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Sucata ferrosa: exportação cai com aumento de demanda interna

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, caíram 30% em 2021, com volume de 509.356 toneladas, em comparação às 731.148 toneladas em 2020. Já as importações tiveram aumento no ano passado, de 169%, atingindo 244.696 toneladas, ante 90.919 toneladas em 2020. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia/Secex.

Segundo o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, a queda das exportações em determinados períodos do ano passado deixam evidente os meses que as indústrias de transformação (usinas siderúrgicas) deram maior prioridade na aquisição de sucata ferrosa do mercado local.

“O mercado interno está atualmente abastecido de sucatas e em condições de atender plenamente as usinas siderúrgicas e fundições”, afirma Alvarenga.

Em relação às importações, o aumento se concentrou principalmente nos primeiros meses de 2021, quando as usinas, em função do descompasso causado pela Covid-19, tiveram incremento da demanda por aço. Conforme o presidente do Inesfa, “as siderúrgicas recorrem também a importações para pressionar a baixa de preços da sucata ferrosa no Brasil, mas nunca houve pouca disponibilidade do insumo no mercado interno”.

Alvarenga lembra que as empresas processadoras de sucata sempre dão preferência no abastecimento do mercado brasileiro, exportando apenas volumes excedentes quando há baixo interesse das siderúrgicas locais.

“A exportação é uma forma de manter as operações das empresas para garantir a subsistência do ciclo de materiais recicláveis e o sustento de milhares de pessoas, incluindo cerca de 1 milhão de catadores, quando o consumo cai no país ou os preços são reduzidos por pressão das usinas siderúrgicas”, afirma.

A procura por sucata ferrosa no Brasil reagiu principalmente no final de 2021, após um período de menor demanda das usinas, e deve superar um volume de vendas de 9 milhões de toneladas no ano, conforme dados ainda preliminares do Inesfa, 13,1% acima de 2020, que fechou em 7,957 milhões de toneladas.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022

Paralisação de minas puxa preço do minério de ferro e papéis de mineradoras

A paralisação das minas da Vale, Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Minas Gerais, em razão das fortes chuvas que castigam o Estado neste início de ano, fez com que os preços do minério de ferro se recuperassem ontem.

De acordo com o mining.com, tomando como base dados da Fastmarkets MB, o minério com 62% de teor de ferro foi cotado a US$ 129,17 a tonelada no porto de Qingdao, na China. Crescimento de 3,2% em relação ao preço da segunda-feira, quando a commodity foi negociada a US$ 125,16%. Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço tem alta de 6,97% no ano.

De acordo com o mining.com, os contratos futuros de minério de ferro mais negociados, para entrega em maio, na bolsa de commodities de Dalian fecharam em alta de 2,8%, para 724 yuans por tonelada.

Para o analista do Itaú BBA, Daniel Sasson, essa parada pode influenciar os preços nos próximos dias caso não se tenha clareza quanto à retomada das operações. “Se essa paralisação de estender por mais tempo, o impacto no preço pode ser mais sentido”, afirmou Sasson.

Essa alta do minério de ferro ontem influenciou os papéis das mineradoras na B3. A Vale viu sua ação subir 1,9%, depois de uma queda de 1,19% no dia anterior. A Usiminas foi a que mais evoluiu. A alta na ação da companhia foi de 6,05%. A CSN Mineração (CMIN) teve pequena evolução de 0,14%. Já a CSN, que consolida a operação da CMIN, apresentou queda em seu papel de 0,24%.

Em relatório, a agência de risco Mood’s afirma que as paradas de produção e os riscos de segurança elevados nas barragens de rejeitos são negativos para a Vale, CSN e Usiminas, e podem “prejudicar o fluxo de caixa e a receita de forma mais significativa”, diz a Moody's Investors Service.

Isso porque, segundo a agência, as chuvas fortes agravam os perigos ambientais relacionados a resíduos, incluindo barragens de rejeitos de mineração.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022

 

Carvão metalúrgico sobe na China com demanda de reabastecimento

Os contratos futuros de carvão metalúrgico na Bolsa de Commodities de Dalian saltaram nesta quarta-feira, impulsionados pela demanda de reabastecimento nas siderúrgicas, já que a oferta dos materiais está relativamente apertada antes do feriado do Ano Novo Lunar.

