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Superávit comercial chega a US$ 1,782 bilhões em novembro

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,782 bilhões em novembro até o momento, resultado de exportações de US$ 11,12 bilhões e importações de US$ 9,34 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 20,46 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 53,13 bilhões.

Até a 2º Semana de Novembro/2022, comparado a Novembro/2021, as exportações cresceram 28,8%. As importações cresceram 2,6%. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,78 bilhões e a corrente de comércio aumentou 15,4%.

No acumulado Janeiro até 2º Semana de Novembro/2022, em comparação a Janeiro/Novembro 2021, as exportações cresceram 19,6% e somaram US$ 291,78 bilhões. As importações cresceram 26,0% e totalizaram US$ 238,64 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 53,13 bilhões , com queda de -2,7%, e a corrente de comércio registrou aumento de 22,4%, atingindo US$ 530,42 bilhões.

Até a 2º Semana de Novembro/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 62,9% em Agropecuária, que somou US$ 2,06 bilhões; crescimento de 21,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 2,54 bilhões e, por fim, crescimento de 22,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 6,39 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce ( 216,6%), Café não torrado (58,9%) e Algodão em bruto ( 98,7%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (258,4%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 22,8%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (71,8%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (118,6%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (61,0%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (184,8%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-19,1%), Especiarias (-39,5%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (-81,3%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (-29,2%), Minério de ferro e seus concentrados (-21,4%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-50,1%) na Indústria Extrativa; Folheados, contraplacados, aglomerados, e outras madeiras, trabalhados (-51,3%), Cal, cimento e materiais de construção fabricada (exceto materiais de vidro e barro) (-55,4%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-28,4%) na Indústria de Transformação.

Até a 2º Semana de Novembro/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -27,2% em Agropecuária, que somou US$ 0,16 bilhões; queda de -13,9% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,63 bilhões e, por fim, crescimento de 6,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 8,46 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 21,1%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 22,9%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais ( 6,0%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (427,6%), Minério de ferro e seus concentrados (186.671,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (117,0%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 22,9%), Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (48,7%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (23,6%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída ( -98,3%), Milho não moído, exceto milho doce (-57,6%) e Soja (-93,9%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base (-44,0%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-43,2%) e Gás natural, liquefeito ou não (-64,5%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (-56,6%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-39,2%) e Cobre (-66,8%) na Indústria de Transformação.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 16/11/2022

EUA anunciam investimento em níquel e cobalto no Brasil

O presidente Joe Biden anunciou nesta terça-feira (15) que uma agência americana fará novo investimento de US$ 30 milhões (R$ 158 milhões) na empresa de mineração TechMet para transformação de minerais estratégicos níquel e cobalto no Brasil. Faz parte da estratégia da Casa Branca de reduzir a dependência de cadeias de valor dominadas pela China.

Biden anunciou também uma série de outros investimentos na Indonésia, Índia e Honduras, pelo programa “Parceria para Infraestrutura e Investimento Global” (PGII, na sigla em inglês), uma iniciativa pela qual o G7, que reúne as maiores economias industrializadas, quer se contrapor ao megaprograma chinês de investimento Nova Rota da Seda.

À margem da cúpula do G20, em Bali (Indonésia), Biden juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente indonésio Widodo, líderes e ministros da Argentina, França, Canadá, India, Japão, Coreia, Senegal e Reino Unido procuraram destacar o plano para “financiar infraestrutura transformadora”.

No caso do Brasil, o presidente dos EUA disse que a DFC (US International Development Financial Corporation), com base em apoio anterior, investirá US$ 30 milhões de capital na TechMet Limited para desenvolvimento de minerais críticos de níquel e cobalto renovável no pais.

Segundo comunicado da Casa Branca, a mina brasileira da TechMet produz nível de fonte sustentável através de um processo de extração que é menos intensiva em água e carbono que os métodos tradicionais. Estima que esse níquel esteja próximo do segmento mais baixo de intensidade de carbono para a produção global desse mineral, que é importante para a indústria de carros elétricos.

