Notícias

Commodities derrubam exportações e setor externo dá contribuição negativa para PIB, diz IBGE

O desempenho das commodities no segundo trimestre, com queda em soja, minério de ferro e petróleo, puxou as exportações para baixo no período e o setor externo teve contribuição negativa para o Produto Interno Bruto (PIB).

A avaliação foi feita pela coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

As exportações recuaram 2,5% no segundo trimestre, ante o primeiro trimestre, enquanto as importações tiveram alta de 7,6%. Na comparação anual, as exportações registraram queda de 4,8%, ritmo superior ao recuo de 1,1% das importações.

“A queda na exportação de bens está relacionada com o desempenho da agropecuária, muito por causa da soja, principal produto exportado, que recuou. Também tem a parte de minério de ferro e do petróleo. Além disso, teve valorização cambial”, disse ela.

No caso da soja, houve queda na produção após problemas climáticos. Já a indústria extrativa, que inclui minério e petróleo, também foi afetada pela menor demanda da China, que passou por novo lockdown por causa de covid-19.

Por outro lado, as importações foram beneficiadas, segundo Rebeca Palis, pela indústria, especialmente de bens intermediários, usados como insumo para a produção. O movimento reflete, explica ela, o começo de normalização das cadeias globais de produção, que ainda enfrentam problemas, mas estão numa situação melhor.

“Isso fez com que o setor externo tivesse contribuição negativa para o PIB. Foi um PIB que cresceu muito puxado pela demanda interna”, explicou Palis.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

Setores da indústria têm cenários heterogêneos para o futuro, diz XP

O processo de normalização da oferta e a demanda em expansão favoreceram o bom desempenho da indústria no segundo trimestre, especialmente da de transformação, afirma Rodolfo Margato, economista da XP.

Para o restante do ano, o cenário é heterogêneo para a indústria — setores dependentes de renda devem ter performance melhor do que aqueles que dependem de crédito, argumenta.

O PIB da indústria teve expansão de 2,2% no segundo trimestre frente ao primeiro, feito o ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse crescimento é explicado pelos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

“O dado do PIB em si foi bom, mas o que mais chamou atenção foram as aberturas. O consumo das famílias, o desempenho significativo do mercado de trabalho, a renda disponível e a reabertura indicam demanda interna sólida. Os componentes emites sinal ainda mais positivo do que o número geral [do PIB]”, afirma o economista.

Ele argumenta que os componentes da indústria que mais surpreenderam foram construção civil e serviços industriais de utilidade pública - no PIB, além do setor manufatureiro e extrativo, a indústria engloba construção civil e produção e distribuição de energia e gás.

A construção foi puxada pelo investimento público de governos estaduais, com formação bruta de capital fixo, e aumento da massa de renda real do setor, afirma. Já os serviços industriais de utilidade pública tiveram como contribuição relevante a produção de eletricidade.

“No ano passado, o valor adicionado desse componente havia caído bastante, por conta do acionamento das usinas termelétricas. Mas nos últimos dois trimestres, houve participação crescente das hidrelétricas, com normalização das chuvas”, argumenta.

Para o segundo semestre, contudo, Margato espera desaceleração da atividade, o que deve se refletir na indústria.

Ele prevê um cenário heterogêneo para a indústria no segundo semestre. Além de problemas de oferta de insumos, que ainda afetam setores como o automotivo, ainda que cada vez menos, a indústria deve se ver limitada por restrições de renda e crédito.

“Para os bens que são mais sensíveis a crédito, como móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a desaceleração deve ficar mais clara daqui para frente, até porque houve antecipação do consumo desses bens nos últimos dois anos, embalado por juros baixos”, diz, ao prever que o aperto monetário pese para setores que dependem de crédito.

“Quando olhamos bens como alimentos, bebidas e vestuário, a renda ainda aparece em trajetória firme de crescimento até o fim do ano, por conta de estímulos fiscais e queda da inflação no curto prazo.”

