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Analistas do Itaú ajustam preferências em siderurgia: sai CSN, entra Usiminas

O Itaú BBA elevou a recomendação de Usiminas de neutra para compra e o preço-alvo de R$ 9,50 para R$ 12, potencial de alta de 18% sobre o fechamento de ontem. Também cortou a da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de neutra para venda e o preço-alvo de R$ 20 para R$ 15, valor 2,2% menor que o último fechamento.

O banco reduziu os preços-alvos dos recibos de ação (ADRs) de Vale negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 17 para US$ 14, potencial de alta de 15,9%, mantendo recomendação de compra, e o de CSN Mineração de R$ 7,40 para R$ 6, potencial de alta de 15,4%, mantendo recomendação neutra.

Os analistas liderados por Daniel Sasson escrevem que o cenário de preços do aço e a demanda por minério de ferro permanecem desafiadores neste início do ano, o que privilegia a preferências por empresas do setor que estejam com ações baratas e gerem caixa.

Eles veem melhores perspectivas operacionais para Usiminas agora que os custos operacionais de produção do aço vão diminuir com a inauguração do renovado alto-forno 3. As ações estão com múltiplos abaixo da média histórica, o que a torna uma boa aposta em termos de risco-retorno.

Já a CSN está do lado contrário, deve ter queima significativa de caixa ao longo do ano por conta dos investimentos que precisa fazer. Operacionalmente, a empresa será pressionada pela continuidade nos preços baixo do aço e também com a redução recente nas cotações do minério de ferro, o que vai afetar CSN Mineração.

A queda nos preços do minério de ferro afetam diretamente os resultados da Vale. No entanto, a companhia continua com geração de caixa robusta, mantendo também uma perspectiva de pagamento de dividendos elevados, o que limita a queda em potencial dos papéis.

Em bolsa, a ação da CSN fechou hoje em queda de 1,2% enquanto Usiminas ficou praticamente estável, subindo 0,09%.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/04/2024

 

Setor de autopeças eleva investimentos

A indústria brasileira de autopeças está pronta para acompanhar a onda de investimentos anunciados pelas montadoras. O Sindipeças, que representa o setor, estimava alta de 2% nos investimentos neste ano, mas com a expectativa de aumento do índice de nacionalização dos veículos a previsão ficou defasada. Agora, pode chegar a 5%, o que representaria R$ 6,1 bilhões.

É o caso da alemã Bosch, que pretende produzir em Campinas (SP) componentes do sistema híbrido - combustão e elétrico - hoje fabricados na Europa. “Desta vez, as montadoras não visam ampliação da capacidade, mas renovação tecnológica. Isso ajuda que essa produção seja feita no Brasil”, diz o presidente da empresa na América Latina, Gastón Perez.

Fonte: Valor
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 05/04/2024

Ministério da Agricultura e Pecuária estuda ampliar recursos para o Seguro Rural

Em meio às perdas projetadas para a safra 2023/2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estuda um novo modelo para o Seguro Rural. Esta semana, em entrevista ao Canal Rural, o ministro Carlos Fávaro destacou que o governo quer aumentar o valor da subvenção, ajudando a baratear o preço das apólices e a aumentar o número de produtores beneficiados. 

"Há necessidade de mais, afinal de contas as intempéries climáticas viraram realidade e estão causando bastante danos nas lavouras. As apólices e o custo de produção estão mais caros — e isso requer que o governo esteja participando mais", disse. 

No ano passado, o governo disponibilizou cerca de R$ 1 bilhão para subvencionar o Seguro Rural em todo o país, mas representantes dos produtores pleiteiam um valor entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, pois consideram o montante atual insuficiente. O ministro concorda e diz que é desejo da pasta chegar à cifra, mas que é preciso agir com responsabilidade orçamentária devido às metas fiscais do governo. 

Uma das alternativas em análise pelo Mapa, segundo Fávaro, é redirecionar parte dos recursos do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) para o Seguro Rural. "O Proagro teve um dispêndio público de R$ 10 bilhões no ano passado. Será que nós não podemos equacionar isso? Ajustar ele para economizar R$ 1 bi, R$ 2 bi e passar esse recurso para o seguro rural e ampliar as coberturas", sugeriu. 

