Notícias

Volkswagen inicia operação da sua quarta fábrica de elétricos

A Volkswagen iniciou na sexta-feira, 20, a produção de veículos na fábrica de Emden, na Alemanha, onde será feito o modelo elétrico ID.4. A unidade é a segunda no país a produzir carros elétricos, que já contava com a produção em Zwickau. No mundo, são quatro fábricas da VW que produzem elétricos. Mais duas entrarão em operação este ano, nos Estados Unidos e na Alemanha.

A fábrica de Emden, operada por 8 mil funcionários, teve de ser reformulada para produzir o novo veículo elétrico da marca, processo que demandou investimento de € 1 milhão. Além do ID.4, será produzido na unidade o sedã zero combustão Aero B, a partir de 2023. 

Capacidade da fábrica de elétricos depende de chips

“O início da produção do primeiro modelo totalmente elétrico no local é um marco sem paralelo para toda a equipe de Emden. Nos preparamos intensamente para fazer o ID.4 nos últimos dois anos e esperamos ansiosamente por este dia", disse Uwe Schwartz, gerente da fábrica. 

A capacidade máxima de produção da fábrica de elétricos de Emden, quem tem 125 mil metros quadrados, será de 800 unidades por dia útil até o fim de 2022. Porém, a VW ressalta que tal projeção depende da situação global de fornecimento de componentes.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 24/05/2022

 

Como a tecnologia ajuda o produtor rural a economizar combustível

O combustível é um dos principais fatores que estão contribuindo para a alta da inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 11,3% em março, considerando a taxa acumulada nos últimos 12 meses. O resultado é a maior variação desde outubro de 2003, quando ficou em 13,98%.

Enquanto os preços do grupo de alimentos tiveram crescimento de 11,62% no período, os combustíveis ficaram 27,89% mais caros. O óleo diesel, principal insumo utilizado para movimentar máquinas agrícolas e caminhões que transportam a produção, teve aumento de 46,47%. E a tendência, com a valorização do petróleo, é de mais altas.

Isso gera um impacto direto no agronegócio. De acordo com a análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o combustível mais elevado pode deixar o custo de produção de cana-de-açúcar até 70% mais caro nesta temporada em comparação com a safra anterior. O impacto na lavoura de grãos poderá ser ainda maior, chegando a 93%.

Como economizar combustível com a tecnologia

O produtor rural pode não ter o controle do consumo de diesel da porteira para fora até o destino, seja o mercado doméstico, seja nos embarques internacionais. No entanto, dentro da propriedade, o uso do combustível em tratores, cultivadoras, plantadeiras, pulverizadores e colheitadeiras deve ser acompanhado de perto.

Nesse sentido, o avanço tecnológico é um aliado fundamental para reduzir os custos nas lavouras. Tanto dispositivos internos das máquinas agrícolas, quanto aparelhos externos agregam informações essenciais para a tomada de decisão do gestor rural. Conheça a seguir as principais tecnologias usadas para economizar combustível.

Melhoria da potência

A melhoria da eficiência dos motores a combustão proporciona aumento de potência e reduz o consumo de diesel. A tecnologia intercooler promove o resfriamento do ar que entra na câmara de explosão; como o mais frio é mais denso, quando se expande proporciona maior força para o pistão. Além disso, o dispositivo melhora a vida útil da máquina.

O aparelho foi inventado para reduzir o nível de poluentes nos motores a diesel e é comum em caminhões. Atualmente, muitas máquinas agrícolas já saem de fábrica com o equipamento instalado; contudo, como a vida útil da frota rural costuma ser maior que uma década, muitas propriedades ainda não contam com o instrumento.

Gestão de frota

Não é novidade que a manutenção periódica é importante para garantir a produtividade e a eficiência das máquinas agrícolas, proporcionando o consumo de combustível em níveis satisfatórios e evitando grandes prejuízos. As plataformas digitais de gestão ainda facilitam o trabalho do produtor rural para o acompanhamento da frota.

A tecnologia permite o gerenciamento completo das máquinas agrícolas, prevê a necessidade de manutenção, auxilia no cálculo dos gastos de cada equipamento e informa qual é o momento certo para atualizar a frota. Tudo isso para garantir que os custos de operação sejam os menores possíveis.

Telemetria

Os sistemas de rastreamento via satélite e outros dispositivos presentes na propriedade rural permitem o acompanhamento de uma série de fatores relacionadas à produtividade da lavoura, como adubação, pragas e clima. A tecnologia também oferece a operação remota de máquinas agrícolas com informações em tempo real das atividades.

Ao permitir que o produtor rural conheça uma ampla gama de detalhes da propriedade, o uso de dados possibilita uma previsibilidade maior para evitar desperdícios, como adubar ou pulverizar uma área sem necessidade ou aplicar insumos com as condições climáticas desfavoráveis. Dessa maneira, não somente o combustível é economizado, mas também outros materiais.

