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Aço ‘verde’ exige alto investimento de empresas

Um dos gargalos para a redução de emissões de gases poluentes pela indústria do aço é o alto investimento em tecnologias que precisará ser feito pelas empresas que lideram o setor. As companhias precisarão não só mudar a forma de fazer seus produtos, como também adaptar fábricas e fontes de matérias-primas para enfrentar efeitos de eventos climáticos extremos, que serão cada vez mais comuns.

Segundo o relatório da consultoria McKinsey sobre a descarbonização do setor, o Brasil tem potencial de alcançar posto de líder nessa redução. Mas, para isso, precisará apostar em tecnologia e inovação. Serão necessários investimentos (Capex) específicos para desenvolvimento e testes. Os custos, segundo a consultoria, certamente serão maiores do que os de tecnologias usadas hoje.

Wieland Gurlit, sócio sênior da McKinsey, afirma que a descarbonização da siderurgia é altamente complexa e cara em termos de necessidade de investimos e custos de produção. “Uma redução de até 30% de emissão de carbono é possível, dentro das configurações industriais existentes, por meio da otimização do mix da matéria-prima, eficiência energética e com algum nível de custo e investimento”, explica Gurlit. Ele continua dizendo que, para diminuir mais do que 30% de poluição, só com “novas rotas tecnológicas com altos investimentos”.

“A indústria do aço depende de ativos pouco flexíveis e com longa vida que precisam ser reconstruídos. Junto com as indústrias que fornecem as matérias-primas é necessário reconfigurar uma cadeia de suprimentos que movimenta globalmente bilhões de toneladas de materiais”, alerta Gurlit, que também esteve à frente de um levantamento sobre os desafios do aço mais sustentável.

Os dados obtidos na análise mostram ainda que, embora promissoras, nenhuma das tecnologias hoje, de maneira única, permitirá que a indústria siderúrgica global tenha zero emissão líquida de gás carbono até 2050. São citadas, por exemplo, o hidrogênio verde, mecanismos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e a biomassa. Desta forma, será necessário que todas sejam exploradas em conjunto e operem com alguma escala para alcançar resultados que realmente mexam o ponteiro.

“Esta indústria vai requerer novas matérias-primas, das quais o Brasil pode ser o maior e um dos mais competitivos fornecedores globais, considerando minério de ferro de alta qualidade, hidrogênio verde e ferro pré-reduzido (HBI) verde, assim como ferro-gusa verde e biocarbono. Estes materiais de alto valor agregado serão importantes para a descarbonização da indústria siderúrgica em outras partes do mundo e podem gerar muita riqueza no Brasil”, finaliza João Guillaumon, sócio da McKinsey & Company.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/10/2022

 

World Steel Association anuncia vencedores do 13th Steelie Awards

A World Steel Association anunciou nesta terça-feira (18/10) os vencedores do 13th Steelie Awards. O prêmio reconhece as empresas associadas por sua contribuição para a indústria do aço durante o ano. A entidade é uma das maiores associações industriais do mundo, com membros em todos os principais países produtores de aço. Ela representa produtores de aço, associações nacionais e regionais da indústria siderúrgica e institutos de pesquisa em aço. Os membros representam cerca de 85% da produção mundial de aço. Veja abaixo os premiados em seis categorias:

 Excelência na produção de aço de baixo carbono:

Ansteel Group Corporation Limited – Solução de carga de alto-forno de baixa emissão de CO2 baseada em pelotas de silício de baixa basicidade e sua aplicação

Inovação do ano:

POSCO – Tecnologia de decapagem eletrolítica AC de largura estendida de alta velocidade STS

Excelência em sustentabilidade

POSCO – Reciclagem de resíduos de casca para fabricação de aço sustentável

Excelência em Avaliação do Ciclo de Vida

Tata Steel – PACI – uma ferramenta para apoiar a inovação e o engajamento do cliente pensando no ciclo de vida na cadeia de valor do aço

Excelência em educação e treinamento

Ternium – Programa de Certificação de Competências para Tarefas de Risco (CCRT)  Excelência em programas de comunicação

Excelência em programas de comunicação

Gerdau S.A. – Como a centenária Gerdau transformou sua imagem e se tornou a siderúrgica com maior engajamento global

 
Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/10/2022

Hidrogênio verde pode responder às demandas da produção de alimentos

A crise dos fertilizantes, intensificada a partir da invasão da Ucrânia pela Rússia, expôs, mais uma vez, a dependência externa do Brasil para ter o insumo à mão. O país importa cerca de 85% dos fertilizantes que utiliza. No ano passado, 39,2 milhões de toneladas vieram de fora. O atual aperto não foi o primeiro que os produtores rurais atravessaram, pode não ser o último, mas há tecnologias no radar. O hidrogênio verde está na linha de frente. Sua molécula pode ser usada como matéria-prima para a produção dos insumos agrícolas, os fertilizantes nitrogenados.

