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PIB da construção tem alta de 9,5% no semestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 1º de setembro os dados do Produto Interno Bruto (PIB).

Os resultados apontam que o PIB da Construção Civil cresceu 9,5% no primeiro semestre de 2022, em relação a igual período do ano passado, enquanto a economia do país teve alta de 2,5% no intervalo.

Na avaliação do 2° trimestre, o PIB do setor cresceu 2,7% sobre o trimestre anterior, enquanto o crescimento da economia nacional foi de 1,2% no período.

Já em relação ao segundo trimestre deste ano sobre igual período de 2021, a elevação foi de 9,9% na Construção, enquanto o país, nesta base de comparação, cresceu 3,2%.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, o PIB da construção está ajudando a puxar a alta do PIB brasileiro.

“O resultado mostra que o setor da construção mais uma vez teve papel decisivo do setor no processo de recuperação econômica do país. Os números também sinalizam que o nível de atividades do segmento continua se expandindo, o que também está refletindo no mercado de trabalho da construção civil, que apontou o melhor desempenho de julho ao registrar crescimento de 9,38%, conforme dados divulgados pelo Caged nesta semana”, afirma o executivo.

“A construção civil tem a particularidade de ser um setor que puxa fortemente o PIB brasileiro para cima e emprega muito. Isso contribui para que o desemprego no Brasil continue caindo”, complementa Luiz França.

O índice de desemprego, que chegou a 14,8% em 2021, caiu para 9,1% em julho deste ano, considerando que a Construção Civil foi responsável pela geração de 15% dos empregos formais em 2022.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 08/09/2022

China entra em desaceleração e pode prejudicar planos para Brasil em 2023

A atual corrida eleitoral pela Presidência da República é pródiga em promessas feitas pelos candidatos. Todos garantem a manutenção do auxílio aos mais pobres em 600 reais no próximo ano. Ciro Gomes, do PDT, fala até em realizar um programa de renda mínima de 1 000 reais. Por excesso de otimismo ou simples oportunismo eleitoral, eles partem do pressuposto de que terão um caixa robusto para o próximo exercício. O problema é que, a despeito dos bons resultados de arrecadação de impostos neste ano, as nuvens parecem cada vez mais ameaçadoras no cenário global de 2023. A mais recente e perigosa tem relação com o desempenho econômico da China, o maior parceiro comercial brasileiro. “A situação vai ser difícil e não tenha dúvida de que isso vai se descobrir logo”, diz o embaixador e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero.

O desempenho positivo das contas públicas no primeiro semestre deste ano tem relação com a recuperação da atividade no pós-pandemia, como no setor de serviços, mas também com a alta de preços das commodities que o Brasil exporta, como petróleo, minério de ferro e alimentos. Como um grande comprador desses produtos, a China tem sido crucial para a performance da balança comercial brasileira. As cotações, que já vinham em alta em 2021, subiram mais com as restrições causadas pela guerra na Ucrânia, no primeiro semestre. Esse efeito ajudou a trazer mais dinheiro para o país e gerar mais impostos pagos ao governo. Mas, nas últimas semanas, as perspectivas mudaram.

O grande dínamo econômico do novo milênio e segunda maior economia global, a China indica cada vez mais ter colocado o pé no freio e ter deixado no passado os seus anos de mais brilho. Economistas já preveem que o crescimento do PIB chinês ficará, neste ano, em torno de 3,5% e pouco acima de 5% em 2023. Essas últimas projeções representam baixas em relação a prognósticos anteriores, como os do Fundo Monetário Internacional, mesmo considerando anúncios recentes do governo do presidente Xi Jinping para reavivar a economia. Ele promoveu, nas duas últimas semanas, quedas drásticas de juros — foram 15 pontos de baixa para a taxa de operações de cinco anos —, na contramão do resto do mundo, e até anunciou um pacote de gastos de 146 bilhões de dólares.

 

Tais números de crescimento do PIB entre 3% e 4% ficam muito distantes do impulso pós-pandemia de 8,1%, que favoreceu o governo Jair Bolsonaro meses atrás. Nos anos 2000, o ritmo de crescimento chinês superava os 10% — tendo atingido 14,2% em 2007 —, algo que tanto ajudou os mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A desaceleração asiática atual é causada por uma somatória de fatores. Um dos principais foi a decisão de Xi Jinping de impulsionar o consumo interno e manter o crescimento do país estável, ainda que menor. Isso significou uma diminuição considerável das injeções do governo em setores como o de infraestrutura e o mercado imobiliário, que agora atravessa uma grave crise.