Fonte: Canal Agro
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 24/05/2022

Governo federal altera regra de reajuste da tabela do frete

Em 17 de maio, o presidente da república editou uma Medida Provisória (MP) para alterar a lei que determina, de acordo com a oscilação do preço do diesel, a revisão da tabela de frete no país.

A Medida Provisória 1.117/22, já em vigor, permite à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizar os valores mínimos do frete rodoviário de cargas sempre que houver oscilação superior a 5% no preço do óleo diesel no mercado nacional. Até então, a atualização era feita quando esse percentual ultrapassava os 10%.

Além dessa revisão extraordinária, que depende da variação do diesel, a ANTT, por lei, já realiza revisões semestrais nos valores do frete cobrados no Brasil.

A MP altera a Lei 13.703/18, que criou a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC). A mudança visa ajustar a tabela aos recentes reajustes do preço do óleo diesel.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, desde 2018 a lei determina que a ANTT publique uma tabela com o piso do frete por quilômetro rodado, em função do tipo de carga, características da operação de transporte e número de eixos do veículo.

“O modelo de cálculo avalia os custos fixos, como o custo de depreciação do veículo, mão de obra dos motoristas, seguros etc., e os custos variáveis, como combustível, gasto de pneus, lubrificantes e manutenção do veículo”. A estimativa do governo é de que o preço do diesel representa cerca de 40% dos custos para prestação do serviço do frete.

Em comunicado o Ministério da Infraestrutura afirma que “com isso, pretende-se dar sustentabilidade ao setor do transporte rodoviário de cargas, e, em especial, do caminhoneiro autônomo, de modo a proporcionar uma remuneração justa e compatível com os custos da atividade”.

Fonte: Agência Câmara
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/05/2022

 

Acordo entre aduanas de 11 países no OEA é avanço para a agenda de facilitação de comércio brasileira

O acordo de reconhecimento mútuo do Operador Econômico Autorizado (OEA) firmado entre 11 países, incluindo o Brasil, representa um avanço na agenda de facilitação do comércio exterior brasileiro, na avalição da Confederação Nacional da Indústria (CNI).O programa da Receita Federal visa desburocratizar os procedimentos dos exportadores e importadores a fim de facilitar as operações aduaneiras para as empresas certificadas.

O certificado de operador de baixo risco concedido às empresas traz benefícios relacionados à maior agilidade e previsibilidade das cargas nos fluxos do comércio internacional, com consequente diminuição dos custos de transação relativos à atividade aduaneira. Para obter a certificação, é necessário que a empresa cumpra critérios de segurança aplicados à cadeia logística, assim como as obrigações tributárias, administrativas e aduaneiras.

“Esse acordo guarda-chuva é um passo importante para garantir a compatibilidade e celeridade nas exportações e importações brasileiras na região. Esperamos que tenha uma pronta implementação para possibilitar que empresas certificadas em um dos 11 países participantes possam ter acesso aos benefícios nos procedimentos aduaneiros de todo o grupo”, afirma a gerente de comércio exterior da CNI, Constanza Negri.

Além do Brasil, fazem parte do acordo Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

Os benefícios para as empresas certificadas incluem:

- Celeridade no desembaraço aduaneiro, com redução da fiscalização da carga de acordo com a gestão de risco aplicável;
- Respostas prioritárias nos casos de interrupções no fluxo de comércio, como aumento dos níveis de alerta de segurança, fechamento de fronteiras e/ou desastres e outros incidentes graves;
- Prioridade e agilidade no despacho aduaneiro de mercadorias;
- Agentes aduaneiros designados como ponto de contato a fim de coordenar a atribuição dos benefícios.

Previsto no Acordo de Facilitação de Comércio, assinado em 2017 pelos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), o bloco regional dá um passo político importante para a troca de informações nos Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) dentro do OEA. 

Com o Arranjo Regional, qualquer modificação substancial nesses programas nos países deve ser comunicada dentro do grupo para eventual validação adicional. As aduanas também se comprometeram a comunicar, com a maior brevidade possível, a interrupção, a suspensão, o cancelamento ou a não renovação de seus programas e das certificações.

O reconhecimento mútuo é uma das três frentes do programa da Receita, que também contempla benefícios concedidos às empresas de baixo risco certificadas e pelo OEA-Integrado. A integração dos outros órgãos da administração pública como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura (Mapa), Exército e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) encontram-se em fase negociação com a RFB para implementação.

