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Samarco chega a 20 milhões de toneladas de minério de ferro

A Samarco alcançou a produção de 20 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro produzidas desde a retomada das operações em dezembro de 2020. O resultado está acima do previsto, que era por volta de 19 milhões de toneladas, conforme o diretor de operações da empresa, Sérgio Mileipe. “A gente tem quase 1 milhão de toneladas à frente do nosso plano original”, destaca.

Nesse período, foram embarcados 200 navios. Além do mercado interno, os produtos da Samarco têm como destino a cadeia produtiva de siderúrgicas da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Américas.

O executivo conta que, para 2023, a expectativa é que a produção chegue ao patamar de 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, o que representa quase 30% da capacidade instalada da empresa. Se concretizar a produção prevista neste ano, a Samarco irá registrar expansão de 10% com relação ao volume produzido nos dois anos anteriores. 

“Temos um plano de retomada gradual da capacidade produtiva, chegando a 100% até janeiro de 2028”, diz. Mileipe acrescenta que a empresa retomou suas operações sem a utilização de barragens de rejeitos e prevê alcançar 60% da capacidade produtiva a partir de 2025.

Para este ano, os investimentos da empresa são da ordem de R$ 1,6 bilhão. “Os recursos estão em linha com o nosso plano de negócio que foi aprovado e que está em curso atualmente, além de investimentos no projeto de descaracterização da cava e da barragem de Germano, obras em estágio avançado e a projetos de inovação”, explica.

O diretor de operações da Samarco ressalta que a empresa está investindo em tecnologias inovadoras em prol do desenvolvimento sustentável. Entre as ações, está a utilização de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro como alternativa complementar ao calcário. Atualmente, 30% das pelotas produzidas possuem coproduto de mármore.

Desde a homologação do coproduto em outubro do ano passado, foram adquiridas mais de 21 mil toneladas do material. Entre as vantagens estão a redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, além dos impactos positivos na qualidade da pelota. 

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/06/2023

Aperam expande negócios florestais no Brasil e segue estratégia de investir em novos modelos de negócios sustentáveis

A Aperam concluiu uma joint venture (“JV”) para a expansão de suas florestas para produção de carvão vegetal com a Ferbasa – um dos principais produtores mundiais de ferroligas. Essa expansão, anunciada no 2º trimestre de 2022, está em linha com a estratégia da Aperam de aumentar em 20% suas operações florestais existentes e expandir para novos modelos de negócios com foco na transição energética.

A BioEnergia da Aperam está localizada em Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, com capacidade de produção anual de 450 mil toneladas de carvão vegetal.

A unidade faz da Aperam a maior produtora de carvão vegetal proveniente de florestas renováveis ??do mundo. Sujeita às aprovações prévias regulatórias (entre elas, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil), a nova empresa operaria em estreita proximidade com as operações existentes da Aperam, permitindo assim a realização de sinergias e benefícios de custo. 

A parceria também permite à Aperam otimizar e aumentar ainda mais a produção de carvão vegetal – uma fonte de energia renovável e sustentável baseada em biomassa que já está evitando a emissão de 700 mil toneladas de CO2 por ano. A expansão também permitirá à BioEnergia desenvolver significativamente novos modelos de negócios associados à energia renovável e à descarbonização global.

O espaço adicional será administrado de acordo com os padrões ambientais eficazes e responsáveis ??da Aperam, certificados voluntariamente pela ISO 14001, e pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) anualmente desde 2008. A certificação FSC® garante que os produtos vêm de florestas manejadas de forma responsável que fornecem benefícios ambientais, sociais e econômicos. Desde a fase de melhoramento genético até a carbonização da madeira, são adotadas práticas totalmente sustentáveis ??e que vão muito além das tradicionais, visando a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Por fim, temos orgulho de nossas operações florestais como forma de contribuir com o desafio da mudança climática da humanidade.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/06/2023

Bolsa de Toronto quer atrair mais empresas de mineração do Brasil

Pelo potencial que tem, a indústria de mineração no Brasil, que é a maior da América Latina, ainda é pouco representada no mercado de capitais. Apenas quatro empresas — Aura Minerals, CBA, CSN Mineração e Vale estão listadas na B3. Pode se considerar ainda Usiminas e Gerdau, que produzem minério de ferro (em uma escala menor), todavia a atividade principal de cada uma dessas empresas é a fabricação de aço.

