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MS: Queda do poder de compra preocupa construção civil

Apesar de o setor da construção civil e imobiliário continuarem aquecidos em Mato Grosso do Sul, o baixo poder de compra do consumidor tem preocupado representantes do mercado. 

Além do aumento dos materiais para construção, com a inflação a acelerada  a população perde a capacidade de comprar.

De acordo com o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Diego Canzi Dalastra, essa questão tem preocupado pois não se sabe, também, como estará o poder de compra ao final da obra, quando terá o custo final.

“O  setor da construção civil continua aquecido. O problema é que o mercado ainda não conseguiu passar completamente o aumento dos materiais." 

"A preocupação está justamente aí, quando repassar o aumento total dos materiais, o valor da parcela dos financiamentos imobiliários, consequentemente, vai subir por conta do valor do imóvel que sobe e aí ele não cabe dentro do poder de compra do consumidor”, destaca Dalastra.

“O cenário hoje é preocupante, é um alerta porque a gente  não sabe como isso vai se comportar, como a nossa cadeia produtiva é uma cadeia longa, eu inicio uma obra hoje, com expectativa de ela ficar pronta daqui 6, 10, 12 meses."

"Então, eu só tenho meu custo final daqui a alguns meses. E aí que eu vou precisar ter o recurso financeiro lá na frente”, acrescenta.

Paralelo a isso, o presidente da Acomasul lembra que os materiais continuam em falta, com prazo de entrega prolongado, além dos materiais de construção e os juros imobiliários terem tido majoração.
Fonte: Cenário MT
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 06/12/2021

Minério de ferro sobe com perspectiva de flexibilização da política monetária chinesa

Os contratos futuros do minério de ferro em Dalian e Cingapura subiram nesta segunda-feira, na esperança de que uma flexibilização da política monetária na China possa conter os riscos de queda enfrentados pela maior produtora e consumidora de aço do mundo, mas os ganhos foram limitados por temores de controle da produção de aço.

O sentimento geral permaneceu otimista depois que o primeiro-ministro Li Keqianga disse na sexta-feira, segundo a mídia estatal, que a China cortará as taxas de depósito compulsório dos bancos.

No entanto, um alerta de poluição na principal cidade siderúrgica do país, Tangshan, o que significa cortes de produção no setor industrial, incluindo aço e coque, e preocupações com as dívidas das incorporadoras imobiliárias chinesas diminuíram o otimismo dos investidores.

O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em alta de 1,6%, a 615,50 iuanes (96,58 dólares) a tonelada, após disparar 4,2% no início da sessão.

O contrato de janeiro do ingrediente siderúrgico na Bolsa de Valores de Cingapura subia 3%, para 104,65 dólares a tonelada, às 8h07 (horário de Brasília).

"Embora esperemos que a produção de aço e a demanda de minério de ferro chinesas contraiam em 2022, a perspectiva de flexibilizar a política monetária e as 'três linhas vermelhas' da China devem suavizar a desaceleração", disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.

Os reguladores chineses introduziram requisitos financeiros que os desenvolvedores devem cumprir para obter novos empréstimos bancários, que foram apelidados de "as três linhas vermelhas".

O minério de ferro spot da China foi negociado a 104,50 dólares a tonelada na segunda-feira, estável, com base nos dados da consultoria SteelHome.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,7%, enquanto a bobina a quente caiu 0,2%.

O carvão metalúrgico avançou 1,3% e o coque subiu 3,1%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/12/2021

2022 será bom ano para ferro, aço e alumínio, prevê XP

O relatório elaborado pela XP, corretora de valores, prevê um mercado mais equilibrado para 2022, acreditando na redução gradual dos efeitos do Covid-19 na economia.

Os preços do minério de ferro deverão se manter nos níveis atuais, já que o crescimento da demanda da China está estável e as importações do minério devem se normalizar depois das Olimpíadas de Inverno e a desaceleração da crise energética de 2021 no país.

A previsão é de que a commodity seja negociado em média de US$ 100 por tonelada em 2022.

O alumínio é o favorito para 2022. A previsão é que o déficit global na indústria do metal e o aumento dos custos energéticos devem manter altos os preços e prêmios de alumínio.

No Brasil a demanda deve continuar crescendo, devido à expansão dos setores da construção e transporte.