A efetivação completa do programa até o fim de 2022 teria impacto de US$ 17,1 bilhões para exportadores e importadores no acumulado de 2018 a 2030, de acordo com estudo da CNI. O valor é referente à economia de custos com aumento da eficiência aduaneira.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/05/2022

 

Vallourec faz cortes na Europa e transfere produção para o Brasil

 A fabricante francesa de tubos de aço cortará cerca de 2.950 empregos e fechará fábricas na Alemanha, França e Reino Unido A Vallourec, fabricante francesa de tubos de aço usados por perfuradoras de petróleo e gás, cortará cerca de 2.950 empregos, fechará algumas fábricas na Alemanha, França e Reino Unido e transferirá parte da produção para o Brasil para acelerar o crescimento dos lucros à medida que a demanda se recupera.

O plano, que deve ser concluído no primeiro trimestre de 2024, aumentará o lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização em 230 milhões de euros (US$ 241 milhões), disse a empresa, que reestruturou sua dívida no ano passado, em comunicado nesta quarta-feira (18). A melhora de geração de caixa será de 250 milhões de euros graças a uma redução nas despesas de capital.

“Essas decisões devem permitir que a Vallourec permaneça lucrativa, quaisquer que sejam as condições do mercado”, disse Philippe Guillemot, que foi nomeado CEO em março com a tarefa de melhorar os resultados.

Na Alemanha, onde cerca de 2.400 empregos serão cortados, as operações da Vallourec perderam, em média, 100 milhões de euros por ano nos últimos anos, afirmou.

O setor de serviços petrolíferos está se beneficiando de uma recuperação pós-pandemia na demanda de energia. No entanto, os produtores de hidrocarbonetos continuam cautelosos em aumentar os gastos com exploração e novos poços para evitar investimentos excessivos que ocorreram durante os booms anteriores da demanda.

O Ebitda da Vallourec caiu para 45 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, de 80 milhões de euros um ano antes, pois a empresa teve de suspender temporariamente as operações em uma mina de minério de ferro no Brasil.

Graças à recuperação da demanda e ao reinício progressivo de sua atividade de mineração, a Vallourec, agora, espera que seu Ebitda aumente “significativamente” este ano.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/05/2022

 

Desaceleração da China já afeta o resto do mundo

 Por ser grande consumidora de produtos e insumos e exportadora de bens industriais, seus problemas desferem um duplo golpe à economia global Durante décadas a China foi um enorme chão de fábrica e mercado para o mundo. Mas agora, com o crescimento econômico do país desmoronando, o problema está se tornando mundial.

Os “lockdowns” impostos para conter a covid-19 estão estrangulando a atividade na segunda maior economia do mundo. A demanda pelas exportações da China está caindo à medida que as economias lutam com o aumento dos preços e das taxas de juros.

Os efeitos da desaceleração da China aparecem em todo lugar, das fábricas alemãs aos pontos turísticos da Austrália. As exportações dos países asiáticos estão caindo com a menor demanda chinesa. Empresas como Apple e General Electric (GE) alertaram os investidores para dificuldades de produção e entrega decorrentes dos problemas da China, bem como da queda nas vendas.

As vendas de automóveis na China despencaram, afetando montadoras como BMW, Volkswagen e Tesla. A Tesla vendeu apenas 1.512 carros produzidos na fábrica de Xangai em abril, uma queda de 98% em relação aos mais de 65 mil veículos vendidos em março, segundo dados da Associação dos Carros e Passageiros da China. A Toyota, por sua vez, pediu desculpas por descumprir suas metas de produção, em parte devido aos lockdowns na China. Agora a Toyota espera produzir 700 mil veículos em maio, em vez dos 750 mil planejados anteriormente.

A desaceleração da China tem um duplo impacto na economia global. O país é um grande mercado para os produtos, componentes e matérias-primas do resto do mundo e também a grande fábrica no centro do comércio global.

Isso significa que o enfraquecimento de sua economia é uma má notícia para exportadores de commodities como o Brasil, Chile e a Austrália, que fornecem à China petróleo, cobre e minério de ferro. É também uma má notícia para potências industriais como a Alemanha. A China é um grande mercado para máquinas, automóveis e semicondutores de Taiwan e da Coreia do Sul, além de ser um elo crítico nas cadeias de suprimentos globais de suas companhias.

Trata-se também de uma má notícia para os EUA, onde a inflação em alta reduz o poder de compra das famílias. O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Jerome Powell, alertou na semana passada que, junto com a guerra na Ucrânia, os problemas econômicos da China poderão agravar a pressão inflacionária nos EUA se impedirem a normalização das cadeias de suprimentos que são cruciais para esfriar a inflação.

“Todo mundo está exposto”, diz Carlos Casanova, economista sênior para a Ásia da Union Bancaire Privée de Hong Kong. “O que quer que aconteça na China afeta o crescimento mundial.”