É muito pouco para a dimensão do setor mineral no Brasil e pelo potencial que tem o país nessa área, avalia Guillaume Légaré, Head da Toronto Stock Exchange & TSX Venture Exchange na América Latina, em conversa com o Valor.

O trabalho de Légaré, que está baseado em São Paulo, é atrair empresas de mineração do país, e também de fora com projetos aqui, para se listarem na Toronto Stock Exchange (TSX) e na Toronto Stock Exchange Venture (TSXV), ambas baseadas na cidade de Toronto, Canadá.

O foco é buscar principalmente as chamadas “junior companies”, mineradoras de pequeno porte, além de empresas pequenas e de médio porte, mas que tenham uma gestão bem estruturada, informa o executivo.

A TSX é a bolsa de acesso das empresas com boa equipe de gestão e qualidade do ativo e comprovação de reservas minerais, explica Légaré. “O Brasil se tornou ainda mais um país atrativo para os minerais da transição energética”, afirma o executivo canadense. “Queremos atrair essas mineradoras”, acrescenta.

A participação inexpressiva do setor mineral brasileiro no mercado de capitais, especialmente na bolsa paulista, a B3, onde poderia levantar recursos para desenvolver e alavancar diversos projetos, vem sendo também objeto de questionamento de Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, o Ibram. O ex-ministro tem como uma de suas bandeiras na entidade quebrar essa barreira.

Um dos últimos exemplos de empresa com operação no Brasil que foi à Bolsa de Toronto é a canadense Bravo Mining, em meados de 2022. A Bravo tem um projeto de exploração do grupo da platina, além de níquel e ouro no Pará, em fase preliminar de implantação. Localizadas na região de Carajás, as áreas foram adquiridas anos atrás da Vale.

Ao todo, com operações na exploração de diversos minerais no Brasil, em abril havia 40 mineradoras listadas nas duas bolsas. Desse número, 24 estavam na TSX; outras 16 companhias faziam parte da TSXV.

Entre essas companhias abertas estão a Aura Minerals, que produz ouro no Brasil e que se listou também na B3 logo após abri o capital em Toronto, na TSX. Outra empresa é Largo, que extrai e processa vanádio na Bahia.

Na TSXV destaca-se a canadense Sigma Lithiun, de Vancouver, cujo único, e já bilionário projeto, de produção de lítio grau bateria está montado no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais. A empresa tem o fundo A10 Investimentos como maior acionista, com 46% do capital, além de fundos de investimentos e investidores institucionais.

Comandada pela brasileira Ana Cristina Cabral, a Sigma chegou à bolsa de Toronto em 2018, levantando US$ 20 milhões. Já com as obras avançadas, em 2021 a empresa se listou também na bolsa americana Nasdaq. Em abril deste ano a empresa iniciou a produção de lítio grau bateria e neste mês está prevista o primeiro embarque do produto para a Ásia.

Atualmente, a Sigma tem valor de mercado na casa de US$ 4 bilhões, com base no valor da ação negociada na Nasdaq. Na cotação da TSXV, o valor é de 5,8 bilhões de dólares canadenses.

As 40 mineradoras operam 94 propriedades no país. Mesmo com o potencial que dispõe, o Brasil não é líder na região — à frente estão México (127 empresas), Peru (60), Argentina (52) e Chile (43), de um total de 316 mineradoras listadas na TSX e TSXV com operações na America Latina ao final do ano passado.