O aço tem perspectivas piores do que de 2021, mas ainda assim são consideradas boas pelos analistas da corretora. A expectativa é de que “a demanda por aço no Brasil deve se beneficiar de uma recuperação gradual pelo segmento de construção”.

A XP acredita que o aumento da oferta de ferro (impulsionada pela Vale) deve ser compensado pelo aumento da demanda de aço nos Estados Unidos e Europa.

Já os aços longos devem manter um bom desempenho devido aos lançamentos de novos imóveis.

Entretanto, a queda dos preços internacionais de aço e a redução da diferença entre os valores do aço e do ferro devem impactar no mercado.

Quanto à celulose, há uma preocupação que os preços da celulose de fibra curta (BHKP) caiam ainda mais na China. Ainda sim, há chances de estabilidade, devido ao crescimento do PIB que mantém a demanda saudável, a restrição de oferta e a elevação do custo marginal.

A previsão é de que o preço da celulose fique em US$ 580 por tonelada, mantendo as vendas dos produtores brasileiros estável.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

Vale pretende investir US$ 5,8 bilhões em 2022

Sem projetos faraônicos na carteira de investimentos como no passado, a mineradora Vale (BOV:VALE3) divulgou ontem, durante encontro presencial com analistas na Bolsa de Nova York, que pretende investir US$ 5,8 bilhões em 2022, incluindo plantas de filtragem de rejeitos, descaracterização de barragens a montante e outras frentes de crescimento. Para os anos seguintes, a empresa informou que deve desembolsar investimentos na faixa de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões anualmente.

Durante a apresentação para investidores, a Vale detalhou que a companhia deverá atingir uma capacidade de produção de 370 milhões de toneladas de minério de ferro ao fim de 2022, frente a uma capacidade atual de 341 milhões de toneladas.

Esse crescimento será resultado de investimentos feitos nos últimos anos, incluindo capacidades adicionais nas operações do Sistema Norte, como o projeto Gelado, na Serra Norte, e ampliações no S11D, no Pará. Ao longo dessa década, a produção poderá chegar a 400 milhões de toneladas por ano.

Preços atuais

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse, em entrevista ao Estadão, que o mercado de minério de ferro vive um “ruído de curto prazo” na China, principal destino da produção da mineradora.

Para ele, porém, o mercado deve ficar “mais ou menos equilibrado” a partir do segundo trimestre de 2022, depois da realização dos Jogos de Inverno de Pequim, marcados para fevereiro de 2022.

“A China, deliberadamente, segurou o crescimento para não superaquecer a economia, para bater meta de energia e de controle de poluição. Acho que o mercado vai continuar assim até a Olimpíada”, ressaltou Bartolomeo. “Não vemos a China com crescimento negativo no ano que vem, produzindo menos de 1 bilhão de toneladas de aço em 2022. Seria um pouso forçado que a gente não vê”, completou.

Além do minério de ferro, a Vale tem outra frente de crescimento nas operações de metais básicos – como cobre e níquel, por exemplo.

A expectativa é de que a operação tenha trajetória de recuperação, após “muitos desafios” em 2021. Além da greve de funcionários na mina de Sudbury, no Canadá, a Vale sofreu também com atrasos na manutenção da mina de Sossego, localizada no Estado do Pará, por causa de restrições impostas pela companhia.

Outros planos

Bartolomeo disse a analistas que a operação de metais básicos é uma plataforma de crescimento e diversificação. A expectativa é de que a produção de níquel alcance de 175 mil a 190 mil toneladas em 2022, acima do estimado para 2021. No caso do cobre, a produção deverá ficar na faixa de 330 mil a 335 mil toneladas em 2022, acima do intervalo entre 295 mil e 300 mil toneladas registrado em 2021.

Nos cálculos do mercado, a operação de metais básicos da Vale pode valer quase US$ 30 bilhões, valor correspondente a sete vezes a geração de caixa operacional, de US$ 4 bilhões. O mercado espera que a Vale faça uma cisão do ativo e, eventualmente, parta para sua abertura de capital. Ontem, o vice-presidente executivo de estratégia e transformação de negócios, Luciano Siani, disse que uma decisão nesse sentido deve ficar para 2023. O Repórter viajou a convite da Vale.
Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

 

Reposição coloca minério perto de maior ganho semanal em 2 meses

O minério de ferro segue rumo à maior alta semanal em quase dois meses, impulsionado pela expectativa de reposição de estoques de usinas chinesas e menor oferta global.