A TechMet, sediada em Londres, foi fundada em 2017 por Brian Menell, um sul-africano com experiência em mineração na África, para investir em metais necessários para tecnologias de energia limpa e reciclagem de baterias, segundo um artigo do jornal "Financial Times". O almirante Mike Mullen, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, faz parte de seu conselho consultivo.

A mina da TechMet fica no Piauí. Minerais críticos, como terras raras, lítio, cobalto, nióbio, são essenciais para muitas tecnologias modernas e para a segurança nacional e econômica. São encontrados em produtos desde computadores até eletrodomésticos. E são insumos chaves em tecnologias de energia limpa como baterias, veículos elétricos, turbinas eólicas e painéis solares.

Um estudo da União Europeia (EU) aponta o Brasil como o maior produtor mundial de nióbio, com 92% do total. O produto serve para aplicações de alta tecnologia (condensadores, supercomputadores etc). Além disso, o país produz 13% da bauxita no mundo, para produção de alumínio; 8% do grafite natural, usado para baterias e material para produção de aço; e 9% do tântalo mundial, que serve para superligas e compensadores para dispositivos eletrônicos, por exemplo.

Durante o governo de Donald Trump, os EUA definiram uma lista de 35 minérios considerados críticos para a segurança econômica e nacional. Neste ano, o governo de Joe Biden deflagrou ações para aumentar a produção americana. A estimativa americana é de queda demanda global por esses minerais críticos deverá disparar 400%-600% nas próximas décadas e, para minerais como lítio e grafite usados em baterias de veículos elétricos, a demanda aumentará ainda mais — cerca de 4.000%.

Como o Valor já publicou, os Estados Unidos têm sinalizado ao Brasil interesse em ter um acesso preferencial à produção brasileira de minérios críticos, em meio à crescente rivalidade com a China e busca de reduzir dependência em relação a commodities estratégicas.

Neste ano, representantes brasileiros, em reuniões ocorridas em Washington em agosto, responderam que os americanos são bem-vindos, inclusive para fazer uma diferença em investimentos nesse setor, mas que o Brasil não pretendia privilegiar parceiros.

Em Bali, a presidente da Comissão Europeia observou que a iniciativa dos EUA vai permitir juntar forças para responder à demanda crescente por energia renovável. O bloco comunitário tem seu Global Gateway Strategy, para promover projetos sustentáveis, com 300 bilhões de euros em investimentos em terceiros países nos próximos anos.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/11/2022

Entrevista com Estêvão Kopschitz: Crescimento do PIB supera expectativas em 2022, afirma coordenador de conjuntura do Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vê com otimismo a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Segundo nova previsão divulgada pelo instituto no final de setembro, a economia brasileira está se recuperando e superando as expectativas, com possibilidade de fechar 2022 com crescimento de 2,8%.

De acordo com o coordenador de conjuntura do Ipea, Estêvão Kopschitz, o principal setor que vem puxando o crescimento do PIB é o de serviços, segmento que sofreu forte impacto da pandemia por depender da mobilidade da população.

No entanto, o especialista também alerta que o Brasil pode sofrer impacto de uma possível recessão mundial nos próximos anos, devido à guerra na Ucrânia e a alta inflação nos Estados Unidos e países europeus. 

"Apesar de a indústria e do serviço sofrerem com a recessão mundial e com os efeitos do aperto da nossa própria política monetária, a gente acredita que o setor agropecuário vai compensar isso um pouco e nossa previsão para 2023 é de 1,6% [de crescimento do PIB] para o ano que vem.”, afirma o coordenador.  

Mas, afinal, o otimismo em relação à recuperação do PIB brasileiro se mostra sustentável a médio e longo prazo? Quais setores podem despontar nos próximos anos e auxiliar nesse crescimento? Confira abaixo as respostas do coordenador de conjuntura do Ipea, Estêvão Kopschitz, em entrevista ao portal Brasil 61.