Mas, no agronegócio, o hidrogênio verde não é visto apenas como uma saída para os fertilizantes. Seu uso vai além, como o transporte, por exemplo. “O que foi para o mundo a energia nuclear nos últimos 100 anos, é o mesmo que se verá para o hidrogênio verde”, diz Alberto Iván Zakidalski, fundador e sócio do Grupo Aiz, que desenvolve implementos agrícolas e rodoviários, manipuladores, guindastes, máquinas anfíbias, customização de máquinas e operações remotas não tripuladas.

Para ele, em uma década, o hidrogênio verde já vai poder ser comparado ao diesel. A chinesa Higer Bus, que anunciou a produção de ônibus elétrico no Ceará, afirmou, também, que há intenção de investir em caminhões a hidrogênio. “O grafeno poderia ser o futuro da energia elétrica, mas depende de diamante. Ou seja, é caro para achar e caro para produzir”, diz Zakidalski. “O nióbio é mais escasso que o lítio, hoje o material dos carros elétricos. Então resta o hidrogênio, que vai ser o caminho. O Brasil tem 3,5 milhões de caminhões em circulação, com estimativa de 40% transportando produtos do agronegócio. Para o futuro, mesmo se houver uma diminuição por conta de ferrovias e hidrovias, os caminhões não tendem a perder o protagonismo no setor. O que deve acontecer é a diminuição das distâncias percorridas por viagem.

Mas o que é o hidrogênio verde?

A denominação hidrogênio verde ocorre quando a eletricidade usada na eletrólise da água vem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica. De acordo com o superintendente executivo da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), Gabriel Lassery, o hidrogênio verde (ou renovável) pode também ser obtido por hidroeletricidade e biomassa de rejeito. “Dada a potência agrícola que é o país, há muita disponibilidade de biomassa de rejeito para produção de hidrogênio”, afirmou à Agência Brasil nesta semana. O Brasil também tem locais onde é possível encontrar hidrogênio natural esperando para ser extraído.”

Mas ele lembra também, que o Brasil já utiliza o hidrogênio no refino do petróleo e na produção de fertilizantes, atualmente por meio da extração de combustíveis fósseis, ou seja, fontes não renováveis. É essa realidade que o hidrogênio verde deve mudar. As pesquisas de hidrogênio verde a partir do etanol estão avançadas, segundo estudos da Universidade de São Paulo.

“O Brasil tem imenso potencial para produção de hidrogênio renovável. Em diversas partes do território, seu potencial para produção de energia solar e eólica está entre os maiores do mundo e, frequentemente, são anunciados novos projetos e memorandos de entendimento para produção de energia eólica e solar, tanto offshore [eólicas instaladas no mar] quanto onshore [no continente] com o objetivo de produção de hidrogênio”, afirma Lassery.

Em setembro, a Unigel, segunda maior petroquímica do país, informou que está investindo US$ 120 milhões para começar a produzir 10 mil toneladas de hidrogênio verde por ano, em Camaçari (BA), a partir do ano que vem. Para ser transportada, esse volume será transformado em 60 mil toneladas de amônia verde, destinado aos fertilizantes ou combustível para navegação. A partir de 2025, a meta são 40 mil toneladas de hidrogênio verde, que serão convertidos em 240 mil toneladas de amônia verde.

Fonte: Forbes
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 19/10/2022

Perspectiva de preço de commodities depende da estratégia de covid-zero da China

O discurso de domingo do presidente chinês Xi Jinping na abertura do congresso do Partido Comunista abalou as esperanças de que os formuladores de políticas relaxem sua abordagem de zero covid em breve, mas seus comentários sobre o desenvolvimento econômico como prioridade máxima sugerem que a política pode ser facilitada se a economia continuar enfraquecendo, o que seria positivo para commodities, disse o analista do Commonwealth Bank of Australia, Vivek Dhar, em nota.

