveram como finalidade capital de giro (R$ 32,1 milhões) e aquisição de máquinas e equipamentos (R$ 3 milhões).
Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/07/2022

 

Alacero prevê recuo de 8% no consumo de aço na América Latina em 2022

Com o mercado brasileiro representando pouco mais de um terço do volume, o consumo de aço na América Latina deverá registrar, neste ano, um recuo da ordem de 8%, na média, ante o ano passado. Essa é a expectativa revisada da Alacero, entidade que reúne mais de 60 fabricantes de produtos siderúrgicos na região.

A avaliação, diz Alejandro Wagner, diretor-executivo da Alacero, é que, nos últimos meses, desde o fim de fevereiro, fatores de peso tiveram forte influência sobre as projeções para o ano. Ele cita a guerra da Rússia na Ucrânia, a política de covid zero da China e o temor de recessão mundial, principalmente nos EUA, devido à alta da inflação.

No início de março a entidade tinha divulgado projeção de queda de 2,1% para este ano, um porcentual que mostrava apenas um leve ajuste no consumo ante o desempenho visto em 2021.

Wagner observa que o mercado de aço cresceu muito no ano passado, com demanda reprimida, mas principalmente devido à recomposição de estoques nas cadeias de consumo. Durante o auge da pandemia, em 2020, ocorreu profundo desarranjo na produção das siderúrgicas, com paralisação de operações por meses. Isso demandou tempo para que voltasse à normalidade e à acomodação da demanda.

No ano passado, o consumo aparente de produtos siderúrgicos na América Latina atingiu 74,8 milhões de toneladas, 27% sobre o ano anterior. “Mesmo caindo 8%, ainda vamos ficar com um volume de consumo superior ao de anos anteriores à pandemia (de 2017 a 2019, foram 66 milhões”, afirma Wagner.

Para o próximo ano, segundo o executivo, espera-se uma recuperação, na faixa de 4% na comparação com o volume de 2021 para o consumo da região. Depois do Brasil - com mais de 26 milhões de toneladas -, o México é o grande consumidor de aço da região - cerca de 25 milhões.

A construção civil lidera o consumo de aço nos países latino-americanos, com 48,3%, seguida pelos setores metal-mecânico (17,1%), automotivo (16,8%), manufatura de produtos metálicos (12,4%), equipamentos elétricos (2,2%), transporte (2%) e bens eletrodomésticos (1,2%).

A produção de aço bruto ficou em 64,6 milhões de toneladas no ao passado, alta de 15% sobre volume de 2020. Mais da metade do volume foi do Brasil (36 milhões de toneladas). O consumo per capta médio na região foi de 120 kg por habitante. O setor tem 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos.

Segundo Wagner, os impactos da guerra da Ucrânia foram mais fortes para a Europa e as sanções à Rússia não surtiram tanto efeito no mercado latino-americano.

Nesse cenário, informou que as empresas siderúrgicas da AL vêm buscando oportunidades de exportações - por exemplo, EUA e Ásia, com preços ainda bons. E também dentro da região.

Desvios de mercado e subsídios, principalmente da China, continuam a ser uma preocupação dos produtores afiliados à Alacero. De 66 ações antidumping abertas na região, 43 foram contra aço de origem chinesa. “Para o médio e longo prazo vemos indícios de melhoras, com a China preocupada em investir mais em aços menos poluentes para demanda interna”.

O executivo destaca que, desde o ano passado, neste e para 2023, se observa crescimento nas decisões de investimento na região, voltados principalmente para ganhos de eficiência energética, aços de maior qualidade, redução de impacto ambientais e projetos de descarbonização. “Nossa pegada de carbono é de 1,66 tonelada de CO2 para cada tonelada fabricada, ante média mundial de 1,89 tonelada e das 2,17 toneladas emitidas na China”.

Ele destaca que a região é favorecida para se desenvolver energias renováveis (eólica e solar) e cita o Brasil e Argentina, como destaques. Lembra que o gás natural será elemento-chave (de transição), no curto e médio prazos, entre os fósseis e as renováveis.

O futuro, completa Wagner, passará por energias renováveis, pela eletrificação, por hidrogênio verde e por sistemas de captura e armazenamento de carbono.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022

 

Exportações de sucata aumentam 28% no semestre

As exportações de sucata ferrosa, matéria-prima usada na fabricação de aço tanto por siderúrgicas integradas quanto por usinas de fornos elétricos, fecharam o semestre com aumento de 28% na comparação com mesmo período de 2021, informou o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), citando números divulgados pelo Ministério da Economia.

Foram embarcadas 231,5 mil toneladas no total, ante 180,7 mil toneladas nos seis primeiros meses do ano passado. Já em junho, conforme o Inesfa, o volume exportado registrou retração de 72%, com apenas 12,8 mil toneladas, em relação a um ano atrás.

A queda nos embarques, explica a entidade, se deve à maior oferta do produto verificada no exterior, reduzindo a demanda pela sucata brasileira. Ao mesmo tempo, as processadoras estão direcionando mais vendas para o mercado brasileiro, diz o Inesfa.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022