Companhias com projetos de mineração no Brasil levantaram, no ano passado, US$ 420 milhões em capital na TSX e na TSXV

Conforme o MiG Report, da bolsa canadense, no último ano, até maio, 97 companhias globais se listaram na TSX (57) e na TSXV (40), levantando US$ 5,3 bilhões. Desse número, 14 empresas são do setor de mineração.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/06/2023

Brasil pode exportar hidrogênio verde na forma de aço

Estudo do think tank de energia alemão Agora divulgado nesta quinta (15/6) afirma que é possível, tecnicamente, chegar a emissões líquidas zero na siderurgia ainda na década de 2040 e o segredo está no hidrogênio verde.

Ao lado de investimentos em eficiência no uso dos materiais, aumento da reciclagem, aplicação da bioenergia e de soluções de captura e armazenamento de carbono, a substituição do carvão por hidrogênio verde tem condições de alinhar a indústria de aço às metas globais de limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C.

Mais do que isso: abre uma janela de oportunidade para exportadores de ferro se converterem em fornecedores de commodities verdes. O Brasil é um deles.

Segundo maior exportador de minério de ferro, o Brasil (22%) fica atrás apenas da Austrália (53%) e está em posição de vantagem em relação aos outros três fornecedores internacionais mais relevantes: África do Sul (4%); Canadá (3%) e Ucrânia (3%).

O estudo (.pdf) destaca o país sulamericano como o com maior capacidade de produção de hidrogênio verde, dada a alta renovabilidade de sua matriz elétrica e o potencial de crescimento da capacidade solar e eólica.

A recomendação do think tank é que, em vez de tentar exportar combustível, países como o Brasil deveriam se preparar para investir em “hidrogênio incorporado” na forma de ferro e aço verdes.

“As exportações de ferro verde proporcionarão novas oportunidades aos países que planejam exportar hidrogênio renovável ou de baixo carbono, criando mais empregos no mercado interno e permitindo que os países capturem uma parte adicional de valor agregado da cadeia de valor da siderurgia”, explica o relatório.

Essa virada de chave para o comércio internacional de produtos com maior valor agregado poderia alavancar em 18% o valor das exportações e em 16% o mercado de trabalho local, mostra a análise.

Corredores logísticos

O comércio de ferro verde também tem potencial de reduzir os custos da transformação global do aço, uma vez que o transporte de hidrogênio incorporado como ferro verde será significativamente mais barato do que o transporte de hidrogênio e seus derivados por navio.

Para impulsionar este cenário, os analistas da Agora recomendam a construção de parcerias entre exportadores e importadores. A Austrália já está trabalhando neste sentido.

Corredores logísticos. Em abril do ano passado, um consórcio formado pelo Fórum Marítimo Global, BHP, Rio Tinto, Oldendorff Carriers e Star Bulk Carriers firmou um acordo para avaliar a criação de um corredor verde de minério de ferro entre a Austrália e o Leste da Ásia.

O objetivo é mobilizar a demanda por transporte verde e escalar o frete de zero ou quase zero emissão de gases de efeito estufa. A amônia verde (derivada de hidrogênio) desponta como a escolha provável de combustível.

A Austrália é o maior exportador de minério de ferro do mundo e embarcou 872 milhões de toneladas em 2021.

Demanda ultrapassará oferta

Análise da  McKinsey indica que a demanda de aço verde provavelmente ultrapassará a oferta, com a projeção de crescimento significativo de projetos de energia renovável na Europa e nos Estados Unidos.

A expectativa é que a demanda global por aço com baixo teor de CO2 cresça dez vezes na próxima década, de aproximadamente 15 milhões de toneladas em 2021 para mais de 200 milhões de toneladas até 2030 – representando mais de 10% da demanda total de aço. Em 2040, deve chegar a 25% da demanda.

Com o mercado aquecido, os prêmios verdes podem chegar a US$ 200-US$ 350 por tonelada até 2025 e US$ 300-US$ 500/tonelada de 2025 a 2030, calcula a McKinsey.


