Notícias

Novo lockdown na China ameaça oferta global de aço

O principal polo siderúrgico da China entrou em lockdown ontem para conter o surto de covid-19, aumentando as incertezas sobre a oferta global e elevando os preços. Já autoridades de Xangai negaram rumores de lockdown no centro financeiro do país, apesar de ter registrado um número recorde de novos casos.

Em Tangshan, na província de Hebei, no norte do país, os moradores estão proibidos de sair. A região é fundamental para siderurgia chinesa - a maior do mundo - e responde por uma parcela significativa da produção nacional.

As autoridades da cidade chinesa de Xangai negaram os rumores de um lockdown em toda a cidade depois que um sexto aumento consecutivo nos casos diários de coronavírus assintomáticos levou sua contagem a níveis recordes, para quase 1.000 na terça-feira.

Mas a campanha de testes em massa mantém muitos moradores de Xangai trancados em complexos residenciais há dias. As autoridades prometeram manter uma abordagem de separar as áreas para rastrear os bairros um por um, em vez de fechar completamente. Os rumores de lockdown desencadearam compras de pânico na noite de terça-feira.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/03/2022

PF combate extração ilegal de minério de ferro

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira, 22/3, a Operação ÁGUA LIMPA, para combater extração ilegal de minério de ferro em Itabirito/MG.

As investigações tiveram início há duas semanas, baseadas em denúncias de vizinhos da região onde ocorria a exploração. Durante a deflagração, a PF constatou a extração e encontrou três pessoas no local, que foram ouvidas e liberadas. Foram apreendidos caminhões e máquinas usados na atividade mineradora.

Instaurou-se inquérito policial para apurar a materialidade delitiva e confirmar a ilegalidade das extrações. As investigações prosseguirão, com diligências em outros lugares também citados em delações.

Os envolvidos responderão pelos crimes de usurpação de matéria prima da União e extração de recursos minerais sem permissão, cujas penas, somadas, podem chegar a 6 anos de detenção.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

Contato: (31) 3330-5270

Fonte: Polícia Federal
Fonte: CGN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/03/2022

 

Novos casos de Covid na China podem agravar crise no transporte marítimo

O lockdown adotado em mais de 10 cidades da China na semana passada após o novo surto de Covid-19, pode agravar a crise do transporte marítimo de produtos exportados, além de manter o alto valor do frete, apontam especialistas do setor.

Desde o ano passado, os produtores enfrentam a falta de contêineres e atrasos nos prazos de exportação e importação devido à alta demanda de mercadorias no retorno das atividades comerciais, até então paralisadas com a pandemia de Covid.

No agro brasileiro, os setores de algodão e carne registraram perdas devido à demora dos envios.

O preço do frete passou de US$ 2 mil para US$ 10 mil por cada contêiner, no caso da rota para o Brasil, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de julho de 2021.

A expectativa era de que o cenário melhorasse em 2022. Porém, as novas restrições na China irão adiar o alívio esperado, afirma Wagner Rodrigo Cruz de Souza, diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC),

"Com a restrição nos portos da China por conta da Covid, além do clima com a guerra na Ucrânia, logo terá congestionamento de cargas, atrasos e o frete não terá como ficar menor. Se o fluxo não tiver normal, não tem como diminuir o frete", afirmou.

Os maiores problemas de logística no transporte marítimo devem ser registrados em Shenzhen, cidade chinesa que tem um dos portos mais movimentados e é sede empresas de tecnologia.

"A situação é complexa e grave, já que o setor logístico vem sofrendo com falta de contêineres e embarcações. Se um navio é cancelado, ele tem que ir para outro porto e isso vai acumulando e criando congestionamento. O lockdown certamente vai criar o efeito cascata", explica Leandro Barreto, que é sócio-diretor da Solve Shipping Intelligence, consultoria de logística e comércio exterior.

"Aumentarão os congestionamentos, haverá terminais portuários com dificuldade de retirar a carga, como as dos setores do agronegócio, e também de enviar para exportação", ressalta.

Frete – Já em relação ao preço do frete, Barreto acredita que os valores ficarão altos, mas não devem crescer como ocorreu no auge da pandemia.

"O preço aumentou muito entre 2020 e 2021, indo de US$ 2 mil para quase US$ 15 mil cada contêiner entre China e Brasil. Em janeiro deste ano um novo operador entrou na rota reduzindo o frete para cerca de US$ 6 mil. Mas, com o lockdown, não temos mais perspectiva de que essa queda continue. Já tirou todas as esperanças de melhora este ano".

"O mundo todo está com inflação e ainda há reflexo da pandemia no transporte internacional de cargas. Por isso, os exportadores de madeira, açúcar, carne e algodão poderão ser afetados”, explica.

Fonte: G1
Seção: Naval & Portuário
Publicação: 24/03/2022

 

Presença maior da China deve favorecer malha portuária no norte do Brasil, dizem empresários

A ampliação do espaço da China na economia do Brasil deve acelerar a expansão da malha portuária no norte do Brasil, afirmaram empresários do setor nesta quarta (23), no Congresso Consad de Gestão Pública, em Brasília.