Evandro Grilli, advogado especialista em agronegócio, explica que o custo das apólices para os produtores que buscam segurar a lavoura varia de acordo com o risco climático. "É como um seguro de carro. Se você é motorista jovem, o seguro é mais caro do que para o motorista de 50 anos, que tem um perfil de direção diferente", compara. "Não é uma ferramenta barata e, em um cenário de instabilidade climática, o custo desse seguro não tem muita perspectiva de baixar", ressaltou. 

Grilli lembra que o seguro é importante para o setor, pois protege os produtores de quebras de safra que possam ocorrer em virtude da falta ou excesso de chuvas, por exemplo. "É um instrumento importante que o mercado tem oferecido e que está começando a ganhar importância no agronegócio brasileiro". 

Por isso, o especialista diz que aguarda com expectativa positiva o aumento dos recursos disponibilizados pelo poder público. "Na medida em que o governo possa aumentar as disponibilidades de subsídios, é muito bem-vindo para o setor. A gente está num momento de ajuste fiscal. E é um desafio grande do ponto de vista do orçamento público encontrar espaços para aumentar essa cifra", pondera. 

Minimizar perdas

Assim como diversos produtores espalhados pelo país, a safra de 2023/2024 não será positiva para Flávio Faedo, produtor de soja, milho e feijão, em Rio Verde, Goiás. 

Ele conta que a irregularidade das chuvas prejudicou a colheita da soja e também, em consequência, a do milho — em especial a segunda safra, a "safrinha". Embora ainda vá colher uma parte da produção, Faedo dá como certa uma perda de cerca de 15% em relação à safra anterior. 

O valor obtido com a venda das sacas não será suficiente para cobrir os custos de produção, estima. "Este ano, a margem de lucro é zero. Eu ainda não terminei a colheita, mas provavelmente vai dar um pouco de prejuízo", lamenta. 

O seguro rural, no entanto, evitou que o prejuízo fosse ainda maior. "Eu usei o seguro em uma área não muito grande, mas o seguro tem dois lados. Tem o lado que garante uma parte, pelo menos para empatar, não perde. E o outro que é: os valores estão altos", diz. 

Segundo o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, a pasta está usando a tecnologia para cruzar informações meteorológicas e agronômicas de modo a baratear o preço das apólices e facilitar a aquisição dos seguros pelos agricultores. 

Renegociação de dívidas

Outro mecanismo que pode aliviar o bolso dos produtores rurais que registraram perdas nas lavouras nos últimos meses é a renegociação de dívidas aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A flexibilização foi pedida pelo governo diante dos problemas climáticos e da queda no preço dos produtos agrícolas, que levaram a prejuízos no campo. 

A autorização do CMN permite que as instituições financeiras renegociem até 100% do valor principal das parcelas do crédito que venceram ou irão vencer entre 2 de janeiro e 30 de dezembro de 2024 — e que estavam em dia até 30 de dezembro do ano passado. 

 

Os produtores rurais que se enquadram nos critérios têm até 31 de maio para formalizar o pedido de renegociação. "O prazo limite é 31 de maio. Todos aqueles que precisam, façam a repactuação, mesmo que vá vencer lá em setembro, outubro deste ano, você já faz o pedido, porque com isso a gente vai calcular as necessidades de recursos públicos para fazer essa renegociação e isso impacta diretamente no novo Plano Safra, que nós queremos que seja o maior plano safra da história", afirmou o ministro. 

Fonte: Brasil 61
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 05/04/2024

5 tipos de telhas metálicas utilizadas na construção civil

Existem vários tipos diferentes de telhas metálicas utilizadas na construção civil. Cada uma apresenta qualidades únicas de durabilidade, leveza e versatilidade. Seja para a obra de uma casa, galpão ou indústria, sempre haverá uma boa solução! Neste artigo do Engenharia 360, apresentamos modelos de telhas, lista de vantagens e dicas de como escolher o melhor.

Tipos de telhas metálicas para construção civil

As telhas apresentadas a seguir apresentam um grande custo-benefício e oferecem boa resistência, durabilidade, conforto térmico e acústico, além de bom acabamento visual. Confira!

