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Goldman Sachs eleva estimativas do minério e sobe preços-alvos de Vale, CSN e CSN Mineração

O Goldman Sachs elevou suas projeções para o minério de ferro nos próximos três anos, impulsionado por demanda pela commodity fora da China, o que vai deixar o mercado global do metal em déficit, elevando preços e ajudando mineradoras, como Valee CSN Mineração.

O banco americano calcula que o minério termine 2022 em US$ 125 a tonelada, ante projeção anterior de US$ 110 a tonelada. Em 2023, a estimativa de preço sobe de US$ 90 a tonelada para US$ 100 a tonelada, e em 2024, vai de US$ 75 a tonelada a US$ 80 a tonelada.

“Acreditamos que o crescimento na produção de aço fora da China compensa totalmente a fraqueza na demanda do país asiático, ajudando a levar o mercado global de volta a déficit”, escrevem os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques. Chuvas mais fortes que o esperado no Brasil também reduziram a oferta da commodity.

Com isso, o Goldman Sachs elevou o preço-alvo dos recibos de ações (ADRs) da Vale negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 15 para US$ 17, potencial de alta de 9,81% sobre o fechamento de ontem, reiterando recomendação neutra. Eles estimam que a empresa vai devolver 27% do caixa aos acionistas em 2022 e 15% em 2023.

O banco aumentou a projeção de Ebitda da mineradora em 18% em 2022, 15% em 2023 e 11% em 2024. “Apesar do crescimento da produção e o movimento de custos desapontar, a Vale gera retornos atrativos entre as mineradoras puras em nossa cobertura”, afirmam.

Sobre CSN Mineração, o banco elevou o preço-alvo das ações de R$ 5,80 para R$ 6,50, valor 12,1% menor que o fechamento de ontem, reiterando recomendação de venda. Para Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),o preço-alvo subiu de R$ 26 para R$ 28, potencial de alta de 10,1%, com recomendação neutra.

Os analistas afirmam que como CSN Mineração tem um ciclo de investimentos longo, incerteza sobre os preços do minério de ferro faz com que investidores prefiram colocar dinheiro em empresas que gerem retorno imediato. “A estratégia de crescimento é positiva, mas vai restringir fluxos de investimento.”

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/01/2022

 

CSN Mineração tem plano de investimento focado no longo prazo, diz Goldman Sachs

A CSN Mineração (SA:CMIN3) deve apresentar um fluxo de caixa operacional sólido, com um investimento de longa duração por causa do seu capex em crescimento, aponta o Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34). Porém, essa estratégia pode restringir os fluxos de investimentos nos próximos dois anos.

O banco estima que o rendimento operacional do FCF da empresa suba 14% em 2022 e 12% em 2023. Porém, com o planejamento para a próxima década de um crescimento significativo da capacidade, o Goldman Sachs acredita que seja improvável que a maior parte do capex esteja madura nos próximos cinco anos.

Outro ponto a ser considerado, segundo o Goldman Sachs, é sobre as incertezas em relação aos preços do minério de ferro no longo prazo. Para o banco, o mercado se sentiria mais confortável se a CSN Mineração distribuísse o caixa gerado nos próximos anos por meio de recompras ou dividendos.

Assim, o banco considera que a empresa terá retornos de caixa limitados e um valuation mais caro, o que faria uma companhia como a Vale (SA:VALE3) mais preferível que a CSN Mineração.

A indicação do Goldman Sachs é de venda para o papéis da CSN Mineração, com preço-alvo em R$ 6,50.

As ações fecharam o pregão dessa quarta com cotação de R$7,23.

Fonte: Investing
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/01/2022

 

Indústria de máquinas fecha 2021 com alta de 21,6% na receita líquida, diz Abimaq

A receita líquida da indústria nacional de máquinas e equipamentos subiu 21,6% no ano passado, quando as vendas internas e exportações do setor chegaram a R$ 222,4 bilhões.