Margato afirma que cenário projetado para a indústria adiante é, portanto, heterogêneo. “Setores mais sensíveis à renda, portanto, devem ter performance superior àqueles que dependem de crédito e investimento, que devem ter desaceleração”, conclui.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

Manutenção na Coqueria 3 da Usiminas é feita em Ipatinga

Uma atividade de manutenção na Coqueria 3 da Usiminas, em Ipatinga, foi realizada na manhã desta quinta-feira (1). Em comunicado divulgado à comunidade, a empresa informou que havia possibilidade de gerar emissões atmosféricas (fumaça e chamas) eventualmente visíveis em algumas localidades no entorno à Usina de Ipatinga.

Segundo o comunicado, “o processo não oferece riscos à segurança e à saúde da comunidade, e será devidamente monitorado pelas equipes de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Produção e Manutenção, integrando o plano de manutenção da Coqueria 3, que se encontra em curso”.

Coqueria 2
No dia 26 de agosto, a Usiminas anunciou a realização de reparos emergenciais e definitivos da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, no valor de R$ 1,1 bilhão. A informação foi divulgada em comunicado ao mercado e acionistas da empresa.

Ainda nesse comunicado, o Conselho de Administração da Usiminas aprovou a realização dos seguintes investimentos pela companhia: reparos emergenciais e definitivos da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, no valor de R$ 1,1 bilhão, a ser desembolsado da seguinte forma: ano de 2022 (R$ 57 milhões), 2023 (R$ 97 milhões) e 2024 a 2026 (R$ 951 milhões), somando um total de R$ 1,105 bilhão.

Expectativa de investimento
O comunicado também apontou que a Usiminas mantém a expectativa de investimentos para o ano de 2022 em R$ 2,05 bilhões, conforme divulgado no fato relevante de 11 de fevereiro de 2022. Adicionalmente, a Usiminas informa que a estimativa de investimentos para o ano de 2023 é da ordem de R$ 2,4 bilhões.

Fonte: Diário do Aço
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/09/2022

Thyssenkrupp conclui a venda do negócio de mineração para a FLSmidth

A thyssenkrupp anuncia a conclusão da venda da sua unidade Mining Technologies à empresa dinamarquesa FLSmidth. Com o fechamento da transação, a companhia renova o foco do seu portfólio. A conclusão do negócio melhora a sua posição financeira líquida e, assim, fortalece o balanço. A venda da unidade de mineração havia sido anunciada em julho de 2021.

“Com a venda do negócio de mineração, estamos estreitando ainda mais nosso portfólio e dando uma grande contribuição para tornar a thyssenkrupp um grupo altamente eficiente e com negócios fortes, independentes e especializados”, afirma Volkmar Dinstuhl, CEO do segmento Multi Tracks.

O executivo destaca que “a FLSmidth é um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia para a indústrias de mineração e cimento. Estamos convencidos de que a thyssenkrupp Mining Technologies terá perspectivas futuras atraentes e oportunidades de desenvolvimento dentro da nova estrutura.”

Nos últimos dez meses, o segmento Multi Tracks da thyssenkrupp já concluiu a venda do negócio de Infraestrutura e da usina de aço inoxidável AST. Com a finalização da venda da unidade de mineração, o grupo alcança, assim, a terceira negociação no exercício fiscal atual.

A thyssenkrupp Mining Technologies oferece soluções de mineração personalizadas e emprega cerca de 2.200 pessoas em mais de 40 locais em todo o mundo, incluindo Brasil, Chile e Peru.

 
Fonte: Portos e Navios
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/09/2022

Licenciamentos de veículos voltam a crescer em agosto

O volume de licenciamentos realizados em agosto superou em 6,6% aquele registrado em julho, então melhor mês do ano em termos comerciais. Segundo dados da Bright Consulting, o total de emplacamentos no mês foi de 194,1 mil unidades.

O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa do setor de distribuição, que esperava um volume superior às 200 mil unidades. De qualquer forma, é para se comemorar: o crescimento sobre agosto do ano passado, quando foram emplacados 173 mil veículos, foi de 12%.