Para piorar o quadro, o governo chinês não demonstra interesse em flexibilizar a sua estratégia de tolerância zero contra a Covid-19 e a variante ômicron, levando a novos lockdowns, algo que prejudica a produção industrial e o escoamento de mercadorias nos portos. As regiões de Pequim, Chengdu e Shenzhen, o polo da indústria de tecnologia do país, foram os mais recentes a fechar. Por fim, o verão seco e com altas temperaturas está atingindo safras agrícolas, o fornecimento de energia e o tráfego de embarcações de carga em rios que sofrem com a diminuição do nível de água.

Nos últimos anos, a China tem ajudado o Brasil não só comprando commodities, mas também com investimentos em startups, infraestrutura e produção de petróleo. No ano passado, o país recebeu de Pequim 5,9 bilhões de dólares, 13,6% do capital chinês investido no exterior. Com isso, o Brasil foi o maior destino de investimentos da nação asiática, segundo o Conselho Empresarial Brasil-­China. A questão é se o ritmo pode continuar. “Certamente, ficou para trás aquele momento de empréstimos gigantescos de recursos públicos chineses para projetos de investimento pelo mundo”, avalia o economista Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e membro sênior do Centro de Políticas para o Novo Sul. “Temos à frente uma desaceleração global inevitável. Esta combinação não é benéfica para o Brasil.” O presidente eleito para 2023 pode não admitir em discursos, mas precisará se preparar para governar o país em um cenário econômico internacional bem mais restritivo.

Fonte: Veja
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

Emprego e investimentos puxam crescimento da indústria no 2º trimestre de 2022, avalia CNI

A indústria mostrou o maior crescimento do PIB no segundo trimestre de 2022 entre os setores econômicos, com alta de 2,2% frente ao primeiro trimestre de 2022. Diante disso, o gerente-executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles, afirma que a previsão da CNI para o crescimento do PIB para este ano, tanto do Brasil quanto da indústria, será revisado para cima. Em junho deste ano, a CNI projetou crescimento de 1,4% para a economia brasileira.

“O que nós temos visto, nos últimos meses, é um aumento significativo do número de pessoas trabalhando. O IBGE divulgou que o Brasil tem 98,7 milhões de brasileiros ocupados, seja no setor formal ou no informal, e isso veio acompanhado de um aumento da massa salarial real. Também percebemos uma alta nos investimentos e queda no volume de importações. Então, à medida que a demanda interna aumentou, o abastecimento foi feito pela indústria brasileira”, explica o economista, sobre a recuperação da atividade econômica.

Todos os segmentos da indústria cresceram entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022. Os resultados para a indústria, sobretudo o PIB da construção e o PIB da transformação, são superiores aos previsto em junho, de forma que a previsão do PIB da indústria, de 0,2%, também será revista para cima. No caso da indústria de transformação, em particular, a previsão era de queda de 1,5% em 2022. A previsão será revista para uma queda muito mais moderada ou até mesmo crescimento em 2022. 

Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos tiveram a maior expansão 

A maior alta entre os segmentos da indústria foi verificada no segmento de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (+ 3,1%). O IBGE aponta que o resultado é influenciado pelo desligamento das térmicas e o consequente fim da bandeira tarifária de escassez hídrica. Além disso, a própria aceleração da atividade econômica foi relevante neste resultado, dado que a energia é insumo utilizado por todos os setores econômicos.

A indústria de transformação cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2022, com relação ao primeiro trimestre de 2022. É o segundo trimestre consecutivo de crescimento. Entre os destaques positivos estão: fabricação de coque e derivados do petróleo; couros e calçados, produtos químicos, papel e celulose e bebidas. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, a indústria de transformação registrou crescimento de 0,5%.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

 

Commodities derrubam exportações e setor externo dá contribuição negativa para PIB, diz IBGE

O desempenho das commodities no segundo trimestre, com queda em soja, minério de ferro e petróleo, puxou as exportações para baixo no período e o setor externo teve contribuição negativa para o Produto Interno Bruto (PIB).

A avaliação foi feita pela coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

As exportações recuaram 2,5% no segundo trimestre, ante o primeiro trimestre, enquanto as importações tiveram alta de 7,6%. Na comparação anual, as exportações registraram queda de 4,8%, ritmo superior ao recuo de 1,1% das importações.

“A queda na exportação de bens está relacionada com o desempenho da agropecuária, muito por causa da soja, principal produto exportado, que recuou. Também tem a parte de minério de ferro e do petróleo. Além disso, teve valorização cambial”, disse ela.

No caso da soja, houve queda na produção após problemas climáticos. Já a indústria extrativa, que inclui minério e petróleo, também foi afetada pela menor demanda da China, que passou por novo lockdown por causa de covid-19.

Por outro lado, as importações foram beneficiadas, segundo Rebeca Palis, pela indústria, especialmente de bens intermediários, usados como insumo para a produção. O movimento reflete, explica ela, o começo de normalização das cadeias globais de produção, que ainda enfrentam problemas, mas estão numa situação melhor.