Divulgado nesta quarta-feira pela Abimaq, associação que representa os fabricantes de bens de capital mecânicos, o resultado deriva do crescimento de 25,3% das vendas no mercado doméstico, que somaram R$ 168,1 bilhões, e do aumento de 34,2% das exportações, para US$ 9,38 bilhões.

O ano passado foi o quarto consecutivo de crescimento nas vendas do setor, mostrando, na avaliação da Abimaq, que os investimentos seguem em ciclo de recuperação depois de recuarem a nível muito baixo até 2017.Incluindo na conta as importações, o Brasil comprou R$ 308,9 bilhões em máquinas e equipamentos no ano passado, 14,8% a mais do que em 2020.

Do total, US$ 21,16 bilhões correspondem a investimentos em máquinas importadas, onde o fluxo subiu 23,4%.Com o aumento das encomendas, o setor terminou dezembro com mão de obra 12,9% superior a de igual período de 2020, ou alta de 15,6% na média de todos os meses.

O total de trabalhadores empregados nas fábricas de máquinas e equipamentos chegou a 367,5 mil pessoas no mês passado. De acordo com a Abimaq, parte importante das contratações veio do aumento da produção de máquinas e implementos agrícolas.

Queda em dezembro

Apesar do resultado positivo do ano, dezembro registrou desaceleração nos indicadores da indústria de bens de capital. O faturamento do setor subiu apenas 0,4% frente ao mesmo mês de 2020, graças às exportações, mas caiu 6,9% na comparação com novembro.

As vendas no mercado interno recuaram 9,9% contra dezembro de 2020 e 20,3% no comparativo com novembro. Já o faturamento com embarques, apresentado em dólares, subiu 46,4% na comparação interanual. Frente a novembro, no entanto, as exportações recuaram 31,8%, num total de US$ 1,1 bilhão no mês passado.

Em dezembro, o consumo de máquinas no País, incluindo as importadas, somou R$ 23,38 bilhões, com queda de 0,7% na comparação com o mesmo mês de 2020 e de 7,4% ante novembro.De acordo com a Abimaq, as vendas vêm perdendo tração desde o início do segundo semestre do ano passado, tendo entre os motivos a piora na produção de bens de consumo, tanto duráveis como não duráveis.

Fonte: Época
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 27/01/2022

 

Matéria-prima dispara e derruba expectativas da construção civil para 2022

Após um 2021 com crescimento de 2% – num ano em que o PIB brasileiro fechou negativo –, a indústria da construção civil iniciou o ano com o sinal de alerta ligado. O principal motivo de preocupação é o alto custo das matérias-primas, com até mesmo a falta de alguns insumos essenciais, o que desencadeia uma sucessão de riscos que vão do desaquecimento do setor aos níveis altos de empregabilidade atuais. “Ano passado a gente cresceu bem. Em 2022 a gente cresce, mas cresce menos”, resume o presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins.

O momento de atenção que o setor vive está nítido nos resultados da Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada esta semana pela Cbic, apontando que a questão dos insumos incomoda 47,3% das empresas do setor. A preocupação se reflete na confiança do segmento.

Outro indicador que ajuda a entender o pé atrás das empresas neste início de ano é o Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela FGV-Ibre (Fundação Getúlio Vargas). Divulgado nesta quarta-feira (26), o indicador referente a janeiro aponta um recuo de 3,9 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 92,8 pontos. Este é o menor nível desde junho de 2021, quando o registro foi de 92,4 pontos.

Repasse aos clientes

Em Minas, Renato Michel, presidente do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais), faz coro à entidade nacional. “Temos algumas preocupações como o excessivo aumento dos materiais, a escassez de alguns materiais, já que as cadeias de produção ficam desequilibradas com a Covid-19, e o aumento do custo da mão de obra, que precisa ter a inflação de 10% corrigida. Isso, de alguma forma, precisa ser repassado para nosso cliente, e a gente sabe que ele tem uma capacidade limitada, pois parte consegue absorver, mas outros não, especialmente a faixa dos imóveis econômicos”.