A consultoria estima que cerca de 35 pontos percentuais das vendas diretas realizadas em agosto tiveram como destino as locadoras, que por ora recompõem seus estoques.

Fiat lidera licenciamento de veículos em agosto

O ranking de vendas por marca permanece inalterado nas primeiras posições na comparação com julho: a Fiat vendeu 44,2 mil unidades e mantém a liderança com 22,7% de participação. A Volkswagen aparece na segunda posição, com 32,9 mil e fatia de 16,8%. A General Motors, por fim, fica em terceiro lugar, com 30,5 mil unidades e market share de15,7%.

A respeito do ranking de modelos, a picape Fiat Strada, que foi superada pelo Volkswagen Gol em julho na lista, voltou à liderança, com 14,1 mil unidades vendidas. Já o compacto da VW ficou em segundo lugar. O Hyundai HB20 subiu da quarta para a terceira posição, passando o Chevrolet Onix.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 02/09/2022

 

Venda de máquinas na Expointer consolida confiança no Agro

Um movimento atípico no complexo dos estandes de máquinas agrícolas da Expointer 2022 sinaliza que os negócios do setor estão turbinados na mostra. Neste ano, muitos clientes estão antecipando a aquisição de equipamentos para a colheita da safra de verão, tradicionalmente comprados nos meses de janeiro e fevereiro.

Esse comportamento, explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos, confirma a tendência de atingimento da meta de faturamento da feira, de R$ 4 bilhões. “É possível que consigamos até ultrapassar esse valor. Temos conversado com as empresas expositoras, grandes e pequenas, e todos manifestam satisfação com os resultados até aqui”, diz o dirigente.

Uma referência desse ambiente favorável pôde ser verificado na quarta-feira. Normalmente, esse costuma ser um dia de menor presença de público. Mas os corredores das gigantes de ferro estavam cheios, e os times de venda nos estandes das empresas trabalhavam intensamente.

Foi assim na John Deere, onde os guichês de negócios passaram o dia cheios. “Nossa percepção da feira é muito positiva. Nos primeiros dias de negócio tivemos volumes de comercialização superiores ao esperado. A procura por máquinas, tecnologia e pós vendas continua em ritmo acelerado”, diz o gerente de Marketing Tático, Bruno Muller.

A empresa tem boas expectativas para este ano, mesmos com os desafios postos. De acordo com o relatório trimestral finalizado em agosto, a expectativa é de um aumento de até 15% no mercado de tratores e colheitadeiras na América do Sul, sendo o Brasil o propulsor para este crescimento. “O agricultor brasileiro sabe da importância da renovação de seu parque tecnológico de máquinas, que ajuda no aumento da produtividade da lavoura”, observa Muller.

Na New Holland Agriculture, 2022 vem sendo marcado como o ano da retomada da participação da empresa nas diversas feiras agropecuárias pelo País. A presença maciça do público no estande anima o diretor de Mercado Brasil, Eduardo Kerbauy.

“Nossa expectativa para a Expointer é de vendas superiores às edições anteriores. Sentimos o produtor rural com esperança renovada. O Rio Grande do Sul enfrentou seca no começo do ano, o que causou certa frustração, mas agora a perspectiva de produção de grãos para esta safra de verão é muito boa.”

Diretor de Vendas da Massey Ferguson, Alexandre Stucchi diz que o mercado brasileiro de máquinas e equipamentos agrícolas está aquecido. “A expectativa de crescimento é de 5% em 2022, e a Expointer deve refletir esse momento. Nossa previsão de negócios é positiva. A janela de negociação e vendas de uma feira é ampla. Além das vendas concretizadas durante o evento, muitas vezes, temos negociações que se iniciam durante o período da feira, quando o produtor tem contato com as nossas soluções, e são concluídas após o evento.”