“Uma recuperação econômica na China surge como uma salvação potencial para os preços das commodities de mineração e energia no próximo ano se os formuladores de políticas relaxarem sua posição sobre a política de covid-zero da China”, diz Dhar.

Ele destaca metais industriais e minério de ferro como as commodities com maior probabilidade de se beneficiar de uma reversão significativa na estratégia de zero covid, uma vez que a China responde por uma proporção tão substancial da demanda nesses mercados.

Fonte: Inteligência Financeira
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/10/2022

Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 5,71% para 5,62%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,71% para 5,62% para este ano. É a 16ª redução consecutiva da projeção.

A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (17), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a projeção da inflação ficou em 4,97%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,43% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%.

Em setembro, houve deflação de 0,29%, o terceiro mês seguido de queda no indicador. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,7% para 2,71%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,59%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/10/2022

 

Termômetro da economia e base da indústria, fundições voltam a crescer no Paraná

O setor de fundição de metais vive, enfim, um momento de retomada robusta no Paraná. Após uma década com marcada pela queda na produção, no faturamento, no número de empresas e de trabalhadores, esse segmento experimentou nos últimos anos um momento de crescimento robusto e consistente, numa recuperação que teve início ainda em meio à pandemia do novo coronavírus. E isso é uma boa notícia para a economia como um todo, uma vez que as fundições servem como uma espécie de termômetro por serem a base de muitas outras indústrias importantes, como a automobilística e a metalúrgica, fornecendo matéria-prima para o mercado.

Em nível nacional, a Associação Brasileira de Fundição (Abifa) estima um crescimento de 14% para a indústria de fundição em 2022. Segundo a instituição, as fundições estão trabalhando com as linhas de produção lotadas, contratando cada vez mais colaboradores e investindo para atender à crescente demanda e o crescimento só não será ainda mais expressivo por conta da ausência de “uma Política Industrial digna de um país com as riquezas e potencial do Brasil”, o que significa também dizer que há capacidade para o setor crescer ainda mais.

Década perdida
No Paraná, o auge das indústrias de fundições foi registrado entre o final da primeira década do século XXI e o início da década passada.

Segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), do IBGE, em 2009 o setor chegou a ter uma receita líquida superior a R$ 530 milhões, empregando mais de 2,8 mil trabalhadores em 56 empresas. Nos anos seguintes, o número de indústrias de fundição no estado cresceu e chegou a 116 em 2011, um recorde.

O faturamento, contudo, logo começou a cair e o número de empresas foi minguando, ao ponto de, em 2019 (último ano antes da pandemia do novo coronavírus) haver 48 fundições formalmente registradas no estado (menor número desde 2003).

Em meio à crise de Covid, no entanto, o setor já começou a esboçar uma reação. Prova disso é que em 2020 (último ano com dados disponíveis) a PIA já registrava 59 indústrias no estado (alta de 22,9% na comparação com o ano anterior), com o número de pessoas trabalhando em fundições tendo subido de 1.145 para 1.252 (+9,3%). Um movimento que parece não só ter se mantido, mas acelerado ainda mais nos últimos tempos.


ABIFA obtém vitória em processo sobre exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS

A ABIFA – Associação Brasileira de Fundição comunica suas empresas Associadas/Filiadas uma importante conquista em seu favor. Trata-se da ação judicial promovida em desfavor da União Federal, relativa à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS (Processo 1012781-27.2018.4.01.3400).

Histórico

Em 09/12/2021, transitou em julgado o acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, reconhecendo o direito das empresas associadas/filiadas à ABIFA em:

Excluir o ICMS destacado nas notas fiscais da base de cálculo para recolhimento do Pis-Cofins
Declarar o direito à recuperação dos valores indevidamente recolhidos a partir de 16/03/2017, corrigidos pela taxa Selic, mediante a compensação com tributos vincendos

Desta forma, as empresas Associadas/Filiadas à ABIFA estão juridicamente amparadas por uma decisão judicial transitada em julgado, que as permitem excluir o ICMS da base de cálculo das contribuições PIS-COFINS relativo a operações futuras, assim como realizar a recuperação dos valores pagos (a maior) desde 16/03/2017, devidamente corrigidos pela taxa Selic, através da compensação com tributos vincendos.