A matéria-prima subiu esta semana em reação ao corte da estimativa de produção pela Vale e melhor cenário para a demanda de usinas. Ainda assim, os preços caíram mais da metade desde a máxima em maio e fecharam novembro com período recorde de perdas mensais sob o peso de restrições na China, que encolheram o consumo a longo do ano.

Com melhores margens de lucro, siderúrgicas têm conseguido repor estoques de curto prazo, disse Wang Haitao, analista da Huatai Futures. Mas, no longo prazo, os volumes e consumo de aço moderados criam um cenário baixista para os preços do minério de ferro.

Investidores também precisam monitorar o impacto dos recentes surtos de Covid-19 sobre consumidores de aço bruto, disse Wang. A China registrou 73 infecções por coronavírus em 1º de dezembro e fechou uma fronteira ferroviária com a Mongólia devido ao surto. O governo chinês disse que está pesquisando uma vacina contra a ômicron, embora ainda não tenha divulgado casos da variante.

No lado da oferta, os embarques no mês passado permaneceram fracos devido às fortes chuvas no Brasil, em ambos os sistemas Norte e Sul da Vale, de acordo com a empresa de rastreamento de granéis sólidos DBX Commodities. A intensa atividade de manutenção em Port Hedland, na Austrália, também afetou as exportações da BHP e Fortescue Metals, disse.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

Os pilares da construção civil para 2022

Gerenciamento estratégico e resiliência: esses foram os pontos de apoio que fizeram com que o mercado imobiliário e o setor da construção civil se adaptassem rapidamente aos impactos da pandemia desde o último ano. Hoje, ambos colhem os frutos das mudanças implementadas e já traçam novas perspectivas para o segmento.

Mesmo com a chegada da pandemia, o mercado imobiliário protagonizou o melhor índice de vendas dos últimos sete anos. De acordo com relatório recente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis no país aumentaram 26,1% em 2020.

Já a construção civil superou as expectativas, com uma estimativa de crescimento em 4% no PIB do setor, o maior desde 2013, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Outro dado relevante é a geração de emprego, que acumulou em maio de 2021 mais de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. A oferta de vagas também teve crescimento. Conforme relatório da CBIC, foram abertos cerca de 15% novos postos de trabalho em relação a janeiro de 2020.

É possível ver os efeitos positivos da construção civil também na economia. As projeções da CBIC mostram que em cada R$ 1 milhão de residências entregues, cerca de 3,31 empregos são gerados no pós-obra, o que contribui para um adicional de R$ 0,16 no PIB e R$ 0,08 em tributos. Além disso, o segmento residencial da construção civil tem capacidade de expandir os resultados.

No processo pós-obra, após a entrega das edificações, o setor consegue gerar 36% a mais de demandas para diversos outros setores da economia, incluindo a própria construção.

Construindo o futuro alicerçado no presente

A prosperidade do setor não se limita apenas a números. Se foi possível um crescimento durante a pandemia, muito se deu devido ao investimento em modernização e inovação. Agora, o desafio é manter a construção civil impulsionada e em plena ascensão. Para isso, o uso da tecnologia e a adoção de uma agenda sustentável são elementos cruciais.

É o que aponta o levantamento feito com líderes empresariais pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro de 2021. O estudo mostra que 80% das empresas de grande e médio porte que inovaram em 2020 e 2021 tiveram um ganho de lucratividade, produtividade e competitividade.

Além disso, o impacto da construção civil ao meio ambiente é um dos temas que está em alta. Embora essa não seja uma pauta recente, a exploração e uso irrestrito dos recursos naturais está ganhando mais força e visibilidade. Se antes a sustentabilidade era apenas um diferencial competitivo, hoje ela se torna uma iniciativa vital para todos os setores produtivos. Mais economia, atração de grandes investimentos e oportunidade de novos negócios são apenas alguns desses benefícios.

Já no campo da tecnologia, temos a expansão das construtechs, empresas focadas em soluções para o mercado imobiliário e de construção civil. Com inovações disruptivas, essas startups proporcionam ao setor soluções que possibilitem um gerenciamento mais estratégico do negócio.

Apesar dos desafios que o mercado imobiliário e de construção civil ainda têm pela frente, especialistas afirmam que esses segmentos são um pilar essencial para a recuperação da economia brasileira nos próximos anos. Para isso, aliar o tradicional ao inovador pode ser uma grande estratégia.

Fonte: NSC Total
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 02/12/2021