Bons ventos sopram também sobre a Case IH, que tem expectativa de aumentar em 20% os resultados verificados na Expointer de 2019, tanto em volume quanto em valores corrigidos. Conforme Juliano Vicari, gerente comercial do grupo na Região Sul do Brasil, o interesse do produtor que vai ao parque de Esteio e mesmo daquele visitado pelas equipes de venda é muito grande. “Os preparativos para o plantio indicam cenário positivo para os próximos meses. Percebemos os produtores muito motivados, o que aponta bons negócios não apenas na feira, mas como efeito pós-evento, até a safra do próximo ano.”

Marca japonesa alcançou meta no quarto dia da mostra

Com 60 anos de Brasil, e presente na Expointer desde 2017, a marca japonesa Yanmar, de máquinas agrícolas e para a construção civil, já atingiu, na metade da feira, a meta total de vendas projetada para o evento. No movimentado estande do parque Assis Brasil, mais de 80 tratores e escavadeiras de pequeno porte já foram comercializados.

A marca, cujo público-alvo são o pequeno e o médio produtor rural, trouxe à Expointer 19 produtos. Conforme o gerente de Marketing da empresa, Igor Souto, o ambiente da mostra agropecuária está muito favorável à realização de negócios. “O produtor não veio ao parque apenas para olhar, mas para investir na propriedade.

Não se compra máquinas pela internet. O cliente quer conversar, ver pessoalmente, sentar, sentir o equipamento. Por isso as vendas estão fortes”, observa Souto.

As vedetes de vendas da marca neste ano são os tratores, como o Yanmar Solis 60, adquirido neste ano por Erni dos Santos Rosa, de Venâncio Aires. O negócio foi fechado em março, durante a ExpoAgro Afubra, em Santa Cruz do Sul, mas o agricultor já estava de olho em novas oportunidades em Esteio.

Cliente da Yanmar há nove anos, Santos mantém a família em uma propriedade de sete hectares, onde desenvolve a fumicultura e uma pequena criação de bovinos de corte. “Enfrentamos três anos de escassez de chuvas, mas o trabalho na propriedade vai muito bem”, diz, faceiro, o agricultor, que financiou em sete anos cerca de 20% do valor do trator, hoje comercializado por R$ 162 mil.

Em visita ao estande da Yanmar, na quarta-feira, o agricultor foi conhecer a gama de tratores com cabina. “Troquei de equipamento há pouco tempo, mas o futuro a Deus pertence”, brinca Santos.

Mercado de aluguel de máquinas esquenta no Estado

O agricultor ganha mais uma opção para investir na sua lavoura. Como alternativa a investir uma considerável quantia de dinheiro para adquirir um equipamento novo nas revendedoras, surgem as locadoras de máquinas, com opções de aluguel diversificadas para diferentes tipos de uso.

Este time de mercado está crescendo no País. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, cerca de 30% dos negócios envolvendo máquinas da linha de construção foram direcionados ao mercado de aluguéis. Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, cerca de 20 a 22% das máquinas de construção comercializadas pela Verdes Vales, revendedora da John Deere no Estado, tem como destino a agricultura.

“São escavadeiras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras que ajudam o agricultor a melhorar a propriedade dele. Hoje, ele não consegue expandir mais a área, mas ele consegue melhorar a área para fazer maior produtividade. Para isso, ele utiliza máquinas de construção”, afirma Tales Barbosa - gerente geral de negócios, construção e pavimentação da Verdes Vale.

A concessionária também aluga máquinas para agricultura - um mercado que tem se aquecido nos últimos 90 dias e desperta curiosidade dos visitantes na Expointer. Geralmente quem aluga maquinário são produtores que arrendam terra para uma safra e não quer investir pesado em maior número de equipamentos, ou apenas quem não tem capacidade de empenhar capital de giro no momento.

Por exemplo: uma retroescavadeira de R$ 530 mil pode ser alugada por R$ 14 mil mensais, em um contrato de 36 meses, com franquia de 200 horas/mês em um equipamento novo ou seminovo, com manutenção durante o tempo de contrato, gestão de telemetria e acompanhamento remoto.

Fonte: Jornal do Comércio
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 02/09/2022