Em 2021 a China respondeu por 18,1% do PIB mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional, atrás dos 23,9% dos EUA, mas à frente do bloco da União Europeia (UE), com 17,8%. Responde por quase um terço da produção industrial global, segundo dados da Nações Unidas de 2020. A economia chinesa cresceu num ritmo modesto no início do ano, mas os dados de março e abril apontam uma grande desaceleração.

A política de tolerância zero de Pequim para conter os surtos de covid-19 levou a lockdowns rígidos em centros industriais como a província de Jilin, no nordeste, e megacidades como Shenzhen e Xangai. Os controles rígidos mantiveram milhões de pessoas dentro de casa, fecharam fábricas e lojas e prejudicaram o transporte, aumentando a pressão sobre a economia, já pressionada por uma crise imobiliária e pela repressão regulatória sobre setores como o de tecnologia e educação.

Dados da balança comercial desta semana mostraram um fraco crescimento das exportações chinesas em abril, com os lockdowns afetando fábricas e queda na demanda mundial, especialmente na Europa e no Japão. As importações de minério de ferro caíram 13% no ano, as compras de cobre encolheram 4% e as importações de carros e chassis recuaram 8%, segundo economistas da Nomura.

Alguns economistas veem uma contração do PIB da China no segundo trimestre em relação ao primeiro e um aumento do desemprego. Autoridades chinesas prometeram reavivar o crescimento com grandes gastos em projetos de infraestrutura, mas muitos economistas não acreditam que o governo ou o banco central conseguirão fazer muito para estimular a economia, enquanto mantiverem a estratégia de “covid-zero”.

“As autoridades chinesas anunciaram uma flexibilização para evitar uma desaceleração do crescimento - mas ainda não agiram totalmente nesse sentido”, disseram economistas do BlackRock Investment Institute, divisão de análises de investimentos da maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, em nota para clientes.

A Apple disse recentemente que os lockdowns na China poderão lhe custar entre US$ 4-US$ 8 bilhões em vendas perdidas por causa dos problemas na cadeia de suprimentos. A GE disse que sua divisão de cuidados com a saúde enfrenta problemas de produção e entrega por causa dos lockdowns.

No Japão, a Sony e a Nintendo disseram na terça-feira que as limitações de suprimentos ligadas à China afetarão a produção de seus consoles de videogames. Segundo a Sony, as restrições contra a covid-19, incluindo o lockdown em Xangai, tornaram mais difícil para as empresas presentes na China fabricar e despachar peças usadas em suas máquinas.

Na Austrália, a Fortescue Metals Group, a quarta maior produtora de minério de ferro do mundo, disse que os lockdowns na China afetaram a demanda por aço e elevaram os custos do transporte de commodities. A Rio Tinto, segunda maior mineradora do mundo, disse que os lockdowns representam um risco de curto prazo para a atividade de construção na China.

Em uma das maiores fazendas de lavanda do mundo na Tasmânia, Austrália, dos cerca de 85 mil visitantes todos os anos antes da pandemia, um número significativo eram chineses. Mas desde a reabertura das fronteiras aos turistas internacionais em fevereiro, poucos visitantes vieram da China.

As exportações de Taiwan e Coreia do Sul para a China em abril caíram 3,9% em relação a março, segundo o Goldman Sachs. A queda mostra como algumas economias asiáticas estão fortemente conectadas ao motor industrial da China, tornando-as especialmente vulneráveis a uma desaceleração.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que peças e outros insumos chineses respondem por 1,4% do valor das exportações de bens dos EUA para o resto do mundo, na Coreia do Sul, essa participação é de 5,2%, em Taiwan 6,3% e no Vietnã 14,4%.

Na Europa, a produção industrial da Alemanha registrou sua maior queda mensal em março desde o início da pandemia em 2020, refletindo os problemas na China e as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Na semana passada a BMW informou uma queda de 19% no volume de produção nos primeiros três meses de 2022, na comparação anual, citando gargalos globais no fornecimento de componentes e os lockdowns na China. As entregas de veículos para a China caíram cerca de 9% no trimestre.

A fabricante de artigos esportivos Adidas disse que sua receita na China caiu 35% ao ano no primeiro trimestre, enquanto os custos mais altos de fornecimento e frete corroeram sua lucratividade.

“A China é muito importante para nós como mercado”, disse Jörg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio da UE na China. Cerca de 900 mil empregos na Alemanha dependem do mercado chinês, enquanto que as empresas alemãs empregam perto de um milhão de pessoas na China.

Wuttke disse acreditar que o pior da ruptura relacionada à covid e aos lockdowns recentes, ainda não foi sentido na Europa, uma vez que as remessas que deveriam ter deixado a China nos últimos dois meses só agora começarão e chegar aos portos europeus.

A intensidade do freio da China sobre a economia global dependerá do quanto ela irá desacelerar. Algumas empresas e economistas esperam ver uma recuperação antes do fim do ano.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/05/2022