Brasil 61: O Ipea divulgou no final de setembro uma nova previsão de crescimento do PIB para este ano. O que motivou essa nova perspectiva de crescimento?

Estêvão Kopschit: “O principal fator para o crescimento do PIB este ano vem do setor de serviços, porque a agropecuária deve apresentar uma pequena queda, ligada a problemas em algumas safras. A indústria, um pequeno crescimento. Serviços é o setor que demora mais a se recuperar da pandemia, porque são os que dependem mais da mobilidade. Então eles tinham mais espaço para crescer, mas, em vários  casos, já até ultrapassamos o nível anterior à pandemia. Esse consumo, justamente num primeiro momento, lá ainda em 2020, 2021, com a dificuldade de consumir serviços por causa da pandemia, ele migrou para bens, então, construção civil, bens de consumo duráveis cresceram antes e depois começou essa normalização porque hoje a maior parte do PIB é de serviços. Então o consumo das famílias voltou a crescer, dessa vez consumindo serviço, é basicamente isso. O Ipea já vinha com uma previsão para 2022  acima da média  do mercado, nas nossas previsões mostraram otimismo, era uma previsão de maior crescimento e ainda assim fomos surpreendidos com um crescimento ainda maior, então parte do crescimento dos 2022 é também pelo que já observamos.”

Brasil 61: Essa perspectiva de crescimento do PIB se mostra sustentável a médio e longo prazo?

EK: Para 2022, a nossa previsão hoje é de 2,8% de crescimento do PIB. Sendo que, hoje, a maioria dos analistas de departamentos econômicos de instituições financeiras estão em torno desse número também de 2,7%  ou 2,8%, alguns até 3%, mas é nessa vizinhança aí. Para 2023 deve haver um crescimento menor do que em 2022, o mercado tem apostado no crescimento, bem menor, de 0,5%. Nossa previsão é de 1,6%, primeiro porque a desaceleração virá, principalmente, por dois motivos: a economia mundial está se desacelerando, pode haver até uma recessão, mas independente de haver ou não uma recessão, que é um número negativo no crescimento do PIB,  a economia mundial vai crescer bem menos do que esse previsto, já é um fato. Primeiro, porque continuam os problemas na Europa, trazidos pela guerra [na Ucrânia], de dificuldades de fornecimento de energia por causa, principalmente, do corte de gás pela Rússia, segundo porque a inflação está muito alta nos Estados Unidos, na Europa, e no Reino Unido, estão da ordem de 8%, 9%, 10% que são números muito altos para esses países e não se via isso há muitas décadas. Então, de um lado, o Brasil vai ter um ambiente mundial bem menos favorável nesse fim de 2022 e durante o ano que vem.

Brasil 61: O setor agropecuário vem enfrentando um recuo neste ano. No entanto, a previsão do IPEA para o setor em 2023 é de um crescimento de 10,9%. O que está por trás dessa perspectiva de recuperação?

EK: Essa nossa previsão está baseada na previsão de safra da Conab, porque ainda não saiu a do IBGE, então está condicionado a essa previsão da Conab. O principal é um ganho na soja, que é o principal produto e também no milho. Em outros anos que esses produtos tiveram um aumento de produção, de PIB muito grande, que esses produtos específicos tiveram um aumento grande. O PIB da agropecuária também foi forte, então a gente está baseado nisso e também num cenário de normalidade do clima, porque a agricultura está sempre sujeita a intempéries, a secas, geadas que podem acontecer, mas no momento não tem nenhuma expectativa de fenômenos climáticos atípicos para ano que vem.
 
Brasil 61: Os setores que hoje estão puxando o aumento do PIB tendem a continuar sendo os principais setores no crescimento do indicador ou outros segmentos tendem a despontar nos próximos anos?