Conforme Michel, no ano passado, o custo com materiais de construção passou de R$ 597,93 o metro quadrado, em junho de 2020, para R$ 918,16 em novembro de 2021, uma alta de 53%.

Gerente regional da construtora mineira Ap Ponto, Wesley Gonçalves, diz que a construtora já iniciou o ano com estratégias para driblar o aumento dos insumos e não descarta até mesmo repensar lançamentos conforme o ano avance. “A palavra é cautela, nosso objetivo é aumentar a eficiência e simplificar a jornada do cliente, que cada vez mais deve ser digital. Mas, a todo momento, vamos precisar revisitar as metas para ver se vai ser possível lançar e construir tudo que planejamos”, diz.

Estratégias

No ano passado, segundo ele, as altas sucessivas nos custos fizeram com que a empresa atingisse 80% da meta de lucro, mesmo com todas as 541 chaves previstas entregues.

Isso porque o custo da construção subiu 25%, mas só foi possível repassar entre 6% e 8% aos clientes, e com o dobro de parcelamento. “O perfil dos nossos imóveis é de 45 metros quadrados, que atende uma faixa de renda a partir de R$1.500, uma parcela da população que, além do poder de compra reduzido, muitos perderam totalmente a renda. Se antes a gente dividia no máximo até 50 vezes, hoje nosso cliente precisa de 100 parcelas”, afirma.

Renato Michel, presidente do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais), avalia que a expectativa para 2022 é manter o ritmo de crescimento, cerca de 2%, comparado a um ano em que as vendas (+28,08%) e lançamentos (+34,04%) no mercado imobiliário de Belo Horizonte e Nova Lima bateram recordes, mesmo com opções cada vez mais restritas e competitivas. Isso porque o estoque disponível de imóveis para comercialização continua decrescendo e há seis anos consecutivos o número de vendas supera o de lançamentos. 

Fonte: Hoje em Dia
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022

 

Índice Nacional de Custo da Construção sobe 0,64% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,64% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,30%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o índice acumula alta de 13,70% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice subira 0,93% no mês e acumulava alta de 9,39% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,49% em dezembro para 1,09% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, contra 0,10%, em dezembro.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,05% em janeiro, após variar 0,48% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,45% para 0,66%.

A variação relativa a Serviços passou de 0,57% em dezembro para 1,28% em janeiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,00% para 4,81%.

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, ante 0,10% em dezembro.

Capitais

Seis capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Em contrapartida, apenas Brasília apresentou decréscimo em sua taxa de variação.

Fonte: Investimentos e Notícias
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022

 

Ômicron avança em canteiros de obras, diz setor da construção

A ômicron avança nos canteiros e já compromete o cronograma de algumas obras, de acordo com o novo levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), realizado entre os dias 14 e 21 de janeiro.

Em 75% das empresas, os atestados de Covid ou Influenza atingiram até 25% dos trabalhadores. Cerca de 12% tiveram de dispensar até metade da equipe.

José Carlos Martins, presidente da CBIC, diz que o cenário dos números surpreendeu, mas não deve chegar a afetar o setor com um todo. "Teremos tempo para ajustar. São cronogramas maiores que podem ser facilmente adaptados", afirma.

A pesquisa abrange 482 companhias ouvidas em todas as regiões, sendo que aproximadamente 50% têm de 1 a 50 funcionários. A CBIC afirma também que cerca de metade delas tem exigido vacinação completa dos funcionários, além de testar os trabalhadores para detectar o vírus.

Nesta terça-feira (25), o governo federal formalizou a redução no prazo de afastamento dos infectados com Covid-19 para dez dias, contados do dia seguinte ao início dos sintomas ou da realização do teste.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022