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Reino Unido amplia impostos alfandegários sobre o aço por dois anos

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou no domingo que teria de tomar "decisões difíceis" para proteger o aço britânico ante o aço barato de alguns países.

Londres estendeu por dois anos os impostos alfandegários para certas categorias de aço procedentes de 15 países, com a meta de proteger uma indústria "crucial" no Reino Unido, que enfrenta um aumento dos preços da energia.

A ministra de Comércio Externo, Anne-Marie Trevelyan, declarou à Câmara de Representantes que "devido ao interesse estratégico" da indústria siderúrgica e "às perturbações mundiais dos mercados de energia e das cadeias de abastecimento, (...) é interesse do Reino Unido manter ressalvas".
 
Trevelyan explicou aos deputados que há um ano, após a saída britânica da União Europeia, o governo havia anunciado uma extensão dos direitos alfandegários para dez categorias de produtos de aço por três anos e sua remoção em quatro categorias.

Outros cinco estavam em estudo e foram prorrogados por um ano.

A ministra estima agora que a supressão dos direitos alfandegários para estas cinco categorias "provocaria sérios danos às siderúrgicas britânicas", portanto amplia a medida para esses produtos por dois anos, até 30 de junho de 2024, mesmo prazo que as outras dez categorias já prolongadas no ano passado.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou no domingo que teria de tomar "decisões difíceis" para proteger o aço britânico ante o aço barato de alguns países, ainda que correndo o risco de violar suas obrigações diante da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fonte: Exame.com

Moody’s: Perspectiva global para metais e mineração torna-se negativa à medida que a demanda desacelera, enfraquecendo o Ebitda agregado

Em um novo relatório, a Moody's Investors Service mudou sua perspectiva global para a indústria de metais e mineração de estável para negativa. A desaceleração do crescimento econômico em todo o mundo está reduzindo a demanda por commodities de metais e mineração, impactando diretamente no preço, o que consequentemente reflete um Ebitda agregado decrescente para as maiores empresas classificadas pela Moody's do setor durante os próximos 12 meses.

“O Ebitda e os preços estão caindo à medida que as condições macroeconômicas e de negócios enfraquecem. Eles permanecerão mais altos do que nos anos pré-pandemia, mas abaixo dos níveis recordes vistos no início de 2022 , diz a vice-presidente sênior da Moody's, Barbara Mattos. “Além disso, os custos de energia e matérias-primas continuam altos, principalmente na Europa, o que também reduzirá as margens dos produtores e os ganhos do produtor de metais básicos, por exemplo”, acrescenta.

A Moody's espera que os produtores de cobre enfrentem quedas de Ebitda devido a menores volumes de produção em certas regiões, custos de insumos mais altos e preços mais baixos. No entanto, os baixos níveis de estoque e os desafios de fornecimento nas principais regiões produtoras de cobre, como Chile e Peru, limitarão a queda dos preços do cobre.

Outros produtores de metais básicos, como zinco, níquel e alumínio, também terão queda no Ebitda, pois os altos custos de energia e matérias-primas impactam as margens e reduzem a produção na Europa, enquanto o enfraquecimento do crescimento econômico pesa sobre a demanda em todo o mundo.

Em relação aos metais preciosos, a Moody's vê que os preços tanto do ouro quanto da prata estão caindo à medida que as taxas de juros mais altas e um dólar mais forte afastaram os investimentos dos metais preciosos, que são vistos como um investimento seguro. Além disso, ao contrário de outros metais, o sentimento do mercado, em vez de fundamentos como oferta e demanda, influencia os preços neste setor, gerando uma queda nas receitas dos produtores. Todos esses fatores influenciarão para experimentar uma diminuição do Ebitda para os produtores de metais preciosos.

Os preços do aço podem permanecer acima das médias históricas, mas a queda recente reduzirá significativamente o Ebitda e o fluxo de caixa das siderúrgicas. Na mesma linha, o Ebitda das mineradoras de carvão diminuirá à medida que os preços do carvão recuarem dos níveis recordes vistos no início deste ano, mas as restrições de oferta contínuas podem manter os preços acima dos níveis históricos por um período prolongado, atenuando o declínio dos lucros.

Por fim, a fraqueza na produção global de aço, principalmente na China, e volumes de produção sazonalmente mais altos na Austrália e no Brasil pressionarão os preços e, consequentemente, o Ebitda para os principais produtores de minério de ferro.

Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/09/2022

Vale e CSN testam caminhões elétricos para substituir movidos a diesel

Com uma frota de 500 caminhões fora de estrada – veículos com capacidades entre 60 e 400 toneladas – em todo o mundo, a Vale quer fazer menos fumaça trocando o diesel por baterias de lítio. Por isso, começou a testar, nas últimas semanas, dois caminhões elétricos, de 72 toneladas, produzidos pela XCMG Mining Machinery, subsidiária da Xuzhou Construction Machinery, maior fabricante de máquinas da China.

O fim da década é o horizonte da mineradora para a substituição total da frota, com veículos de diversos portes, produzidos por diferentes fornecedores, prevê Alexandre Salomão, gerente de Powershift da companhia.

Os testes começaram neste mês em Água Limpa (MG) e no mês passado em Sorowako, na Indonésia. Os veículos são alimentados por baterias de lítio com capacidade para armazenar 525 Kwh e podem operar pouco mais de um dia todo sem necessidade de serem recarregados.

Infraestrutura para abastecimento é desafio

Mas o projeto enfrenta desafios. É preciso substituir também a infraestrutura para abastecimento, crítica para a operação em áreas remotas, e que hoje é voltada para veículos a diesel. Outro problema é a falta de tecnologia para baterias que atendam os veículos de maior carga. “Estamos começando com os caminhões de 72 toneladas para testar a tecnologia e as implicações para volumes maiores”, diz Salomão.

A mineradora firmou, neste ano, memorando de entendimento com a Caterpillar para a produção de veículos elétricos de 240 e 320 toneladas. Os testes estão previstos para 2024.

Na Vale, os caminhões são responsáveis por uma fatia de 9% dos 10 milhões de toneladas de gases de efeito estufa emitidos por ano. Segundo Salomão, a eletrificação é a prioridade na substituição do diesel.

CSN usará veículos para manejo de rejeitos

Na mesma linha, a CSN também começou a testar, neste mês, dois caminhões elétricos, de 60 toneladas, fabricados pela chinesa Sany, na mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG). Os veículos deverão ser testados para o manejo de rejeitos nos próximos seis meses. “O monitoramento leva em conta autonomia de bateria, redução da emissão de poluentes e no consumo de derivados do petróleo, maior disponibilidade física do equipamento e menores custos de operação e manutenção”, afirma Helena Brennand Guerra, diretora de sustentabilidade, meio ambiente, saúde e segurança do trabalho da siderúrgica.

Vale projetou recentemente aumento na frota global

Para o analista Enrico Cozzolino, da Levante Investimentos, do ponto de vista do mercado, “pega bem” refletir em suas próprias operações as tendências em que aposta. “O projeto vai em linha com as projeções de aumento no número de veículos elétricos – de até quatro vezes até 2030 -, chancelando as expectativas de um spin off da unidade de metais básicos. E esta é uma tendência positiva para o papel”, observou.

Mas a manutenção dos veículos fabricados na China pode se tornar uma questão difícil a médio e longo prazos para as companhias, avalia Sidney Lima, analista da Top Gain. “As máquinas têm especificações únicas, que exigem mão de obra qualificada. A eventual necessidade de substituir peças pode enfrentar problemas de logística, fazendo com que o veículo fique parado.”


Fonte: Estadão
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/09/2022

Preços de imóveis crescem 1,32%

Em agosto, o IGMI-R/Abecip teve uma elevação de 1,32%, ligeiramente superior à registrada em julho (1,16%). Apesar desse resultado na margem, a variação acumulada em doze meses continuou sua trajetória de desaceleração pelo quinto mês consecutivo, passando de 15,61% em julho para 15,14% em agosto.

Entretanto, os novos resultados de deflação nos índices de preços ao consumidor deram continuidade ao crescimento dos preços dos imóveis residenciais em termos reais no período, tanto na comparação mensal quanto na perspectiva dos acumulados em doze meses.

A desaceleração no resultado nominal acumulado em 12 meses da média nacional foi acompanhada por quatro das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/Abecip: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Porto Alegre é a única entre essas quatro capitais cujo resultado, já bem inferior ao das outras três, acabou ficando um pouco mais distante da média nacional. Por outro lado, entre as demais seis capitais que mostraram aceleração ainda na perspectiva das variações acumuladas em 12 meses entre julho e agosto, Brasília e Curitiba se destacaram por já estarem acima da média nacional, enquanto Recife e Belo Horizonte, abaixo da média nacional, mostram tendência de aproximar-se, ainda que lentamente.