Fonte: EPBR
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/06/2023

Siderurgia pode alcançar emissões zero já em 2040, diz estudo

O think tank de energia alemão Agora divulgou nesta quinta-feira (15) um relatório que afirma que um setor siderúrgico com emissões líquidas zero até o início da década de 2040 já é tecnicamente viável. O estudo indica como principais estratégias para este resultado a eficiência no uso dos materiais, o aumento da reciclagem, a produção de aço com base em hidrogênio verde, além da bioenergia e de algumas abordagens de captura e armazenamento de carbono (BECCS).

A análise é uma das primeiras a traçar um cenário viável em que o ferro e o aço deixam de ser um setor difícil de descarbonizar, o que favorece a ambição climática global.

"Nosso estudo mostra que é hora de remover o rótulo 'difícil de abater' do setor siderúrgico", disse Frank Peter, diretor da Agora. "As tecnologias e estratégias necessárias para atingir o zero líquido já existem - agora os governos e as empresas precisam combinar seus esforços para implantá-las rapidamente."

O relatório destaca que o Brasil (22%) é o segundo maior exportador de minério de ferro, atrás da Austrália (53%) e bem à frente dos últimos três fornecedores internacionais relevantes: África do Sul (4%); Canadá (3%) e Ucrânia (3%). O Brasil se destaca como aquele com maior capacidade de produção de hidrogênio verde, já que a obtenção ‘limpa’ desta gás depende da disponibilidade de energia renovável, um ativo que tem se fortalecido no país com o crescimento solar e eólico.

A recomendação do relatório é que em vez de tentar exportar hidrogênio verde, países exportadores de ferro como o Brasil deveriam se preparar para investir em "hidrogênio incorporado" na forma de ferro e aço verdes.

“As exportações de ferro verde proporcionarão novas oportunidades aos países que planejam exportar hidrogênio renovável ou de baixo carbono, criando mais empregos no mercado interno e permitindo que os países capturem uma parte adicional de valor agregado da cadeia de valor da siderurgia”, explica o relatório. “Em comparação com o cenário em que esses países exportariam minério de ferro e hidrogênio e seus derivados por navio, a exportação de ferro verde poderia permitir um ganho de cerca de 16% em empregos empregos locais e um aumento de 18% no valor agregado.”

O relatório afirma também que o comércio de ferro verde pode reduzir os custos da transformação global do aço, sendo vantajoso tanto para exportadores, como importadores. Isso porque o transporte de hidrogênio incorporado como ferro verde será significativamente mais barato do que o transporte de hidrogênio e seus derivados por navio. E para os importadores, o ferro verde pode aumentar a competitividade da produção de aço com baixo teor de carbono, ajudando assim a manter os empregos locais no setor siderúrgico.

Para impulsionar este cenário, os analistas da Agora recomendam a construção de parcerias entre exportadores e importadores. A Austrália, líder do mercado de ferro, saiu na frente também ao estabelecer em 2021 uma cooperação internacional em aço verde com a Coreia do Sul, seu terceiro maior cliente.

"A década de 2020 é uma grande encruzilhada para o setor siderúrgico global. As decisões corretas sobre políticas e investimentos hoje evitarão o aprisionamento de alto teor de carbono e ativos irrecuperáveis e nos colocarão no caminho de investimentos compatíveis com zero líquido que podem garantir o futuro do setor e de seus empregos", projeta Peter.

O relatório ressalta as abordagens que não terão êxito, como a captura e o armazenamento de carbono (CCS) combinado à energia do carvão, que “não desempenhará um papel importante na transformação global do aço”. Segundo o estudo, “as novas usinas siderúrgicas baseadas em carvão enfrentarão um alto risco de aprisionamento de carbono e de ativos irrecuperáveis.”

Fonte: Folha PE
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/06/2023

Minério de ferro fecha em queda nesta segunda-feira no mercado asiático

Os  contratos futuros do minério de ferro em Cingapura fecharam os negócios hoje em queda de -2,75%, valendo US$ 109,45 por tonelada. Os contratos à vista encerraram o dia em queda de -2,11% aos US$ 111,35 por tonelada.

Na Bolsa de Dalian, na China, o minério foi negociado também em queda de -1,81% a US$ 109,99 por tonelada.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/06/2023