“Isso fez com que o setor externo tivesse contribuição negativa para o PIB. Foi um PIB que cresceu muito puxado pela demanda interna”, explicou Palis.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

Setores da indústria têm cenários heterogêneos para o futuro, diz XP

O processo de normalização da oferta e a demanda em expansão favoreceram o bom desempenho da indústria no segundo trimestre, especialmente da de transformação, afirma Rodolfo Margato, economista da XP.

Para o restante do ano, o cenário é heterogêneo para a indústria — setores dependentes de renda devem ter performance melhor do que aqueles que dependem de crédito, argumenta.

O PIB da indústria teve expansão de 2,2% no segundo trimestre frente ao primeiro, feito o ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse crescimento é explicado pelos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

“O dado do PIB em si foi bom, mas o que mais chamou atenção foram as aberturas. O consumo das famílias, o desempenho significativo do mercado de trabalho, a renda disponível e a reabertura indicam demanda interna sólida. Os componentes emites sinal ainda mais positivo do que o número geral [do PIB]”, afirma o economista.

Ele argumenta que os componentes da indústria que mais surpreenderam foram construção civil e serviços industriais de utilidade pública - no PIB, além do setor manufatureiro e extrativo, a indústria engloba construção civil e produção e distribuição de energia e gás.

A construção foi puxada pelo investimento público de governos estaduais, com formação bruta de capital fixo, e aumento da massa de renda real do setor, afirma. Já os serviços industriais de utilidade pública tiveram como contribuição relevante a produção de eletricidade.

“No ano passado, o valor adicionado desse componente havia caído bastante, por conta do acionamento das usinas termelétricas. Mas nos últimos dois trimestres, houve participação crescente das hidrelétricas, com normalização das chuvas”, argumenta.

Para o segundo semestre, contudo, Margato espera desaceleração da atividade, o que deve se refletir na indústria.

Ele prevê um cenário heterogêneo para a indústria no segundo semestre. Além de problemas de oferta de insumos, que ainda afetam setores como o automotivo, ainda que cada vez menos, a indústria deve se ver limitada por restrições de renda e crédito.

“Para os bens que são mais sensíveis a crédito, como móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a desaceleração deve ficar mais clara daqui para frente, até porque houve antecipação do consumo desses bens nos últimos dois anos, embalado por juros baixos”, diz, ao prever que o aperto monetário pese para setores que dependem de crédito.

“Quando olhamos bens como alimentos, bebidas e vestuário, a renda ainda aparece em trajetória firme de crescimento até o fim do ano, por conta de estímulos fiscais e queda da inflação no curto prazo.”

Margato afirma que cenário projetado para a indústria adiante é, portanto, heterogêneo. “Setores mais sensíveis à renda, portanto, devem ter performance superior àqueles que dependem de crédito e investimento, que devem ter desaceleração”, conclui.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 02/09/2022

Manutenção na Coqueria 3 da Usiminas é feita em Ipatinga

Uma atividade de manutenção na Coqueria 3 da Usiminas, em Ipatinga, foi realizada na manhã desta quinta-feira (1). Em comunicado divulgado à comunidade, a empresa informou que havia possibilidade de gerar emissões atmosféricas (fumaça e chamas) eventualmente visíveis em algumas localidades no entorno à Usina de Ipatinga.

Segundo o comunicado, “o processo não oferece riscos à segurança e à saúde da comunidade, e será devidamente monitorado pelas equipes de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Produção e Manutenção, integrando o plano de manutenção da Coqueria 3, que se encontra em curso”.

Coqueria 2
No dia 26 de agosto, a Usiminas anunciou a realização de reparos emergenciais e definitivos da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, no valor de R$ 1,1 bilhão. A informação foi divulgada em comunicado ao mercado e acionistas da empresa.

Ainda nesse comunicado, o Conselho de Administração da Usiminas aprovou a realização dos seguintes investimentos pela companhia: reparos emergenciais e definitivos da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, no valor de R$ 1,1 bilhão, a ser desembolsado da seguinte forma: ano de 2022 (R$ 57 milhões), 2023 (R$ 97 milhões) e 2024 a 2026 (R$ 951 milhões), somando um total de R$ 1,105 bilhão.

Expectativa de investimento
O comunicado também apontou que a Usiminas mantém a expectativa de investimentos para o ano de 2022 em R$ 2,05 bilhões, conforme divulgado no fato relevante de 11 de fevereiro de 2022. Adicionalmente, a Usiminas informa que a estimativa de investimentos para o ano de 2023 é da ordem de R$ 2,4 bilhões.

Fonte: Diário do Aço
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/09/2022