EK: “Para a gente ter um crescimento sustentado, de ter um arcabouço macroeconômico estável na parte fiscal, câmbio flutuante, a âncora da inflação, da meta de inflação, a gente deveria caminhar para mais alguma abertura comercial, prosseguir provavelmente em privatizações, tudo isso são medidas que aumentam a eficiência da economia em crescimento. Está muito ligado à eficiência e também se preocupar mais com a educação, porque depois que os países passam por fases de crescimento - devidos ao aumento de capital, migração da população do campo para a cidade - como já aconteceu no Brasil a décadas atrás, e aconteceu na China recentemente, vem acontecendo na Índia, o que proporciona o crescimento é o aumento de produtividade e isso costuma estar ligado à educação.  No Brasil aconteceu um fenômeno um pouco diferente, que nós conseguimos aumentar a escolaridade da população em alguns anos, mas não houve um correspondente aumento de produtividade como aconteceu em países que investiram na educação, como Chile e Coreia do Sul, por exemplo. Então acho que a educação tem que ser um grande tema assim como ciência, tecnologia, coisas que tragam aumento de produtividade.”

Fonte: Brasil 61
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/11/2022

Clientes inadimplentes são realidade para 34% dos pequenos negócios

Cerca de um terço das micro e pequenas empresas (MPEs) e dos microempreendedores individuais (MEIs) de São Paulo têm clientes inadimplentes, segundo pesquisa do Sebrae-SP. O levantamento mostrou que, no mês de julho, 34,2% das MPEs paulistas tinham clientes com pagamento atrasado. Entre os MEIs esse número é um pouco menor, cerca de 32,2% de inadimplentes.

O estudo ainda mostrou que para uma boa parte das MPEs, 41,9%, com clientes inadimplentes, houve um aumento dos casos em comparação com 2021. Para 34,7% a parcela de inadimplência ficou no mesmo patamar e para 19,9% essa taxa diminuiu. No caso dos MEIs, 16,7% deles, o grupo de clientes com pagamentos em atraso aumentou. Para 12,7% essa parcela diminuiu e para 55,2% ficou igual

“Apesar de parte de MEIs, micro e pequenas empresas ter registrado aumento de clientes inadimplentes em suas carteiras no último ano, o lado positivo é que o grupo formado por negócios cuja inadimplência ficou inalterada ou diminuiu ainda é maior”, destacou Marco Vinholi, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

O diretor ainda explicou que a falta de pagamento e os atrasos estão diretamente ligados ao nível de emprego. Além disso, a renda e a taxa de juros e a combinação desses fatores é o que altera o nível de inadimplência.

Já no caso do pagamento a prazo, 29,1% das MPEs afirmaram aceitar essa modalidade de pagamento somente no cartão de crédito. Outros 26,9% optam por negociar diretamente com o cliente e para 12,5% só se for em boleto bancário. Para 56,8% dos MEIs que vendem a prazo, este tipo de transação comercial representa até 20% do faturamento.

A pesquisa foi feita com base em 1,7 mil MPEs e 1 mil MEIs em julho de 2022. As companhias foram definidas como empresas de serviço e comércio com até 49 colaboradores e empresas da indústria e construção civil com até 99 trabalhadores, com faturamento anual até R$ 4,8 milhões.

Fonte: Mercado & Consumo
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/11/2022

China alivia política de "Covid zero" e dispara preço de commodities

Após dois anos de intenso combate contra a Covid-19, a China anunciou que vai aliviar sua política de Covid-zero. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pelo próprio governo do país, o mercado reagiu imediatamente.  

Dentre as principais mudanças, está a que encurta o período que imigrantes devem ficar de quarentena ao chegar no país, antes era necessária a reclusão por uma semana, agora passou a ser apenas 5 dias.  

Nos voos do país também foi decretado o fim do “circuit breaker”, essa regra suspendia rotas aéreas por uma semana caso 4% dos passageiros de um voo testassem positivo para covid, além disso, para entrar no continente era necessário no mínimo dois testes negativos, agora, apenas um basta.  