1. Telhas galvanizadas

As primeiras telhas desta lista são as galvanizadas, com uma camada de zinco que as protege contra corrosão, inclusive por maresia. Elas têm alta resistência e menor refletividade térmica, apesar de seu baixo custo, ideal para construções erguidas em áreas com clima seco ou úmido, incluindo galpões, coberturas industriais e agrícolas.

2. Telhas termoacústicas

Aqui neste tópico vale citar que telhas metálicas simples costumam ser compostas por apenas uma chapa. Enquanto isso, as termoacústicas possuem um material isolante (isopor ou poliuretano) entre duas chapas. Esse detalhe proporciona muito mais conforto térmico às construções; além disso, garante economia de energia. É uma opção ideal para casas, escritórios, escolas, hospitais, e etc. Porém, apresenta um custo mais elevado que as telhas tradicionais.

3. Telhas trapezoidais

As telhas metálicas trapeziodais apresentam um formato bem mais interessante, em "ondas facetadas". No mercado, podemos encontrar uma variedade de tipos, simples ou termoacústicos, adequados para coberturas de estilos arquitetônicos diferentes. Independente disso, apresentam sempre ótima resistência mecânica, com maior capacidade de carga, ideal para grandes vãos. Uma opção perfeita para galpões, coberturas industriais e comerciais, ou áreas com grande inclinação.

Observação: Apesar das boas características, as telhas trapezoidais têm menor capacidade de escoamento de água do que as telhas onduladas (veja no tópico seguinte).

4. Telhas onduladas

Por último, as telhas metálicas onduladas. Elas possuem um formato tipo "ondas senoidais", facilmente adaptáveis à formatos de curvaturas de telhados sem sobrar ou formar vincos, com bom escoamento de água. Podem apresentar baixo custo no mercado. E são geralmente utilizadas em imóveis comerciais e industriais, especialmente em coberturas arqueadas, embora apresentem menor resistência mecânica que as telhas trapezoidais que citamos anteriormente.

Bônus: Telhas Metálicas Coloridas

Vale destacar que existem empresas que vendem todos os modelos de telhas acima em uma ampla gama de cores, proporcionando um acabamento visual mais elaborado aos imóveis. Sua pintura é feita a pó e aplicada de forma uniforme.

Como escolher a telha metálica ideal

Na hora da compra, priorize suas necessidades e características do projeto.
Considere as necessidades, local de instalação, clima, estética e tamanho do telhado a ser construído, além do orçamento.
Avalie a procedência dos materiais e suas propriedades - sobretudo resistência e durabilidade.

 
Fonte: Engenharia 360
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 05/04/2024

Minério de ferro sobe com dados sólidos de atividade fabril na China

Os contratos futuros do minério de ferro reverteram perdas iniciais e passaram a subir nesta segunda-feira, ajudados por dados que mostraram que a atividade industrial da China se expandiu pela primeira vez em seis meses em março, reforçando a confiança no principal mercado consumidor do minério.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) subiu para 50,8 em março, de 49,1 em fevereiro, de acordo com uma pesquisa oficial divulgada no domingo.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China TIO1! fechou em alta de 2,6%, a 768 iuanes (106,23 dólares) a tonelada. No início do dia, o contrato caiu brevemente para seu valor mais baixo desde 18 de março.

O minério de ferro de maio (SZZFK4), referência na Bolsa de Cingapura, subiu 0,01%, a 101,05 dólares a tonelada.

No início da sessão, os futuros haviam caído devido a preocupações com o excesso de oferta.

"Os futuros do minério de ferro caíram nesta manhã em resposta a um aumento de 3 milhões de toneladas nos embarques australianos de minério de ferro na semana passada", disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.

"Isso possivelmente sinaliza para o mercado que as programações de manutenção das minas do primeiro trimestre chegaram à sua conclusão, e a recuperação dos embarques pode agora começar a compor os estoques de minério de ferro nos principais portos chineses", disse Widnell.

Separadamente, os dados de uma pesquisa privada mostraram que a atividade industrial da China expandiu-se no ritmo mais rápido em 13 meses em março, com a confiança nos negócios atingindo um recorde de alta de 11 meses, impulsionada pelo aumento de novos pedidos de clientes no país e no exterior.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian recuaram, com o carvão metalúrgico NYMEX:ACT1! e o coque (DCJcv1) caindo 3,1% e 1%, respectivamente.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/04/2024