“A demanda por coque está relativamente forte, pois as taxas de utilização nas usinas se recuperaram depois que Tangshan levantou o alerta de poluição atmosférica”, escreveram analistas da Haitong Futures em nota, acrescentando que as siderúrgicas estão acumulando estoques em meio a preocupações com interrupções logísticas devido ao clima desfavorável e à situação da pandemia.

Afetado pelo recente surto de Covid-19, o transporte desacelerou, enquanto a produção nas minas de carvão diminuiu antes dos feriados do Festival da Primavera, levando a uma oferta relativamente apertada de carvão metalúrgico, de acordo com a nota.

Os futuros de carvão metalúrgico mais negociados na bolsa de Dalian ganharam 2,1%, para 2.310 Yuanes (363,03 dólares) por tonelada no fechamento.

Os preços do coque subiram 2,3%, para 3.210 Yuanes por tonelada, antes de fechar em queda de 0,3%, a 3.130 iuanes por tonelada.

Os futuros de minério de ferro de referência na bolsa de Dalian, para entrega em maio, avançaram 1,3%, para 725 Yuanes por tonelada.

Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega na China subiram de 3 dólares a 132 dólares a tonelada nesta quarta-feira, segundo a consultoria SteelHome.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022

Gerdau diz que operações em MG são afetadas por chuvas

A Gerdau (GGBR4) informou nesta terça-feira que tem enfrentado problemas operacionais em suas unidades em Minas Gerais em virtude das fortes chuvas que atingem o Estado e que fizeram uma série de mineradoras suspender atividades nos últimos dias.

A companhia, que tem operações de produção de aço e mineração em MG, afirmou que apesar dos problemas, “o abastecimento aos clientes segue inalterado” e que estas dificuldades “devem ser mitigadas dentro dos próximos dias”.

Rodovias em Minas Gerais, incluindo as BR-040 e MG-030 estavam com trechos interditados, dificultando o transporte de insumos, produtos e pessoas, segundo boletins do Ministério da Infraestrutura divulgados na véspera.

Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5), Samarco e Vallourec interromperam parte de suas operações no Estado.

Na véspera, a ArcelorMittal também informou que estava adotando medidas “preventivas e corretivas” para mitigar os impactos das chuvas em suas operações, por causa dos bloqueios nas rodovias e priorizando a segurança. Na ocasião, a companhia afirmou que os impactos das chuvas sobre suas operações eram “pontuais e estão sendo solucionados”.

Segundo a Gerdau, “todas as suas estruturas de mineração estão estáveis, sem alteração no nível de segurança”. A companhia também afirmou que mantém o monitoramento das estruturas em tempo real.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022

 

CSN eleva nível de emergência de barragem em Minas Gerais

Técnicos dos órgãos públicos responsáveis por fiscalizar as barragens de mineração existentes em Minas Gerais fizeram vistorias, na manhã de hoje (11), a chamada Barragem B2, localizada na cidade de Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em nota, a empresa Minérios Nacional informa que acionou o nível 2 de emergência da estrutura devido às consequências do grande volume de chuvas que há semanas atinge o estado. Segundo a Defesa Civil estadual, o nível 2 não indica risco iminente de rompimento da barragem. Ainda assim, o local está passando por uma vistoria técnica.

Controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (SCN), a Minérios Nacional afirma que não há pessoas morando na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem, ou seja, na região imediatamente abaixo da estrutura. Informação confirmada pela Defesa Civil estadual.

Ainda em sua nota, a Minérios Nacional acrescentou que o acionamento segue o Plano de Emergência de Barragem de Mineração e que está “trabalhando para minimizar os impactos na estrutura”, sem detalhar quais impactos são estes. “Com a redução das chuvas será possível avançar nos reparos para restabelecer o nível de segurança”, acrescenta a empresa.

Até a publicação desta reportagem, o Corpo de Bombeiros ainda não tinha reunido informações preliminares sobre a inspeção.

Rio Acima é uma das 145 cidades mineiras que já decretaram situação de emergência em razão das chuvas. Desde a semana passada, a precipitação pluviométrica na região fez com que cursos d´água que cortam a cidade, como o Rio das Velhas e o Córrego Santo Antônio, transbordassem. Segundo a prefeitura, nos últimos dias, a população enfrentou inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamento de terra, erosão de terrenos, desabamentos e a interrupção do tráfego de veículos. Além disso, moradores de áreas ribeirinhas, como o bairro Matadouro, tiveram que ser removidos. O abastecimento de água e o transporte público foram interrompidos.

Fonte: CGN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022