Reação do mercado 

Após a flexibilização no gigante asiático, gigantes do mercado como o Citibank já enxergam uma luz no fim do túnel, projetando que até março já haverá uma reabertura significativa.  

A bolsa de Hong Kong (Hang Seng) fechou em um salto de 7,74%. 

Desde a divulgação, como o país é um grande comprador de commodities, o preço do petróleo e do minério de ferro dispararam.

O minério negociado na bolsa da Dalian fechou o pregão chinês com alta de 3,34%, já em Singapura, disparou 8,2%. 

O petróleo registra alta de quase 4% em Nova York. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, que é referência para as exportações europeias, viu seu preço crescer 2,46%, atingindo US$ 95,97 por barril.  

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/11/2022

Exportação de aço na América Latina cresceu 50% de janeiro à julho

Dados da Associação Latino Americana de Aço (Alacero) indicam que, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o acumulado das exportações de aço na América Latina entre janeiro e julho de 2022 registrou alta de 50,5%, totalizando 6.757,2 mil toneladas. Apesar de atingirem patamares elevados, as exportações apresentaram redução de 7,8% em agosto, comparado com o mês anterior. Já as importações sofreram redução de 12,7% no acumulado de 7 meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 14.627,6 mil toneladas. Em julho, o número foi 2,2% menor do que em junho.

A produção permanece relativamente estável, impulsionada pelo volume expressivo de exportações. O acumulado dos primeiros 8 meses do ano registrou sensível redução de 3.3% na produção de aço bruto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, registrando 41.882,4 mil toneladas. O aço laminado apresentou redução de 2.8% no mesmo intervalo de tempo, com 36.805,8 mil toneladas.

Quanto à comparação mensal de produção de aço bruto, o mês de agosto de 2022 (5.196,3 mil t) registrou uma queda de 0,02% em comparação a julho, além de uma redução de 3,9% na produção de Fornos Elétricos (2.552,5 mil t). Por outro lado, as atividades em Altos Fornos (2.643,8 mil t) aumentaram 4,0%. Já o material laminado apresentou redução de 1,7% no mesmo período (4.618,6 mil toneladas en agosto). Destacam-se, nesta categoria, os tubos sem costura, que cresceram 7,5% no mês (144,9 mil t), enquanto os planos aumentaram 0,2% (2.193,3 mil t) e os longos caíram 4,0%  (2.280,4 mil t).

[aço] O consumo de aço laminado apresentou redução de 10,2% até agosto de 2022, em comparação com o total de 2021, ano em que cresceu 26%. Ainda assim, os números mantiveram-se 5% acima dos níveis pré-pandemia, totalizando 40.348,6 mil t. Destaques para as variações acumuladas: Chile (-50,2%), Peru (-16,8%) Brasil (-2,7%); Argentina (-1,5%); Colômbia (+13,7%); e México (+1,8).

A queda de consumo de 10,2% é explicada pela diminuição do déficit comercial em 35,9% no acumulado. “A produção se manteve em nível alto e as exportações estão elevadas. Portanto, o maior impacto no consumo foi ocasionado pela queda das importações”, diz Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. Em conjunto, os números demonstram a capacidade das empresas de reagirem para buscar oportunidades no mercado externo quando a demanda doméstica cai.

Na região, a demanda pelo material é impulsionada principalmente por setores industriais, como automotivo, máquinas agrícolas e de mineração. A construção, por sua vez, está desacelerada, como resultado das altas taxas de juros para combater a inflação e incertezas políticas em alguns dos países. “Ponto essencial de análise neste sentido é que, ao se estabilizar o consumo de aço, o mercado doméstico tem se fortalecido. O movimento indica que a região da América Latina sabe defender comercialmente sua produção e consequentemente, seus empregos. Observamos um 2021 positivo, tendo em vista que o mercado se regulou em 2022 e a indústria local se mostrou protegida”, conclui o diretor.

Fonte: Petronotícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/11/2022