O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração, tem como um de seus apoiadores a Folha e começou nesta terça-feira (22). Com mesas sobre o protagonismo feminino e os desafios de empreender no setor público, vai até esta quinta-feira (24).

O debate sobre o PNL (Plano Nacional de Logística) foi mediado pela repórter especial da Folha Alexa Salomão e contou com Camillo Fraga, diretor do Grupo Houer, e Arthur Lima, diretor-presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística).

Na mesa, os empresários falaram sobre projetos que têm liderado. Lima, por exemplo, espera fechar um contrato com o porto de Santana, porto público no Amapá. Fraga destacou a modelagem de uma rodovia para o estado do Pará, a PA-150.

"Reduzir custo de transporte impacta a vida de todo mundo", diz Fraga, e o modelo de concessões pode ser usado também em serviços sociais –como uma maternidade que a empresa tem em seu portfólio.

"As concessões vieram para ficar", diz Lima.

Fonte: Folha de São Paulo
Seção: Naval & Portuário
Publicação: 24/03/2022

Rússia destrói grande parte da usina metalúrgica de Azovstal, dizem autoridades

O Exército da Rússia destruiu quase completamente a usina metalúrgica de Azovstal, em Mariupol, no sul da Ucrânia, uma das maiores da Europa. As informações são do Ministério do Interior ucraniano, de acordo com o que foi noticiado pela EFE.

"Segundo o que sabemos, perdemos esse gigante econômico. Uma das usinas metalúrgicas da Europa foi sistematicamente destruída", disse o ministro do Interior, Vadym Denysenko. "É imaginável que (o presidente russo, Vladimir) Putin tenha dado pessoalmente a ordem para destruir toda a cidade. O objetivo de Putin não é desmilitarizar a Ucrânia, mas desindustrializá-la. Teremos que reconstruir as nossas usinas nas próximas décadas", acrescentou o ministro.

Entre os bombardeios na cidade de Mariupol, destacam-se os ataques russos a um hospital com UTI e ao Teatro Drama com cidadãos abrigados, segundo alegaram as autoridades ucranianas, o que levanta a possibilidade de crimes de guerra cometidos pelo exército russo.

A Rússia intensificou neste sábado, 19, a ofensiva na Ucrânia e diz ter usado, pela primeira vez, mísseis hipersônicos Kinzhal. O ataque, de acordo com a agência estatal Ria Novosti, teve o propósito de destruir um local de armazenamento de armas no oeste da Ucrânia. De acordo com o jornal The New York Times, um porta-voz do exército ucraniano confirmou o ataque ao depósito, mas não o tipo de míssil usado.

Postado em 19/03/2022
Correio Braziliense
Seção :  Mundo 

Aço: vendas internas crescem 8,5% em fevereiro, para 1,5 milhão/ton

O consumo aparente de produtos siderúrgicos também aumentou no mês de fevereiro.

As vendas internas de aço cresceram 8,5% em fevereiro de 2022 em relação a janeiro, atingindo 1,5 milhão de toneladas, informa o Instituto Aço Brasil. O consumo aparente de produtos siderúrgicos também aumentou no mês de fevereiro chegando a 1,8 milhão de toneladas, alta de 6,4% em comparação ao mês anterior.

A diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Aço Brasil, Débora Oliveira, diz que esses dados, assim como no mês anterior, consolidam a interrupção das quedas nas vendas ao mercado interno. As quedas desde julho do ano passado vinham ocorrendo devido ao processo de estocagem que ocorreu nos setores consumidores ao longo de todo o ano de 2020 e grande parte de 2021.

Em fevereiro, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, representando queda de 7,2% frente ao apurado no mês de janeiro de 2022, mas é preciso levar em consideração que fevereiro é um mês com menos dias úteis.

Guerra
Segundo Débora, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, a indústria, não só no Brasil como no mundo inteiro, vem sendo pressionada pela alta de custos de matérias-primas e insumos energéticos. Ela diz que economicamente, a guerra vem afetando toda logística global, aumentando o preço do frete marítimo, e causando efeitos negativos em toda a cadeia de suprimentos.

“No caso da indústria do aço, matérias-primas específicas como carvão mineral, gás natural e níquel vem sofrendo expressiva elevação de preço”, comenta ela em vídeo divulgado pelo Instituto Aço Brasil.

O Aço Brasil está divulgando hoje também o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de março/22, que apresenta crescimento de 2,1 pontos frente ao mês anterior, para 51,1 pontos. Com esse movimento, o indicador volta a se posicionar acima da linha divisória de 50 pontos, o que indica confiança dos CEOs da indústria do aço.

Fonte: Estadão  18/03/2022, 16:10 ( atualizada: 18/03/2022, 16:09 )
Seção: Investidor