É estimada a recuperação de valores da ordem de 1,5% do faturamento das empresas no período de 16/03/2017 e a presente data.

Para a condução deste processo, a ABIFA contratou o escritório de advocacia Bartolomeu, Sette Advogados, que está à disposição para informações adicionais relativas aos pontos relacionados à decisão, bem como prestar assessoria visando à recuperação dos valores pagos a maior.

Contatos

Dr. Renato Bartolomeu: Tel. (31) 98485-3450
Dra. Renata Sternick: Tel. (11) 94808-8712

As empresas interessadas devem solicitar à ABIFA o Termo de Adesão, assinando em três vias ou de forma eletrônica.
 

Reencontrando o caminho do crescimento e planejando expansão

Em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está localizada a Minatti Fundição. Assim como a maioria das fundições no Brasil (cerca de 85%), a empresa é de constituição familiar, tendo sido fundada há 33 anos, em 1989.

Segundo seu fundador e diretor, Luiz Jair Minatti, a empresa enfrentou muita dificuldade ainda no começo da pandemia, especialmente no trimestre entre março e abril de 2020. “Foram meses pesados, sofremos muito”, diz ele.

Em junho de 2020, contudo, as atividades já começaram a ser retomadas e a demanda também voltou a crescer. “De lá para cá não teve mais dificuldade. Em julho de 2020 já estávamos trabalhando em capacidade máxima”, afirma o empresário, comentando ainda que grande parte das indústrias de fundição – inclusive a dele próprio – pensam em novos investimentos, inclusive na construção de novas plantas, para expandir a capacidade produtiva.

“Isso não acontece de uma hora para outra, mas nos próximos cinco anos é algo que tem de acontecer”, explica Minatti, comemorando ainda que neste a sua indústria vai crescer mais que 100% ou, na pior das hipóteses, algo próximo disso, numa demonstração do potencial que existe no setor industrial como um todo.

“Nós temos o minério [de ferro], temos uma mão de obra (que boa parte nem precisa ter uma qualificação) e temos a energia (que a indústria usa muita energia). O que falta para a gente fazer isso [fortalecer as indústrias nacionais]? O que o Brasil faz hoje é exportar o minério de ferro, é um grande exportador de minério de ferro. E isso dá para inverter. Tem muito para fazer, o Brasil tem muito que crescer. Se tiver um pouco de incentivo, se o governo der condições, oportunidade de formar mão de obra, vai dar certo”
Luiz Jair Minatti, fundador e diretor da Minatti Fundição

‘A fundição é o começo da linha de todos os processos’
Há cinco décadas trabalhando no setor – sendo que há 33 anos é dono de sua própria fundição-, Minatti se diz um apaixonado pelas indústrias. Em especial, é claro, pela indústria de fundição. É, portanto, mais um dos ‘filhos do fogo’ (nome de um projeto lançado pela Abifa para celebrar os 50 anos da entidade).

“A fundição é um dos segmentos mais antigos que tem, só que é pouco divulgado, pouco falado nas escolas, nas faculdades… Só que nós, que estamos dentro do segmento, sabemos da importância dele. Hoje, se não tiver a fundição, ninguém anda com carro, caminhão, máquina agrícola… A fundição faz parte desde a formação de uma top model até uma aeronave. ‘Mas por que a top model?’, alguém pode perguntar. É que ela faz ginástica, usa o peso [risos]. Tem um campo muito grande”, diz o industrialista, ressaltando a importância de seu segmento para a economia. “A fundição é o começo da linha de todos os processos. Uma indústria de base.”

Mas e como funciona uma dessas ‘indústrias de base’, cujo trabalho é feito rente ao fogo (com seu calor infernal e a sua beleza descomunal)?

Segundo Minatti, primeiro a empresa interessada em envolver uma determinada peça encaminha um desenho para a indústria de fundição. A partir desse desenho é feito um estudo obedecendo os materiais da peça e em quais processos de moldagem ela pode se adaptar dentro da área de fundição. “Depois disso é feito um modelo, um ferramental para isso. Aí fazemos a moldagem e o vazamento, onde usamos muita sucata – somos muito recicladores, usamos 85, 90% de sucata e 10% de ferro novo. Unindo isso tudo sai a peça no final”, explica.


Com agências de notícias (Bem Paraná e Abifa)

Fonte: Infomet
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/10/2022