Apesar de ainda não apresentar uma tendência clara, o sentimento dos empresários do setor de edificações residenciais, tal como captado pela Sondagem da Construção Civil (IBRE/FGV), oscilou positivamente em agosto, tanto no quesito de Situação Atual dos Negócios quanto do de Demanda Prevista.

Esse sentimento na margem parece refletir o bom desempenho dos indicadores de nível de atividade, cujo efeito sobre o mercado de trabalho aparece na continuidade de redução do nível de desocupação, que mais recentemente passou a ser acompanhada por uma elevação no rendimento médio da população ocupada. Do lado do financiamento, a elevação das taxas de juros básicas na economia brasileira não vem sendo acompanhada na mesma intensidade nas taxas cobradas por empréstimos imobiliários. Da combinação desses fatores resulta um cenário favorável à sustentação dos preços reais dos imóveis residenciais.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 26/09/2022

Indústria da construção registra crescimento pelo terceiro mês consecutivo

Pelo terceiro mês consecutivo, a Indústria da Construção registrou crescimento significativo na atividade e do emprego do setor, relativa ao mês de agosto. Segundo a Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e publicada nesta semana, o índice da evolução do nível de atividade da construção alcançou 55 pontos no oitavo mês do ano.

Ao atingir patamares maiores que o de 50 pontos, o resultado passa a indicar expansão da atividade. O crescimento também é observado no índice de evolução do número de empregados, que foi de 51,9 pontos em julho para 53,1 pontos em agosto.

O indicador também é acompanhado da Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que não variou entre julho e agosto e permanece em 68%. É o mais elevado nível de utilização da capacidade para o mês de agosto, desde 2013.

“Essa é a mais forte e disseminada expansão no indicador de emprego da construção desde que ele passou a ser apurado mensalmente, em janeiro de 2011. A expansão foi registrada em todos os setores da construção, em especial no setor Construção de edifícios, que puxou o resultado geral da Construção para cima”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

O Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria da construção também avançou em agosto, de 2,7 pontos para 62,7 pontos. É a sexta alta consecutiva do índice, que acumula avanço de 5,9 pontos só nos últimos dois meses.

O avanço da confiança teve forte influência do componente de condições atuais, que avançou 5,1 pontos para 56 pontos. A alta indica uma percepção melhor dos empresários em relação às condições atuais da economia brasileira e das empresas na comparação com os últimos seis meses.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 26/09/2022

Confiança da indústria sobe em 27 dos 29 setores analisados em setembro, mostra CNI

A confiança do empresário industrial subiu nos 27 dos 29 setores pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na passagem de agosto para setembro deste ano. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – resultados setoriais, o avanço teve grande contribuição da percepção mais favorável sobre o momento atual da economia brasileira em relação aos últimos seis meses.

A avaliação das condições atuais da economia brasileira avançou em todos os setores industriais, com exceção do setor Veículos automotores.

As maiores altas de confiança foram registradas nos setores de: Impressão e reprodução de gravações (+7,0 pontos); Móveis (+5,8 pontos); Extração de minerais não metálicos (+5,1 pontos); Produtos de borracha (+4,8 pontos); e Calçados (+4,7 pontos).

O indicador varia de 0 a 100 e todos os valores acima de 50 pontos indicam confiança. Quanto mais distante dessa linha de corte, mais disseminada está a confiança.

Setores afirmam que economia está melhor do que há seis meses

Além disso, os quatro setores industriais que avaliavam que a economia estava piorando em agosto fizeram uma transição e passaram a avaliar que as condições correntes da economia brasileira se mantiveram estáveis ou melhoraram: Impressão e reprodução, Metalurgia, Biocombustíveis e Móveis.

Dessa forma, pela primeira vez desde fevereiro de 2020 nenhum dos setores industriais avalia que a economia está pior do que nos seis meses anteriores.

A confiança está menor apenas nos setores Biocombustíveis, que caiu de 57,4 pontos em agosto para 55,3 pontos em setembro, e Veículos automotores, que passou de 58,6 pontos para 57,4 pontos. Apesar dessas quedas, todos os setores da indústria permanecem confiantes com o indicador acima de 50 pontos.  

Foram ouvidas 2.171 empresas, sendo 840 de pequeno porte, 800 de médio porte e 531 de grande porte, entre 1 e 12 de setembro.

Fonte: CNI